O Quarto Azul Parte 3

Um conto erótico de Danilo
Categoria: Heterossexual
Contém 3658 palavras
Data: 26/07/2025 00:24:19

A manhã seguinte ao jogo da borracha amanheceu com um sol tímido, mas a mente de Taís estava em plena efervescência. A culpa da masturbação matinal, tingida pela imagem de Danilo, ainda pairava, mas vinha acompanhada de uma excitação latente que ela não conseguia, nem queria, ignorar. Ao abrir a gaveta de lingeries, seus olhos caíram sobre a calcinha preta de renda, um convite silencioso à ousadia. No entanto, uma parte dela – a professora, a noiva – recuou. Era demais ser tão explícita. Pegou então uma calcinha amarela, de algodão, tão recatada quanto a rosa do dia anterior. Enquanto a vestia, o tecido macio deslizando por sua pele, Taís sentiu o calor familiar ascender. Era um amarelo suave, que, esperava ela, passaria despercebido, mas a pergunta pairava em sua mente: será que Danilo também teria um vislumbre dessa nova intimidade, tão casualmente exposta quanto a anterior? Era um disfarce perfeito para o turbilhão de pensamentos que se agitavam em seu interior.

Ao chegar à mansão dos Albuquerque, Taís sentiu a habitual pulsação acelerar. Raquel, com seu sorriso acolhedor, a cumprimentou no hall, e Taís notou um brilho ligeiro no olhar da governanta, como se soubesse de algo. Ou talvez fosse apenas sua imaginação, intensificada pela nova dinâmica que a unia a Danilo.

No quarto, Danilo já a esperava, absorto em um livro. Ao vê-la, um sorriso gentil se abriu em seus lábios, e Taís percebeu um rubor quase imperceptível colorir suas bochechas. Ele não conseguia sustentar o olhar por muito tempo, desviando-o para a mesa ou para os próprios livros, com uma frequência que não existia antes. Era uma timidez que Taís reconheceu, e que a fez sorrir por dentro. O rapaz, tão forte e feito, era de uma inocência desarmante.

A aula transcorreu com a normalidade aparente, mas para Taís, cada movimento de Danilo era amplificado. A forma como seus braços musculosos se estendia para pegar um caderno, a maneira como ele se inclinava sobre a mesa, os cabelos escuros caindo sobre a testa. Tudo remetia à visão do quarto e à fantasia da manhã. Danilo, por sua vez, tentava focar nos problemas de física, mas sua mente teimava em revisitar a imagem fugaz da calcinha rosa. Aquele amarelo discreto da saia de Taís naquele dia, para ele, parecia um mistério a ser desvendado. Ele se pegava, por vezes, olhando rapidamente para as pernas dela sob a mesa, como se buscasse uma confirmação ou um novo vislumbre. Seus olhos se detinham no movimento suave do tecido, imaginando o que estaria por baixo.

Durante um breve intervalo, enquanto Taís revisava algumas anotações, Danilo se inclinou, pedindo um lápis que estava do lado dela. A proximidade fez Taís prender a respiração. Danilo, sem perceber a intensidade de sua própria presença, roçou a mão na dela ao pegar o lápis. Um arrepio elétrico percorreu o braço de Taís, e ela sentiu o calor subir ao seu rosto. Danilo, apenas com um "Obrigado, professora", voltou a se concentrar, mas Taís notou que ele também parecia um pouco mais pálido e com a voz ligeiramente embargada. Aquele toque acidental, para ele, fora um estímulo inesperado, e um calor sutil começava a se espalhar por seu corpo de forma quase imperceptível.

A aula prosseguia com a aparente monotonia dos estudos, mas a mente de Taís estava em outro lugar. O lápis de Danilo rolou pela mesa, e ela o viu seguir com os olhos, um sorriso discreto brincando em seus lábios. Era a deixa perfeita. Enquanto ele se curvava para pegá-lo, Taís, com um movimento quase imperceptível, separou um pouco mais as pernas sob o vestido, convidando o olhar. A calcinha amarela, antes um símbolo de sua cautela, agora parecia um farol de provocação silenciosa.

Danilo se abaixou, e o mundo se restringiu àquela fresta de luz. Seus olhos, antes focados no lápis, foram irresistivelmente atraídos para o que estava acima. A visão era ainda mais clara desta vez. A calcinha amarela, de algodão simples, delineava a forma de Taís, sua curvatura de mulher, a leve sombra dos pelos púbicos. Danilo já havia buscado curiosamente por fotografias na internet, mas era a primeira vez que ele via a intimidade de uma mulher de verdade, e logo uma por quem ele estava encantado pela beleza, ternura e delicadeza. Um calor percorreu seu corpo, e ele sentiu o sangue pulsar nas veias. Uma curiosidade instintiva o dominou, e ele demorou um segundo a mais, apreciando a imagem proibida, absorvendo cada detalhe.

Taís observava a cena, uma onda de prazer perigoso inundando seu ventre. O rubor no rosto de Danilo, a forma como seus olhos se fixaram, tudo era combustível para seu desejo recém-descoberto. Ela se sentia poderosa, desejada, e a transgressão silenciosa a excitava de uma maneira que ela jamais imaginara.

Ao tentar se levantar, Danilo, ainda um pouco atordoado pela visão, calculou mal o movimento e bateu levemente a cabeça na lateral da mesa com um baque surdo. "Ai!" Ele exclamou, um pouco envergonhado, levando a mão à testa.

Taís, numa mistura de preocupação genuína e a continuação do jogo, se inclinou rapidamente. "Você está bem?", perguntou, a voz carregada de uma preocupação que soou mais íntima do que o usual. A proximidade repentina, enquanto ela verificava sua testa, era quase esmagadora. A camiseta de malha leve que ele usava, junto com a bermuda folgada, que antes apenas delineava seus músculos jovens e atléticos, agora parecia abraçar uma nova protuberância.

O olhar de Taís desceu inevitavelmente. Mesmo através do tecido fino da bermuda, o volume recém-adquirido na virilha de Danilo era inegável, uma resposta física àquele vislumbre tão fugaz quanto poderoso. Um arrepio correu pela espinha de Taís, e ela sentiu o próprio corpo responder. A inocência do acidente, a timidez dele, tudo se misturava àquele sinal claro de seu desejo,

A batida na cabeça de Danilo, embora leve, foi a desculpa perfeita. Taís, com uma mistura de genuína preocupação e um impulso quase incontrolável, agiu com a naturalidade de uma enfermeira. "Vem, Danilo, deite-se um pouco. Deixe-me ver isso direito", disse ela, a voz suave, guiando-o com uma mão gentil em seu ombro. Danilo, ainda um pouco atordoado e completamente alheio à segunda intenção de sua professora, obedeceu.

Ele se deitou na cama, com a cabeça apoiada nos travesseiros macios. Taís se sentou na beirada, e então, com uma delicadeza que escondia um tremor interno, puxou a cabeça de Danilo para o seu colo. Seus dedos ágeis e macios, que minutos antes folheavam livros, agora exploravam a testa dele, acariciando os cabelos escuros e levemente úmidos. Ela se concentrava no pequeno galo que começava a surgir, sua expressão era de total cuidado. "Está doendo muito?", ela sussurrou, os olhos fixos nos dele, que pareciam ligeiramente mareados, mas não de dor, e sim de uma confusão agradável.

Foi nesse instante que a porta se abriu suavemente. Raquel entrou, com um copo de água e um olhar preocupado. "Ouvi um barulho, professora. Está tudo bem?", perguntou, mas seus olhos perspicazes já haviam captado a cena: Taís sentada na beirada da cama, Danilo com a cabeça em seu colo. A bermuda folgada que ele usava já delineavam bem seu corpo atlético, mas, naquele momento, a visão de Raquel foi imediatamente atraída para um volume ainda perceptível na bermuda de Danilo. Ela já o tinha visto intimamente diversas vezes, e percebia que a protuberância não era habitual.

Um sorriso quase imperceptível, uma mistura de diversão e compreensão, surgiu nos lábios de Raquel. Ela não disse nada sobre o que via, apenas estendeu o copo de água. "Água para o nosso desajeitado. Melhor ir com calma, Danilo", comentou, a voz sem qualquer julgamento, mas com uma cumplicidade que Taís captou de imediato. A governanta parecia entender o jogo silencioso que Taís estava jogando, e seu olhar dizia: "Eu sei". Taís sentiu-se exposta e, ao mesmo tempo, estranhamente aliviada por ser "vista" por Raquel. Danilo, ainda sem perceber a sutileza da cena, pegou a água de Raquel. "Obrigado, Raquel. Acho que estou bem. Professora Taís está cuidando de mim", disse ele, com um sorriso inocente para ambas. Taís assentiu, sem conseguir encarar Raquel diretamente por muito tempo, mas sentindo o peso e a leveza daquele novo olhar entre elas. A aula terminou prematuramente. Taís, usando a desculpa da leve pancada na cabeça de Danilo, o convenceu a descansar por mais um tempo no quarto, prometendo compensar a matéria depois. Taís desceu e encontrou com Raquel, que a esperava com um copo de água e um olhar compreensivo.

Raquel foi a primeira a quebrar a quietude, mas de forma indireta, com um sorriso sutil. "Ele é engraçado, né? Um gigante desajeitado." Ela olhou para Taís, e um brilho perspicaz dançou em seus olhos. "Dormiu rapidinho depois que você o acalmou. E aquele... susto... parece que despertou algo mais nele." Raquel fez uma pausa, deixando a insinuação pairar no ar. Sua voz era casual, mas o olhar era direto, convidando Taís a entrar no jogo. Taís sentiu o rosto esquentar. Ela sabia exatamente a que Raquel se referia. A imagem do volume na bermuda de Danilo estava gravada em sua mente. "Ah, sim... bem... adolescentes, né?", Taís tentou, com um riso nervoso, buscando uma desculpa. "É a idade, os hormônios... qualquer coisa já..." Ela gesticulou vagamente, tentando ser evasiva. Raquel balançou a cabeça lentamente, o sorriso se aprofundando. "Pode ser. Mas não foi 'qualquer coisa', professora. Ele estava com a cabeça no seu colo. E você, toda carinhosa, passando a mão na testa dele..." Ela deu de ombros, como quem diz "o resto é óbvio". Seus olhos, no entanto, estavam cheios de uma curiosidade genuína. "Será que foi a proximidade? Ele te admira tanto..."Taís desviou o olhar, sentindo-se nua sob a percepção aguda de Raquel. Era uma mistura de embaraço e uma pontada de satisfação. A desculpa dos "hormônios" parecia tão fraca agora, mas Raquel mesmo ofereceu uma explicação mais plausível, e pode guardar pra si a verdadeira razão "É, deve ter sido isso... sim, com a proximidade...,", "Acho que acordei um adormecido”. As duas riram.

Taís, aproveitando a cumplicidade que se instalara, perguntou, a voz um pouco mais baixa: 'É impressão minha, ou ele é bem dotado?' Rapidamente, ela se ajeitou, um rubor nascendo em seu rosto. 'Desculpa tocar nessa intimidade, mas você o conhece tão bem...' Raquel sorriu, os olhos gentis. 'Não tem problema nenhum, professora. Eu confio em você, sei o carinho que tem por ele.

Raquel deu um leve suspiro, quase um riso abafado, antes de responder. "Ah, professora... Danilo sempre foi 'privilegiado', se é que me entende." Ela se inclinou um pouco, o tom mais confidencial. "Eu o vi crescer, dei banho nele até tarde. Ele nunca teve vergonha. Quando era menor, era só um detalhe. Mas nos últimos anos... a natureza foi generosa com ele." Raquel gesticulou com as mãos, sem pudor, ilustrando o crescimento. "É impressionante. E quando fica 'daquele jeito', como você viu hoje, fica ainda mais. É proporcional ao corpo dele, sabe? Um homem grande, um homem bem... completo." Taís ouvia, hipnotizada, as palavras de Raquel pintando uma imagem vívida em sua mente. O rubor em seu rosto se aprofundou, mas não era de vergonha, e sim de um desejo avassalador que se intensificava a cada nova informação. Aquela visão fugaz na bermuda, agora confirmada e amplificada pelas palavras de Raquel, acendia nela uma curiosidade ainda maior. Pedro, seu noivo, nunca havia sido assim, e a comparação, proibida, era inevitável e eletrizante. "E ele... ele não parece se importar muito", Taís murmurou, quase para si mesma, lembrando-se da inocência de Danilo. "Não, não se importa", Raquel confirmou, com um leve riso. "Ele nunca foi ensinado a ter vergonha do próprio corpo. Vive nu no quarto, na piscina... é natural para ele. Não há malícia, só liberdade." Ela piscou para Taís. "É algo que os pais não se preocupam, sabe? Ele é assim."

Taís sentiu a coragem crescer. Havia algo mais que ela queria saber, algo que a atormentava desde a primeira visão. "E nesses banhos... você ficava à vontade também? Nua, ou só de calcinha?" A pergunta escapou quase sem pensar, e Taís prendeu a respiração, esperando a reação de Raquel. Raquel soltou uma risada genuína, sem qualquer traço de constrangimento. "Quando ele era bem pequeno? Sim, às vezes nem pensava. Era só uma criança. Tomava banho com ele. Mas conforme ele foi crescendo, e o corpo dele mudando... claro que comecei a ter mais cuidado. Hoje em dia, nem pensar. As vezes quando ele chega sujo dos esportes ainda dou banhos, mas estou sempre vestida." Ela fez uma pausa, o olhar se tornando um pouco mais nostálgico. "Mas mesmo assim, a gente nunca teve vergonha um do outro”. "E quando dormiam juntos?", Taís arriscou, com a voz quase um sussurro, sua mente já construindo cenários.

"Ah, dormir com ele... isso acontece até hoje", Raquel respondeu, com um sorriso afetuoso. "Às vezes, ele tem algum pesadelo ou está muito agitado com provas e me chama. A gente deita junto, abraça." Ela olhou para Taís, os olhos transmitindo a verdade de suas palavras. "Mas não tem nada de mais, professora. Ele dorme, eu durmo. ”” Ah, mas tem uma coisa” Raquel lembra “Desde pequeno, ele gosta de dormir abraçado comigo segurando meu peito sabe? Como um objeto de apego? Acho que isso nunca me incomodou, por que não passa disso, não sinto nenhuma ereção ou excitação dele” A mente de Raquel, enquanto conversava com Taís, viajou alguns meses no tempo, para uma noite em particular, pouco antes de Taís surgir na mansão.

Era uma noite de tempestade. O vento uivava lá fora, e a chuva batia forte nas janelas da mansão. Raquel já estava em seu quarto, aconchegada na cama. Usava uma camisola de seda azul-marinho, um tecido leve que deslizava pela pele, e por baixo, uma calcinha de algodão preta, simples e confortável. Ela estava lendo um livro, absorta, quando ouviu as batidas suaves na porta. "Raquel? Você está acordada?" A voz de Danilo, um pouco abafada pelo som da chuva, fez Raquel erguer a cabeça. “Entra, Danilo", ela respondeu, já imaginando o motivo. Ele entrava poucas vezes em seu quarto, mas em noites de temporal, a procura por conforto era um velho hábito. A porta se abriu lentamente, e ele estava lá, vestindo apenas um short de pijama folgado, cinza-claro, que mal delineava as formas das coxas fortes. O peito nu e bronzeado, os cabelos escuros ligeiramente despenteados. Aquela postura de homem que já se consolidava nele. "Não consigo dormir", ele confessou, os olhos um pouco arregalados pelo barulho da chuva e pelo brilho dos relâmpagos. "Está muito forte." Raquel sorriu. "Vem aqui, bobo. Não é a primeira vez que você vê uma tempestade." Ela moveu-se para o lado, abrindo espaço na cama para ele. Danilo subiu, deitando-se de ladinho atrás dela, em uma conchinha perfeita. Um de seus braços passou por debaixo do pescoço de Raquel, e a mão do outro se aninhou diretamente ao seio dela, o polegar roçando a pele. Raquel recostou a cabeça no braço de Danilo. Sentiu a respiração calma dele contra seu pescoço. Seu cheiro, uma mistura de sono e um resquício do sabonete masculino que usava, invadiu suas narinas. O volume relaxado, mas inegável do membro de Danilo, pressionava suavemente seu bumbum. Ela estava acostumada. Era Danilo, o menino que agora se tornava um homem. Seu namorado, que trabalhava em outra cidade, nunca entenderia essa intimidade, e Raquel nem sequer tentava explicar. No íntimo, no entanto, um questionamento sutil começava a surgir. Nos últimos meses, esse comportamento de Danilo havia adquirido uma nova dimensão. Ele já não era o menininho desajeitado. Era um rapaz forte, com um corpo de atleta, e ela sentia cada músculo, cada curva dele colada à sua. Sua mente racional dizia que era apenas um hábito, um conforto. Mas seu corpo... o corpo dela, com seus 30 anos e suas próprias necessidades, às vezes reagia com um arrepio inesperado. Ela não sentia malícia em Danilo, apenas a naturalidade de um hábito que ele vivia sem segundas intenções conscientes. Mas para ela, ali, naquele abraço apertado, a linha entre o carinho e algo mais começava a se borrar, mesmo que ela tentasse empurrar esses pensamentos para longe. Era estranho, inusitado. Uma intimidade que não cabia mais na definição de "criança". Eles adormeceram assim, no ritmo da chuva, no calor um do outro, com Raquel lutando contra uma nova e incômoda consciência.

Taís ouvia, uma curiosidade crescia. A franqueza de Raquel, as palavras pintando a cena vívida de Danilo, o homem-adolescente, dormindo aninhado, a mão em seu seio, eram um portal para um universo de intimidade que Taís jamais imaginara. Ela absorvia cada detalhe, não com um pio de julgamento, mas com a mente de uma exploradora diante de um território desconhecido e intrigante. "Então... ele realmente não percebe, né?", Taís murmurou, mais para si mesma do que para Raquel, os olhos arregalados de fascínio. A ideia de tamanha inocência em um corpo tão visivelmente masculino era quase incompreensível, mas ao mesmo tempo, incrivelmente atraente. Era essa pureza que o tornava ainda mais cativante, um contraste gritante com a forma como ela própria estava reagindo a ele. Raquel balançou a cabeça, um sorriso suave no rosto. "Não, professora. Ele não percebe. Para ele, é conforto. É o jeito dele de se sentir seguro. É o Danilo." Ela olhou para Taís com uma compreensão profunda. "É por isso que é tão difícil recriminá-lo. Ele não tem maldade. É um anjo... só que um anjo com o corpo de um homem bem feito." A mente de Taís já estava a mil. O prazer que sentira ao fantasiar com Danilo, a culpa que a seguira, tudo parecia se justificar de alguma forma diante daquela revelação. Não era apenas desejo bruto; era a fascinação pela inocência, pela pureza de um rapaz que, mesmo com um corpo de tirar o fôlego, agia com a simplicidade de uma criança em busca de segurança. A imagem de Danilo abraçado a Raquel, com a mão no peito dela, misturou-se em sua mente com a visão do volume em sua bermuda e a sensação do corpo dele em seu colo. Era uma combinação potente, perigosa, e incrivelmente excitante.Taís hesitou por um instante, sentindo-se encorajada pela abertura de Raquel. Era o momento de compartilhar um segredo próprio, mesmo que ligeiramente alterado. "Você não sabe...", ela começou, a voz baixando para um sussurro cúmplice. "Hoje, um pouco antes dele bater a cabeça... minha borracha caiu debaixo da mesa. Ele foi pegar e quando ele estava lá embaixo, eu... eu acho que ele viu minha calcinha." "Ele se demorou um pouco, e logo depois bateu a cabeça", “ eu não percebi nada, mas depois me dei conta que deve ter sido por isso que ele se distraiu e quando se levantou de vez...” Raquel coçou o queixo "sim, acho que ele viu mesmo, e você é tão bonita, tão meiga. A visão de uma calcinha em uma mulher bonita dessas deve ter mexido com ele." Ela sorriu, seu olhar cúmplice e divertido. "E o coitado ainda bateu a cabeça por causa da 'emoção'! Mas não se preocupe, como eu disse, ele é um anjo. Não vai fazer nada”. A confissão de Taís e a reação de Raquel selaram ainda mais a cumplicidade entre elas. Taís sentiu um peso se esvair de seus ombros, substituído por uma estranha aceitação e a certeza de que havia encontrado uma aliada inesperada em seus turbulentos sentimentos. O jogo silencioso estava se tornando perigosamente real, mas agora, Taís não estava mais sozinha.

Ao sair da mansão, Taís dirigiu direto para o apartamento de Pedro, com uma necessidade urgente de confrontar, ou talvez mascarar, os novos sentimentos que a dominavam. Ele a recebeu com o carinho de sempre, alheio aos turbilhões internos que a acompanhavam. O jantar foi leve, pontuado pelas histórias dele sobre o dia, enquanto Taís sorria e assentia, sua mente flutuando entre a voz de Pedro e a imagem de um certo par de olhos escuros. A atmosfera de intimidade se instalou rapidamente no apartamento. Abraços e beijos carinhosos marcaram o caminho até o quarto, onde as roupas começaram a cair no chão em um ritmo familiar.

Quando Pedro, com gestos ternos, deslizou os dedos pela coxa de Taís, puxando suavemente a calcinha amarela de algodão, um arrepio percorreu o corpo dela. Não era o arrepio de paixão por Pedro, mas uma eletricidade diferente, quase proibida. Naquele instante exato, enquanto o amarelo inocente da peça sumia por suas pernas, a imagem vívida de Danilo se abaixando sob a mesa, os olhos fixos, o rosto ruborizado de uma inocência excitada, invadiu a mente de Taís. A respiração de Pedro em seu pescoço, seus beijos, tudo se tornou um borrão. Danilo. Era ele ali. O corpo grande e tonificado de 1,82m, o peito atlético, a virilidade adormecida que agora ela sabia ser "privilegiada". A cena da borracha, o volume em sua bermuda — tudo se materializou na escuridão por trás de suas pálpebras fechadas. Taís sentiu as mãos de Danilo, fortes e jovens, percorrendo sua pele, não as de Pedro. A fantasia, construída com detalhes vívidos e com a aprovação tácita de Raquel, era agora intensamente real. Ela se permitiu desejar Danilo, se entregar àquela ilusão proibida. Seus gemidos se tornaram mais altos, mais urgentes, uma sinfonia que surpreendeu a Pedro e a ela mesma. O corpo de Taís arqueava-se com uma intensidade visceral, sua umidade aumentando de forma avassaladora. Quando o orgasmo a atingiu, foi como uma onda. Ela estava ofegante, tremendo, consumida pela fantasia. Pedro, alheio à verdadeira fonte de tanto ardor, sorriu satisfeito, abraçando-a com orgulho. "Uau, amor! Que isso? Você está pegando fogo! O que eu fiz de diferente hoje para te deixar assim?" Ele brincou, a voz cheia de triunfo. Taís apenas conseguiu sorrir de volta, "Você é demais, Pedro", ela murmurou, aninhando-se em seu peito, enquanto a imagem de Danilo persistia em sua mente.

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