Me chamo Fábio, tenho 40 anos, e a história que vou contar aconteceu comigo quando eu tinha 29. Na época, eu namorava a Larissa , hoje estamos juntos há 11 anos.
Larissa sempre foi linda: loira, de olhos verdes, com um corpo invejável. Na época, ela tinha 19 anos. Era universitária e cursava Educação Física. Do tipo que usava shortinho de vôlei que marcava tudo e não gostava de usar sutiã, o que fazia com que os bicos dos seios ficassem sempre visíveis. Seu corpo chamava muito a atenção, com seus 1,65 de altura, com seios fartos, e sua silhueta era bem escultural.
Nos conhecemos em uma festa universitária para a qual meu amigo Marcelo, hoje meu sócio na empresa que construímos, havia me convidado. Não sou muito de sair; sempre fui muito centrado no trabalho e nos estudos. Nessa noite, conheci Larissa, que me encantou desde o primeiro instante em que a vi.
Ela usava uma calça legging que desenhava seu corpo e um top esportivo. Fiquei louco quando a vi. Logo perguntei ao Marcelo se a conhecia. Ele disse que ela era da sala ao lado da dele e que tinham conversado poucas vezes. Larissa se aproximou do grupo em que estávamos, comecei a puxar assunto e fomos nos conhecendo. Trocamos contatos e, pouco tempo depois, começamos a namorar.
Larissa era uma mulher muito ativa sexualmente, até por ser mais nova. No começo do relacionamento, éramos bastante ativos; transávamos várias vezes ao dia, tanto em viagens quanto nos motéis que frequentávamos.
Como eu sou mais velho que ela, não conseguia acompanhar o mesmo ritmo, ainda mais porque trabalhava muito e vivia estressado com as demandas do trabalho. Com o tempo, esse desgaste foi diminuindo nosso desejo, e, depois de um longo dia, tudo o que eu queria era tomar um banho e dormir.
Antes de me conhecer, Larissa era uma mulher que adorava sair para baladas, shows e eventos para se divertir. Sempre gostou de abusar da sensualidade, sabendo que era uma mulher desejada. Ela adorava provocar os homens, usando e abusando de roupas curtas. Ia para as baladas com vestidos bem curtos e, muitas vezes, sem calcinha ou sutiã, justamente para deixar o corpo ainda mais provocante.
Sempre percebi que ela gostava de ver os homens ficando loucos por ela, gostava de chamar atenção.
Eu, como sempre fui tranquilo, não perdia o controle, pois sabia que ela era minha namorada. Podiam olhar, mas tocar, não. Era minha.
Alguns meses depois de começarmos a namorar, Larissa foi morar comigo, já que a faculdade dela ficava próxima do meu apartamento.
Nessa época, eu já era independente e morava sozinho, perto do meu trabalho. O apartamento era pequeno, mas eu gostava de ter minha liberdade e privacidade.
Logo no começo, percebi que Larissa sempre ia para a faculdade com roupas muito chamativas. Sentia um pouco de ciúmes, mas nada que saísse do controle. Eu sabia que ela era minha namorada, não minha esposa, então não podia impor muita coisa.
Apesar de tudo, eu até que gostava de ver o quanto ela chamava atenção na rua por onde passávamos. Todos a notavam. Naquele momento, era bom saber que eu tinha uma mulher poderosa ao meu lado, mesmo ciente de que todos ali a desejavam.
Larissa sabia disso e provocava ainda mais os homens, tanto na rua quanto nos lugares por onde passava. E eu sempre com aquele pensamento: "Podem olhar, mas ela é minha."
O primeiro ano morando juntos foi muito bom. Saímos para algumas festas, eventos com amigos e viagens. Porém, depois do primeiro ano sob o mesmo teto, as coisas já não estavam mais como antes. Eu não sentia tanto desejo de transar com ela. Trabalhava demais, nessa época, praticamente tinha dois empregos: atuava em uma empresa e já estava começando a construir o que viria a ser a minha própria empresa.
Com isso, deixei de sair com frequência e não conseguia mais acompanhar o ritmo intenso da Larissa. Começamos a ter algumas discussões por causa disso, pois ela estava sempre excitada, e eu, sem muito tesão. Acredito que o estresse e o excesso de trabalho estavam me desgastando.
Larissa era uma mulher muito ativa e começou a reclamar, dizendo que queria transar, que estava "subindo pelas paredes", e que, se eu não quisesse, outros com certeza gostariam.
Nessa noite, brigamos. Eu disse que não era falta de desejo por ela, mas que eu estava muito cansado por conta das responsabilidades e só queria dormir. Conversamos bastante naquela noite e, no fim, acabamos transando, mas não foi uma das melhores experiências.
Algumas semanas depois, Larissa chegou em casa dizendo que haveria uma balada e que algumas pessoas da faculdade iriam. Disse que queria muito ir e perguntou se eu a deixaria sair com o pessoal da faculdade. Respondi que ela poderia ir, desde que eu fosse junto.
Ela começou a argumentar que só iria o pessoal da faculdade e que eu não precisava me preocupar. Foi aí que comecei a ficar inquieto, pois percebi que ela não queria que eu fosse. Disse que eu ficaria deslocado, como sempre acontecia quando eu estava perto dos amigos dela.
No fim das contas, aceitei deixá,la ir, com a condição de que eu também fosse. Ela relutou um pouco no início, mas acabou aceitando meu acordo. Combinei então de levar o Marcelo, meu sócio, para que eu tivesse com quem conversar durante a noite.
No dia da balada, combinamos de nos encontrar por volta das 21h, na frente da casa noturna. Quando terminei o trabalho, fui com o Marcelo. Naquela época, eu estava sem carro, pois estava investindo todo o meu capital na empresa, e o Marcelo se ofereceu para irmos no carro dele.
Chegamos um pouco mais tarde do que o combinado e, ao chegar na porta da balada, Larissa já estava nos esperando. Percebi que ela havia tomado alguns drinques e estava um pouco suada , provavelmente já tinha dançado com os amigos.
Larissa usava um microvestido, e dava para perceber claramente que estava sem roupa íntima. Como eu já sabia, ela gostava de chamar atenção e ser o centro dos olhares.
Entramos na balada, e Larissa nos levou até uma área VIP que havia no local. Lá, nos apresentou aos amigos dela. Dois deles chamaram atenção de imediato: eram altos, fortes e visivelmente atraentes e já estavam um pouco embriagados.
Um deles, chamado Roger, me cumprimentou com um aperto de mão, estava com a mão suada e meia melada. O outro, Fábio, também parecia suado, aparentemente por estar dançando. No entanto, algo me chamou a atenção: ao apertar sua mão, senti um cheiro estranho, havia um leve odor que me incomodou e me deixou desconfiado.
Depois de algum tempo lá, fiquei conversando com o Marcelo enquanto Larissa se divertia. Logo, ela pediu para comprar algumas bebidas. O bar da balada não ficava na pista onde estávamos, e, nesse momento, perdi Larissa de vista. Marcelo me acompanhou, mas percebi que Marcelo não tirava os olhos do celular, algo parecia estar acontecendo em seu privado, mas ele não quis me contar. Mesmo assim, Marcelo ficou comigo.
Demorei uns 20 minutos para comprar as bebidas, pois o lugar estava super cheio. Quando voltei, Larissa estava sentada no meio da mesa, entre Roger e Fábio. Ela sorria e percebi que mexia as mãos por baixo da mesa, fazendo alguns movimentos. Os amigos dela pareciam alucinados, mas naquele momento minha ficha não caiu. Assim que cheguei, eles se ajeitaram na mesa, pegaram as bebidas e disfarçaram.
Larissa, então, perguntou pelo Marcelo. Eu expliquei que ele tinha saído para falar ao telefone, pois o som estava muito alto e não conseguia comunicar direito ao telefone. Pouco depois, percebi que eles já tinham acabado as bebidas e pediram outra rodada. Como estava sozinho ali, disse que iria buscar mais e aproveitei para procurar pelo Marcelo.
Fiquei cerca de 40 minutos fora. Quando voltei, Larissa já estava na pista novamente, dançando com os dois amigos. Eles estavam muito próximos dela, fazendo um “sanduíche”, um em cada lado. Comecei a notar que os caras estavam com ereção, pois dava para perceber o volume nas calças, e Larissa não parava de dançar.
Duas horas depois, já estava super exausto. Muitos do pessoal da turma dela já tinham ido embora, e pedi para Larissa que fôssemos também, pois já era madrugada e eu tinha que trabalhar no dia seguinte. Os dois amigos dela estavam bem bêbados, e Larissa pediu para o Marcelo nos dar uma carona. Marcelo, como sempre gente boa, aceitou na hora.
Fomos no carro do Marcelo: eu fui no banco da frente junto com meu amigo, e Larissa sentou no meio do banco de trás, com os amigos de cada lado, perto das janelas. No caminho para minha casa, os três estavam bastante cansados e bêbados. Larissa, que é muito faca para bebida, acabou deitando no colo do Roger, que estava sentado atrás de mim.
No meio do percurso, ouvi um barulho estranho, como se alguém estivesse chupando algo, e logo depois ouvi Larissa se engasgar. Depois disso, ela se ajeitou e voltou para a posição anterior. Alguns minutos depois, deitou no colo do Fábio e, pelo que percebi, dormiu por alguns instantes. Logo acordou tossindo muito , provavelmente havia se engasgado novamente. Depois de se recompor, voltou para a posição anterior e tentou ficar acordada. Começou a sorrir, talvez achando engraçado estar tossindo sem motivo aparente.
Como estava um pouco bêbada, Larissa ficou sentada com as pernas abertas, e percebi claramente que não estava usando calcinha.
Naquele momento, fiquei um pouco incomodado, pois ela estava vulnerável ali, na companhia dos amigos. Por outro lado, confesso que aquilo também me deixou excitado por alguns instantes.
Marcelo, por outro lado, estava muito concentrado e preocupado com algo que parecia estar acontecendo em sua vida pessoal, e se mantinha quieto.
Chegando à porta da minha casa, convidei o pessoal para entrar um pouco, mas Marcelo disse que não conseguiria ficar, pois estava com problemas em casa e precisava ir. Larissa, por sua vez, pediu para que os amigos dormissem no apartamento, já que estavam bêbados, e que de manhã cedo eles iriam embora. Eu, como sempre, não sabia dizer não para ela, acabei deixando, Marcelo foi embora, e nós subimos para o nosso apartamento.
Chegando lá, avisei que precisávamos dormir, pois eu precisava descansar para acordar cedo no dia seguinte. Entramos no apartamento, avisei que iria tomar banho e depois dormir. Fui para o banho e fechei a porta. Logo em seguida, percebi que ligaram o som, mas em volume baixo, e segui meu banho normalmente.
Ao sair do banho, ouvi pessoas correndo, Larissa estava lavando o rosto na pia da cozinha e fazendo bochechos. Nesse momento, percebi que os dois amigos estavam dormindo em nossa cama, apenas de samba, canção, roncando profundamente. Larissa pediu para deixá-los dormir ali, e, como eu estava exausto, nem discuti. Peguei um colchão pequeno que tínhamos e o arrumei na beira da cama para mim.
Notei também que havia um pouco de gel branco, ou creme, no cabelo de Larissa. Quando comentei, ela se assustou e explicou que, por ainda estar um pouco bêbada, tentou passar creme nas pernas, mas acabou espirrando parte no cabelo. Em seguida, correu para o banheiro para tomar banho e se limpar.
Alguns minutos depois, eu já estava deitado na beira da minha cama, enquanto os dois bonitões dormiam e roncavam na minha cama, como duas princesas, e eu ali no chão. Larissa saiu do banheiro, apareceu só de camisola e se deitou ao meu lado. O colchão que usávamos era muito pequeno, e ficávamos caindo no chão gelado direto. Percebi que Larissa ainda estava um pouco bêbada. Ela se levantou e disse que não tinha condições de dormir ali, que gostaria de se juntar aos amigos.
Olhei para ela e perguntei: “Você está louca? Como assim?”
Ela respondeu: “Eles estão dormindo, roncando, e ainda tem espaço na cama.”
Olhei no relógio e já estava muito tarde; eu precisava dormir. Mesmo assim, acabei cedendo, pois estava muito cansado e com sono. Larissa então deitou no meio dos dois.
Logo em seguida, peguei no sono e acredito que tenha dormido por cerca de 30 minutos. Acordei com a cama se mexendo bastante. Eu estava enrolado nas cobertas e, inicialmente, não quis ver o que estava acontecendo. Mas, de repente, ouvi alguns gemidos e imaginei que fosse Larissa sonhando. Pensei que talvez ela estivesse com dor, por estar dormindo apertada entre dois homens grandes e bêbados.
Alguns minutos se passaram, a cama continuava se mexendo lentamente, e Larissa ainda gemia baixinho. Fiquei ali, quieto, enquanto os movimentos da cama iam ficando cada vez mais perceptíveis.
Nesse momento, percebi que meu coração começou a disparar e minha respiração ficou ofegante. Eu tentava imaginar o que, de fato, estava acontecendo. A cama se movia levemente, Larissa gemia baixinho e, de tempos em tempos, eu também ouvia a respiração ofegante dos amigos dela.
Por alguns minutos, tudo ficou em silêncio, o que me trouxe certo alívio. Eu não queria levantar, e como a cama era alta, não conseguia ver o que se passava. Além disso, eu estava de costas para ela.
Depois de algum tempo, voltei a ouvir a cama se mexendo e Larissa começou a soltar alguns gemidos mais altos. Provavelmente, tentava abafar o som com a mão para que não escapasse.
Foi então que decidi me virar lentamente, tentando observar com cautela o que realmente estava acontecendo naquela cama.
Ao me posicionar lentamente para ver o que realmente estava acontecendo, percebi que Larissa estava deitada com a cabeça na altura da cintura de Roger e com o quadril voltado para a virilha de Fábio. Naquele instante, meu coração quase saiu pela boca, minha pressão pareceu despencar diante da cena que eu estava presenciando, e minha respiração voltou a ficar ofegante. Estava escuro, e, tomado pela confusão, me deitei novamente, tentando não acreditar no que havia acabado de ver.
Fiquei abalado, tentando processar o que tinha acabado de ver. Mas, sendo bem sincero... já fazia um tempo que eu vinha desconfiando. Não era a primeira vez que algo não batia, que eu pegava olhares estranhos, comentários atravessados, mudanças de comportamento da Larissa. Só que eu me fazia de bobo. Dizia pra mim mesmo que era paranoia, coisa da minha cabeça. Mas ali, naquele momento, tudo começou a se encaixar.
A ficha tava caindo, mas eu não queria aceitar. Tinha medo do que isso significava pra mim. Era minha namorada, a mulher com quem eu dividia a vida, a casa, os planos. E agora ela tava ali, no meio de dois amigos, gemendo baixinho, achando que eu tava dormindo no colchão do lado.
E o pior... é que parte de mim não conseguia odiar aquilo. Era estranho demais pra explicar. Uma mistura de raiva, vergonha, excitação e tristeza. Como se eu estivesse assistindo um filme bizarro onde eu era o personagem que sabia o que tava acontecendo, mas fingia que não. Um papel que, no fundo, eu já vinha ensaiando fazia tempo.
Eu podia ter feito algo. Levantado, falado, interrompido, mandado ela tomar no cu, os dois também. Mas não fiz. Me virei de costas, puxei o cobertor, e fiquei quieto. Fingindo que tava dormindo. Fingindo que não doía. Fingindo que não me afetava. Mas por dentro eu tava um caos.
A cama se mexia, ela gemia, e eu ali... ouvindo tudo, sentindo tudo. O colchão duro no chão, o frio subindo pelas costas, e minha cabeça a mil. Eu não era inocente. Eu sabia o que tava acontecendo e, por algum motivo que eu não queria admitir, parte de mim queria saber mais. Queria ouvir, imaginar, talvez até ver. Como se eu precisasse me afundar nisso pra ter certeza, pra validar aquela sensação que me consumia há semanas, talvez meses.
Deitei de novo, respirei fundo, e deixei a mente vagar. Me perguntei se ela sabia que eu tava acordado. Talvez soubesse. Talvez fosse parte daquilo. Talvez fosse um jogo que a gente já estava jogando e eu só agora entendi as regras.
Naquela noite, eu não falei nada. Não reagi. Não enfrentei ninguém. Eu só aceitei. Dormi fingindo que não vi, mas sabendo que vi tudo. Fingindo que era a primeira vez, mas já tendo ligado os pontos faz tempo. E o mais doido: fingindo que não gostava... quando talvez, no fundo, eu gostasse sim.