No apartamento do chefe - Capítulo 10

Um conto erótico de Santos
Categoria: Gay
Contém 857 palavras
Data: 25/07/2025 08:10:47

As duas semanas seguintes foram intensas no apartamento de Ricardo. Com a chegada de Cláudio e Renata, o ambiente ganhou movimento e ritmo — reuniões acaloradas, discussões sobre jurisprudência, planilhas abertas o dia inteiro. O caso contra a construtora exigia atenção constante, e todos estavam imersos na tensão do trabalho.

Lucas se adaptou à nova dinâmica, mas sentia falta da intimidade dos dias em que era só ele e Ricardo. Cláudio, com seu humor ácido e experiência, mantinha o grupo alerta, enquanto Renata, organizada e focada, trazia leveza e agilidade. Mesmo assim, Lucas não conseguia evitar os olhares furtivos para Ricardo — que, desde a volta de Brasília, parecia mais leve. Havia um brilho no olhar dele, algo novo, que deixava Lucas intrigado.

Numa tarde, Ricardo pediu que Lucas e Renata buscassem uma pasta no quarto. Enquanto ela revirava uma gaveta, Lucas notou algo: a foto de Clara, que antes ficava sobre a mesinha de cabeceira, não estava mais ali. A moldura sumira. O espaço parecia estranhamente vazio — ou, talvez, livre. Um calor subiu pelo peito de Lucas. Tirar aquela foto era mais do que um gesto simbólico… era um sinal. Mas ele guardou o pensamento para si e voltou ao trabalho com a cabeça inquieta.

Ao final das duas semanas, o processo havia avançado o suficiente para que Cláudio e Renata retornassem ao home office. O apartamento voltou a ser, mais uma vez, território de apenas dois — Ricardo e Lucas, em seus dias alternados de trabalho.

Na segunda-feira seguinte, Lucas chegou com uma energia diferente. Sentia que a volta à rotina anterior trazia mais do que conforto: trazia possibilidades. O dia correu entre revisões de documentos e relatórios, até que, na hora do almoço, enquanto comiam sanduíches na cozinha, Lucas decidiu arriscar.

— Chefe… conheceu alguém? — perguntou, com um sorriso leve, mas os olhos atentos.

Ricardo, que mastigava, parou por um segundo, surpreso. Riu, tentando esconder o desconforto.

— Por quê, Lucas? Tá me espionando agora?

Lucas apontou com o queixo para o corredor.

— Notei que a foto da Dona Clara não tá mais no quarto… A gente falou sobre se abrir pra algo novo, lembra? Achei que isso podia ser um sinal.

Ricardo ficou em silêncio por alguns segundos, os olhos baixos, pensativo. Depois, suspirou e sorriu de canto.

— Você é observador mesmo. É isso… tirei a foto. Não porque conheci alguém, mas porque percebi que precisava me permitir viver outra coisa. Clara sempre vai fazer parte de mim, mas… ficar preso ao que passou não vai me levar a lugar nenhum.

Lucas assentiu devagar, sentindo o peso — e a leveza — da resposta.

— Faz sentido, chefe. Tirar a foto foi mais do que tirar um objeto do lugar… é abrir espaço, né?

— Exato — disse Ricardo, com um brilho nos olhos. — É deixar a porta entreaberta. Só pra ver o que acontece.

A conversa seguiu para assuntos mais leves, mas havia ali algo novo, silencioso, quase palpável. A ausência da foto parecia ter aberto também uma fenda invisível entre os dois — e nenhum deles fingia mais que não sentia.

Nos dias seguintes, a rotina voltou a seguir o padrão: segunda, quarta e sexta. Mas agora, as trocas entre eles eram diferentes. Havia mais sorrisos, mais toques ocasionais, mais pausas entre os olhares. Lucas percebia Ricardo mais acessível, mais solto — e isso o deixava à beira do descontrole em certos momentos.

Na sexta-feira, Lucas chegou por volta das 9h, vestindo uma camiseta justa e jeans escuros, aproveitando o clima mais descontraído do fim de semana. O expediente fluiu com naturalidade. Mas, perto das 13h, Ricardo se levantou da mesa e anunciou:

— Lucas, me dá licença um minuto. Vou me trocar. Tenho um jogo de futebol com uns amigos hoje.

Ele saiu em direção ao quarto, enquanto Lucas continuou revisando uma petição. Minutos depois, Ricardo voltou — e Lucas quase derrubou o laptop da mesa.

Ricardo usava um short branco de futebol, justo o suficiente para revelar cada curva das coxas musculosas e o volume generoso entre as pernas. A regata preta deixava os braços e o peito largos à mostra, contrastando com a pele negra e reluzente. Era uma visão difícil de ignorar — e Lucas tentou. Mas seus olhos o traíram, fixando-se por um segundo a mais na região que mais chamava atenção.

Ricardo percebeu. Um leve sorriso escapou no canto da boca.

— Tô te liberando mais cedo hoje — disse, com tom casual, mas carregado de subtexto. — Vai curtir o resto da sexta. Eu volto só mais tarde.

Lucas engoliu seco, tentando manter a compostura.

— Beleza, chefe. Bom jogo pra você.

Juntou as coisas com pressa, o rosto queimando, e saiu do apartamento com a imagem de Ricardo gravada na mente como fogo. Enquanto descia no elevador, soube com todas as certezas silenciosas que algo estava sendo construído entre eles — mesmo que nenhum dos dois ainda tivesse dado o próximo passo.

Enquanto isso, Ricardo se olhava no espelho antes de sair para o jogo. Pensava no olhar de Lucas — demorado, curioso, quente. Não sabia exatamente o que estava fazendo, mas gostava da sensação de estar sendo visto. Desejado.

Algo dentro dele estava despertando.

E, dessa vez, ele não pretendia voltar a dormir.

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Foto de perfil genéricaSantos__SPContos: 14Seguidores: 11Seguindo: 9Mensagem Sou uma pessoa fã de contos eróticos, adoro incestos, contos de negros, coroas negros roludos, jovem brancos(que lembram a mim) famintos por rolas de coroas solteiros. A minha imaginação é frutífera e crio histórias incríveis e interessantes na minha mente kkk, será que sou um doente do sexo? Não sei! Fato é que sinto um tesao de outro mundo e quero compartilhar essas histórias com vcs!

Comentários

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Eita, tá na hora dos dois se conectarem a fundo.

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