O internato - Capítulo 30

Um conto erótico de Bernardo, Daniel, Theo, Gabriel
Categoria: Gay
Contém 3047 palavras
Data: 23/07/2025 19:21:21

⚠️ Aviso de conteúdo sensível

Esta história aborda temas delicados, incluindo abuso e traumas emocionais. Os acontecimentos mais graves não são descritos com detalhes explícitos, mas estão fortemente sugeridos ao longo do texto. A leitura pode ser desconfortável ou desencadeadora para algumas pessoas.

Se você estiver em um momento sensível, considere prosseguir com cautela ou buscar apoio emocional antes da leitura.

Capitulo 30 - What do You Got

...

Gabriel:

– O que o Pedrinho está fazendo aqui? – perguntei, surpreso ao entrar no carro do meu padrasto.

Ele dormia tranquilo no banco de trás, abraçado ao boneco favorito do Ben 10. Sua expressão serena me dizia que, até agora, nada de ruim havia acontecido.

– Pensei em dar uma volta com vocês dois – Jair respondeu, sorrindo de um jeito que me deixou desconfortável. Inclinou-se em minha direção e tentou me beijar à força.

– Para com isso! – tentei recuar, mas ele era muito mais forte que eu.

Ele se afastou, mantendo aquele sorriso perturbador, e deu partida no carro. Seguimos por uma estrada cercada por mata fechada até chegarmos à entrada adormecida de Caxias. A cidade parecia silenciosa, e a Igreja São Pelegrino ao longe com suas luzes suaves.

Jair colocou a mão sobre minha perna de forma invasiva e sussurrou:

– Fica lindo com essa camisa do Batman...

Desviei o rosto, sentindo nojo.

– Eu odeio essa camisa – murmurei com raiva. Ele havia me dado de propósito, como se quisesse me infantilizar.

Jair apenas riu e tirou a mão de cima de mim. Entrou pela cidade e estacionou diante de um hotel pequeno, mal iluminado, com a placa de neon quase toda apagada. Meu coração disparou. Eu já sabia o que ele pretendia.

– Seu covarde! – comecei a socá-lo com todas as minhas forças – O que você quer com o Pedrinho?

Meus golpes não o afetavam. Eu me sentia pequeno, impotente. Jair saiu do carro me deixando preso lá dentro com meu irmão.

– Pedrinho! – me virei para o banco de trás, sacudindo meu irmão com urgência – Acorda, Pedrinho!

– O que foi...? – ele respondeu com a voz sonolenta, esfregando os olhos. – Gabriel?

– Escuta, por favor – soltei o cinto da cadeirinha e me ajoelhei ao lado dele – Quando Jair voltar, a gente precisa correr. Entendeu?

– Mas... ele disse que ia ser divertido – murmurou, confuso. – Disse que ia levar a gente num lugar legal...

– Ele mentiu, Pedro – sussurrei, acariciando seus cabelos escuros – Ele quer te machucar... igual fez comigo.

– O papai disse que você é o mau da história – ele respondeu, com os olhos grandes de dúvida. – Disse que não era pra eu confiar em você.

Meu coração se partiu. Jair havia envenenado a mente do meu irmão.

– Eu te amo, Pedrinho. Acredita em mim, por favor – supliquei, com os olhos cheios d’água.

Mas antes que ele respondesse, a porta se abriu. Jair me puxou para fora com violência. Cai de joelhos no chão de pedra fria.

– O quarto já está pronto – ele disse como se estivéssemos indo passar férias.

– Me larga, seu doente! – gritei me debatendo, tentando me soltar.

Pedrinho saiu do carro logo depois, sorridente, segurando o boneco. Era como se ele não conseguisse enxergar a verdade. Como se estivesse anestesiado, vivendo outra realidade. Jair seguia me puxando pelo braço e meu irmãozinho nos acompanhava calmamente.

Na recepção, um funcionário do hotel nos atendeu com um sorriso vazio, quase automático.

– Socorro... – tentei gritar, desesperado.

– Boa noite pra vocês – disse o rapaz, sem nem registrar o que acontecia.

Jair chamou o elevador. Assim que a porta se abriu, ele me empurrou para dentro com força. O elevador subiu rápido. Parou no segundo andar.

Ele me segurou pelos cabelos, me forçando a caminhar. A dor era insuportável. E mesmo assim, Pedrinho parecia alheio, com o mesmo olhar inocente.

Por que ninguém via o que estava acontecendo?

Jair parou na porta do quarto 217 e, com pressa, destrancou-a. O espaço era apertado, com uma pequena varanda de onde entrava um vento gelado, fazendo as cortinas dançarem de forma inquietante. Sem qualquer cuidado, ele me empurrou para dentro. Cambaleei e acabei me chocando com uma cômoda de madeira. O impacto foi tão forte que a televisão em cima dela balançou perigosamente, quase tombando.

Enquanto eu tentava me recompor, Pedrinho correu até a cama e pegou algo que estava sobre o travesseiro: um par de algemas. Ele as estendeu para Jair, que as pegou sem dizer nada. Em seguida, aproximou-se de mim com passos decididos e prendeu meu pulso direito na grade de ferro da sacada. Dali, eu podia ver toda a extensão do quarto e a rua silenciosa logo abaixo.

– Pode gritar o quanto quiser – ele disse, com uma frieza perturbadora na voz – Ninguém vai ouvir.

– Socorro! – berrei, desesperado – Alguém me ajuda!

Ele riu alto, como se minha dor fosse motivo de diversão. Depois, virou-se para Pedrinho, que permanecia sentado na borda da cama, apertando seu boneco do Ben 10 com força. Mas o brilho inocente de antes já não estava ali. No lugar dele, um medo visível tomava conta de seu rosto. Seus olhos marejados diziam tudo.

– O que você vai fazer, papai? – ele perguntou com a voz embargada.

Jair se aproximou devagar, com um ar sombrio. Afrouxou o cinto e o deixou cair no chão, antes de se sentar ao lado do menino. Com movimentos que jamais deveriam existir entre um pai e um filho, passou a mão em seus cabelos com uma calma doentia.

– Larga ele! – gritei tentando me soltar, mas a algema era muito forte – Seu filho da puta! Larga ele!

Não vou entrar em detalhes sobre o que aconteceu. Algumas coisas são tão sujas, tão repugnantes, que o simples ato de contá-las seria como vivê-las de novo. Mas vocês conseguem imaginar. Imaginar é mais do que suficiente.

"Abra a porta!"

Ouvi, em meio aos gritos de dor do meu irmão. Olhei para a porta do quarto, mas ela permanecia imóvel. Meus olhos voltaram para Pedrinho, que chorava e se debatia, implorando por ajuda.

"Abre logo essa porta!"

A voz ecoou de novo. Então tudo ao meu redor começou a se embaralhar. Era como se o quarto, meu irmão e Jair se transformassem em névoa — seus corpos se desfaziam e depois se reconstituíam, como em um pesadelo distorcido.

...

– Gabriel! Abre logo essa porta ou vou chegar atrasado pra aula! – despertei com a voz impaciente de Lucas, do lado de fora. Ele batia com força, fazendo a porta estremecer.

Acordei no chão do banheiro, aliviado ao perceber que ainda estava no meu quarto no Colégio Imperial. Peguei o celular e vi que não havia ligação alguma de Jair. Tudo não passara de um pesadelo — horrível, mas irreal.

Abri a porta do banheiro. Lucas me esperava com cara de poucos amigos.

– Da próxima vez, vai chorar em outro lugar! – ele bufou, atravessando o quarto com pressa. – Tô quase perdendo a aula de história!

– Vai encher o saco de outro! – retruquei, passando por ele e batendo de leve com o ombro em seu braço, de propósito.

Saí do quarto e bati a porta ao sair. Peguei meu celular no bolso da calça e disquei o número de casa. O coração batia acelerado. Não demorou para minha mãe atender.

– Bom dia, querido! – ela atendeu com aquela voz calorosa de sempre – Aconteceu alguma coisa? Você nunca liga assim do nada.

– Me deixa falar com o Pedrinho! – pedi, aflito.

– Tudo bem… mas o que houve? – agora era ela quem parecia assustada.

– Me deixa falar com ele! – insisti, quase gritando.

Ouvi sua voz ao fundo chamando Pedro. Em poucos segundos ele pegou o telefone.

– Oi, Gabriel! – respondeu com sua vozinha leve e feliz.

– Oi, maninho – falei entre lágrimas, aliviado por ouvir sua voz – Como você tá?

– Bem! – disse todo animado – A mãe do Davi levou a gente no cinema pra ver o filme dos Minions! Teve pipoca e refrigerante! O Davi até derramou o copo na blusa dele, foi muito engraçado!

Sorri mesmo com os olhos molhados.

– Que bom que se divertiu – funguei – Mas promete uma coisa pro seu irmão?

– Prometo! – respondeu, empolgado.

– Se alguém tentar te machucar, você promete que vai me contar? Qualquer um, mesmo que seja o papai... ou o Gustavo. Tá me ouvindo?

– O Gustavo pisou no meu pé ontem à noite – contou inocentemente – Doeu pra caramba!

– E o papai? – perguntei, mais sério – Ele fez alguma coisa estranha? Tocou em você de um jeito esquisito?

– Estranho? – ele pareceu confuso.

– Tirou sua roupa ou te fez carinho em algum lugar que não devia?

– Do que você tá falando, Gabriel? – ouvi a voz da minha mãe, surpresa e alarmada.

Claro. Eu deveria imaginar que ela ouviria a conversa no telefone sem fio da cozinha.

– Ele fez alguma coisa, Pedrinho? – insisti, ignorando minha mãe por um instante.

– Não… – respondeu ele, com a vozinha meio insegura.

– Pelo amor de Deus, Gabriel, o que você quer dizer com isso? – minha mãe agora estava desesperada.

– Eu não vou pra casa esse fim de semana, mãe – falei, chorando – Vou ficar aqui no colégio.

– Como assim não vai?! – ela quase gritou – Pedro, desliga o telefone agora! – escutei o bip da extensão sendo desligada.

Ela voltou à linha principal.

– Eu vou aí agora te buscar, e você vai me explicar direitinho o que está acontecendo!

– Não tá acontecendo nada, mãe – disse com a voz embargada – Foi só um pesadelo.

– Você tá falando do mesmo jeito de antes... – ela interrompeu a frase. Não teve coragem de dizer em voz alta que eu tinha tentado tirar a própria vida.

– Eu não vou fazer nada, mãe – menti, tentando parecer tranquilo – Vai ter uma festa junina aqui no colégio, e eu quero participar. Só isso.

– Não mente pra mim, Gabriel – ela ainda não estava convencida.

– Não tô mentindo – continuei, tentando soar firme – Foi só um pesadelo, já passou. Vai ficar tudo bem. Te amo, mãe. Tchau.

– Também te amo, Gabriel – ela respondeu, claramente ainda abalada – Tchau.

E desliguei o telefone.

...

Bernardo

– Estou muito feliz que tenha voltado para o nosso quarto – disse Théo naquela manhã de sábado, enquanto eu terminava de arrumar minhas coisas.

– Você me perturbou a semana inteira – falei, organizando minhas roupas nas gavetas, menos a última que antes havia deixado para ele. A semana foi lenta desde a terça-feira à noite, quando Gabriel me revelou seu segredo. Participei de algumas reuniões dos góticos, mas sem estar fantasiado. Ainda me sentia deslocado com aquelas roupas pretas e maquiagem carregada, mas, de alguma forma, aquelas poesias e textos sombrios mexiam comigo. Gabriel só apareceu na reunião de sexta, e ninguém comentou o motivo. Como disse Eliza: "Estamos curtindo esses dias de paz sem brigas". Fiquei um pouco ofendido, mas antes que eu reagisse, Roberta interveio.

...

– Sei que o Gabriel pode ser um babaca na maior parte do tempo, mas tem algo pesado o assombrando – disse ela em defesa do amigo.

– Nada disso! – rebateu Everton. – Ele é só um mimado que acha que é gótico! Vocês já leram os poemas dele? Uma porcaria!

– E agora o babaca parece ser você – Lorenzo retrucou. – Eu gosto dos poemas dele.

– Você só liga para natação! – debochou Everton. – Nem tem moral para criticar nada.

– Chega disso! – levantei a voz. – Nenhum de vocês sabe o que ele está passando. Melhor cada um cuidar da sua vida.

E o assunto morreu ali.

...

– Vai pintar as unhas de que cor? – perguntou Théo, ligando uma de suas playlists no computador.

– Acho que vermelho – respondi, observando as unhas ainda azuladas. – Vai combinar com minha camisa xadrez.

– Vai arrasar! – disse ele se admirando no espelho. – Acho que vou tirar essas mechas azuis do cabelo – comentou passando os dedos pelos fios loiros. – Tô enjoado delas.

– Vai deixar tudo loiro?

– Provavelmente – respondeu enquanto ajeitava o cabelo com os dedos. – Talvez corte também.

– Se quiser, eu corto para você – falei, pegando uma tesoura na cabeceira.

– Ficou doido, viado? – ele riu. – Vai me deixar careca! Prefiro ir no salão da minha mãe e dar um up no visual.

Nos arrumamos cantando e dançando ao som de músicas pop que Théo adorava. Não vou mentir, me empolguei muito quando "Bad Blood" da Taylor Swift começou a tocar e ele caiu na risada com minha performance desajeitada.

No fim da tarde, nossos pares bateram à porta. Samuel usava uma camisa xadrez azul com um lenço vermelho no pescoço e calça jeans cheia de remendos coloridos. Tinha até deixado crescer um leve bigode. Giovana estava linda com um vestido rosa, meia-calça branca e sapatilhas combinando. Seus cabelos castanhos estavam presos em duas maria-chiquinhas, e o rosto trazia maquiagem com sardinhas desenhadas.

Elogiamos nossos parceiros e descemos juntos para o ginásio. O espaço, onde rolara a festa de boas-vindas, agora estava repleto de bandeirinhas e balões coloridos pendurados no teto. No centro, uma fogueira cenográfica com ventoinhas e luzes simulava chamas. Uma banda tocava clássicos juninos, mas havia um set de DJ ao fundo indicando que a noite ia esquentar.

Todos estavam lá: Fábio vestido de caubói, Alice como noiva caipira, Nick com camisa verde acompanhado de uma colega quieta da turma. Patrick apareceu com uns amigos nerds. Leonardo estava com uma garota ruiva de vestido azul. O único ausente era Daniel. Não o vi em nenhum canto.

– Fica na miúda, mas consegui contrabandear vodca – disse Leonardo empolgado. – Tá no vestiário da piscina.

– Ainda vou descobrir como você arruma essas paradas – zombou Samuel. – Sério mesmo!

Rimos muito e, apesar dos protestos de Giovana, seguimos para o vestiário. Tinham menos alunos dessa vez. Cara de Chokito estava na porta novamente, mas nos deixou passar com Leonardo. Havia um isopor lotado de gelo e vodca. Leonardo nos serviu e a zoeira começou.

Ríamos, bebemos, mas a ausência de Daniel me incomodava. Não o vi sair. Quando perguntei a Théo, ele apenas deu de ombros. Resolvi sair. Do lado de fora, vi Samuel e Théo se beijando na borda da piscina.

– Ainda sente falta dele? – Giovana perguntou, sentando ao meu lado.

– Sinto – confessei. – Foi meu primeiro amor de verdade.

– Isso é especial – ela segurou minha mão. – Vocês não deviam ter terminado.

– Eu que errei – engoli o choro. – Ele estava certo em me deixar. Eu que estraguei tudo.

Seu celular vibrou. Ela respondeu algo rapidamente, sem me mostrar.

– Vamos voltar para a festa – falou, se levantando. – Você precisa disso.

– Não tô no clima, Gi. Vou pro meu quarto.

– Nem vem, Bernardo de Andrade! – ralhou. – Vai se divertir sim!

Eu a encarei por um instante e percebi que não tinha opção. Levantei meio grogue da bebida. Ela segurou minha mão e me levou até o ginásio. Começamos a dançar ao som do forró. Quando a música terminou, o vocalista da banda pegou o microfone:

– Agora algo especial! Um aluno vai cantar para a pessoa que ama. Com vocês, Daniel Vilella!

Meu coração disparou. Daniel surgiu no palco vestido de caubói. Sorria nervoso, tremendo visivelmente.

– Bernardo – disse ele, olhando na minha direção. – Lembra daquela fuga para minha casa de praia? Quando falamos sobre nossas músicas favoritas? – lembro como se fosse ontem. – A sua era "Asleep". A minha, "What Do You Got". Hoje, quero dedicá-la a você.

A banda começou a tocar, e ele cantou. E cantou lindamente. As palavras saíam da alma. Meus olhos se encheram de lágrimas. Olhei para Giovana, também emocionada. Era tudo armação dela, claro.

Théo sorria para mim. Fez um gesto com os lábios: “Vocês merecem ser felizes”.

Avancei devagar pelo salão. Todos abriam caminho. Cheguei no palco bem no último verso. Dois garotos me ajudaram a subir. Abracei Daniel apertado. Nos beijamos. Ele segurava minha cintura, e eu seus cabelos loiros. Nossos chapéus caíram na plateia que gritava.

Então, ele se ajoelhou. Do bolso, tirou uma caixinha azul. O vocalista posicionou o microfone perto dele.

– Bernardo de Andrade, aceita ser meu namorado? – disse, mostrando duas alianças de ouro.

“Aceita! Aceita! Aceita!” gritava o público. Mal consegui falar. Apenas assenti, chorando. Ele colocou a aliança em meu dedo. Fiz o mesmo com a dele. Dentro estava gravado: “Forever and Always”.

– Eu te amo – sussurrei. – Muito.

– Também te amo – ele respondeu e me beijou.

Descemos do palco de mãos dadas, sob aplausos. Ninguém ali estava mais feliz que eu.

Recebemos muitos abraços. O mais especial foi o de Théo.

– Obrigado – falei sorrindo. – Você é um amigo de verdade.

– Agora eu sou? – ele sorriu com os olhos marejados. – Espero que vocês sejam muito felizes.

– E eu desejo o mesmo para você e Samuel – falei.

Dei um beijo na bochecha de Théo. Sabia que ele tinha tramado tudo com Giovana. E isso só confirmou o quanto ele tinha mudado.

Voltamos para o vestiário. Eu e Daniel dançamos coladinhos, trocamos beijos e carícias. Era amor e desejo misturados.

– O que te fez mudar de ideia? – perguntei, sentados na borda da piscina, com os pés na água.

– Meu amor por você – respondeu, acariciando meu rosto. – Nunca te esqueci.

– Cada dia longe foi um tormento – falei, lhe dando um selinho. – Mas não te culpo. Fui eu quem errou.

– Shhh – ele me calou com um beijo. – Não pensa mais nisso.

Nos beijamos de novo. Suas mãos desceram pelas minhas costas até minha cintura. Ele apertou minha bunda, e eu enrosquei os dedos em seus cabelos. Seu beijo desceu para meu pescoço. Era puro desejo.

– Vou pegar mais vodca. Te encontro no quarto – disse.

– Ok – respondi, dando-lhe um último selinho.

Ele correu para o vestiário. Fui até meu dormitório passando pela cabana do zelador, onde vivemos muitas coisas...

– Bernardo! – ouvi uma voz arrastada me chamar.

Nick saiu tropeçando da cabana, segurando um copo de plástico. Uma garrafa vazia de vodca estava jogada no chão.

– Some daqui, Nick. Não quero problema – falei, tentando seguir.

Mesmo bêbado, ele correu e agarrou meu braço com força.

– Tô com tesão de você – murmurou com bafo de álcool. – Bora repetir a nossa festinha no carro do meu pai.

– Me solta, Nick! – tentei me soltar, mas ele era mais forte.

Ele me empurrou ao chão e se jogou em cima de mim. Tentava me beijar o pescoço e a boca.

– Para com isso, Bernardo – ele disse com a voz enrolada. – Da última vez você não reclamou.

– Me larga! – gritei.

Nick começava a tirar a calça quando Daniel surgiu, puxando-o pela camisa. Um soco acertou em cheio o rosto de Nick.

– Se encostar nele de novo, eu te acabo! – Daniel rugiu.

Ele me ajudou a levantar e fomos para meu quarto. Antes de entrar, vi Gabriel sair da cabana e parar diante de NickContinua...

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Comentários

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Show. Enfim aconteceu. Com os olhos marejados de lágrimas quase não consegui acabar de ler tamanha emoção. Obrigado e parabéns.

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