Angélica sempre foi discreta. Uma mulher de 54 anos que cuidava da casa com eficiência, do marido com tolerância e de si com um tipo de vaidade silenciosa. Tinha o corpo bem-cuidado, mas sem exageros. Cabelos castanhos com fios prateados, olhos maduros e mãos que sabiam exatamente onde tocar — mesmo quando não tocavam nada.
Rafael, ou Rafa, seu filho, voltou a morar com seus pais há alguns meses, depois de passar 4 anos vivendo em oito estado. Tinha 24 anos, era bonito de um jeito que não fazia esforço para ser. Tinha aquele ar insolente de quem sabe o efeito que causa — mas com sua mãe, se fazia de educado. Educado demais.
Nessa nova temporada de volta ao convívio familiar, Rafa voltou mais observador e até admirador.
Angélica percebeu os olhares do filho sobre ela. Os silêncios. As reações dele quando ela passava pela casa de roupão, ou quando saía do banho com o cabelo molhado. Ou quando usava aquele vestido leve para ficar em casa, mesmo sem motivo.
E mais do que perceber… gostou.
O marido? Ausente. Presente em carne, mas não em alma. Já não a via. Já não a tocava como antes.
Rafa, sim, olhava como se ela ainda fosse feita de algo precioso. E perigoso.
Foi numa noite de sexta-feira. O pai viajando. A casa em silêncio. Rafa estava na cozinha, lavando um copo, quando Angélica entrou de camisola curta e pés descalços. Cabelos soltos. Sem maquiagem.
Ele se virou devagar. A respiração pareceu mudar.
— Quer que eu faça um chá? — ela perguntou, casual.
— Quero. — ele respondeu, engolindo seco.
— Tá com sono, Rafa? — ela perguntou, pegando a chaleira.
— Nenhum.
Silêncio.
Ela não olhou para ele de volta, mas sabia que os olhos dele estavam grudados nela.
— Gosta de morar aqui?
— Gosto muito. É... confortável.
Ela sorriu com canto da boca.
— Confortável, é filho?
— Com você por perto, é difícil não gostar.
Ela virou lentamente. Colocou a xícara sobre a mesa, aproximou-se dele. Estava perto o bastante para sentir o cheiro da pele dele. Jovem. Quente.
— Você é um menino educado, né, Rafa?
Ele assentiu, mas não falou nada.
Ela ergueu o rosto e olhou nos olhos dele, como se testasse até onde podia ir.
— Gosta quando eu te chamo assim, não gosta?
Ele demorou, mas respondeu.
— Gosto.
— Gosta de quê, filho, fala pra mim?
Ele respirou fundo.
— De quando você me chama de "meu menino".
Ela sorriu, dessa vez abertamente.
— Mas é que você é isso mesmo uai...
— É. Um menino. Seu menino.
Angélica aproximou-se mais. Tocou o rosto dele com a ponta dos dedos, devagar, sentindo o calor subir pelo corpo. Ele não se mexia. Só respirava mais forte.
— Você sabe que isso é errado, né filho?
— Sei. Mas nunca quis tanto algo errado na vida.
Ela encostou os lábios no queixo dele. Depois, no canto da boca.
— Então se ajoelha. - Ordenou ela.
Ele caiu de joelhos como um cão bem treinado.
Ela segurou o queixo dele com firmeza.
— Fica quietinho. Meu menino agora vai aprender como se adora uma mulher de verdade.
Ele fechou os olhos. A boca entreaberta, à espera. Angélica subiu a camisola. Sem pressa. Sem medo. Sentou-se na cadeira da cozinha, afastou as pernas.
— Vem.
Ele foi. Com fome, com devoção. A língua dele dançava, nervosa, e ela guiava com a mão firme na nuca.
— Assim... isso... Meu menino sabe usar a boca.
Ela gozou em silêncio, os olhos semicerrados, o corpo inteiro em contrações leves. Mas ainda queria mais. E ele também.
— Sobe. — disse, com a voz rouca.
Rafa ficou de pé, duro, ofegante. Ela abaixou a cueca dele com uma calma que parecia cruel.
— Você quer me foder, meu menino?
— Quero.
— Então me mostra.
E ele mostrou.
A pegada era ansiosa, mas ela guiava tudo. Era ela quem mandava. Ela quem dizia o ritmo. Ele entrava e saía como se estivesse em um sonho — e ela, com as unhas nas costas dele, dizia frases que ele jamais esqueceria.
— Isso. Me enche... meu menino bom... todo meu...
E quando ele avisou que ia gozar, ela segurou, puxou o corpo dele contra o dela e sussurrou:
— Dentro. Eu quero. Quero seu gozo dentro de mim. Agora.
Ele obedeceu. Desabou dentro dela com um gemido abafado no pescoço dela. Mas não teve tempo de se recompor.
Ela puxou o rosto dele para baixo, entre as pernas.
— Agora limpa. Com a boca.
— Você quer mesmo mãe? Tem certeza...? — ele hesitou.
— Eu quero. Prova como é bom ser meu.
E ele foi. Com os lábios, com a língua, com a alma. Lambeu os próprios traços do gozo, misturados com o prazer dela. A boca dele ficou melada. Brilhante.
Ela o puxou para cima. E beijou. Profundo. Sujo. Lento.
— Esse é o gosto do seu pecado, meu menino.
- Agora é do nosso delicioso pecado mãe. Nosso!
Ele fechou os olhos.
E soube que não havia mais volta.