O quarto estava impregnado. De cheiro, de suor, de pecado. A janela entreaberta deixava entrar o ar quente da manhã de sábado, mas nada podia esfriar o clima entre eles. Flávio ainda estava de joelhos, o rosto brilhando de saliva, urina e adoração. O pau dele latejava, duro há tempo demais, implorando por alívio — mas ele não ousava tocar.
Angélica estava sentada na beira da cama agora, as coxas entreabertas, a camisola jogada no chão. O corpo gordinho brilhava de desejo, e ela observava Flávio com o olhar de uma rainha que está prestes a conceder uma dádiva.
Ela abriu um sorriso lento, cruel e doce.
— Vem. — foi tudo o que disse.
Ele se levantou com dificuldade. Estava fraco de tanto desejo contido. Subiu na cama devagar, parando entre as pernas dela como um cão treinado que espera permissão até para respirar.
— Hoje... eu deixo você me foder. Mas você sabe que continua sendo meu, né?
— Sim, Dona Angélica.
— Vai ser como eu quiser. Lento. Fundo. Sem pressa. E você só vai gozar se eu deixar. Entendido?
— Entendido.
Ela se deitou, abrindo as pernas com naturalidade, os olhos cravados nos dele. Ele posicionou o corpo e, com o coração disparado e mãos tremendo, alcançou sua carteira que estava no bolso da calça jogada ao chao.
- O que você pensa que está fazendo? - Indagou secentr Angélica.
- Pegando o preservativo.
- E, por acaso eu dei essa ordem a você, seu estúpido? Você vai me comer sem camisinha. Porque quero sentir sua porra dentro de mim.
Sem questionar, ele finalmente a penetrou.
Ambos gemeram.
Ele sentiu o calor, a pressão, a entrega. Mas também o controle. Ela era quente, viva, mas ainda dominadora. Cada vez que ele tentava acelerar, ela segurava seu quadril.
— Devagar... você vai sentir cada segundo do que está dentro de mim.
E ele sentia. Cada centímetro. Cada contração.
Ela gemia baixo, profunda, os olhos semicerrados. E então, com uma firmeza quase cruel, ela cravou as unhas nas costas dele e murmurou:
— Pode gozar. Agora.
Ele gemeu alto, enterrando-se por completo, tremendo como se fosse desmaiar. Jorrou dentro dela em espasmos intensos, o corpo desabando contra o dela.
Mas antes que pudesse sequer respirar fundo, ela segurou o rosto dele e sussurrou:
— Não acabou.
Ela o empurrou para baixo, saindo dele com um som melado, quente, sujo.
— Agora... limpa. Tudo. Com a língua.
Ele hesitou por um segundo. Só um. E então desceu.
Ela estava aberta, escorrendo. O gozo quente dele misturado com os próprios fluidos dela brilhava entre os lábios íntimos. E ele lambeu. Primeiro devagar, depois com fome. Bebeu o próprio gozo, limpou cada canto, melando a boca, o queixo, o nariz.
Ela gemia mais ainda agora — não só pelo prazer físico, mas pela cena.
— Isso... se lambuza... seja meu por completo.
— Mmmf... — ele gemeu com a boca cheia dela e dele.
Quando terminou, a boca dele estava completamente coberta de viscosidade. Brilhante. Sem dignidade. Só prazer.
Ela o puxou para cima, segurou o rosto melado dele com as duas mãos e o beijou. Profundo. Lento. Como se fosse a coisa mais romântica e obscena do mundo.
As línguas se tocaram, dançando no sabor dos dois. O gosto era cru, intenso, íntimo. O tipo de beijo que não se dá em quem se ama... mas em quem se devora.
Quando se afastaram, ofegantes, ela olhou nos olhos dele e disse:
— Agora você pode ir. Mas vai passar o fim de semana inteiro com minha saliva, minha urina e seu gozo grudado na sua alma.
Ele assentiu.
Sorrindo.
Com a boca ainda melada.
E o coração perdido.