A manhã estava quieta, abafada, como se o ar também segurasse a respiração. Flávio ainda estava de joelhos no carpete, nu, suado, com a pele marcada pela saliva dela — seca em alguns pontos, ainda brilhante em outros. O corpo dele tremia de excitação contida. Mas não ousava se mexer.
Angélica caminhava lentamente ao redor dele. O robe estava no chão, a camisola agora grudada em suas curvas pelo calor do próprio corpo. Havia algo de quase religioso na maneira como ela o observava: um misto de prazer, poder e sadismo doce.
— Está gostando, Flávio? — ela perguntou com aquela voz grave, segura, que fazia o corpo dele responder antes mesmo de pensar.
— Sim... muito, Dona Angélica.
Ela sorriu.
— Boa resposta. Mas ainda não acabou. Eu quero mais de você. Quero saber até onde você vai por mim.
Ele olhou pra cima, olhos famintos, submissos.
— O que você quiser... eu faço.
Ela se abaixou e o segurou pelo cabelo, puxando devagar para que ele ficasse com o rosto voltado para cima, bem abaixo dela.
— Cuidado com o que promete. Porque eu gosto de homens que me obedecem sem pestanejar. Que aceitam até o que juraram nunca fazer.
Ele engoliu seco. Sentiu o pau latejar entre as pernas.
— Eu sou seu, Dona Angélica.
Ela passou a língua nos próprios lábios, o olhar flamejante.
— Então você vai ficar bem quietinho agora. Não se mexe. Não fala. Só aceita.
Ela se afastou, andou até o canto do quarto onde havia uma poltrona estofada e ficou em pé ali, com as pernas levemente afastadas.
— Olha pra mim.
Flávio virou a cabeça devagar. O coração batia descompassado.
Ela ergueu a camisola, deixando-a presa na cintura. O sexo dela brilhava com a mistura do próprio prazer e da autoridade que exercia. Ela olhava nos olhos dele, sem desviar.
E então, ela relaxou o corpo.
A urina começou a fluir — quente, dourada, livre. Um jato forte no início, depois mais lento, mais íntimo. Ele arregalou os olhos, surpreso e completamente hipnotizado.
— Isso também é meu. Isso também é pra você. Bebe com os olhos. — Ela disse, com a respiração pesada.
Ele não sabia onde colocar tanta emoção. O nojo se desfez em adoração. A mente resistia, mas o corpo pedia mais.
Quando o fluxo cessou, ela caminhou lentamente até ele. Ele tremia. E ela? Ela parecia ainda mais poderosa, ainda mais serena.
Ela o segurou pela nuca e o puxou contra a própria virilha úmida, suja, quente.
— Limpa.
Ele lambeu. Primeiro com timidez, depois com entrega total. Ela gemia baixo, revirando os olhos.
— Boa cadela. Tão obediente... tão nojento... tão meu.
Quando ela se afastou, ele estava ofegante. Molhado. Marcado. E completamente rendido.
Ela se abaixou ao lado dele e disse, quase sussurrando:
— Você ainda vai gozar por mim. Mas só quando eu mandar. Até lá, você vai carregar meu gosto na boca. E minha marca no corpo.
E ele sorriu. Porque, no fundo, tudo o que ele queria...
Era isso mesmo.