SEXTA-FEIRA – 22h47
Flávio:
- Oi, Angélica. Tudo certo com o relatório da Regional Sul? A Lúcia me mandou uma versão antiga… achei estranho.
Angélica:
- Aham, a versão certa tá na pasta “Fechamento Final” no Drive. A Lúcia vive se confundindo 😒
Flávio:
- Kkk você sempre resolvendo as cagadas da galera. Mulher organizada dá gosto de ver.
Angélica:
- Rs, obrigada. Alguém tem que pôr ordem nesse caos. Eu sou séria mesmo, né?
Flávio:
- Você é séria, mas linda. A combinação mais perigosa que existe.
Angélica:
- Perigosa, é? Kkk… cuidado com o que deseja, Flávio.
Flávio:
- Eu gosto de correr riscos. Principalmente quando o risco tem esses olhos e esse sorrisinho que você tenta esconder nas reuniões.
Angélica:
- Você tá flertando comigo? 😏
Flávio:
- Eu tô sendo sincero. Sempre tive uma curiosidade sobre você… essa postura firme, mas com um jeito doce. Me deixa pensando coisas.
Angélica:
- Pensando o quê, exatamente?
Flávio:
- Pensando em como seria te ver fora da roupa social. Sem salto. Sem filtro. Só você... mandando em mim com esse olhar sério.
Angélica:
- Hmm. Você tem essa fantasia de ser mandado por uma mulher mais velha, é isso?
Flávio:
- Talvez. Se for você, com certeza.
Angélica:
- Você não é noivo, Flávio?
Flávio:
- Você não é casada, Angélica?
(Silêncio por alguns minutos)
Angélica:
- Meu marido vai viajar amanhã. Volta só domingo à noite.
Flávio:
- ...
Angélica:
- Sábado. 9h da manhã. Aqui em casa. Se bater na porta antes disso, eu não abro.
Flávio:
- Entendido.
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SÁBADO – 9h02 DA MANHÃ
CASA DE ANGÉLICA
Flávio entrou com o coração acelerado, as mãos suando. Estava limpo, barbeado, mas inseguro. E ela? Estava impecável: uma camisola preta com transparência no decote e um robe de cetim vermelho. Cabelos soltos. Olhar firme. Postura de quem sabia o que queria.
— Atrasado dois minutos — ela disse, fechando a porta.
— Desculpa…
— Silêncio.
Ela caminhou até ele. Não houve beijo. Só uma análise minuciosa.
— Tira a roupa. Toda. — A voz era firme, seca, sem espaço para hesitação.
Ele obedeceu.
Ficou nu ali mesmo, em pé, vulnerável, excitado. Ela deu um passo à frente, bem perto, e ergueu o queixo dele com dois dedos.
— Então é assim que você gosta? Ser mandado? Servir?
Ele assentiu, calado, respirando rápido.
Ela aproximou o rosto do dele e, sem aviso, cuspiu. Uma gota lenta que caiu direto na língua dele.
— Engole. — Ela mandou.
Ele fechou os olhos, o corpo inteiro estremecendo com o gesto.
Ela se afastou e sentou-se na poltrona, cruzando as pernas com elegância.
— Ajoelha. Aqui.
Ele se ajoelhou.
Ela olhou para ele com intensidade e lambeu lentamente os próprios lábios, deixando-os ainda mais brilhantes.
— Você quer isso, né? A minha saliva. Quer que eu te molhe, te marque, como se fosse meu.
Ele tentou responder, mas ela ergueu a mão.
— Só responde se eu pedir. Agora fica aí, paradinho.
Angélica cuspiu novamente. Dessa vez no peito dele. A saliva escorreu lentamente, e ela apontou:
— Limpa. Com a língua.
Ele se inclinou e lambeu a própria pele, devagar, como ela queria. Cada gesto era um ritual.
— Boa cadelinha — ela sussurrou.
Ele gemeu baixinho.
Ela se levantou, tirou o robe e ficou apenas com a camisola fina. Caminhou até ele e passou os dedos pelos lábios dele.
— Você não vai me foder. Não vai gozar. Não vai nem me tocar. Hoje, você só serve. Entendido?
— Sim… — ele sussurrou, arrepiado.
Ela cuspiu de novo. No ombro. Depois na barriga. Depois entre as pernas, sem encostar.
— Cada gota minha vai te lembrar que você pertence a mim. Que por mais que esteja noivo, por mais que tenha uma vida inteira lá fora… é aqui, de joelhos, coberto da minha saliva, que você se sente vivo.
Ela se abaixou, colou o rosto no dele e cuspiu direto em sua boca.
— Bebe. Isso é meu dentro de você.
Ele engoliu, os olhos cheios de prazer e vergonha.
E então, finalmente, ela montou sobre ele.
Devagar. Molhada. Com controle total.
E mesmo quando ela começou a se mover, mesmo quando gemia com prazer genuíno, ele sabia: o que o excitava de verdade não era o sexo.
Era a boca dela.
A saliva dela.
A autoridade molhada de quem sabe que pode mandar — e ser obedecida.