Parte1.
O sábado começava nublado, mas o clima em Luiza era o oposto: animada, leve, até ansiosa. Acordou por volta das oito e meia da manhã, sentindo o corpo diferente — os seios um pouco mais inchados e doloridos, resultado da dosagem que a Dra. Helena ajustara nos hormônios.
Espreguiçou-se de calcinha e sutiã, o pijama ficando no canto da cama. Sentia-se... feminina. Era impossível negar.
Logo seguiu para o banho demorado, cuidando da higiene íntima como a doutora havia ensinado. Fez a chuca com delicadeza, massageou o corpo com sabonetes cheirosos e, já fora do chuveiro, passou seus cremes no corpo, rosto, nos seios. Deixou os cabelos enrolados na toalha enquanto se olhava de lado no espelho — admirando cada curva que se insinuava.
Na cozinha, preparou seu chá de feno-grego, o fitoterápico natural que a Dra. Helena recomendara. A erva ajudava a potencializar os efeitos dos hormônios e Luiza já incorporara o chá à rotina matinal.
Sentou-se com a caneca entre as mãos, bebendo aos poucos. Sentia o corpo acordar aos pouquinhos... o ventre vibrando levemente. A pontinha do mamilo endurecido roçava discretamente no sutiã.
O celular vibrou com a notificação:
Aline:
“Bom dia, princesa. Tô subindo aí pra começarmos nosso cursinho…”
Luiza sorriu, digitando rápido:
Luiza:
“Vem! Já estou animada pra isso.”
Enquanto terminava o chá, ajeitou o cabelo já seco com os dedos, soltando as mechas de forma natural, pronta para o que viria.
Poucos minutos depois, a campainha tocou.
Luiza foi abrir com um sorriso no rosto, o coração saltando só de pensar nas horas que teriam juntas.
Parte 2.
Aline chegou e sorriu ao ver Luiza só de calcinha e sutiã:
— Já acordou toda menininha, hein? Quer me provocar?
Luiza corou, meio sem jeito, mas feliz com o tom leve.
Aline apontou para a virilha:
— Tá meio altinha ainda, né? Depois a Júlia vai te ajudar, mas hoje a gente começa a aprender a sentar direitinho e fechar essas pernocas!
Luiza engoliu em seco, mas sorriu.
Aline deu um sorriso cúmplice:
— Vida de mulher não é fácil. Vai ter desafio, mas eu vou te ensinar tudo, até o que homem nenhum imagina.
O coração de Luiza acelerou. O dia prometia.
Parte 3.
Aline bateu as mãos nas coxas de Luiza, chamando a atenção:
— Primeira lição do dia, boneca: aprende a sentar direito. Cruzar perna igual macho não dá.
Ela se levantou e ficou de frente, mostrando com exagero o rebolado antes de cruzar a perna devagar, sensual.
— É assim, ó. Quando sentar, dá uma mexida no quadril, ajeita o cabelo, dá aquela passada de mão no joelho… homem baba por essas merdas.
Luiza tentou, mas cruzou a perna meio sem jeito.
Aline não perdoou:
— Porra, menina! Vai com calma! Que afobação é essa? Parece que vai jogar sinuca!
Ela se aproximou e deu um beliscão na coxa de Luiza, fazendo-a rir e gemer baixinho.
— Devagar, Luiza. Pensa como mulher. Mulher não senta, mulher se oferece.
O comentário fez Luiza ruborizar.
— Oferece como? — perguntou, rindo de nervoso.
Aline deu uma piscadinha:
— Quando você cruzar a perna, tem que imaginar o macho pensando: “puta que pariu, que vontade de abrir essas pernas e meter a rola”. É isso.
Luiza riu, mas sentiu o corpo quente, imaginando a cena.
— E o jeito de falar, hein? Nada de “beleza, firmeza, pode crê”… — Aline imitou um tom grosseiro e debochado. — Mulher fala manhoso, pergunta com dúvida, bota um “ai” no meio… tipo: “ai, sério que você gosta disso? Que perigo…”
— Assim? — Luiza testou, rindo, mas ainda meio travada.
— Tá melhorando, mas ainda tá meio... viadinho educado. Quero tom de puta elegante.
As duas gargalharam. Aline segurou no queixo de Luiza, forçando um olhar mais provocante.
— E treina o olhar também. Olhar de quem quer ser comida. Quem nasceu pra ser passiva não pode olhar de frente como homem não. Tem que olhar de baixo pra cima, tipo “me leva, me devora”.
Luiza engoliu seco.
— Ai, Aline… será que eu vou conseguir?
Aline foi cruel no sorriso:
— Claro que vai. Quando o Roberto enfiar aquela rola em você, cê vai rebolar sem nem perceber. Vai ser instinto.
Luiza riu, mordendo o lábio.
— Você fala como se já estivesse me vendo na cama com ele.
— Eu vejo, sim. E outra coisa: aprende logo a apertar o cu. Homem adora passiva que aperta, que sabe brincar. Nada de cu frouxo.
Ela deu um tapinha no bumbum de Luiza.
— Vamos fazer uns exercícios depois. Vai ficar apertadinha que nem novinha.
Luiza estava vermelha, mas sorrindo, animada.
— Tá… eu topo.
— E outra coisa: quadril solto, sempre. Não quero ver você andando duro, igual macho. Mulher de verdade anda oferecendo a bunda, Luiza. Mostra que tá pedindo rola só no andar.
Ela se aproximou e bateu de leve na bunda de Luiza:
— Anda como quem quer ser comida, não como quem tá fugindo. O macho bate o olho e já pensa: “essa aí nasceu pra sentar”.
— Tá bom, piranha — Luiza provocou. — Me ensina logo então.
Aline gargalhou alto, batendo palmas.
— É isso! Adoro quando me chama de piranha. Agora bora, que você ainda vai aprender a sentar no colo de macho igual mulher safada.
Luiza riu, mas sentiu o ventre pulsar. O sábado estava só começando.
Parte 4.
As horas pareciam fluir diferente no apartamento de Luiza naquela manhã. Aline comandava tudo como uma treinadora impaciente e debochada, de braços cruzados, observando cada detalhe da amiga.
— Vai, de novo! Levanta… agora senta. Mas com leveza, menina! Mulher não despenca igual saco de cimento — alfinetava, os olhos atentos aos gestos de Luiza.
Luiza obedecia, mesmo sem conter os risos tímidos. Sentava e levantava inúmeras vezes, cruzava as pernas do jeito que Aline demonstrava, sempre preocupada com o jeito certo de ajeitar a saia imaginária, com delicadeza e vaidade.
— E os braços, Luiza! Mulher não anda igual zumbi, balança os pulsos, faz charme — Aline reclamava, caminhando em volta da amiga, como se inspecionasse um produto delicado.
Logo, Luiza calçava os salto alto e a calça skinny que moldava o corpo e, principalmente, o quadril. Cada passo era um desafio delicioso. A calça marcava firme a virilha e o volume pequeno que o tucking improvisado não escondia totalmente — mas, por sorte, ainda discreto.
O salto a fazia empinar a bunda, obrigando o corpo a projetar o peito, a manter a postura ereta e provocante. A cada passada, o balançar do quadril acontecia quase naturalmente — já era difícil dizer que não era uma mulher desfilando, mesmo que sem querer.
— Só assim pra esse teu quadril aprender o caminho certo — Aline debochou. — Tá rebolando sem nem querer, hein? Imagina quando tiver com um pau atrás de você… rebola até sem perceber.
Luiza riu, envergonhada, mas com um prazer escondido que não queria admitir em voz alta.
— Sente como o salto te faz mais… fêmea — Aline continuava, caminhando ao lado dela.
O treino já ia para a segunda hora. Luiza respirava um pouco mais ofegante, o cabelo já caindo da forma que secou, mas o brilho nos olhos denunciava a satisfação. Aline sorria vendo o progresso:
— Se tu andar assim no shopping, duvido alguém perceber que não nasceu mulher. Tá quase pronta, garota.
— Ai… até eu tô acreditando — Luiza disse, olhando o reflexo no espelho, admirada com o próprio quadril balançando solto.
— Vamos trocar! — Aline avisou, empolgada. — Quero ver agora com mini saia. Quero ver esse quadril se mexer ainda mais!
Luiza concordou, retirando a calça com naturalidade. Aline foi até a cômoda dela pra pegar a meia-calça. Puxou a gaveta de calcinhas sem cerimônia, buscando o que queria… mas então seus olhos bateram em um papel dobrado.
— O que é isso? — perguntou curiosa, puxando o papel e abrindo sem sequer pedir licença.
O bilhete se revelou com aquelas palavras que Luiza já havia lido tantas vezes:
> "Luiza,
Ainda te imagino de saia, andando como se tivesse nascido mulher.
Vai entrar com seios fartos, pele macia e meu nome tatuado onde só eu verei.
Dorme com isso na mente.
— Bruna"
Aline ergueu o papel, arqueando uma sobrancelha.
— Quem. é. Bruna? — perguntou com um sorriso maroto, pronta para provocar.
Luiza parou no meio do quarto, de calcinha e sutiã, sem saber o que dizer de imediato.
— Anda, conta. Quem é essa que já quer te tatuar e ver de saia, hein? — Aline insistiu, segurando o bilhete no alto como um troféu.
[ CONTINUA...]
Obrigada aos comentários. E muito importante quem estiver lendo a história comentar. Isso me motiva a continuar a escrever.