2- Areia, Sal e Renda

Um conto erótico de Juliana
Categoria: Crossdresser
Contém 620 palavras
Data: 19/07/2025 03:49:34

O carro cortava a estrada à beira-mar com as janelas abertas e a brisa quente a entrar, misturada com o cheiro doce do protetor solar. Sofia estava ao volante, de óculos escuros e vestido leve, os cabelos soltos ao vento. Júlio, no banco ao lado, observava o horizonte, os dedos entrelaçados com os dela no apoio de braço.

Na mala do carro, para além das toalhas e biquínis, havia uma pequena bolsa preta com um fecho dourado. Lá dentro, cuidadosamente dobrados, estavam itens que não passariam por uma simples bagagem de praia, uma tanga de renda branca, um microvestido transparente, uma peruca loira lisa... e um par de sandálias de salto agulha com tiras finas que Sofia fizera questão de incluir.

— Estás nervoso? — perguntou ela, com um sorriso discreto, sem tirar os olhos da estrada.

— Um pouco. É a primeira vez que a Juliana vai ver o mar...

— E vai ser a mais linda da praia — respondeu Sofia, apertando-lhe a mão.

Chegaram a uma casa pequena, escondida entre dunas e pinheiros. Alugada por dois dias. Total privacidade. Ninguém por perto — só o barulho das ondas ao longe e o sol queimando o fim da tarde.

Dentro da casa, Sofia largou a mala no chão, virou-se para ele e sorriu com malícia.

— Vai. Troca-te. Eu espero-te lá fora, com vinho e música. E nem penses em vir como o Júlio.

Ele sorriu, nervoso, mas excitado. Pegou na bolsa preta e trancou-se no quarto.

A transformação foi lenta, como uma dança ritual. A pele ainda morna do sol recebeu bem o toque fresco da renda branca. A tanga colava-se às ancas com perfeição. O microvestido translúcido moldava-lhe o torso, revelando mais do que escondia. A peruca loira descia até os ombros, dando-lhe um ar provocador, quase angelical. Finalizou com um toque de gloss rosado e calçou as sandálias de salto.

Assim que saiu para o terraço, o mundo pareceu parar por um segundo.

Sofia estava sentada numa espreguiçadeira, copo de vinho na mão, óculos escuros no topo da cabeça. Ao vê-la, sorriu como se estivesse a olhar para uma visão que sonhou a vida inteira.

— Meu Deus, Juliana...

Ela levantou-se, caminhou até ele e deu-lhe um beijo lento, profundo, com a mão na cintura.

— Estás... inacreditável.

Juliana corou, a voz quase sumida.

— E se alguém vir?

— Não há ninguém. Só o mar. E ele vai adorar ver-te assim.

Na praia deserta, caminhavam de mãos dadas. Juliana tirou as sandálias e sentiu a areia fria nos pés. O vestido esvoaçava com o vento. Sofia estendeu a toalha e puxou-a com firmeza para se deitarem.

— Quero ver o que o sal faz ao teu corpo... — murmurou ela, puxando o vestido por cima da cabeça de Juliana.

Sob o céu dourado, Sofia explorava cada centímetro da pele com beijos salgados. A tanga já estava húmida — não pela água. Sofia passou os dedos por cima do tecido, pressionando o ponto exato, sentindo o latejar da excitação.

— Estás a adorar ser minha boneca, não estás?

Juliana assentiu, sem fôlego.

Sofia puxou a tanga para o lado, deixando o sexo exposto. Sentou-se sobre as coxas dela, com o vestido já empurrado para cima, e começou a roçar-se com precisão lenta, olhos fixos nos dela.

— Aqui não há espelhos — disse ela. — Mas estás a ver-te através de mim.

E Juliana viu. Viu-se pelos olhos de Sofia — desejável, livre, feminilíssima. E quando Sofia se inclinou, montando-a ali mesmo na areia, os gemidos abafados pelo mar, o mundo desapareceu por completo.

Mais tarde, de volta à casa, Juliana estava deitada nua na cama, com as pernas ligeiramente abertas, ainda de peruca, ainda de gloss, ainda sua.

Sofia ajoelhou-se no chão, entre as coxas dela.

— Ainda não acabámos.

E não acabaram mesmo.

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