DIÁRIO SEXUAL DA MôNIQUE _ Episódio 24
😈 INTRODUÇÃO:
Querido diário,
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Meu nome é Mônique, sou de Diamantina, Minas, mas moro na zona sul do Rio desde os quinze anos. Tenho 1,72, 61 kg e aquele corpo de “magra falsa”, cintura fina, pernas torneadas, bunda marcada e seios médios. Cabelos lisos, castanhos com mechas loiras e ondas nas pontas, quase na cintura.
Tô numa fase de descobertas. Quero viver tudo: beijos, transas, experiências novas, sem amarras. Às vezes penso em algo sério, mas logo lembro que ainda sou jovem demais pra me prender. Ser livre é delicioso, mas não é fácil, e eu tô pronta pra tudo que vier, sem medo.
Mas vamos para o conto :
🌼A FLOR SE ABRIU - PARTE6: ENLOQUECIDA DE TESÃO NO ARRAIAL DA FESTA JUNINA DA FAVELA
Eu e a Patrícia resolvemos sair pra beber e colocar o papo em dia num barzinho perto de casa. Ela é minha melhor amiga, desde que me acolheu de braços abertos quando me mudei de Diamantina pro Rio.
A Patrícia é um ano mais velha que eu e um pouco mais baixa também. O corpo dela chama atenção onde passa: coxas grossas, cintura fininha e um bumbum que parece esculpido pra provocar desejo. Sempre brinco que coxas se fazem na academia, mas bunda firme e empinada… só com muito sexo anal.
Por trás desse corpo todo, tem um coração forte e uma lealdade rara. Mas não se engane: a Patrícia não é de ninguém. Ela é dela. E quem quiser estar por perto, tem que aguentar o fogo.
Era pra ser divertido, mas ali no barzinho, eu tava entediada. Um monte de garotos que tomam viagra pra treinar na academia, com a cabeça só no espelho. Uns chatos. E pra piorar, fazia frio.
A gente trocava olhares de tédio, as duas dispensando cantadas toscas com um levantar de sobrancelha. Até que meu iPhone vibrou. Era o Jão, meu ex.
— Bora no morro? Tá rolando uma festa junina aqui… daquelas.
Patrícia arqueou a sobrancelha, curiosa.
— Quem é? — perguntou, se inclinando pra espiar a tela.
Mostrei o nome no visor, e ela soltou um “ihhh” meio debochado.
— O Jão? Ainda existe?
Dei um gole no gin tônica quase derretido, tentando parecer indiferente.
— Tá rolando festa junina no morro — falei, lendo a mensagem. — E ele quer duas meninas pra dançar quadrilha. Disse que é "daquelas".
Daquelas. Onde quentão vira desculpa pra trepar, onde o chão tem gosto de gozo, e a fogueira aquece mais o desejo do que o corpo. Foi naquele morro que eu descobri o prazer. O pecado. A entrega.
Patrícia me encarou por dois segundos, depois virou a própria taça de uma vez só.
— Daquelas, é?
— Foi o que ele disse.
Ela já estava pegando a bolsa.
— Então bora. Aqui tá um porre. E se tiver baseado, já vale a pena.
Saímos do bar meio rindo, meio batendo os queixos de frio. Mas no fundo, sabíamos que aquelas noites improvisadas, com ex mal resolvido, quadrilha sem ensaio e uma amiga do lado, costumavam render as melhores histórias. Passamos rapidinho em casa, vestimos duas roupas apropriadas e fomos.
Patrícia escolheu uma sainha xadrez vermelha, bem rodada, que girava fácil quando ela dançava, e combinou com um top branco e uma blusa xadrez aberta por cima. Amarrou duas fitas amarelas nos cabelos trançados e caprichou no batom vermelho mais vivo que tinha. No rosto, pintinhas bem marcadas, como manda o figurino.
Eu fui com uma camisa de flanela azul amarrada na cintura, top de renda por baixo e uma saia jeans plissada, curta, desfiada na barra e com duas fivelas de enfeite na frente. Botinha marrom, cabelo solto com um chapéu de palha meio torto na cabeça e as bochechas coradas de blush. Mais caipira do que isso, só se eu estivesse com uma espiga de milho na mão.
Caímos na gargalhada uma da outra, ela me chamou de “caipira safada”, eu retruquei com um “jeca gostosa”. Trocamos aquelas olhadas cúmplices de quem sabe que vai aprontar. E lá fomos nós de novo, prontas pra arrasar na quadrilha, ou pelo menos fingir que sabíamos o que estávamos fazendo sem tropeçar no primeiro 'anarriê'.
E lá fomos nós, mas não antes de resolver como chegar.
Patrícia nunca tinha andado de mototáxi. Arregalou os olhos quando eu sugeri, mas no fim topou, com a condição de irmos juntas. O piloto, um negão tatuado, com cheiro de gasolina e cara de quem já viu de tudo nessa vida, nem questionou. Chamamos no aplicativo, ele chegou rápido, e subimos as duas apertadas na garupa.
A moto tremia por baixo de mim enquanto subíamos o morro. Eu agarrada na cintura fina da minha melhor amiga, Patrícia, que ria com o vento batendo no rosto e os peitos pulando soltos debaixo da blusa xadrez aberta. O capacete balançava nela, que se agarrava em mim com uma mistura de medo e excitação. O piloto dava cada tranco que fazia a moto quicar na lomba, e a cada pulinho, meu shortinho jeans encharcava um pouco mais.
A gente tava indo pro arraiá do Jão, meu ex, meu erro, meu vício, o tipo de garoto que marca a alma e estraga qualquer outro depois dele. Morador do alto do morro, sua mãe trabalhava lá em casa como diarista, seu irmão metido com coisa errada, mas ele, um garoto do bem, dono de uma pegada que fazia minha garganta fechar e minha perna tremer.
— Tá preparada pra essa fogueira, Mô? — Patricia gritou, rindo, com o cabelo voando na cara.
— Só se for pra queimar por dentro — respondi, com um sorriso safado.
O arraiá já tava fervendo quando a gente chegou. Fogos estourando no céu, música alta, cheiro de milho assado no ar, bandeirinhas coloridas enroscadas nos emaranhados de fios de luz, internet oscilando, cachaça rolando solta, suor e cheiro de maconha no vento. Gente dançando forró coladinho, outros se comendo com os olhos no meio da rua de barro batido.
E ali, encostado numa cerca de madeira, com a camisa aberta no peito e o boné torto, tava ele: Jão. Braços cruzados, cigarro pendurado no canto da boca e um olhar que me despiu sem pressa, como quem já sabia o que tinha por baixo da minha roupa.
Antes que eu tivesse tempo de responder, ele agarrou meu rosto com uma das mãos grandes, calejadas, e me beijou. Língua quente, beijo sujo, gosto de saudade misturado com cerveja quente. Eu gemi contra a boca dele — baixinho, mas do jeito que ele gostava. Não adiantava negar: Jão era meu ponto fraco.
— Vai fazer isso aqui mesmo, no meio do povo? — sussurrei, com a boca colada na dele, só pra provocar.
— Cê não faz ideia do que te espera. Mas antes... vamo dançar a quadrilha que a nossa vai começar.
Me puxou pelo braço sem pedir licença, daquele jeito bruto que me deixava sem ar, e atravessou o terreiro até os fundos de uma casa, onde o som vinha abafado, misturado com o estouro dos fogos. O chão era de terra batida, o cheiro era de mato molhado, fumaça e festa. A fogueira lá na frente deixava o céu laranja, e o calor subia da pele pro peito.
Patrícia veio atrás, animada, com os olhos brilhando de excitação.
— Vocês não vão me deixar só de espectadora, né? — disse, encostando na parede e ajeitando o decote da camisa.
Jão olhou pra ela, depois pra mim, e sorriu daquele jeito canalha que sempre me molhava.
— Festa boa é com mulher safada. E hoje tem duas.
Ele apontou pra um cara alto, de cavanhaque e chapéu de palha meio caído na testa.
— Teu par é aquele ali, Patrícia. Vai lá, mostra pra ele como se dança forró com o rabo colado.
Ela soltou uma risada atrevida, deu um tapa na minha bunda e foi. A sanfona já chamava o "olha o túnel", e eu e Jão entramos juntos na roda, entrelaçados, girando, pulando as pernas um do outro, rindo como duas crianças bêbadas de desejo.
A quadrilha tinha aquele caos delicioso de festa de rua: gente tropeçando, gritando "viva São João", beijos roubados no meio do balancê e corpos colando mais do que deveriam.
Mas naquela noite, entre os giros e os passos desajeitados, eu sabia: o verdadeiro fogo não tava na fogueira, tava dentro da gente.
Quando a quadrilha acabou, com todo mundo suado, rindo e batendo palma, Jão não soltou minha mão. Me puxou de novo, direto, sem disfarçar. Só deu um sussurro no meu ouvido — “Vem”, e eu fui. Sem pensar. Sem resistir. A gente saiu por trás da barraca do quentão, desviando das caixas de som e das garrafas de plástico no chão, até entrar num beco apertado entre duas casas de taipa.
O som da festa ainda ecoava longe, abafado pelo barulho do nosso próprio fôlego. Jão me encostou na parede de barro e me olhou como se quisesse me devorar inteira. A mão veio direto pro meu quadril, depois subiu por baixo da saia, quente, firme, suja. Me mordeu o pescoço com aquela boca carregada de vício. Eu já tava molhada desde a moto, agora, escorria.
Foi quando ouvimos passos atrás. Rápidos. Firmes. Patrícia.
— Achei que vocês iam me deixar plantada na fogueira — ela disse, com a respiração ofegante, o rosto vermelho, o peito subindo e descendo rápido debaixo da camisa xadrez aberta.
Jão soltou um riso rouco, sem tirar as mãos de mim.
— Ninguém deixa flor bonita no fogo, não. Chega mais.
Ela se aproximou devagar, olhando pra mim. O olhar não era só de amiga, era de desejo. De curiosidade antiga. Eu sabia. Sempre soube. E agora tava ali, crua, pronta.
Ela parou do meu lado e passou o dedo na minha bochecha, devagar, depois lambeu a própria ponta, como se tivesse provando a noite.
— Vocês começaram sem mim?
Eu tremi.
— Só esquentando — respondi, com a voz falha, entre a língua dele e o olhar dela.
Jão me encostou na parede fria, levantou minha saia até a cintura e puxou a calcinha pra baixo de uma vez. Eu nem liguei pro barro molhado. Ajoelhou sem cerimônia, ele sabia o que fazer com a língua. Sabia até demais. Cada lambida fazia meu corpo arquear, minha respiração falhar, e a Patrícia gemer só de assistir.
Ela já tinha tirado a calcinha por baixo da sainha de caipira e tava se esfregando, quente, me olhando como se fosse a próxima da fila.
— Agora é você, Patrícia — ele falou, com a boca ainda melada de mim.
Ela veio devagar, se ajoelhou também e me puxou pela nuca. A gente se beijou com fome. Beijo de língua, de dente, de desejo sujo. Jão ficou ali, se masturbando só olhando, enquanto nossas bocas se exploravam e eu sentia o gosto da minha própria boceta na língua da minha amiga.
O morro lá embaixo seguia em festa, mas ali em cima, a fogueira mais quente era a nossa.
Patrícia estava de joelhos na terra, os cabelos loiros bagunçados, os olhos fixos em mim como se quisesse me devorar. A saia dela já tava levantada até a cintura, calcinha jogada de lado, e os dedos sumiam dentro da própria boceta encharcada. Eu ainda arfava, com as pernas tremendo depois da lambida de Jão.
— Vocês duas tão uma visão do inferno — ele disse, abrindo o cinto com uma mão e tirando a rola grossa pra fora. — Uma chupando a outra e eu com esse pau latejando.
Patrícia se aproximou, selvagem, e abocanhou a cabeça do pau dele como se tivesse morrendo de fome. Engolia devagar, lambendo a veia pulsando na lateral, depois olhava pra mim com aquele sorriso sujo no canto da boca.
— Vem aqui, Mô. Divide esse pau comigo — ela chamou, segurando a base e me puxando pelo queixo.
Ajoelhei ao lado dela. Nossas línguas se cruzavam no pau dele, cada uma lambendo de um lado, beijando a glande juntos, alternando as chupadas enquanto Jão gemia alto.
— Caralho... vocês vão me deixar maluco — ele arfava, com a mão na nuca de cada uma, controlando nossos movimentos.
A gente revezava na chupada, uma engolia enquanto a outra beijava as bolas. O cheiro de sexo, suor e terra subia. Patrícia lambia meu pescoço de vez em quando, me mordia, me olhava como quem queria me foder também.
— Me deixa provar tua boceta, Mô — ela sussurrou no meu ouvido, mordendo o lóbulo.
— Porra, enfia a cara — respondi, abrindo as pernas ali mesmo, sem pudor, me sentando na terra.
Ela deitou no chão de lado, enfiou a cabeça entre minhas coxas e começou a chupar com vontade. A língua dela era molhada, rápida, e fazia movimentos circulares no meu clitóris como se soubesse exatamente onde me quebrar.
Jão se agachou atrás dela e sem aviso enfiou o pau todo de uma vez na boceta dela, por trás.
— Ah, filha da puta! — ela gritou com a boca colada na minha buceta.
Ele segurou firme nos quadris dela, metendo com força, estalando as peles, batendo contra a bunda suada dela.
— Vai, chupa a Mô direito enquanto eu te arrombo — ele grunhiu, socando cada vez mais forte.
O som da carne se chocando, os gemidos abafados, o cheiro de mulher e foda no ar... era surreal. Eu gozei na língua dela, com as pernas travando, agarrando os cabelos dela e gemendo alto.
— Vai, Mô... goza na minha boca, porra — ela dizia, lambendo tudo, sujando o rosto com meu gozo.
Jão a puxou pelos cabelos, virou ela de lado e fez ela se apoiar em mim. Ela ficou de quatro, com a cara na minha barriga, e ele meteu de novo, agora com a mão batendo na bunda dela a cada enfiada.
— Agora é você, safada — ele disse olhando pra mim. — Quero você por cima, montando nessa pica como vaca em rodeio.
Me levantei, suada, com a terra grudada nas coxas. Montei nele ali mesmo, com ele sentado contra a parede da casa. A cabeça da rola dele entrou devagar, rasgando minha buceta já inchada. Sentei até o fim, gemendo com a boca aberta.
— Porra... que saudade de sentar nessa rola — gemi, começando a cavalgar forte.
Patrícia lambia meus peitos, mordia os bicos duros, suava comigo. O som da foda era puro obsceno — ploc, ploc, ploc — e a fogueira lá na frente estourando em brasa. A cada estocada, ele gemia:
— Vai, porra... rebola... me deixa enterrar esse pau no fundo.
Eu jogava o quadril pra frente, pra trás, pra frente... metendo o clitóris contra o osso dele, fodendo com fome. Patrícia se levantou, agachou atrás de mim e começou a chupar meu cu, lambendo devagar, depois colocando um dedo. Meu corpo inteiro tremia.
— Que putaria linda... vocês tão uma delícia — ela disse, abrindo minha bunda com as mãos e babando ali.
— Quer o cu também, Jão? — perguntei, olhando nos olhos dele.
Ele sorriu sujo. — Claro que quero, porra. Quero rasgar essa merda toda hoje.
Patrícia cuspiu bastante, alargou bem. Eu desci devagar no pau dele, agora no cu, sentindo arder, queimar, mas ao mesmo tempo o tesão me consumia inteira.
Ele me segurava firme, gemendo no meu ouvido:
— Vai, senta até o fim... senta com gosto, sua puta.
Quando encaixei tudo, gritei. Patrícia se esfregava na minha coxa, se masturbava vendo a cena. Os três juntos, sujos de barro, suor, gozo e safadeza.
Gozei de novo. Jão meteu com mais força, gritando:
— Vai, porra... vou gozar nesse cu apertado! Aguenta!
Ele gozou fundo, tremendo, me segurando com força. Eu senti o gozo quente me preenchendo, escorrendo, e ainda por cima, Patrícia se esfregando em mim, gemendo, gozando na minha perna.
A gente ficou ali, os três largados, suados, respiração ofegante, ouvindo a sanfona da festa lá longe e os fogos explodindo no céu.
Era festa junina. Mas o que pegou fogo mesmo... foi a gente.
A gente ainda tava ali atrás da casa, largados, fodidos, com cheiro de sexo escorrendo dos poros, quando uma sombra pesada apareceu no vão da porta improvisada de madeira.
— Eita porra… olha quem chegou — Jão murmurou, se levantando rápido, ajeitando o short.
Eu ainda tava sentada, com as pernas abertas, respiração descompassada, o cu ardendo e o gozo dele escorrendo pelas minhas coxas. Patrícia também se ergueu, limpando a boca e com os olhos arregalados.
— Ele é o... — sussurrei.
— É. O dono do morro, meu irmão por parte de mãe — Jão disse, olhando sério.
O cara entrou sem pressa. Alto, ombros largos, pele escura e tatuagens cobrindo os braços e parte do pescoço. Usava camisa branca, calça preta e uma corrente grossa brilhando no peito. O olhar dele era frio, direto, como se tudo naquele lugar fosse dele. Porque era.
Ele olhou primeiro pro Jão, depois pra mim. Parou ali. Os olhos me devoraram como se eu fosse carne exposta no açougue. Passou a língua pelos lábios. Eu engoli seco. Senti meu corpo reagir sem controle. Aquele tipo de homem que não pede. Toma.
— Essa aí — ele falou. — Ainda é tua?
— Já foi. Hoje... é da festa — Jão respondeu, com um tom respeitoso.
O dono do morro andou até mim. Me fez levantar só com o olhar. Passou a mão na lateral do meu rosto, depois no meu queixo, e me virou devagar, me analisando como se eu fosse uma puta no catálogo. Me pegou pelo cabelo e puxou devagar, testando a minha entrega. Eu gemi, mesmo tentando segurar. Ele percebeu.
— Tem fogo nos olhos. E ainda por cima, gata e para melhorar, safada.
— Só quando o cheiro de macho é forte — provoquei, a voz rouca.
Ele riu. Um riso baixo, grosso, perigoso.
— Hoje tu é minha. Não divido. Nem com ex, nem com amiga.
Olhou pra Patrícia e depois pra Jão, como quem marcava território. Ninguém contestou. Patrícia só deu um meio sorriso e piscou pra mim, como quem dizia: Se cuida amiga. Vesti meu shortinho, coloquei blusa. E eu fui.
Ele me puxou pela cintura e me levou pelos becos do morro, entre as barracas da festa, como se eu fosse dele desde sempre. As pessoas olhavam. Algumas respeitavam. Outras desejavam disfarçadamente, com olhares torto que só uma mulher percebe.
Entramos numa casa mais afastada, simples por fora, mas com sofá de couro, som de qualidade e cheiro de poder. Assim que a porta se fechou, ele me encostou contra a parede.
— Tira essa roupa de roupa de grife. Quero tua pele. Quero tua boca. Quero ouvir tua garganta entupida de mim.
Obedeci. Arranquei o top, joguei o short no chão, fiquei nua na frente dele. Ele não tirou nada. Só abriu o zíper. E quando o pau caiu pra fora, eu soube: eu não ia sair dali andando.
Me ajoelhei sem ele mandar. Comecei a chupar com vontade, com raiva de tanto tesão. Ele segurava minha cabeça com as duas mãos, fodendo minha boca como se fosse uma boceta. Eu babava, gemia, me afogava, engolia. Ele dizia:
— Isso. Chupa como se tua vida dependesse. Mostra que merece ser minha.
Quando ele cansou da minha boca, me jogou no sofá e me abriu com os dedos. Disse:
— Essa boceta ainda tá apertada mesmo depois de fuder outro pau, mas vai aprender hoje o que é ser fudida de verdade.
Enfiou dois dedos de uma vez, depois três, me abrindo enquanto lambia meu clitóris devagar. Me fazia subir ao céu e descer ao inferno numa lambida. Quando gozei, ele não parou. Continuou. Me fez gozar de novo. De novo. Me fez gritar. Me fez suplicar.
— Tá pronta? — ele disse, me virando de quatro no sofá. — Agora vou marcar tua alma.
E meteu. Com força. Com brutalidade. Com gosto. Me segurava pelos quadris, me enfiava fundo, batia com a mão nas minhas costas, puxava meu cabelo. Eu sentia o pau dele me rasgando por dentro e me reconstruindo a cada estocada.
— Vai, grita. Diz quem te fode melhor. Diz quem manda em você agora.
— Você, porra! — gritei. — Só você!
Ele gozou fundo, forte, urrando como bicho. Me virou e me beijou com gosto de domínio. Ficamos ali, suados, arfando, fodidos.
— A partir de hoje, cê é minha, Mônique. Só minha. E no próximo arraiá… vai ser no meu colo que tu vai dançar.
Ainda estava nua no sofá quando ele me puxou pela coleira invisível que criou no meu pescoço com o olhar. Me ajoelhei de novo, o corpo já todo fudido, mas a mente… a mente implorava por mais. Tinha algo nele, naquele jeito de me possuir, de me usar, que me despia por dentro. Eu não era mais Mônique, a pós-graduanda, a puta de luxo. Ali… eu era só dele. Uma fêmea. Um brinquedo vivo. Uma propriedade do morro.
— Vai engatinhar até o quarto — ele mandou, apontando com o queixo.
Eu fui. Quatro apoios, peito balançando, gozo escorrendo entre as pernas. Ele veio atrás, devagar, olhando meu rastro sujo no chão. Quando cheguei à beirada da cama, ele me pisou no cabelo. A sola do tênis empurrou minha cara contra o chão de cimento queimado.
— Olha só, toda obediente. E ainda por cima adora ser pisada.
— Eu sou tua, porra… faz o que quiser de mim — sussurrei, com a cara colada no chão.
Ele me ergueu pelos cabelos, amarrou minhas mãos com uma cinta de couro pendurada no pé da cama. Me bateu com a palma da mão nas costas. Forte. Uma, duas, três vezes. Depois, cuspiu na minha cara.
— Quer ser minha puta? Vai ser tratada como uma. Quer ser minha rainha, Vai ser tratada como uma. Agora, quem vai decidir sou eu, porra!
Tirou o cinto, enrolou no punho e me deu duas cintadas no rabo. Eu gemia, molhada, arfando, tremendo. Ele se ajoelhou atrás de mim, enfiou o pau de novo no meu cu já inchado. Sem delicadeza. Me esticou até as entranhas.
— Que cu mais apertado... — ele rosnava. — Mas vai aprender a abrir só pra mim.
Enquanto me fodiam o corpo e a alma, ouvimos passos apressados lá fora. Porta se abriu com força. Era Jão, com a cara quente, olhos vermelhos, respiração alterada.
— Que porra é essa? — ele rugiu. — Vai me mostrar ela toda marcada, de quatro, como se fosse lixo?
O dono do morro, seu irmão nem virou o rosto.
— Vai querer discutir posse, Jão? Ela veio pra festa e você rosnou que não é sua, agora é minha.
Jão olhou pra mim. Eu estava arrebentada, amarrada, cheia de marcas, mas sorrindo, um sorriso drogado. Os olhos dele se encheram de tesão e raiva ao mesmo tempo.
— Ela era minha, porra… essa desgraçada me fazia gozar com um beijo, e agora tá aqui, lambendo o chão pra outro?
Eu abri a boca, mal conseguindo falar.
— Vem, Jão… me mostra que ainda sabe usar essa pica. Me fode também… quero ver vocês brigando dentro de mim.
O dono do morro sorriu.
— Então vem, Jão. Divide a putinha comigo, se for homem pra isso.
Jão tirou a camisa, a raiva virando tesão. Pegou no meu rosto, me beijou com força, bateu na minha cara duas vezes, depois se ajoelhou e enfiou o pau na minha boca. Enquanto o dono do morro me arrombava por trás, Jão enfiava fundo na garganta, segurando meu cabelo com força, gemendo alto.
— Aí sim... a putinha do morro sendo usada por dois irmãos. Igual merece.
Fui comida como bicho. Uma rola no cu, outra na garganta. Chorava, babava, gemia. E quanto mais me fodiam, mais eu pedia.
Até que ouvimos um riso arrastado na porta.
— Eita… cês tão mesmo transformando a festa numa suruba, hein?
Patrícia entrou cambaleando, com a saia na mão e os olhos vermelhos de tanto baseado. Os mamilos duros saltavam sob a camisa aberta, quase caindo dos ombros. A calcinha pendia do tornozelo, úmida, esquecida.
— Não consegui parar de me drogar desde que vocês saíram… — ela murmurou, passando a mão entre as pernas. — A festa tá pegando fogo… e eu vim trazer mais lenha.
Se aproximou de mim, me deu um beijo lambido na boca suja de porra. Depois, se deitou no chão, abriu as pernas e se ofereceu pro Jão.
— Quer matar essa saudade, amorzinho? Vem enfiar em mim enquanto teu ex dono termina de domar a Mô.
E assim foi. Jão enfiou em Patrícia sem piedade. O dono do morro me virou de frente, montou no meu peito e me deu tapa atrás de tapa na cara.
— Abre a boca, putinha. Quero ver tua língua lambendo o meu gozo.
Gozei enquanto me batiam. Enquanto me marcavam. Enquanto me usavam. Meu corpo era altar de loucura e meu gozo era prece. Patrícia gozava gritando, arranhando o chão. Jão gozou dentro dela e beijou a boca dela e a minha. O dono do morro puxou meu cabelo e gozou no meu rosto inteiro, sujando até meu pescoço.
A luz da manhã começou a nascer pelas frestas da janela. Mas o verdadeiro sol… era o calor daquelas fodas.
E ali, no morro, na sujeira, na fumaça… eu descobri quem eu realmente era: uma puta livre, fodida e feliz.
Acordei com a cara enterrada no travesseiro, os lábios inchados e o corpo dolorido como se tivesse sido atropelada por uma tropa de cavalos selvagens. Cada parte de mim latejava. Os seios marcados de chupões e mordidas. As coxas roxas de tapas. O cu ardendo ainda. E o gosto do dono do morro… ainda na garganta.
Ao meu lado, ele dormia de lado, nu, com o pau mole descansando sobre a coxa pesada. Parecia calmo. Mas ali havia um predador de olhos fechados. Um homem que me marcou como fêmea dele.
Me levantei devagar. Tentei encontrar minha calcinha. Não achei. Só peguei a camisa dele e vesti. O pano ainda tinha o cheiro dele misturado com pólvora, maconha e suor.
Desci as escadas da casa. A quebrada já estava acordando. O som dos passarinhos misturado com o funk baixinho das caixas nas vielas. Gente lavando a calçada, menino empinando pipa.
Lá fora, os olhares me seguiam. Sabiam. Me viam agora como a mulher do chefe. Uns queriam me comer. Outras me odiavam. Mas todos sabiam: quem tocasse… morria.
Encostada no batente da porta, cigarro de maconha na boca, estava Patrícia, com um sorriso safado e a roupa amassada da noite anterior.
— Dorminhoca — ela disse. — Ainda anda?
— Mal respiro… — falei, soltando a fumaça pela boca. — Ele me fodeu até a alma.
— Então cê tá apaixonada — ela brincou. — Porque só quem fode a alma é o demônio… ou o homem certo.
Antes que eu respondesse, ouvimos um estouro. Forte. Próximo.
— Foi tiro? — perguntei, tensa.
— Não… ainda não.
Foi então que um moleque correu pela viela gritando:
— Ô chefe! Os homens tão lá na entrada do morro! Tão dizendo que vão subir!
Meu peito gelou. O cigarro caiu da minha mão. Patrícia arregalou os olhos.
— Que porra… e agora, o que vamos fazer?
Eu tentei correr, mas a dor nas pernas me fez tropeçar. Jão me segurou.
— Você virou o troféu, Mô. Cuidado. O morro não perdoa esse tipo de desrespeito.
A porta atrás de mim se abriu com um estrondo. O dono do morro apareceu só de bermuda, correntão no pescoço e uma pistola na cintura.
— Tô sabendo — ele falou, direto pro moleque. — Junta o bonde. Ninguém invade meu morro e leva o que é meu.
Me olhou de cima a baixo. Os olhos ardiam como pólvora acesa.
— Vão as duas pro quarto. Tranca. Se alguém entrar, atira primeiro, chora depois.
— Eu não vou fugir! — gritei. — Eu não sou frágil!
Ele se aproximou. Me pegou pelo rosto.
— Tu é minha. E ninguém tira o que é meu. Nem a policia, nem porra nenhuma.
Antes que ele saísse, agarrei o rosto dele e beijei com gosto de urgência. A gente se comeu ali mesmo com os olhos. O medo só deixava o tesão mais grosso.
Minutos depois, eu já estava trancada no quarto, ajoelhada em cima da cama. Patricia não parava de chorar... Peguei a pistola pequena que ele deixou sobre a cômoda. A mão tremia. Mas o coração… batia como um tambor de guerra.
Do lado de fora, o som das vozes crescia. Gritos. Mandos. E então os tiros. Seca. Sequência. Passos correndo. Gente se jogando no chão.
E eu ali com a patricia. Prontas. Duas fêmeas armadas. Gozo ainda entre as coxas. Esperando o que viesse.
De repente… silêncio.
E a maçaneta girou devagar.
Apontando a arma, eu disse:
— Entra e eu atiro!
A porta se abriu devagar. Era Jão. Com o rosto suado, a camisa rasgada, e os olhos… os olhos cheios de loucura. Patricia correu e se tracou no banheiro.
— Baixa essa porra, Mô — ele disse. — Eu vim te buscar.
— Tu ficou maluco? — gritei, ainda armada.
— Ele te come, te marca, te exibe como troféu. Mas quem te ama sou eu, porra! Quem te ensinou a gemer com gosto!
Ele veio se aproximando.
— Eu te quero de volta, Mô. Nem que eu tenha que matar meu proprio irmão por isso. Ou morrer…
Antes que eu respondesse, ouvi outro barulho. Outro homem entrou. O dono do morro, com o peito arfando, a arma na mão, e a testa suada.
— Eu falei que ninguém encostava nela.
Os dois se encaram. E eu no meio. Nua. Armando uma guerra com minha boceta.
— Eu não sou prêmio — eu disse, me levantando. — Sou puta, sou mulher, sou tua e tua… se eu quiser. E agora... eu quero os dois.
E foi aí que tudo explodiu de novo.
Mas dessa vez… em gemidos.
Três bocas, três corpos, uma guerra dentro de mim
Os dois estavam armados. Mas eu era a única realmente perigosa naquele quarto.
Jão com a respiração pesada, o dono do morro com os olhos em brasa. Eu, nua, entre os dois, com a arma ainda na mão e os mamilos duros como pedra.
— Se forem se matar, me deixem assistir. Mas se forem me foder… que seja agora.
Soltei a arma no chão. Caminhei até Jão e o beijei com a boca suja de saliva e história. A mão dele desceu direto pra minha bunda, me puxando com força. Meu corpo reagiu como um bicho voltando pra toca. Ele ainda me conhecia. Sabia onde apertar, onde morder.
Mas antes que ele me tomasse toda, fui até o dono do morro. Fiquei de joelhos. Olhei pra cima.
— Cê me marcou… agora termina o que começou.
Ele não disse nada. Só abriu o zíper. O pau duro saltou, latejando, grosso como uma punição. Comecei a chupar, com o olhar fixo no de Jão. Um ciúme pegajoso invadiu o ar. Ele se aproximou, me puxou pelos cabelos.
— Cê vai chupar ele enquanto minha rola sente saudade do teu cu?
— Então vem — sussurrei, com a boca cheia.
Eles me jogaram na cama. Me abriram como fruta madura. O dono do morro montou no meu rosto, me fazendo lamber os ovos dele enquanto Jão me enfiava por trás. Socos ritmados, secos. Meu corpo virou meio de disputa, como se cada estocada fosse uma guerra por território.
— Essa buceta é minha, porra! — Jão grunhia.
— A porra é tua, mas quem manda aqui sou eu — o chefe respondeu, socando minha cara com a rola.
Acordei algo dentro de mim. Uma cadela faminta. Gemia, mordia lençol, babava. Gozava em ondas.
Eles me viraram de barriga pra cima. Um no cu, outro na buceta. Entalados ao mesmo tempo. Eu me senti rasgada, preenchida, completa.
— Vai gozar, putinha? — o dono do morro perguntava.
— Vai gozar sendo comida como lixo de luxo? — Jão sussurrava.
E eu gozei. Com os olhos revirados, o corpo inteiro tremendo. Gozei de novo. E de novo. Até perder o senso de onde eu estava. Até me perder de mim mesma.
Eles gozam junto. Um na minha boca. O outro dentro de mim. Gritos abafados. Mordidas. Tapas. Cuspidas. Suor e gemido se misturando à fumaça do morro.
Foi quando ouvimos. O barulho seco, distante. Sirene.
— A polícia vai subir! — alguém gritou lá fora.
Num segundo, tudo mudou. O dono do morro levantou, rápido. Já vestindo a bermuda, pegando o rádio.
— Esconde tudo! Somem com a droga! Manda o bonde evacuar!
Jão se vestiu também, me encarando.
— Vamo! Tô te tirando daqui!
O dono do morro se aproximou, me agarrou pela nuca e me beijou como quem se despede de um vício.
— Tu vai. Agora. Vai pra casa. Depois eu te chamo. Tu agora não é mais puta e sim minha rainha.
— Mas eu…
— Vai, Mônique — Jão cortou. — O morro vai virar inferno. O Caveirão vai subir, com a BOPE o bagulho é sinistro.
Vesti minhas roupas na pressa. A calcinha estava melada. O cheiro no pano era de gozo. Desci com eles por um beco, escondida. Pegaram um moto-táxi pra mim. O piloto me reconheceu, mas não disse nada. Sabia que tava levando a “do chefe”.
Antes de subir na garupa, o dono do morro falou no meu ouvido:
— Vai, minha rainha… se cuida. Mas sabe que tua alma ficou aqui.
Subi. A moto arrancou no meio da poeira. Na frente outra moto levava Patrícia.
Atrás de mim, o morro se agitava. Viaturas da civil subindo. Gente correndo. O ar cheirava a medo.
Mas entre as pernas… o cheiro era outro.
Era o cheiro do gozo deles dois misturado com o meu.
E no peito… o gosto de querer voltar.
Na descida do morro, já perto do asfalto, a moto em que eu estava foi parada por policiais do BOPE, o Batalhão de Operações Policiais Especiais. A moto-táxi onde a Patrícia vinha também foi abordada. Depois que o piloto da moto-táxi se identificou, um dos policiais olhou pra mim com desconfiança, achando que eu estava drogada. Me revistou, encontrou um cigarro de maconha e chamou o comandante da operação.
Quando eu vi quem era, meu sangue gelou. Era ele. O comandante Oliveira. Eu o conhecia por outro nome. Era o Beto Negão, meu ex-namorado, o cara com quem eu tinha perdido a virgindade. Agora ele estava ali, fardado de preto, colete balístico, pistola na cintura, fuzil na mão. E ódio nos olhos.
Ele não disse uma palavra. Só me agarrou pelo braço e me arrastou pra um canto escuro da viela, me empurrando contra a parede com força. O fuzil bateu no meu ombro. Eu quase caí.
— Que porra é essa, Mônique? — rosnou. — Tu tá achando que tua vida é brincadeira?
Tentei responder, gaguejar alguma coisa sobre uma festa junina... Ele bateu a palma da mão aberta na parede, bem perto da minha cabeça. O estalo me fez encolher.
— Festa, o caralho! Tu subiu essa porra pra se drogar com vagabundo? Tá querendo morrer?
Chegou ainda mais perto. O rosto colado no meu. A voz dele não era alta. Mas firme, era como um prego cravando na alma.
— Tá andando com bandido agora? É isso? Tá se vendendo por pó, por pica, por qualquer migalha? Tu tem ideia de onde enfiou tua bunda?
Ele me olhou de cima a baixo com desprezo. Como se eu fosse um bicho sujo, imprestável.
— Presta atenção, porra — ele falou baixo, mas a voz pesava mais que um grito. — A maioria aqui no morro é gente de bem, trabalhadora, que vive refém desses vermes que se acham donos de tudo. E quem banca esses filhos da puta é gente como você, privilegiada, que sobe aqui pra cheirar e foder. Tu virou o quê, Mônique? Mais uma dessas novinha que eles comem, tiram onda e jogam fora? — cuspiu no chão, me olhando como se eu fosse lixo.
Respirou fundo. Só que não baixou o tom nem por um segundo.
— Se esses filhos da puta descobrem quem tu é, que tua mãe é uma juíza criminal, não sobra nem tua arcada dentária pra ela enterrar.
Ele me agarrou pelo queixo com força, os dedos duros, quase me machucando, e me obrigou a encará-lo. O rosto dele a centímetros do meu, olhos em brasa, mandíbula travada. A voz dele veio carregada de fúria e saliva.
As palavras explodiam da boca dele como rajada. A cada frase cuspida, eu sentia as gotículas da saliva atingirem meu rosto. Quentes. Nojo, vergonha e medo misturados num arrepio que subia pela espinha.
— Tu vai ouvir, sim! Vai escutar até o fim essa merda toda! Porque, se continuar nesse caminho, nem o diabo vai querer teu corpo morto. Tu tá se olhando, Mônique? Olha bem pra essa merda que virou tua vida!
Tentei desviar o olhar, já chorando. As lágrimas desciam quentes, misturadas ao suor, mas ele não teve pena. Apertou mais o meu queixo, os dedos cravados na pele, me obrigando a olhar dentro dos olhos dele.
— Ou tu se endireita, ou eu juro que te apago da porra do mapa. Não vai ser traficante, não vai ser miliciano. Vai ser eu. Com farda, com caneta, com ordem judicial, com tudo. Tu não vai virar estatística, vai virar exemplo.
A cada palavra ele se aproximava mais. Eu mal conseguia respirar.
— Eu devia te algemar agora e te levar direto pra delegacia. Não como amigo, nem como ex. Como policial. Como homem. Pra ver se tu entende que a vida não é novela, agora some da minha frente. Se eu te ver de novo, nessa situação, não vou te reconhecer.
Virou as costas, voltou pro grupo com o peito estufado, a postura de comandante intacta. Levantou a mão e gritou:
— Estão liberados! Essa menina aí é minha sobrinha. Qualquer coisa, eu me responsabilizo.
Em casa, com roxos nos seios, vergões nas coxas, o pescoço com marcas vermelhas dos dedos dele. Mordi o lábio. Abaixei a calcinha devagar. Ainda havia porra seca nos pelos. Porra de dois homens. O corpo dizia “domingo”. Mas minha carne ainda vivia a madrugada de sábado no alto do morro.
A cabeça latejava. Eu precisava estudar. Voltar à aula na segunda feira, fingir normalidade, fingir que eu era só mais uma estudante do colegial com olheiras e apostilas abertas. Mas minhas pernas tremiam cada vez que eu sentava. E no fundo… eu não queria esquecer.
Acordei cedo. O chuveiro queimava na pele marcada. Lavei o corpo como quem tenta tirar pecado, mas não tirei. Ele ficou. No cheiro. No gosto.
O ônibus pro colégio atrasou. Sentei na última fileira da sala. Patrícia me mandou um áudio:
“Acordou, minha amiga? Cê viu os stories do Jão? Tá todo estragado, mas falando de você…”
Apaguei o áudio. Meus dedos tremiam. O peso da realidade me fez dispertar. O que eu queria pra minha vida?
O professor falava alguma coisa sobre uma matéria chata. A voz dele era só um ruído distante. Minha cabeça estava longe…
Eu só conseguia pensar no peito suado do dono do morro colado no meu, o peso do corpo dele sobre o meu, o cheiro, o calor, o jeito bruto que me deixava sem ar. Ao meu lado, a colega destacava frases no livro com o marca-texto rosa. Eu, em silêncio, deslizava os dedos devagar pela minha coxa, por baixo da saia do uniforme. A calcinha estava úmida desde o café da manhã.
Meu corpo pedia pausa. Mas meu desejo… queria replay.
Fechei os olhos por um instante. A sala virou outra. Era o barraco de novo. O colchão manchado. A voz rouca dele no meu ouvido:
“Abre essas pernas, porra… tu não é santa.”
Senti um fio escorrer. Apertei os lábios.
O professor me chamou. Meu corpo ainda estava fazendo download da minha alma.
— Mônique, tá tudo bem?
"Apenas ergui o polegar, levantando levemente o rosto."
— Tô sim, só… um pouco cansada, e com cólicas.
Mentira. Eu tava fodida. Completamente fodida.
Fodida e com saudade disso.
Na saída, sentei na calçada com o celular na mão. Tinha uma notificação não lida.
Número sem identificação
“Chegou bem em casa, minha fêmea, minha rainha? Ainda sinto teu gosto na minha língua.”
O coração disparou.
O dono do morro.
Minhas pernas se abriram sozinhas.
Respondi: ❤️ ( somente com um coração)
A resposta veio em segundos:
“Se prepara. Essa semana eu te busco. Quero ver se ainda geme igual cadela.”
Sorri. Mordi o lábio. E voltei pra casa andando devagar, com a calcinha grudada no meio das coxas.
Eu podia tentar ser normal. Mas depois de ter sido comida por dois machos de verdade no meio da favela, de ter o cu arrombado e o rosto marcado de gozo e tudo isso com minha melhor amiga… não existia mais rotina.
Só saudade da próxima foda.
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FIM
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M😈h Lyndinha ♥