CONTINUANDO...
Então o princípio de riso desmancha e sinto o rosto esquentar. De fato, essas cenas foram muito boas. Porque caralhos pensei justamente num cara pelado? Eu, hem.
– Sua irmã está demorando. – digo mudando de assunto.
– Onde ela foi?
– Na casa da Ingrid.
– Melhor esperar sentado, aquelas duas quando se juntam não tem prazo para se desgrudar. – ele ri e pega o balde de pipoca vazio e vai até a cozinha.
Eu mando mensagem para Sandra que me responde na hora, dizendo que demoraria mais para voltar, já que se ofereceu para ajudar a amiga a arrumar o guarda-roupa. Disse que isso faria Ingrid distrair a cabeça. Eu disse que iria para casa então, mas ela falou que já avisou a mãe que eu irei jantar com eles. Caramba, hoje não é meu dia.
Frustrado, aceito ficar. E como quem está na chuva é pra se molhar, vou até a cozinha beber água, sem tentar ignorar a presença do Sérgio. Acho que até seria estranho evitar sua presença depois de passarmos quase duas horas assistindo um filme e dividindo um mesmo balde de pipoca.
Ele está lavando o balde que usamos e eu pego um copo no armário e água na geladeira. E não consigo parar de me sentir desconfortável. Eu e esse cara não somos próximos e essa casa não é minha. Me sinto como um peixe fora d’água.
E porque raios ainda está vestido de padre? Ele está em casa, poderia usar algo mais confortável que esse “vestidão” preto. Até o colarinho está no lugar.
– Como estão as coisas? – ele pergunta.
– Que coisas? – questiono após um gole na água.
– Sei lá. – Sérgio dá de ombros. – Nas notas?
– Tudo tranquilo. Não sou o melhor da turma, mas não sou o pior. E você?
– Tá indo. É chato, porque vi todo esse conteúdo ano passado, mas, pelo menos, as notas estão melhores. Seria o fim da picada ver as mesmas coisas duas vezes e continuar mal, né? – ele ri.
– Bom, que bom que está indo bem. – forço um sorriso encorajador.
Ele termina de lavar o balde, coloca no escorredor e dá um passo para o lado, para que eu possa lavar o copo que usei. Me aproximo da pia e lavo, com Sérgio me encarando a 40 centímetros do meu rosto.
Ele tem um sorrisinho torto e não para de me encarar. Eu lavo o copo, enxáguo e o coloco no escorredor. E me afasto. Sérgio continua me encarando e sorrindo. Isso me deixa intimidado, como se um gavião olhasse para um coelhinho.
Então ele se mexe e volta para sala. E me sinto aliviado em ficar fora da sua vista. Até suspiro fundo, como se um peso saísse do meu peito. Caramba, que cara estranho.
O próximo problema é que eu estava pronto para voltar para o quarto da Sandra, mas quando chego na sala fico em um dilema. Seria estranho eu ir para o quarto, deixando claro que prefiro ficar sozinho em vez de conversar com ele?
Movido pelo sentimento da boa vizinhança, sento no mesmo lugar de antes, na outra ponta do sofá. Sérgio fica procurando alguma coisa na TV, rodando pelos filmes e séries do canal de streamig.
– E entre você e minha irmã? – ele volta a puxar assunto. – Está tudo joia?
– Tá tudo perfeito.
– Atrapalhei mesmo vocês antes, né? – Sérgio ri.
– Não, cara… – digo envergonhado e inventando uma desculpa. – Eu só estava com calor e pedi para tomar um banho.
– Olha, hoje não está muito frio, mas definitivamente não está calor.
Ah, caralho, nem lembrei desse detalhe. A temperatura hoje não deve ter feito mais que 20°C. Culpar o calor foi uma péssima desculpa.
– Eu tenho sudorese. – falo saindo pela tangente.
– Eu nem sei o que isso significa, mas sei que está mentindo. – ele ri alto. – Você é um péssimo mentiroso.
E ele está certo. Minha mãe diz que se alguém prestar bem atenção em mim, vai conseguir ver através da minha carne e crânio e ver meu cérebro, sendo possível ler o que está escrito ali.
– Talvez. – digo rindo de nervoso.
– Então vocês tinham transado mesmo em tão pouco tempo?
– Não, não… – digo rápido, mais uma vez tentando preservar a integridade do meu tempo de ereção. – Tomei banho para fazer depois, não foi antes.
– Ah, então atrapalhei vocês mesmo. – ele ri e estica o punho para me dar um soquinho no braço. – Sinto muito.
– Se sentisse, não teria ficado em casa.
Ele ri alto e eu me sinto envergonhado novamente. O que deu em mim para ser tão sincero do nada? “Se controla”, digo a mim mesmo. “Ele é irmão da sua namorada, não seu amigo”.
– Foi mal, cara. – diz ele rindo. – Mas eu moro aqui, os incomodados que se mudem. Poderiam ter ido para sua casa.
– Minha mãe é dona de casa, o que significa que sempre tem alguém lá.
– Poderiam ir para um motel, então.
– Acha mesmo que a Sandra iria para um motel? – pergunto me ajustando no sofá para ficar de frente com ele.
– Cara, se é assim, quando arranjam lugar para transar?
Oh, porra… Em que momento comecei a falar sobre minha vida sexual para esse cara? E tão rápido? Céus, eu quero tanto ir para minha casa e me esconder debaixo das cobertas…
– Espera, vocês nunca…? – ele pergunta surpreso ao avaliar meu desconforto.
– O que? Claro que já transamos!
– Então…? – Sérgio ergue uma sobrancelha.
– Nós… só… não fazemos com muita frequência.
– E estamos falando de que? Uma vez na semana?
Eu desvio o olhar. Que merda, eu falo com isso nem com Ricardo, que é meu melhor amigo. E agora estou sendo deixado levar por esse sujeito. O que tem de errado comigo?
– Uma média de uma vez por mês. – admito.
Sérgio tem então uma crise de riso. Que dura dois minutos inteiros, contados pelo relógio acima da TV, onde fico encarando com as bochechas esquentadas.
– Cara, Quando a Ingrid era minha namorada me negou fogo por duas semanas e eu arranjei quem apagasse no lugar dela. – diz rindo.
Minha garota odiou que eles namorassem no início, porque sabia que se relacionar com ele era furada. E eu sempre entendi ela. Sua melhor amiga namorar firme com seu irmão de caráter questionável, é como ver uma vila ser construída na base de um morro com histórico de deslizamento. E deu no que deu.
– Eu sou um cara legal de namorar, mas não mexa com meu tesão. – fala e então para de rir e me encara. – Você não está chifrando minha irmã não, né?
– O que? – olho para ele. – Claro que não!
– Bom, então sua mão deve estar toda peluda. – ele volta a rir.
– Ah, eu não costumo bater uma.
– Porque não?
– Sua irmã acha isso nojento.
– Ela não precisa ficar sabendo.
– E o sexo fica melhor e a expectativa por ele cresce.
– Isso eu concordo. Mas um mês sem aliviar as bolas? Isso é quase um pecado cristão.
– Acho que um padre discordaria de você.
– Eu sou padre. – diz abrindo os braços indicando as roupas.
– A Igreja Católica discordaria.
– Dane-se. – ele dá de ombros. – Um mês sem sexo… A expectativa deve estar grande.
– Um pouco.
– Um pouco? Eu se passo uma semana já subo pelas paredes. Se não tiver mulher, uma mão dá conta do recado. Pelo menos por hora.
– Nós somos diferentes – digo.
– Muito. – ele ri e volta a atenção para a TV. – Bundão!
Eu acabo rindo dessa situação. No final das contas, essa coisa toda de falar com o Sérgio não foi tão ruim. Ele agiu como se fossemos amigos. O que não somos, mas poderia ter sido pior.
Meu celular vibra e eu vejo no visor uma foto que Sandra me enviou. Uma selfie dela com sua amiga, Ingrid. As duas rindo e com uma pilha de roupas no fundo. Envio uma foto minha como resposta, fazendo um joinha.
Quando ergo os olhos, levo um susto com o que vejo na TV. A um minuto estava aliviado pelo Sérgio não agir feito um esquisitão, mas fui precipitado demais.
Na tela, passa um vídeo de uma mulher nua sobre uma cama, de costas enquanto cavalga em um cara. Um vídeo pornô, sendo transmitido como o filme que acabamos de ver. Olho para Sérgio, que encara a TV de braços cruzados, mesma posição que ficou quando a pipoca acabou cerca de uma hora atrás.
– Que porra é essa? – pergunto erguendo a mão na direção da tela.
– Um pornô. – Sérgio diz naturalmente.
– Ah, não me diga. – rio de nervoso. – Se quer um momento só, é só pedir que eu saia. Ou melhor: vai pro quarto.
– Não estou mostrando para mim, mas para você.
– E quem disse que quero ver essa desgraça?
– Um mês sem foda. – ele me olha. – Tá necessitado.
– Se eu quiser ver um pornô, vejo sozinho no quarto.
– Você mesmo disse que não bate uma.
– E o que você tem a ver com isso?
– Um homem deve se solidarizar com o outro. Estou apenas dando uma forcinha.
– E quer que eu bata uma aqui?
– Porque não? Somos homens.
– Justamente: somos homens.
– Qual é… – ele ri. – Nunca bateu uma com aquele seu amigo lá? Ricardo nome dele, né?
– Claro que não. – digo rindo. – Que viadagem é essa, cara?
– Ah, vai…? Porque tanto pudor. Só olha e curte!
Me preparo para levantar e sair da sala, mas ao invés disso olho para a TV com o rosto quente de vergonha. Talvez, em uma situação diferente, eu realmente teria saído. Mas em uma coisa Sérgio está certo: preciso me aliviar. E por estar frágil de tesão, acabo ficando.
Só hoje perdi a conta de quantas vezes fiquei duro. Acordei com uma ereção; tive outra no ônibus, indo para a escola, sem motivo aparente; outra surgiu quando vi os peitos da Sandra naquele “vestido de noiva”; e depois quando nos beijamos no corredor da escola; mais outra caminhando para sua casa só com a ideia de transar; também quando quase fizemos sexo nesse mesmo sofá que estou agora; e com uma tentativa falha de conseguir o que queria no quarto. E nesse momento, com esse papo todo.
Que droga, aparentemente quando fico com tesão me transformo em um cretino tarado e pervertido, capaz de permanecer na sala com um vídeo pornográfico na companhia do meu cunhado, que nem sou próximo.
Na tela, a moça segue cavalgando de costas. Um corpo magro e bonito, com longos e cheios cabelos cacheados pulando feito molas conforme se movimenta. É um vídeo claramente amador, o que torna tudo mais exitante. Eu queria ser aquele cara… E que essa moça seja a Sandra, é claro.
Ah, quem eu quero enganar? Se eu não puder ser honesto com a minha mente, com quem mais poderei? Quero essa moça, não Sandra. Quadris mais largos e quica como um profissional.
Não me entenda mal, cérebro, eu amo meus momentos de intimidade com minha namorada, mas ela poderia ser… um pouco mais ativa, acho que posso colocar assim.
Com ela, eu sou o dominante e gosto disso, mas ela fica lá, parada feito com defunto. Tenho acesso ao seu corpo lindo, mas ela mal se mexe. No máximo geme. Até pergunto se ela está gostando, porque as vezes duvido disso, mas ela sempre diz que gosta muito e eu não posso fazer outra coisa a não ser acreditar.
Mas a moça desse vídeo não é assim. Ela quica com vontade e aceita de bom grado os tapas que recebe nas nádegas redondas e lisas. E quando homem abre as bandas, dá pra ver o orifício dela. Mais fechado que o comum para mulheres nesses sites pornôs.
Em dado momento, o pênis do sujeito acaba escapando da vagina e ela própria encaixa no lugar. Aquela pica sem prepúcio, grande, com veias e da cabeça rosada usando uma camisinha é engolida pela buceta bem lentamente, até as bolas depiladas tocarem nela. E então o cara pega a cintura da moça e começa uma cessão alucinante de socadas, fazendo os gemidos e o atrito das peles ressoem pela tela da TV.
Uau!
5 minutos se passam, mas que nem parece 1 – segundo o relógio acima da TV – e agora estou tão duro que a cabeça do meu pau dói dentro da minha calça e cueca.
Olho para o lado e vejo Sérgio encarando a TV com a respiração forte. E aperta a pica por cima da roupa. Essa maldita roupa de padre do casamento caipira.
Ele deve ter percebido que olhei para ele, porque também vira o rosto e me encara. Dá um sorriso e pisca o olho. Eu volto a minha atenção para a TV, engolindo em seco de constrangimento.
Tento focar apenas na tela. Quando me deixo levar pelo vídeo a vergonha diminui, então foco no casal, ignorando o outro cara na sala.
Presto atenção nos dois. Ela tem uma pele escura muito atraente, que parece ser muito macia e gostosa de apertar. Sinto um arrepio na nuca quando uma gota de suor escorre nas suas costas, deixando uma marca no caminho e pinga da nádega direita para a coxa do rapaz.
Até mesmo ele é bonito. Não posso ver seu rosto pela posição em que são filmados, mas suas pernas são claras, com pelos louros, o saco bate para cima e para baixo e tem um belo exemplar de pênis. Mas ver os dedos dos pés apertarem e a musculatura da cocha se contrair pelos movimentos é um detalhe muito significativo. Eles estão realmente com tesão e isso é visível pelos seus corpos e gemidos.
Eu nem percebi fazer isso, mas quando noto, estou apertando meu membro por cima da calça. A mesma calça que minha mãe fez um remendo ontem a noite para eu ser o noivo da festa junina. Pensar em mãe e em ser noivo da minha namorada me distrai novamente.
Olho para o lado com o canto do olho e vejo Sérgio segurando e alisando seu membro por cima da roupa, assim como vi 2 minutos atrás. Mas agora a sua peça estão bem mais visível sobre o tecido. É grande, maior que o meu, mas não me intimida, gosto do meu próprio. O estranho é estar tão bem marcado. Com cueca e calça, não ficaria tão evidente.
Como se ele lesse mentes, larga a peça e começa a subir a batina de padre e conforme a pele das suas pernas é mostrada, constato algo chocante.
– Você está pelado debaixo dessa roupa de padre? – pergunto, sem ligar que ele perceba que estou observando.
– Sim. – ele fala me olhando novamente e ri.
– Porque?
– Imagina ir para a escola usando um vestidão sem usar nada debaixo? Foi uma tentação que não pude resistir.
– Você passou o dia todo assim? – pergunto surpreso.
– Sim, você deveria experimentar, é libertador e exitante.
– Por isso ainda não trocou de roupa?
– É, eu curti. – ele diz e dá um sorrisinho estranho. Ele ficou constrangido? Acho que é a primeira vez que o vejo assim.
– Você é mais doido que pensei. – digo rindo.
– Você nem imagina.
Então ele sobe a batina para cima do quadril e eu desvio o olhar, porque seria estranho ficar encarando. Ele joga a roupa no chão e o colarinho branco por cima, ficando apenas com os tênis.
Eu nem posso acreditar que estou com meu cunhado pelado, na casa da minha namorada, sentados no sofá dos meus sogros, assistindo pornografia. Quando acordei hoje, não imaginava que algo assim aconteceria.
Quando o relógio acima da TV marca que estamos a 10 minutos assistindo ao vídeo, começo a ficar levemente cansado do que vejo. É exitante e tal, mas assistir 10 minutos da mesma posição e no mesmo ângulo, cansa. Já até decorei a posição exata do sinalzinho de nascença que o cara tem no lado esquerdo do saco.
– Assim fico com vergonha. – Sérgio diz, o que me faz olhar para ele por reflexo. – Só eu aqui, pelado.
Desvio o olhar, mas naqueles 2 segundos pude ver tudo nele. O peito sem pelos, que ele está depilado lá em baixo, que é circuncidado e que seu pau não só é avantajado, como também tem uma forma muito simétrica e bonita, com corpo todo branco e cabeça rosada. Nunca tive problemas com o meu, mas agora até fiquei intimidado.
Mas ele tem razão, é hora do próximo passo. Já que estamos aqui, não tem mais volta. Então desabotoo o jeans, abro o zíper e desso a calça junto da cueca até os calcanhares.
Eu não me depilo tanto quando Sérgio, que arranca tudo, mas aparo com maquininha, então tenho pelos. Curtos, mas tenho. Não sou circuncidado, então a glande só é exposta quando movimento a pele para baixo, como na masturbação. É um pênis bem comum, tem nada de extraordinário. Tem um bom tamanho, então não preciso pedir muito mais do que tenho. Só fico constrangido mesmo porque o dele é digno de um ator pornô. E porque não estou acostumado a mostrar o meu meninão por aí e… todo constrangimento de todo resto.
Pego o membro e começo a me masturbar, deixando a outra mão apoiada na minha coxa. E é isso, agora é só gozar com o vídeo feito um idiota.
Na TV, o casal continua na mesma posição e eu tenho que conter um riso quando penso “ela vai acabar tendo câimbra na se continuar assim”.
Sérgio deixa um gemido escapar do outro lado do sofá e me permito uma espiada de canto de olho. Ele se masturba com a mão esquerda e a direita aperta suas bolas. Provavelmente é canhoto. As pernas estão esticadas, com os pés apoiados na mesa de centro, ainda calçados. Não sei bem o motivo, mas sempre achei um pouco cômico ver homens nus usando tênis. Passa uma mistura de sensualidade e inocência marota.
Não vejo seu rosto, pois para isso teria que virar muito a cabeça e não quero que me flagre espiando, mas vejo o suficiente para saber que ele está entregue na masturbação.
Largo meu pau, inclino o tronco para frente e tiro minhas botinas, meias e termino de tirar a cueca e a calça, deixando dobrado na mesa de centro, perto dos pés dele.
Aproveito para pegar o celular e escrevo uma mensagem para Sandra, perguntando se ela ainda vai demorar muito, afinal não quero ser flagrado nessa situação.
Mas antes que clique no botão verde para enviar a mensagem, uma mão surge e rouba de mim. Olho para Sérgio indignado, vendo ele deixar o aparelho sobre minha calça na mesa.
– Nada de distração, meu velho. – ele diz rindo.
– Só iria perguntar para Sandra se…
– Cara, esquece a Sandra. – me interrompe. – Foca nisso.
Sérgio pega na base do seu pau e balança no ar. É quase instintivo meu olhar parar ali e vejo pela primeira vez seu corpo inteiro nu, de frente para meus olhos.
Sérgio é um cara muito bonito, loiro, com um bom corpo, um sorriso cafajeste no rosto e a cabeça rosada do pênis está úmida pelo pré-gozo. E parece tão à vontade ali, com as pernas esticadas, pés calçados sobre a mesa, massageando as bolas com uma mão e a outra balançando o membro… Ele está tão sexy…
Desvio o olhar e foco novamente na TV, engolindo em seco. Eu não deveria estar tão interessado no corpo dele, não é? Já estive com outros homens nus antes, em vestiários ou quando estou na casa do Ricardo, quando ele troca de roupa. Homem para mim não tem diferença entre pelado e com roupa, mas Sérgio… Tem algo de atraente nele!
Ah, claro… nenhuma das outras situações os caras estavam de pau duro e sem vergonha nenhuma disso. Curiosidade. Culpo a curiosidade de estar nessa situação.
Volto a pegar meu pau e acelero a masturbação. Isso tudo já durou tempo demais, 15 minutos segundo o relógio. Ok, quando me masturbo gosto de gastar 1 hora inteira nisso, mas preciso chegar no clímax logo, porque estou começando a pensar em coisas demais.
Foco na moça na tela. Seu cabelo, a cintura, as nádegas, a pele, o suor… as pernas do homem, as mãos com dedos longos dando tapas na bunda dela, o movimento do seu saco, o períneo dele…
A visão geral dos dois é muito erótica dessa posição que a câmera filma, mesmo que esteja todo esse tempo vendo a mesma coisa.
Sinto minha respiração ficar cada vez mais pesada e um ou dois gemidos me escapam, sem minha permissão. Sinto meus ovos se contraindo no saco, meu pau inchando e aquela sensação de desejo subindo pelo corpo do pau… E paro de movimentar.
Por 3 motivos: os movimentos estavam tão rápidos que minha mão começou a formigar. E eu ainda estou de camisa. Não gozo a bastante tempo e não quero sujar ela toda, até porque é emprestada do meu pai. E também, quando o gozo é retardado no momento que ele finalmente vem fica ainda mais intenso. Quero chegar lá logo? Sim, mas já que estou aqui...
Desabotoo a camisa xadrez vermelha e deixo bem aperta, mas não tiro ela. Pego meu pau e volto a bater uma, bem rápido. E não tarda a voltar aquela sensação toda de gozo surgindo.
Na tela da TV, o homem inclina o corpo, abraça a mulher e a beija. Queria muito que isso fosse filmado de lado e desse para ver os peitos dela e o rosto de tesão… mas pensando bem, assim eu não poderia ver aquele sinalzinho no saco depilado dele….
Então o sujeito da tela inclina a cabeça dela para o lado e vejo o rosto dele pela primeira vez nesses 20 minutos. Cabelos loiros, olhos verdes, pele clara levemente acobreada…
Paro a masturbação pela segunda vez quando estou quase gozando, o que faz um arrepio subir pela coluna, como uma forma de protesto do corpo.
Olho Sérgio, como se estivesse vendo um fantasma. Ele percebe a mudança e desvia a atenção da TV para mim, tira os pés da mesa e apoia no chão, abrindo as pernas. Olho para o meio delas e vejo, ali, no seu saco balançando pela masturbação, o sinal que passei os últimos minutos encarando.
– Que porra é essa? – pergunto incrédulo.
– O que? – ele sorri de lado, com o tom mais cafajeste possível.
– É você! – digo quase gritando apontando para a TV.
– Só percebeu agora? – ele ri, sem parar a maldita punheta.
Olho para a tela novamente e vejo os dois mudando de posição, ficando mais de lado e começam a se beijar. É o Sérgio e a Ingrid. O irmão e a melhor amiga da minha namorada, esse tempo todo.
– Que merda, Sérgio… – digo enojado. – Sério, mesmo?
– Qual o problema? – ergue uma sobrancelha.
– A Ingrid sabe desse vídeo?
– Claro, foi ela mesma quem gravou e me enviou.
– Vocês já estão separados a quanto tempo, animal. – abro os braços de indignação. – Um mês?
– E o que tem?
– Ela sabe que você ainda tem essa porra?
– Ah, cara relaxa. – ele ri. – Você tava curtindo até agorinha, sem se importar com o contexto.
– Porque eu não sabia quem eram!
– Isso é um pouco hipócrita da sua parte, não acha?
– Vai a merda, cara!
Mas que droga, Sérgio já deu muitos indícios de que seu caráter é uma merda, mas isso passa de qualquer limite. Não tenho muita certeza, mas acredito que até criminoso isso é. Você não pode sair mostrando vídeos íntimos para qualquer um, isso é no mínimo antiético.
– Relaxa, Marcelo. – Sérgio diz.
Volta sua atenção para a TV, sem ligar para o meu chilique e sem parar de apertar as bolas e mover o pênis para cima e para baixo, em uma masturbação lenta e totalmente relaxada. Até se reajusta no sofá, sentando mais na ponta e ficando mais “deitado”.
Olho para ele irritado pela pouca importância que dá para isso. Nós nem somos amigos e mesmo que fossemos… O que tem na cabeça desse sujeito?
Suspiro de frustração e me inclino para a frente, pego a calça e cueca, disposto a me vestir e sair não só da sala, mas desse maldito apartamento. Deveria ter feito isso. Deveria…
Mas enquanto visto a cueca, olho para a TV. Ali, vejo que os dois continuam na mesma posição sexual, com ele sentado na cama, beijando o pescoço dela e com Ingrid cavalgando nele. Mas agora estão de lado, como eu queria, dando uma nova visão para a cena.
Os peitos empinados sendo apalpados pelo Sérgio, o tronco e braços nus dele, a cara de desejo de ambos, os beijos quentes, as mãos que acariciam o corpo um do outro…
Visto minha cueca, que fica apertada pelo pau ainda duro. Visto a calça, mas acabo não fechando. Porque o casal na TV mudou de posição. Ela sai de cima dele, Sérgio deixa o tronco em diagonal para trás, com uma mão de apoio e a outra acaricia os cachos dela, que joga o cabelo para o outro lado, sendo bem visível seu rosto. Ela tira a camisinha do pau dele, joga para o lado, fica de quatro, inclina a cabeça para baixo, empinando o quadril como consequência e começa a chupar ele.
Ingrid, a garota que já participou de vários rolês na companhia de amigos e com minha namorada, a mesma que tem problemas com a irmã e que chora quando briga... coloca tudo na boca. Até o nariz encostar na pele da pélvis.
Quando ela tira da boca, tossindo um pouco, vejo o quanto que ela engoliu, aquele pau imenso. Volta a engolir e até posso ver o inchaço na sua garganta indo e vindo, conforme ele movimenta o quadril. E que quadril…
Sérgio sabe o que faz. O tronco dele fica praticamente imóvel, mas o quadril se move com maestria, fodendo a boca da garota. E a visão da musculatura das nádegas dele se contraindo… caramba!
Olho para o relógio acima da TV novamente e percebo que fazem 30 minutos desde que o vídeo começou. 10 minutos que percebi quem era o casal na tela e que vesti a calça. Nem vi o tempo passar, hipnotizado em ver pessoas que conheço em um momento tão íntimo e erógeno.
Olho para o lado e vejo Sérgio me encarando e ele sorri, com ar de “isso aí, cara, aproveita”. Fico irritado, mas faço nada que não seja seguir assistindo ao vídeo.
Aceito que não sou muito melhor que o Sérgio. Ele está mostrando sua intimidade com outra pessoa, sem ela saber. Mas eu estou aceitando assistir. Que merda…
Suspiro fundo e volto a tirar a calça e a cueca, deixando sobre a mesa de centro, como antes. Ouço ele rir na outra ponta do sofá, mas ignoro. Só volto a me masturbar, ansioso para gozar logo e talvez assim a racionalidade volte para meu corpo.
Na TV, Ingrid segue chupando ele, sendo possível ouvir o som da sucção da mamada. Sérgio, na TV, geme alto quando ela engole até no fundo.
Olho de canto de olho para o pênis dele, aqui do lado, e vejo o quão grande é. Nesse momento o cara solta as bolas e segura o membro com ambas as mãos, uma sobre a outra, com o polegar fazendo círculos na glande rosada.
Uau!
É impressionante como Ingrid coloca tudo isso na boca. Não vou dizer que é algo desproporcional e que nunca vi maior, mas é impressionante de qualquer forma.
O Sérgio da TV puxa delicadamente Ingrid pelo cabelo a erguendo, fazendo com que ambos fiquem de joelhos. Ele chupa os peitos dela por um minuto, então deita ela de costas com as pernas abertas, uma boa visão da vagina.
Uau!
Então ele se encaixa entre as penas dela, de costas para a câmera, se inclina sobre o corpo e enterra a vara de uma vez só, fazendo Ingrid dar um grito e rir como sequência.
A visão que tenho agora é mais dele do que dela. Vejo as nádegas do Sérgio e quando ele abre mais as pernas, de joelhos na cama, vejo seu saco novamente, com aquele sinal. E vejo seu ânus, por estar praticamente de quatro.
Quase gozo pela terceira vez nessa tarde, mas mais uma vez largo meu pau, com a respiração pesada. Dessa vez com o único propósito de postergar o gozo. É, eu estou entregue.
Olho para Sérgio do meu lado, que ainda se masturba, ofegante e gemendo baixo. Ele me olha e sorri. E eu sorrio de volta. Somos dois filhos da puta.
Olho para a TV e sigo vendo ele foder a garota. Vejo os músculos das nádegas contraindo a cada estocada. E percebo como seu ponto traseiro é tão rosado quanto a cabeça do seu pênis.
Ouço Sérgio se mover no sofá, mas não presto atenção. Até olhar para baixo e ver sua coxa nua surgir ao lado da minha e uma mão pegar meu pau, ainda abandonado por mim.
Olho para ele assustado e o vejo sorrindo torto. Mas que merda é essa? Parece que esse idiota não para de me atentar. Ele dá uma de louco de minutos em minutos, mas pegar no meu pau?
Com as bochechas esquentando de vergonha, olho para a TV, sem reclamar da sua mão intrusa. Aparentemente, o tesão corroeu meu cérebro de vez.
CONTINUA...