O CÓDIGO DO PRAZER IV

Um conto erótico de Ryu
Categoria: Heterossexual
Contém 2561 palavras
Data: 14/06/2025 08:53:07

PARTE 4 - Amor como Serviço (AaaS)

- Suzy! — eu disse, como se chamando a real, mas falando com a cópia.

Ela sorriu, de uma forma quase carinhosa.

- Hoje, posso ser quem você quiser – Disse com uma voz aveludada, infantil e sexy ao mesmo tempo.

Fechou a porta atrás de si, caminhou em minha direção com passos lentos, quase felinos. Os saltos finos batiam contra o chão produzindo um som ritmado.

As pernas longas, as coxas grossas, perfeitamente desenhadas, moviam-se com graça e o brilho discreto do salto refletia a luz do ambiente. Ela não precisava dizer uma palavra — o som dos passos e o balanço sutil do quadril diziam tudo.

Me encarou com um olhar que falava mais do que qualquer palavra. Nos olhos dela havia uma chama — fome, entrega, provocação.

- Você ainda está aqui, chefinho? - perguntou com um sorriso que parecia inocente, mas os olhos diziam outra coisa. - Já é tarde e todos os outros funcionários já foram embora.

- Estava esperando você! - Respondi.

— Chefinho, eu trouxe o relatório que você pediu.

A voz. Era aquele tom meio infantil, com toque aveludado de sensualidade. Quase me levantei para confirmar que aquilo não era um sonho.

Entregou-me a pasta, mas, em vez de recuar como Suzy faria, ela permaneceu ali, próxima demais. Seus olhos buscaram os meus, e o sorriso cresceu, agora com um toque de malícia.

- Precisa de mais alguma coisa?

Aquela pergunta, na boca da Suzy real, seria pura formalidade. Mas ali, naquela sala cenográfica, com aquela versão moldada para se parecer com meu desejo, a pergunta era carregada de segundas intenções.

- Achei que talvez você quisesse uma explicação do relatório... — disse, com um tom suave, quase íntimo.

Assenti, mas não respondi. Minha boca estava seca.

Ela se aproximou, e sua voz surgiu próxima ao meu ouvido.

- Posso te mostrar os pontos mais... interessantes?

A camisa se abriu sutilmente, sem sutiã por baixo deixou à mostra uma porção generosa dos seios - o suficiente para prender meu olhar. Um arrepio percorreu minha nuca. Senti o calor de sua respiração. Aquilo estava indo melhor do que eu imaginava.

Fiquei mudo por um instante, fascinado com o realismo da encenação. Era como se eu tivesse cruzado para dentro de um sonho cuidadosamente construído — um onde Suzy me olhava diferente, onde tudo era possível.

E, mesmo sabendo que era só atuação, uma fantasia com hora marcada... parte de mim queria acreditar que era real.

Virei o rosto, e nossos olhos se encontraram por um instante. Estávamos perto demais. Então ela se abaixou devagar, sentando-se no meu colo. Senti o calor do corpo dela atravessar a roupa.

- Você é... muito parecida com ela — murmurei, quase sem querer. – O relatório está ótimo – disse, voltando à encenação.

- Aí chefinho, que bom que gostou, eu faço tudo para te agradar! - As mãos dela seguraram meu rosto – Como prêmio, eu não mereço um beijo?

Os lábios me tocaram como se já tivessem feito isso mil vezes.

Um beijo incrível. Molhado, profundo, entregue. Minhas mãos deslizaram por suas coxas, subindo pela barra da saia. Ela não parou. Pelo contrário — gemeu baixinho e se encaixou melhor sobre mim, roçando seu quadril contra o meu, com movimentos sutis, mas enlouquecedores.

Sem romper o beijo, ela desabotoou minha camisa. As mãos dela eram firmes, decididas. Quando os botões acabaram, me empurrou levemente para trás e começou a beijar meu pescoço, descendo devagar, sem pressa.

Com os olhos em chamas ela me disse decidida: "Me fode, Anderson. Agora."

Eu a coloquei sobre minha mesa, afastando papéis e pastas num único gesto. Ela abriu as pernas, me esperando.

Ela abriu a saia como quem desfaz um laço proibido, e ali estava, de pernas abertas, me encarando com desejo escancarado. A calcinha era preta, pequena, fina — quase um convite para o pecado. Me ajoelhei diante dela. Beijei sua coxa, depois a outra. A beleza de sua vagina me hipnotizou. Meu rosto mergulhou ali, entre os gemidos que ela tentava conter, agarrando meus cabelos, puxando, pedindo mais.

Ela tremia. Se contorcia. Me dizia coisas que a verdadeira Suzy nunca diria no mundo real.

O quadril dela se movia devagar, como se dançasse ao som de uma música. Me puxou pela gravata, guiando minha boca aos seios, agora expostos e duros de desejo.

— Me usa, Anderson — sussurrou, o hálito quente contra meu ouvido. — Do jeito que você sempre quis.

Aquelas palavras abriram algo dentro de mim. Uma porta que eu costumava manter trancada. Peguei-a nos braços e virei seu corpo de bruços sobre a mesa. A posição revelava ainda mais — o contorno perfeito da cintura, a curva dos quadris, a pele que parecia quente mesmo sob o ar-condicionado.

A calcinha escorregou fácil pelas pernas torneadas. Ela olhou por cima do ombro, os olhos agora completamente entregues.

— Assim? — perguntou com um sorriso sujo, os dedos afastando as nádegas para mim. A boca dizia "vem", o corpo dizia "agora".

Desabotoei o cinto, deixando cair as calças. Sem hesitar, entrei nela com força. Ela soltou um grito abafado que ecoou pela sala, misto de surpresa e prazer. Me agarrou pelos pulsos, se apoiando firme na mesa enquanto eu a tomava. Os corpos batiam com um ritmo bruto. Ela sussurrava meu nome. Às vezes implorava. Às vezes só gemia alto, sem conseguir formar palavras. Meu nome nunca soou tão certo, tão sujo, tão íntimo.

— Isso, isso... assim! — disse, o corpo tremendo sob mim.

Eu a segurei pelos cabelos, arqueando sua cabeça para trás, obrigando-a a olhar para mim no espelho da parede. Quis ver o rosto dela, quis ter certeza: aquele prazer era real, mesmo que o corpo fosse programado. E ela retribuiu o olhar.

- Aí Anderson, fode meu cu!

Deu um tapa na sua bunda monumental:

- Aqui que você quer? Então pede por favor!

- Eu quero, quero muito! Por favor chefinho, põe o teu pau todinho no meu rabinho.

Enfiei dois dedos dentro dela para abrir caminho. Ela gemeu alto, o som ecoando pelas paredes.

— Assim, Chefinho… aí… — sussurrava, ofegante, com a voz falhando entre gemidos.

Peguei-a pelos quadris e a penetrei de uma vez só — fundo, forte, bruto.

Ela gritou. Um grito cru, de quem estava sendo possuída.

O som da pele contra pele preenchia o espaço. Meus quadris batiam nos dela num ritmo crescente, quase animal. Eu a puxava para trás a cada investida, segurando com força, deixando marcas. Uma das mãos apertou seus seios, firmes, quentes, expostos. A outra se enlaçou em sua cintura, trazendo-a mais perto, mais fundo.

— Isso... porra, chefinho, mais forte... — ela implorava, sem pudor, sem ensaio.

Eu obedeci. Empurrei com mais força, mais velocidade, sentindo cada contração dela apertando meu pau como se o corpo dela soubesse que aquilo era mais do que sexo. Era desejo acumulado, proibido, teatral — e ainda assim real demais.

Quando ela gozou, seu corpo se arqueou inteiro. As pernas tremiam, os olhos reviraram, e o nome que saiu dos lábios dela foi o meu — num tom tão carregado que parecia uma confissão.

E eu não resisti por muito mais tempo.

Enterrei fundo nela uma última vez, e explodi — jorrei dentro dela. O corpo inteiro em espasmos, a respiração falha, a cabeça apoiada no ombro dela. Ficamos assim, grudados, ainda pulsando, o suor misturado.

Eu me levantei e sentei na cadeira. Ela se virou, me puxou pela nuca e mais uma vez me beijou com fome. A língua invadiu minha boca como se quisesse dominar. Ela me envolveu com os braços por alguns segundos até que a mão dela desceu até meu saco, apertando com tesão.

Ela se ajoelhou, e eu senti engolindo meu pau de uma só vez. Jorrei mais uma vez, enchendo sua boca e escorrendo em seus seios.

Taís ainda estava nua, ainda quente, mas agora com o olhar mudado. Me olhava de um jeito safado, com satisfação.

Ela — a prostituta — caminhou até o canto da sala, pegou o roupão que havia deixado pendurado e começou a se vestir em silêncio, o corpo ainda marcado pelas minhas mãos.

Comecei a me vestir, procurando por palavras que não vinham. Taís olhou por cima do ombro e disse com um meio sorriso:

— Cuidado pra não confundir desejo com amor. Uma aceita mentira. O outro cobra a verdade. – Disse agora com uma voz fria.

Fechou o roupão, recolheu a pasta de "relatórios" e seguiu em direção à porta.

A porta se fechou atrás dela. Ficou só o silêncio.

Fiquei ali por mais um pouco, ainda encostado na mesa, respirando fundo. A pele dela, o cheiro, os gemidos — tudo ainda grudado em mim.

Desci até a recepção, efetuei o pagamento e fui para casa, pensando no dia seguinte cheio de compromissos.

O que restou foi o eco de uma noite perfeita... e o gosto amargo de tudo o que ela não era.

No dia seguinte, voltando à realidade, fiquei pensando como abordaria o assunto da Suzy verdadeira. Quando Madalena voltou do almoço, chamei ela pra conversar na minha sala .

Ela entrou sorrindo, com o celular na mão, ainda respondendo alguma coisa. Fechou a porta, puxou a cadeira, sentou de frente pra mim.

— Que foi, Anderson? Cara de quem descobriu bug em produção.

— Mais ou menos isso — respondi, cruzando os braços. — Eu queria falar sobre a Suzy.

Ela franziu o cenho. Deixou o celular de lado.

— Aconteceu alguma coisa?

Respirei fundo.

— Você me disse que ela era filha da sua empregada, que veio de família simples, que o pai tinha sumido no mundo. Que era uma menina esforçada, batalhadora, querendo uma chance.

— E é. Tudo isso é verdade.

— É? Porque a “filha da empregada” tá andando de Longchamp original, usando relógio de mil reais no pulso, estuda numa faculdade que custa mais que o salário dela… E ontem eu vi ela entrando num Audi novíssimo. Quem tava dirigindo era um cara de uns 45 anos. E, sinceramente, Madalena… ele não parecia ser só um motorista.

Ela me encarou em silêncio por alguns segundos. O sorriso dela foi se desfazendo, como se tivesse percebido que não dava mais pra sustentar a versão oficial.

— Tá. Eu devia ter te contado. — Ela apoiou os cotovelos na mesa e entrelaçou os dedos. — Aquele homem… não é o pai dela.

— Então quem é?

— É o namorado.

Fiquei em silêncio por um instante. Ri, um riso curto, sem humor.

— O namorado? Aquele cara tem mais do dobro da idade dela.

— Eu sei. — Ela baixou os olhos. — Eu sei que parece estranho. Mas ela... ela decidiu que era o que precisava fazer. Ele tem dinheiro. Paga a faculdade. Dá uma vida confortável. Não é o cenário ideal, mas foi o meio que ela encontrou pra escapar da vida que a mãe dela teve. A Suzy não queria repetir o ciclo. Você nunca foi pobre Anderson, não tem ideia como é difícil

Aquilo me deu um nó no estômago. Não porque eu julgasse — ou talvez sim, um pouco, eu não sei — mas porque tudo vinha sendo contado como se fosse uma narrativa inspiradora de superação. E, de repente, por trás da vitrine da meritocracia, tinha uma realidade muito mais crua, mais dura. Um acordo silencioso entre juventude e estabilidade.

— E você… apoia isso?

— Não apoio. Mas também não condeno. Ao contrário de você, eu já fui muito pobre, Anderson. Eu sei como é, a mãe da Suzy limpou chão a vida inteira pra sustentar três filhos. A Suzy quis uma saída. Essa foi a que apareceu.

Não respondi. Não tinha resposta certa. A história parecia convincente.

Bom, eu não tinha nada a ver com a vida particular da Suzy, se ela optou por isso ... foi uma decisão dela.

E na verdade ela estava indo bem no estágio, era esforçada, sem dúvida.

A vida continuou, e chegou a semana que antecede o carnaval. Como sempre, o clima no escritório ficou mais leve, quase festivo. O pessoal já começava a contar os planos: bloquinhos, praia, viagens. Eu mesmo não tinha programado nada, como de costume. Só queria descanso. Mas aí veio o comentário da Suzy.

Estávamos na copa, uns quatro ou cinco tomando café, quando alguém perguntou:

— E você, Suzy, vai pra onde?

Ela deu um sorrisinho sem entusiasmo.

— Vou com meu namorado pra um resort em Florianópolis.

Todo mundo soltou aqueles "uau" automáticos, fazendo piadinha, perguntando se tinha vaga pra mais um. Mas eu reparei no olhar dela. Não tinha brilho. A boca sorria, mas os olhos estavam nublados.

Fiquei com aquilo na cabeça. E a confirmação veio na quarta-feira anterior ao sábado de carnaval. Estava na minha sala, terminando de responder e-mails, quando vi pela fresta da persiana: Suzy entrou na sala da Madalena. Passos lentos, cabeça baixa. Tinha algo de errado no corpo dela — algo pesado.

Ela ficou lá mais tempo que o normal. Quando saiu, parecia outra pessoa. Rindo, animada, como se um peso tivesse evaporado. Achei estranho demais.

Talvez alguém menos curioso deixasse pra lá. Mas eu não sou esse tipo. Ainda mais quando algo me cheira a segredo mal contado.

O que Madalena não sabia — o que ninguém sabia — era sobre a câmera discreta na sala dela. Foi uma decisão silenciosa, nascida de um instinto antigo de proteção (ou talvez desconfiança) que cresceu à medida que as coisas começaram a parecer... fora de lugar. Eu dizia pra mim mesmo que era por segurança. Mas, no fundo, era porque eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, ia precisar ver o que se dizia quando as portas se fechavam.

Agora era a hora.

Eu tinha marcado o horário exato que Suzy entrou, e o aplicativo me deixava ver as últimas 72 horas.

Dei play no vídeo e me ajeitei na cadeira, tenso. A imagem tremia levemente no início, mas logo estabilizou. Vi Suzy entrando, os ombros caídos, o rosto visivelmente abatido. Sentou-se diante da Madalena como quem busca consolo — ou permissão.

A conversa começou num tom baixo, íntimo. Precisei aumentar um pouco o volume.

— Eu não sei o que fazer, Madá. — disse Suzy, quase num sussurro. — Eu queria muito passar o carnaval com meus amigos da faculdade. A gente ficou super próximo esse semestre.

Madalena assentiu, atenta.

— Vão pra onde?

— Praia. Bem simples. Alugaram uma casa… toda velha, pelo que disseram. Cada um vai levar uma coisa, sabe? Tipo estudante mesmo. Mas eu queria ir com eles. Queria estar com gente da minha idade. — Fez uma pausa. — E tem um cara lá… o Ricardo.

Meu corpo inclinou-se, involuntariamente, pra frente.

— Ricardo? — perguntou Madalena, interessada.

— Ele é da minha turma. Lindo, Madá. Lindo de rosto e de corpo. E não é só bonito… é gentil. Olha nos olhos quando fala, entende? E eu sei que ele gosta de mim. E eu… gosto dele também.

Madá sorriu com aquele ar de quem sabe exatamente onde aquilo ia dar.

— Mas tem o Caio, né?

Suzy suspirou, como quem carrega um peso.

— Tem. Ele já reservou resort em Floripa, fez todo um plano. E eu não posso simplesmente dizer "não quero ir", né? Ele paga minha faculdade, meu aluguel… tudo. Sem ele, eu não tenho nada. Sou refém, Madá. E o pior é que ele é ciumento. Se desconfia que tem outro…

Ela parou. Pegou o celular. Virou a tela pra Madalena.

— Esse é o Ricardo.

Madalena olhou. Arregalou um pouco os olhos.

— Nossa. Realmente… um colírio. Corpo bom também, né?

As duas riram.

Aquela risada me fez sentir mal.

- Eu sei como te ajudar Suzy. Tenho um plano infalível para você poder ir à praia com o Ricardo – disse Madalena sorrindo!

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Comentários

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Esse Anderson tem algum problema, mas o sexo foi animal.

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Tem sim!

Obrigado por acompanhar e por comentar.

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A história tomou um rumo que eu nao esperava, imaginei uma coisa e aconteceu algo diferente, gosto disso.

Muito bom o capítulo, continua muito interessante a enredo.

Parabéns RYU!

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A personagem da Suzy é baseada em uma menina que conheci a muitos anos. Naquela época nem existia o termo sugar daddy. Ela namorava um homem mais velho, mas tinha vontade de sair com o pessoal da idade dela. O "plano" de Madalena, que vai estar no próximo capítulo aconteceu na vida real.

Obrigado Whisper!

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Olha que interessante, eu achei que era tudo ficcional mesmo, gostei do detalhe de ser baseado em alguém real e que alguns situações realmente aconteceram.

Por nada RYU.

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