Família Fodida - Capítulo 13: Me Filmei Comendo Minha Tia, Mas o Corno Viu Ao Vivo

Da série Família Fodida
Um conto erótico de Allan Grey
Categoria: Heterossexual
Contém 6625 palavras
Data: 13/06/2025 23:25:23

Tudo começou com uma mensagem da minha tia no grupo que ela tinha comigo e com o meu pai: "Filminho aqui em casa hoje à noite."

Meu pai respondeu primeiro: "Tô fora. Tenho que ficar com a sua irmã hoje. Uma pena... Mas Miguel, vai você. Representa o pai. Se ela chamou, tem coisa."

Eu ri e respondi que passava lá.

A porta se abriu antes mesmo que eu batesse — como se ela soubesse exatamente o segundo em que minha mão ia encostar na madeira. E ali estava ela. Patrícia.

A luz do sala vazava por trás do seu corpo, desenhando sua silhueta de forma quase indecente. Ela vestia uma camisola vinho, curta, feita de cetim brilhante que parecia líquido, derramado sobre aquelas curvas absurdas. O tecido grudava na pele como se fosse pintado, denunciando o contorno perfeito dos seios, a cintura afunilada, o quadril largo — feito pra segurar mãos e desejos.

As alças finíssimas caíam displicentes pelos ombros dourados, e o decote em V, profundo e covarde, mergulhava até quase encontrar o umbigo. A borda era toda de renda preta, transparente, desenhando arabescos na pele clara dos seios, que ameaçavam escapar a cada movimento mais fundo da respiração.

Sem sutiã. Os mamilos marcavam o cetim, duros, atrevidos, como se me provocassem só com a própria existência.

A parte de baixo... quase um crime. A camisola terminava logo abaixo da curva do quadril, curta o suficiente pra deixar à mostra a base das coxas grossas e torneadas. E quando ela se virou de lado, a fenda lateral escancarou metade da bunda — redonda, alta, marcada como uma assinatura divina —, quase revelando que, por baixo, só havia uma microcalcinha de renda, se é que aquilo podia ser chamado de roupa.

Os cabelos estavam soltos, caindo em ondas preguiçosas sobre os ombros. E o cheiro... perfume doce com fundo amadeirado, quente, invasivo, que fazia a boca salivar sem pedir licença.

Ela cruzou os braços, deixando os seios se comprimirem, e mordeu o canto do lábio com aquele sorriso que eu já conhecia bem. Um sorriso de quem não só sabe que é a própria definição de sacanagem, como também sabe exatamente o efeito que causa.

— Vai entrar ou vai ficar me comendo com os olhos aí fora? — ela provocou.

Ela me recebeu com aquele sorriso lento, malicioso, que parecia escorrer dos lábios carnudos feito mel quente. E então veio o abraço. Longo. Lento. Escandalosamente apertado. Do tipo que qualquer pessoa com um pingo de juízo diria: "isso não é coisa de tia e sobrinho". Mas, convenhamos, juízo ali já tinha evaporado fazia tempo.

Os braços dela deslizaram pelos meus ombros, e senti as mãos macias se fecharem nas minhas costas, puxando meu corpo como se quisesse me fundir ao dela. E, cara… os seios. Meus olhos até fecharam por reflexo quando senti eles esmagarem contra meu peito — dois volumes fartos, quentes, macios, só que com aquele peso delicioso que só quem já segurou sabe do que tô falando. Os mamilos... duros. Duros a ponto de eu jurar que dava pra sentir o contorno deles atravessando o tecido fino da camisola, pressionando meu tórax feito dois botões de provocação.

O cheiro… puta que pariu, o cheiro dela. Uma mistura doce, quente, meio amadeirada, meio floral, mas com aquele fundo de pele quente, de mulher que sabe exatamente o efeito que tem nos outros. Respirei fundo, como quem guarda aquilo no pulmão, e sem nem perceber, minha boca roçou de leve no pescoço dela — só pra fingir que era acidente. A pele era macia, quente, e tinha aquele sabor sutil de perfume misturado com suor fresco.

Minhas mãos? Lógico que aproveitaram. Escorreguei uma até o meio das costas dela, senti a curva que descia até a cintura fina, e a outra — bom, a outra eu deixei mais ousada. Desci até a lombar, e quando ela não reclamou... avancei. Peguei de cheio aquele quadril largo, aquela bunda macia que encaixava perfeita na palma da mão. Apertei. Forte o bastante pra ela sentir que não era só carinho, mas não tão forte a ponto de ela querer me empurrar.

Ela soltou uma risada baixa, quase um ronronar, com aquele peito ainda espremendo no meu. E, juro, dava pra sentir o coração dela batendo — acelerado, cúmplice, sacana.

— Hmm... você não perde tempo mesmo, né? — sussurrou no meu ouvido, com aquele tom entre deboche e tesão.

— Ué... quem mandou me abraçar assim? — devolvi, com aquele meu sorriso torto de quem sabe que tá metendo o louco, mas metendo muito bem metido.

Ela se afastou só o suficiente pra olhar nos meus olhos — ainda com os corpos colados. A ponta da língua dela passou pelos lábios, molhando eles devagar, num gesto tão indecente quanto natural nela.

— Isso vai ser divertido... — sussurrou, antes de escorregar os dedos pela minha barriga, já descendo perigosamente como quem sabia exatamente onde aquilo ia parar.

Entrei, tentando parecer mais tranquilo do que realmente estava. Achei que a ideia fosse irmos direto pro quarto dela, aquele velho jogo de "assistir filme" com final feliz. Mas, pra minha surpresa, ela me guiou até a sala e apontou pro sofá. — Se acomoda aí — disse, com um sorriso enviesado. O marido dela já estava ali também, sentado num canto do sofá, de braços cruzados, com a mesma cara de cão chutado de sempre. Antes que eu pudesse comentar qualquer coisa, minha tirou girou nos calcanhares e foi até a cozinha buscar uma cerveja pra mim. A camisola vinho subia a cada passo, revelando mais da bunda redonda que escapava pelas rendas como se implorasse por atenção. Rebolava como se soubesse exatamente o que estava fazendo. E claro que sabia. O marido olhou, engoliu seco. Fingiu que não viu nada. Fingiu tanto que ficou óbvio.

Antes de me acomodar, tentei puxar assunto com o corno, só por provocação disfarçada:

— E o Caio? Não vai assistir com a gente?

Ele respondeu sem tirar os olhos da TV:

— A Patrícia mandou ele dormir na casa da sua avó hoje.

Aquilo me acendeu um alerta. Se ela despachou o filho, era porque planejava alguma coisa. E não era assistir filme.

Quando ela voltou da cozinha, não trouxe só as cervejas geladas — veio também com uma manta dobrada no braço. Entregou uma das garrafas ao marido com um sorrisinho contido, e a outra colocou na minha mão, deixando nossos dedos se tocarem mais do que o necessário. Antes que eu perguntasse qualquer coisa, ela deu a volta na mesa de centro e veio se acomodar no sofá em que eu estava, ignorando completamente o lugar ao lado do marido.

Sentou bem colada em mim, como se procurasse calor num dia de inverno. Mas fazia calor naquela sala. E ainda assim, com um sorriso sereno, abriu a manta e nos cobriu. A lã grossa se espalhou sobre nossas pernas, criando uma pequena caverna de calor e segredo. O toque do tecido era macio, mas a tensão ali embaixo era densa.

Cerveja gelada, mas Patricia com frio? Foi nesse momento que não restou dúvida: alguma coisa estava prestes a acontecer. E não era o filme. Mesmo assim ela perguntou:

— E aí, vamos assistir o quê?

O marido dela, como sempre tentando se afirmar, sugeriu um filme cult francês, cheio de silêncios e diálogos existenciais. Eu revirei os olhos.

— Ah, vamos de algo mais animado, né? Tem aquele novo de ação que estreou agora. Explosão, perseguição, tiro, porrada e bomba. Bem mais divertido.

Minha tia riu, olhando pro marido como se ele fosse uma criança emburrada.

— Ah, ninguém merece esses filmes chatos. Prefiro o do Miguel mesmo.

O corno encolheu os ombros, derrotado até nisso. Minha tia então se recostou melhor no meu ombro, como se buscasse mais conforto — ou mais exposição.

O movimento puxou ainda mais a camisola para cima, revelando um decote que praticamente gritava por atenção. O cetim vinho, fino e brilhoso, colava nos contornos dos seios dela como uma moldura indecente, delineando a curva perfeita que afundava no centro, onde os mamilos — rosados, pequenos, duros — se destacavam como pontos de tensão sob o tecido. Dava pra ver o contorno exato deles, tão marcado que parecia que iam furar o tecido. Eram pequenos botões eretos, hipersensíveis, que vibravam a cada respiração dela. O contraste do cetim escuro com aquele tom rosado deixava a cena ainda mais pornográfica.

Ela se ajeitou, puxando meu braço e aninhando-se nele — o corpo colado no meu, a cabeça encaixada no meu ombro, como se aquele sofá minúsculo fosse o lugar mais confortável do mundo. O movimento fez os seios dançarem de leve sob o tecido, balançando num ritmo hipnotizante. O cetim parecia não dar conta de contê-los, moldando cada curva, cada saliência, com uma precisão quase cirúrgica.

Os mamilos, já duros, apontavam sob o tecido fino como pequenos pregos querendo furar a realidade, marcando presença com uma intensidade indecente. Aquele rosa claro, em contraste com o vinho da camisola, dava a impressão de que a pele ali era mais sensível, mais quente, mais faminta. A renda que contornava os seios parecia uma moldura para uma obra de arte erótica — e, a cada suspiro dela, o tecido subia um pouco, revelando mais da curva inferior, aquela base redonda e firme que deixava claro que ali havia volume, peso, desejo.

E eu tinha uma vista privilegiada. E ela sabia disso. Sabia pelo jeito como se apertava em mim, confortável, agarrada no meu braço, como se pertencesse exatamente ali.

Fingindo concentração no início do filme, a mão dela já roçava minha coxa por baixo da manta, como quem testa as águas antes de mergulhar. Mas o calor que se espalhava não vinha da lã, e sim da antecipação suja entre nossas peles escondidas — uma eletricidade muda, estalando sob aquele disfarce de normalidade.

Ela foi subindo devagar, os dedos passeando pela costura da minha bermuda, até alcançar meu pau, já duro, já pulsando. Quando envolveu ele com a mão quente, senti o ar me escapar dos pulmões. Apertou de leve, explorando o volume como quem avalia um presente antes de abrir.

Então ela inclinou o rosto, devagar, e soprou no meu ouvido, com aquela voz baixa, rouca, que parecia mais um arrepio do que uma frase.

— Sabia que você ia vir duro pra mim... Tava contando com isso.

O marido tossiu. Seco. Desconfortável. O pé que balançava parou por um segundo... e depois voltou, mais rápido, mais nervoso.

Desviei o olhar, quase por reflexo, e encarei o marido. Nada. Nem uma piscada. Hipnotizado pela tela. Ou fingindo muito bem. Mas a mão dela seguia lá, firme, pressionando meu pau por baixo da manta como se fosse dela. E, naquele momento, era.

O calor que emanava dela invadia meu espaço inteiro, e eu tentava me concentrar no filme, mas minha atenção se perdia nos detalhes — no modo como os dedos agora desenhavam círculos preguiçosos na minha coxa, no sorriso quase imperceptível que surgiu quando nossos olhos se cruzaram de novo. Um sorriso que dizia sem palavras: "Você sabe onde isso vai dar."

Voltei a encarar a TV, fingindo que aquilo era, de fato, o que importava. Mas, por dentro, eu ria. Ria da cara de pau dela, da ousadia, do risco. E de mim, claro — que, mesmo sabendo onde isso ia dar, não recuei nem meio centímetro.

A mão dela se movia lenta, cada vez mais segura. Subia, descia, explorava minha coxa como quem mede a resistência de um fio prestes a arrebentar. E eu… fingindo firmeza. Fingindo que não sentia nada. Fingindo que o coração não estava prestes a pular pela boca.

Resolvi retribuir.

Deslizei a mão sob a manta, em silêncio. Comecei pela lateral da coxa, o toque leve, quase acidental — como se meu braço tivesse simplesmente escorregado. A pele dela estava quente, macia, viva. Subi devagar, os dedos roçando de leve, sentindo os pelinhos finos arrepiarem sob meu toque, como se a pele tremesse antes mesmo de eu chegar onde queria. A camisola subia junto, revelando mais — mais pele, mais convite, mais risco.

E então encontrei. A calcinha.

Quente. Úmida.

A renda moldava a vulva como uma segunda pele, e a ponta dos meus dedos percebeu tudo antes mesmo dos meus olhos — o calor, o inchaço, a umidade densa que já manchava o tecido. O centro estava encharcado, como se o próprio tecido respirasse, pulsando sob meus dedos.

Ela virou o rosto devagar, como se tivesse sentido uma descarga elétrica. O olhar cravou no meu, e aquele sorriso — cínico, cúmplice, perigoso — parecia dizer sem palavras: “Sério que você achou que eu te chamei aqui pra ver filme, Miguel?”

Ergui uma sobrancelha, segurando o riso. Ela mordeu o lábio inferior, lenta, maliciosa.

Do outro lado do sofá, o marido parecia focado no filme. Ou fingia muito bem.

A respiração dela mudou. Não era ofegante ainda, mas ficou mais lenta, mais pesada, como se cada inspiração fosse um segredo sujo compartilhado só entre nós.

Meus dedos escorregaram sobre a calcinha, mapeando a anatomia escondida ali — o volume macio dos grandes lábios, quentes, acolchoados, firmes sob o tecido ensopado. A renda estava tão molhada no centro que parecia colar, quase transparente, revelando o contorno exato da fenda, das dobras, do sexo latejando por trás. Passei de leve o indicador, sentindo a costura vibrar sob meu toque, a umidade se espalhar, quente, escorregadia, pegajosa.

Não me apressei. Só deixei a mão ali, desenhando, pressionando de leve, como quem não tem pressa de chegar, porque já chegou.

Ela mordeu o lábio outra vez, o olhar fixo na tela — que explodia em tiros, perseguições, carros capotando, completamente ridículo perto do que estava acontecendo de verdade, aqui, agora, entre a gente.

O marido seguia no outro sofá, olhos pregados na TV. Mas a mandíbula travada, o pé balançando de leve... ele sentia. Talvez não soubesse exatamente o quê, mas sentia.

Minha tia apertou minha coxa, os dedos cravando como quem diz sem som: “Vai. Continua.”

E eu fui.

Deslizei a ponta dos dedos pela borda da calcinha, mas não passei. Só fiquei ali, cutucando o limite. Brincando. Provocando. Como quem segura o gatilho, mas ainda não puxa. Ela virou o rosto, os olhos escuros agora cravados nos meus, carregados daquele cinismo cúmplice que só a gente entendia.

Dei de ombros, com aquele meu sorriso torto, malicioso, de quem finge inocência, mas nunca enganou ninguém.

O ar da sala ficou mais denso, mais pesado. Aquilo não era só tesão. Era um jogo. Era domínio. Cada movimento da minha mão dizia: “Ela é minha agora.”

E cada olhar dela — pro marido, pra mim, pro nada — dizia: “Não é você quem manda mais.”

E ele... ele era só parte do cenário. Um adereço inconveniente. Um lembrete cruel do quanto ela podia ser dele... e minha ao mesmo tempo.

Meus dedos voltaram pra borda da calcinha. E dessa vez, fui.

Segurei o tecido com o indicador e o polegar, puxei pro lado, devagar, sentindo a resistência da renda elástica se deformar, ceder. O som era quase imperceptível — um estalo abafado de tecido sendo deslocado.

A renda cedeu com facilidade, deslizando pro lado como se soubesse exatamente qual era seu papel naquela cena. E ali estava. Pele nua. Exposta. Quente de um jeito quase agressivo, latejando contra meus dedos antes mesmo de eu realmente tocar.

Passei a ponta do indicador devagar, primeiro só roçando — um teste, um reconhecimento de terreno. A textura me pegou de jeito. Era lisa… mas não era só isso. Tinha aquele tipo de maciez que só existe onde o corpo concentra tudo o que tem de mais vivo, mais sensível, mais pulsante. Uma mistura de seda quente com a viscosidade densa do desejo que já escapava dela em ondas.

Contornei devagar os grandes lábios, sentindo como cedia sob a pressão mínima da ponta do dedo — uma resistência delicada, que se abria fácil, escorregadia, quente, absurdamente receptiva. A umidade não era só uma camada. Não. Era tanto, tão espessa, que eu sentia escorrer, lambuzar. Grudava na polpa dos meus dedos, fazendo o toque ficar mais macio, mais molhado, mais íntimo do que qualquer palavra conseguiria descrever.

O calor ali era outro. Não era só de pele. Era um calor úmido, abafado, quase sufocante, que parecia emanar de dentro, como se o corpo dela tivesse se transformado numa pequena fornalha, preparada pra me derreter.

Quando deslizei mais pro centro, entre os lábios, senti a fenda abrir sutilmente — a carne quente se separando sob o toque, como se me acolhesse, como se dissesse entra, vem, é teu. A ponta dos meus dedos escorregou fácil, sem qualquer resistência, afundando naquela umidade absurda, deslizando pra frente, pra trás, mapeando cada contorno, cada dobra, cada nuance de textura.

E, Deus… o contraste. As bordas eram quentes, mas o centro… o centro parecia em ebulição. Mais liso, mais apertado, mais... vivo. Quando cheguei mais pra cima, o clitóris estava ali, meio escondido, meio fugindo, mas já inchado, endurecido, sensível ao ponto de quase tremer quando passei de leve. Bastou um roçar suave pra ela travar a mandíbula, apertar minha coxa com força e prender o ar, como quem leva um choque.

O marido mexeu no sofá. Tossiu de novo. Um som seco, desconfortável. Eu nem olhei. Fingi atenção na TV, mas meu corpo inteiro estava ali — entre meus dedos e a vulva dela, naquele espaço microscópico onde só existia calor, umidade, desejo bruto.

E ela… ela segurava a pose. O corpo meio tensionado, meio relaxado, lutando pra não se entregar demais. Mas os olhos, quando me olhavam de rabo de olho, carregavam aquele brilho maldito — aquele meio sorriso safado, cínico, que só ela sabia fazer. O mesmo que, sem dizer nada, soltava no ar: “Tá vendo o que você tá fazendo comigo?”

Meus dedos se moviam lentos, cuidadosos, como se pudessem memorizar cada detalhe daquela pele molhada, daquela carne viva. Cada microcurva, cada vinco, cada parte que inchava sob meu toque, que vibrava, que escorria mais ainda, lambuzando tudo. E quanto mais eu tocava, mais molhada ela ficava. Como se o corpo inteiro dela tivesse decidido vazar desejo até me deixar louco.

Ela soltou um risinho curto, debochado, apertando meu pau com mais força — dessa vez sem cerimônia, como quem diz: “Se vai brincar, eu também.”

Respirei fundo, olhei pra frente. Fingindo calma. Fingindo controle.

Ela deslizou a mão devagar, subindo pela minha perna, até encontrar a borda da bermuda. E, sem nem disfarçar, começou a desabotoar. O clique do botão se perdeu no som da TV, mas dentro da minha cabeça pareceu uma explosão. O zíper desceu logo depois, num arrastar rápido, ansioso. Meu pau já estava pressionando a cueca há bons minutos, latejando, pulsando, pedindo pra sair dali.

Ela enfiou a mão sem cerimônia, como quem já sabia exatamente onde encontrar o que queria. Puxou meu pau pra fora, com aquele movimento firme, decidido, que não tem espaço pra hesitação. A mão quente, pequena, fechou em volta dele e, na mesma hora, senti aquela descarga elétrica atravessar minha espinha.

A textura da mão dela contra minha pele contrastava com o frio súbito do ar batendo no pau exposto, ainda que coberto pela manta. O toque era perfeito — nem leve demais, nem bruto. Um vai e vem controlado, ritmado, quase carinhoso... quase. Porque tinha mais do que carinho ali. Tinha intenção. Tinha provocação. Tinha aquele tipo de domínio silencioso que ela sabia exercer como ninguém.

O polegar dela deslizava na glande a cada subida, espalhando a umidade que já começava a brotar ali, deixando tudo ainda mais escorregadio, mais indecente. E o barulho do filme, com suas explosões e diálogos vazios, virou só trilha sonora de fundo pra um espetáculo muito mais interessante acontecendo debaixo daquela manta.

Minha respiração já não era a mesma. O peito subia mais pesado, o abdômen contraía, e eu tinha que me forçar a parecer natural, como se aquele vai e vem delicioso, apertado, quente, não estivesse acontecendo bem ali, na cara de quem quisesse prestar atenção.

E foi esse ritmo, esse som abafado do atrito da pele, esse movimento sutil da manta que subia e descia quase imperceptível... que começou a chamar atenção dele.

— Patricia... — a voz dele quebrou o silêncio, rouca, desconfortável.

Ela não parou. Nem diminuiu o ritmo. — Que foi? — respondeu, sem nem disfarçar o tom de deboche, mantendo a mão apertando, descendo até a base, subindo de novo, devagar, provocando.

— Aqui não... a gente tá na sala... comigo aqui...

— Relaxa — ela sorriu, sem sequer olhar pra ele. — É só um carinho. Miguel tá muito tenso hoje.

— Não parece só isso — ele disse, já irritado, e puxou a manta com um gesto rápido.

Pau exposto. Silêncio. Ele congelou.

— Opa — comentei, como quem flagra alguém abrindo a porta errada. — Tá com ciúmes ou curioso?

O olhar dele tremeu, entre raiva e humilhação.

O idiota cerrou os punhos. Deu um passo à frente.

— Você não tem vergonha, não? — ele disparou.

— Ué, se a sua mulher quer brincar comigo na sua frente... quem sou eu pra negar, né? — falei, me ajeitando melhor no sofá, como se a situação fosse mais confortável do que era.

— Cuidado, Miguel.

— Cuidado, você — falei, sem me levantar. — Porque a última vez que tentou bancar o macho, terminou ouvindo sua mulher gozar no meu pau. Ou esqueceu?

— Seu merdinha! — ele explodiu, avançando.

Levantei no mesmo segundo, o pau ainda meio exposto, mas foda-se. Botei o corpo na frente. Se ele encostasse, não ia pensar duas vezes. Ele parou a um palmo de mim.

— Vai fazer o quê? — eu disse, encarando de cima. — Vai bater em mim? Vamos lá. Tenta.

— Você só fala insso porque seu pai te protege. Mas comigo, você não é nada.

— Tá querendo puxar briga agora, corno? — minha voz saiu mais calma do que eu esperava. Quase divertida.

— Já deu essa palhaçada! — ele gritou, virando pra Patrícia.

Minha tia levantou calmamente do sofá, pegou o celular do braço da poltrona, desbloqueou e apertou o nome que ela já sabia de cor.

— O que você vai fazer? — ele perguntou, tenso.

— Colocar ordem — ela respondeu, levando o aparelho ao ouvido.

Toque.

Toque.

Terceiro toque.

O nome na tela já dizia tudo: Pedro.

Ela colocou no viva-voz.

— Oi, João — atendeu ele, rápido, num tom profissional demais.

Do outro lado, ouvimos a voz da minha mãe ao fundo.

— Quem é? — perguntou, desconfiada.

— Nada, amor. Coisa do trabalho. Vou atender no escritório — ele respondeu, já em movimento.

O viva-voz ficou mudo por alguns segundos. Só se ouviam passos, uma porta abrindo... depois fechando.

Silêncio.

Então, a voz de do meu pai voltou, agora limpa, grave, sem disfarces:

— O que foi?

— Tentei fazer um carinho no Miguel — disse minha tia, como se explicasse algo óbvio. — Um agrado. O menino tava nervoso... mas o corno surtou. Gritou, tentou bater no menino. Um escândalo.

— Claro que surtou — resmungou meu pai. — É corno, né? Já perdeu a dignidade há tempos. Agora quer bancar o machão?

Houve uma pausa. Do outro lado da linha, meu pai bufou e continuou:

— E o Miguel? Fez o quê?

— Tentou responder — ela disse, olhando pra mim com aquele sorriso irônico — mas ficou mais pra teatrinho do que autoridade de verdade.

Suspirei.

— Eu tentei falar, mas...

A bronca veio imediata.

— Mas nada. Você ficou parado? Deixou a porra do corno crescer pra cima de você? Eu já te disse, Miguel. Sua tia gosta de homem. Homem, porra. Homem de verdade. — a voz dele ficou mais seca. — É por isso que nós dois podemos comer ela. E o corno não.

Ele parou um segundo, como se esperasse que eu dissesse algo. Mas seguiu.

— Então haja como um. Para de ficar esperando ela tomar as rédeas toda hora. Mostra que você manda, porra. Ela tá querendo isso. Eu confio em você. Faz valer.

Meu pai respirou fundo do outro lado e entãose voltou para o marido da minha tia.

— Ô corno... — ele disse, pausado — já ficou claro que quem come tua mulher sou eu. Quando eu não tô aí, é o Miguel. Ele é meu herdeiro. Herdeiro da tua mulher também, entendeu? Então para de fazer birra e senta aí. Assiste. Aprende.

— Então tá. — Peguei meu pau de novo, ainda meio duro. — Desliga essa porra e vamo pro teu quarto, tia. Vou te mostrar que sou homem de verdade.

Ela sorriu.

Mas a voz de meu pai cortou antes que ela se mexesse:

— Não. Faz na sala. Com o corno vendo.

Eu travei.

— O quê?

— Isso mesmo. De frente pra ele. Que assista. Que aprenda. E você aí — ele falou com o corno, que ainda tava em pé, vermelho, calado. — Vai fazer o quê? Continuar bancando o moralista ou assumir logo que é corno?

O silêncio dele foi quase bonito. Tinha peso. Tinha vergonha.

— Fala, porra — Meu pai insistiu.

— Eu... quero assistir — ele disse. Baixo. Quase num gemido.

Meu pai riu.

— Agora sim. Bota no vídeo. Quero ver também.

Ela se virou pra mim:

— Agora sim... onde estávamos mesmo?

Ela então se ajoelhou entre minhas pernas com a leveza de quem já sabia o caminho. A camisola vinho escorregava pelos ombros e, por um instante, tive a impressão de que ela se oferecia ao sofá inteiro — a mim, ao corno ao lado e até ao meu pai que assistia calado, do outro lado da linha.

Ela me entregou o celular com a videochamada já ativa.

— Segura pra mim — disse, com a voz doce, como se estivesse me passando um copo d’água.

Meu pai estava no escritório, aquele olhar meio entediado, como se ver a cunhada se ajoelhando pra mim fosse apenas mais uma terça-feira qualquer.

— Vai, filma direitinho — ela disse com um sorriso torto, sem olhar pra mim.

Segurei o celular com uma das mãos, apontando a câmera pra cena como um diretor amador de filme pornô doméstico. Do outro lado, meu pai soltou um riso baixo.

— Isso... agora sim — ele murmurou, quase como se estivesse assistindo a um jogo de futebol.

Minha tia puxou minha bermuda com calma e, sem pressa, libertou meu pau já duro. Olhei de canto de olho pro corno. Ele ainda estava ali, sentado no sofá ao lado, mãos trêmulas no colo, sem saber onde mirar.

— Relaxa, tio — eu disse, quase gentil. — Só aprecia a vista. Já que é só isso que você pode fazer.

Ele não respondeu. Claro que não. Tava ocupado demais tentando parecer indiferente enquanto sua mulher lambia a cabeça do meu pau como se fosse a melhor coisa que já provou na vida.

Minha tia começou devagar, deslizando a língua com precisão, quase acadêmica. Eu gemi baixo, mas era mais pela encenação do que pelo instinto. O olhar dela subia pra mim vez ou outra, desafiador, sabendo exatamente o efeito que causava.

— Isso... segura o cabelo dela — Meu pai sussurrou pelo celular. — Mostra pra ele como se faz.

Segurei os fios do cabelo dela e inclinei levemente a cabeça da minha tia, guiando os movimentos. Os olhos dela brilharam quando a fiz engoli mais fundo. A câmera tremia um pouco na minha mão, mas quem se importava? Era quase poético: eu, o filho do amante, sendo servido na sala de estar como um rei, enquanto o dono da casa observava em silêncio, e o amante narrava do outro lado.

A cabeça da minha tia subia e descia com um ritmo que beirava o hipnótico. O som era obsceno, molhado, real. O tipo de som que gruda na memória de quem escuta — e tortura quem não pode fazer parte.

Olhei pro corno de novo.

— Tá bom aí, irmão? Quer que eu mude o ângulo pra você ver melhor?

Ele engoliu em seco, sem responder.

Minha tia se afastou, mas só o suficiente para virar de costas, as mãos apoiadas no encosto do sofá, os joelhos cravados no estofado. A camisola subiu mais um pouco, como se tivesse vida própria — ou cúmplice. Ela não disse nada de imediato, só olhou por cima do ombro, o cabelo escorrendo num lado do rosto, olhos semicerrados, sobrancelha arqueada.

Aquela cara que ela fazia quando queria provocar. Aquela cara que dizia: você vai ou vai bancar o santo agora, na frente de todo mundo?

Me ajeitei no sofá com calma. Quase teatral. As palmas das mãos nos joelhos, o peito estufado como quem vai dar uma ordem. E dei.

— Fica assim. — Minha voz saiu seca. E mais grave do que eu esperava.

Ela sorriu com os lábios, não com os olhos. Os olhos estavam sérios. Famintos. Se ajeitou um pouco mais, empinando deliberadamente — o tipo de movimento que não tem nada de inocente. Sabia o que fazia. Sabia pra quem fazia. Pro marido que assistia ao lado, sem saber onde colocar os olhos. E pro meu pai, do outro lado da chamada, que não dizia uma palavra, mas também não desligava.

— Assim tá bom pra você? — ela perguntou, sem olhar diretamente, mas sabendo exatamente o efeito que causava.

— Tá ótimo — respondi, seco de novo.

Meu pai riu baixinho do outro lado da linha.

— Isso aí, garoto... — disse. — Agora sim tá parecendo homem.

O corno ao meu lado se remexeu. Como se ainda buscasse algum traço de dignidade no meio daquela cena. Mas não tinha mais volta. Ele tava ali. Assistindo. E eu? No comando.

Ela respirava fundo agora, como se estivesse provocando só com o som da respiração. E eu ali, contemplando o cenário como um diretor satisfeito com sua obra.

O filme na TV seguia rolando, mas ninguém ali tava prestando atenção.

Ela olhou por cima do ombro, os cabelos caindo de um lado, os olhos fixos em mim com um sorriso enviesado.

— Vai só olhar ou vai fazer alguma coisa? — disse, como se desafiasse.

Com as mãos firmes em sua cintura, me acomodei atrás dela, guiado mais pelo instinto do que pela razão. Comecei os movimentos devagar, ritmados, como se estivesse marcando território — mas a verdade é que eu queria mais era ver até onde aquilo podia ir.

Segurei o celular com uma das mãos, mostrando para o meu pai o que acontecia ali. Ele assistia em silêncio, do outro lado da chamada, mas o olhar atento na tela dizia tudo. Era cúmplice. Era comando.

Minha tia virou levemente o rosto para mim.

— Mostra direito pra ele... — disse ofegante, mas divertida.

A câmera tremia. Era difícil manter o foco com os movimentos. Ela olhou para mim, arqueando uma sobrancelha.

— Quer que eu segure?

Entreguei o celular, e ela o levou pra frente, como se fosse natural filmar a própria entrega. Meu pai elogiou alguma coisa que não entendi direito, mas logo reclamou:

— Só dá pra ver o rosto dela. Ajeita isso aí, Miguel.

Minha tia olhou pro lado. O marido continuava sentado, imóvel. Ela riu, como quem tivesse uma ideia absurda e deliciosa ao mesmo tempo.

— Amor... segura você então. Mostra pro Pedro o que tá acontecendo.

Ele hesitou. O olhar dele alternava entre a tela, eu e ela.

— Vai... não vai morrer por segurar um celular. — o tom dela era doce, quase debochado.

O silêncio durou mais um segundo. Mas então meu pai, ainda do outro lado da chamada, interrompeu:

— Eu mandei. Segura essa porra, corno. Ou você quer que eu vá aí ensinar como se faz?

O marido engoliu em seco. Pegou o celular da mão dela, como quem aceita o próprio lugar. E ali ficou, filmando. Sem dizer uma palavra.

O jogo estava montado. E todos sabiam o papel que lhes cabia.

Minha tia arqueou as costas quando me afastei alguns centímetros, como se a ausência do meu corpo criasse um vácuo que ela imediatamente sentia. Os olhos dela procuraram os meus — uma mistura de frustração e desafio, como se dissesse: vai mesmo parar agora?.

— Tá com dó dele? — ela sussurrou, com um canto da boca, só pra mim.

— Tô te deixando respirar — respondi, sorrindo, sem tirar o sarcasmo da voz.

Ela riu, mas não respondeu. Mas nada ali era. O gesto era coreografado, cruel. Um convite e uma humilhação na mesma medida.

Meu pai, ainda na tela do celular que o corno segurava com os dois braços trêmulos, murmurou:

— Olha só... assim tá melhor. Agora sim, Miguel. Mostra pra ele como se faz.

Eu não respondi. Só me acomodei de volta atrás dela, minhas mãos livres agora passeando pela cintura marcada, subindo pelas costas expostas da camisola vinho. Eu não precisava pressa. A vitória já estava cravada ali — nos olhos do marido, que nem conseguia mais sustentar o olhar.

Ela arqueava, gemia baixinho e jogava o cabelo para trás de propósito, como se soubesse que estava sendo filmada — e claro que sabia. Ela sempre soube o que fazia. Minha tia nasceu pra isso. Pra ser admirada. Pra ser temida. Pra deixar homens de joelhos... mesmo que um deles seja o próprio marido.

Meu pai riu baixo na chamada e disse, com aquela voz de quem morde as palavras:

— Agora dá uns tapas, Miguel. Sem dó. Ela gosta. Ela merece.

Eu passei a mão aberta sobre a pele lisa da bunda dela — lenta, calculada — como quem prepara o território. Então estalei a palma com firmeza. Ela gemeu em resposta, e meu pai soltou um "isso!" de satisfação.

De relance, vi o corno estremecer. Não sei se foi raiva, vergonha ou tesão. Talvez tudo ao mesmo tempo.

Pedro ria. O corno não.

Cada pancada arrancava um arquejo, uma resposta do corpo quente que se movia sob o meu. O olhar dela, meio de lado, buscava o meu a cada estocada, como se me desafiasse a ir mais fundo, a ser mais bruto. Como meu pai ensinou.

Do outro lado da linha, a respiração dele soava pesada no viva-voz.

— Isso — ele murmurou. — É assim que ela gosta.

O corno segurava o celular com as duas mãos, como se fosse um troféu de derrota. A tela tremia levemente, mas ele se forçava a manter o foco. Nos olhos. Na cena. No que era obrigado a assistir.

Minha tia gemia contra o sofá, o corpo inteiro entregue, quando — no meio do frenesi — ela virou o rosto em direção ao marido. Um sorriso cansado, sacana. Seus olhos desceram. E então ela riu.

— Olha isso, Miguel...

Eu parei por um segundo, curioso. Segui o olhar dela.

O idiota ainda segurava o celular, obediente, mas a calça de moletom agora denunciava algo mais. O volume entre as pernas era visível. Inconfundível.

— Até ele tá gostando — ela disse, entre um arquejo e outro. — Fica bancando o ofendido, mas o pau tá duro.

Ela esticou o braço, acariciando minha coxa.

— É isso que ele quer... ver outro homem me fazendo gozar de verdade.

Do outro lado da chamada, meu pai riu. Uma risada grave, aprovada.

— Sempre soube que esse corno era um passivo enrustido.

O marido não respondeu. Não precisava. A tensão que o envolvia já não era só de desconforto. Era desejo reprimido, talvez até inveja.

Minha tia gemia meu nome agora, baixinho, quase como uma prece. E eu sentia — no jeito como ela apertava o sofá, no calor que pulsava contra mim — que ela estava perto.

— Goza pra mim, tia — sussurrei, curvando-me sobre ela, mordendo leve o lóbulo da orelha. — Goza com o teu marido vendo.

Ela se arqueou. As coxas tremendo, os dedos cravando no estofado do sofá. Um gemido surdo escapou de seus lábios, e o corpo inteiro dela se contraiu contra o meu.

— Ai, Miguel... assim... bem fundo... — ela gemia alto de propósito.

— Fala mais alto — eu rosnei — Ele tem que ouvir tudo. Ele gosta disso, não é?

— Ahhh... gosta sim... tá até duro ali do lado, olha...

E eu olhei. O filho da puta realmente estava. Sentado, pálido, duro. Um quadro ridículo. Um homem assistindo o próprio chifre ganhar vida.

Ela aumentou o ritmo, batendo forte contra minha virilha, os gemidos de minha tia misturados com os meus preenchendo a sala, enquanto sentia o calor crescendo, queimando por dentro.

Meu corpo inteiro se contraiu, o prazer me tomou como uma onda bruta, e deixei escapar um gemido preso no peito. Ela me seguiu no mesmo segundo, arfando, o corpo inteiro tenso, desabando contra mim.

O marido ficou imóvel, assistindo tudo, com aquele brilho molhado nos olhos — como quem sente, mas só de longe.

As unhas dela se afundaram no estofado do sofá. O corpo tremia, os quadris latejavam contra os meus, até que veio. Um espasmo violento. Ela arqueou o pescoço pra trás, a boca entreaberta, e um gemido rasgado, cru, rasgou o silêncio da sala. Um som que não pedia licença. Um gozo que parecia sair da espinha, da alma, do fundo mais escuro que ela guardava.

Por alguns segundos, só se ouviu o som da respiração dela, ofegante, quebrada. Ela ainda tremia, meio desabada no meu colo, um sorriso molhado de saliva no canto da boca — sorriso de quem tava plena. De quem gozou de verdade.

Quando olhei pro lado, o corno segurava o celular, olhando pra ela como quem acabava de conhecer uma nova versão da própria mulher. Uma que nunca foi dele. Talvez nunca seria.

Não disse nada. Mas os olhos diziam tudo. Espanto. Inveja. E uma rendição amarga — como se aceitasse que aquilo era o mais perto que ele jamais chegaria de fazê-la feliz.

Ela virou o rosto, suada, descabelada, e sorriu pra ele. Um sorriso doce, quase cruel.

— Viu isso, amor? — a voz ainda trêmula, mas carregada de malícia.

Ele só assentiu. Mudo.

— Isso... — ela passou a mão no próprio corpo, como quem se acaricia depois de se foder — ...isso é um orgasmo de verdade.

Ele continuou ali, imóvel, segurando o celular. Testemunha. Cúmplice. O silêncio que se instalou não era desconforto — era aceitação. Cada um sabia exatamente seu lugar naquele jogo.

Eu ainda estava enterrado nela quando ouvi a voz do meu pai, agora mais grave, como se aguardasse esse momento.

— Ô, corno — ele disse, com tédio fingido. — Vira essa merda desse celular pra mim. Quero falar contigo.

O marido obedeceu, trêmulo, e virou a câmera pra si. Meu pai apareceu na tela como um chefe de clã resolvendo um problema doméstico. Um cigarro entre os dedos, o olhar firme.

— Viu agora como se fode uma mulher de verdade, seu fraco?

Silêncio.

— Agora escuta: se comporta. Porque eu vou desligar. E se essa mulher me ligar de novo pra resolver tua falta de postura... — ele deu uma tragada longa, depois soltou a fumaça devagar — ...aí não vai ter Miguel pra te salvar, entendeu?

O corno balançou a cabeça em silêncio. Entendeu.

Meu pai então voltou-se pra mim. O marido, obediente, me entregou o celular, como se aquilo fosse um cetro.

— Boa, filhão. Agora leva ela pro quarto e faz render. O corno que durma no sofá.

E sem esperar resposta, ele finalizou a chamada. A tela escureceu.

— Então, bora continuar isso no quarto?

Minja tia se levantou devagar, ainda ofegante, o corpo brilhando de suor, os cabelos meio grudados na testa. Me olhou com aquele sorriso sujo e triunfante, depois esticou a mão — não pra mim, mas pro marido.

— Vai, vem com a gente... eu não seria tão Mafalda de não deixar você assistir o restante.

Ele ficou ali, congelado, olhos entre abertos e vidrados na mão dela. Hesitou, deu aquele trêmulo clássico de quem sabe que vai ser humilhado, mas não quer perder o lugar no ringue.

Olhou pra mim primeiro, como se pedisse permissão. Seus olhos encontraram os meus, e algo na minha postura, a maneira como a cena se desenrolava, fez com que ele entendesse. Assenti com a cabeça, e isso foi o suficiente.

No fim, pegou a mão dela, meio arrastado, e se levantou.

Seguimos juntos pro quarto com a sensação de que agora o espetáculo começaria de verdade.

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