No final de semana seguinte, a minha prima Laura me convidou para acompanhá-la em uma festa que estava tendo no Centro de Eventos da cidade. Era uma festa grande e tradicional, com muitas atrações, comidas e shows. E ela combinou de ir com algumas amigas, do seu no curso de fisioterapia, que já estavam voltando das férias de final de ano.
Acabei aceitando o convite e fomos festejar/comemorar. Eu ainda estava meio abalado pela ausência da Diana e achei que poderia ser bom para mim. Esses últimos dias de reflexão foram muito bons para mim. Foi nessa época que eu me dei conta da merda que o meu envolvimento com a Diana poderia ter dado e prometi a mim mesmo que não me envolveria novamente com mulheres comprometidas.
Fomos só eu e a Laura, pois meu primo Lucas já havia voltado para o seu último ano de internato. E o Bidu, meu fiel escudeiro, já tinha viajado para passar uns dias de férias em Recife. Minha mãe acabou entrando de plantão, passaria a noite no hospital, e só poderia ir nessa festa no outro dia. E meu pai foi pescar com o meu avô e só voltaria no domingo a noite.
Chegando lá acabamos encontrando com um grupinho de amigos da minha prima. As meninas começaram a conversar, dois rapazes começaram a xavecar a Laura, que é uma menina muito bonita e estava super bem produzida, e eu acabei ficando meio deslocado.
Nessa hora a Clara parou do meu lado e foi falando:
— Eu gosto dessa música! Vamos dançar?
Eu me virei, olhei para ela e só então percebi que ela estava falando comigo.
— Betão, você sabe dançar?
— Claro que sei! Vamos lá.
A Clara era uma morena bem escura, que usava um corte de cabelo bem volumoso e encaracolado, dando a impressão de que tinha mais que seus 1,60m. Nesse dia ela estava usando lentes de contato, para deixar seus olhos mais claros. Ela estudava com a Laura e elas se falavam, só que não eram super amigas. Eu já tinha trocado anteriormente poucas palavras com ela e sabia que ela era uns dois anos mais velha que a minha prima.
Quem estava tocando no palco era uma dupla sertaneja mais romântica e a pista estava bem lotada. Acabamos indo dançar mais para o lado do palco. Aproveitei para puxar assunto com ela:
— E aí, está gostando de fazer fisioterapia?
— Eu vou desistir do curso. Eu quero trabalhar na área de turismo! Minha irmã, que mora na Bahia, já trabalha nessa área. Eu só vim para trancar a matricula e vou para lá no mês que vêm.
— Legal! Turismo dá muito dinheiro e tem muito o que evoluir aqui no Brasil.
— Isso é verdade... nossa Betão, você dança muito bem! Tá de parabéns!
Acabamos ficando ali ao lado do palco, meio no escurinho e depois de umas quatro músicas ela me deu um selinho, nos olhamos e em seguida nos beijamos para valer. E continuamos dançando.
— Você é grandão e tá muito gostoso... pena que é tão novinho...
— Já tenho 18 anos. Não sou tão mais novo que você.
— É sim! E se a Laura ficar sabendo que nos beijamos ela me mata!
— Você me beijou em público. Acha que ninguém viu?
— Nós estamos no escurinho. O pessoal só vê o nosso contorno.
— Tá bom! Se você acredita nisso...
— E você tá tão tenro, que eu queria te dar uma boa lambida, uma mordida...
Olhei bem para ela e joguei a rede:
— Não tem ninguém lá em casa...
— Você é bem safadinho, né! Quem te vê todo quietinho pensa que você é bobo. E tem outro problema, você é bem novinho pra essas coisas.
— Que coisas são essas? Você tá me subestimando.
— Tá bom! É que eu sou virgem e quero continuar virgem até meu casamento! Eu até libero lá atrás quando o cara é mais experiente, só que você é cabacinho e não vai ser algo legal para nenhum de nós.
— Quem disse que eu sou inexperiente?
Ela me olhou com uma cara de espantada:
— Sério que você anda comento o cú dos seus amiguinhos!?!
— Você tá doida Clara! Eu não gosto de homem e nem de veado! Você tá me estranhando!
— Hahahá! É sério que você já enrrabou uma mulher? Foram quantas vezes?
— Já sim! E foram muitas vezes!
— Quem foi??? Foi a Laura!!!
— Você tá doida. Claro que não foi a Laura, ela é minha prima! E eu não posso falar quem foi!
— É que ela arrasta um bonde por você. Acho que se vocês não fossem primos ela já tinha te agarrado!
— Que nada! Não tem nada a ver!
— Tá bom então! Se você não acredita... Eeee falando em acreditar, se você tiver mentindo sobre sua experiência eu vou saber na hora!
Acabamos trocando de assunto. Mudaram também o tipo de música e voltamos para o grupinho, que já estava ocupando umas três mesas, bem na entrada do setor que montaram as barracas de comida.
Lá pela meia noite a Laura me convidou para irmos embora e a Clara nos ofereceu carona, dizendo que estava de carro. Um outro rapaz aproveitou e também pediu carona para a Clara, alegando que morava no caminho.
Fomos os quatro no carro. A Clara deixou primeiro o rapaz, depois deixou a Laura na casa dela, que ficava na rua paralela à eu morava, e foi me deixar por último. Ao chegar em frente da minha casa ela me puxou para um beijo e agarrou no meu pau, por cima da calça.
Quando terminamos de nos beijar ela mordeu o lábio inferior e falou:
— Não sei se é a cerveja que eu tomei que tá fazendo efeito, mais tô cada vez mais querendo saber se você tem essa experiência toda, ainda mais com esse pauzão que você tem aí no meio das pernas...
Eu sorri para ela e falei:
— Só tem um jeito de você descobrir. Vem conhecer minha casa.
— Tá bom... Pelo menos um boquete você vai ganhar.
Assim que entrou em casa, começamos a nos agarrar de forma que, ao chegar ao meu quarto já estávamos nus. Joguei a Clara sobre a cama e comecei a sugar aqueles peitinhos pequeninos e super duros e a beijá-la. Quando levei minha mão para acariciar sua bocetinha ela não deixou.
— Hoje você vai dar atenção para o meu cuzinho... por falar nisso, você tá preparado?
Me levantei e peguei, encima do guarda-roupas, minha caixa de gibis antigos, que acredito que era o único lugar no meu quarto que minha mãe não mexia. E retirei de lá umas camisinhas e o pote de gel lubrificante íntimo.
Ela sorriu e falou, ao mesmo tempo em que se virava na cama, para ficar de bruços:
— Tô começando a acreditar na sua história! Agora vem e chupa meu cuzinho. Deixa ele bem meladinho, que hoje ele é seu!
Dei um tapa forte na bunda antes de me deitar atrás dela, dei uma mordidinha em sua bunda e meti a língua em seu rabo. Não demorou muito para ela começar a implorar:
— Me toca... com o dedo só no grelinho... isso seu safado gostoso.
Eu metia a minha língua de baixo para cima, passando desde a rachinha da xoxota até o cuzinho, para o qual eu dava um tratamento especial. Logo ela ficou louca e começou a pedir por pica:
— Vem Beto, me fode! Eu quero esse caralho todinho dentro de mim!
Porém eu continuei chupando e comecei a acariciar seu clitóris muito carinhosamente com meu polegar.
— Aaaiii, que gostoso! Assim não vale! Come logo o meu cuzinho!
Falando isso ela se posicionou de quatro na beira da cama e ficou me esperando. Eu coloquei a camisinha, passei uma quantidade muito generosa de lubrificante no meu pau e no cuzinho e me posicionei atrás dela.
Eu encostei o pau e comecei a pressionar. Após algumas tentativas ele começou a entrar, mas na mesma hora ela jogou a bunda para trás, fazendo ele deslizar para dentro tudo de uma vez. Ela deu um gemido e levou a mão espalmada para trás, empurrando a minha coxa. Na hora percebi que era para que eu esperasse até que ela se acostumasse. Fiquei parado até que ela falou:
— Vem, me fode igual a um macho!
Eu comecei e foder, a principio mais de vagar, mas depois aumentei o ritmo, até que passei a foder alucinadamente. Nessa hora a Clara cravou as unhas no lençol, mordeu meu travesseiro e só falava.
— Fode mais forte... fode mais forte... fode mais forte...
Teve uma hora que o tranco foi tão forte que ela acabou caindo para frente, totalmente deitada de bruços. Nisso eu montei nela e continuei a foder. Ela era muito experiente e no começo brincava comigo, fazendo seus músculos se contraírem e o meu pau ser apertado por aquele cuzinho guloso. Que tesão! Eram mil sensações que eu sentia.
Eu não parei de foder em nenhum instante. Continuei metendo forte e cadenciado e logo ela perdeu o controle e começou a gemer:
— Aiii que delícia! Meu macho fodedor... Seu pauzudo gostoso... aiiii...
Ela gozou e eu continuei metendo. Aquele cu era uma delícia. Ela queria rola e era isso que eu estava dando para ela. Assim que ela se recuperou já levou uma das mãos para sua bocetinha e começou a se masturbar enquanto eu ainda descia a lenha nela. Não sei qual de nós dois estava mais suado.
Ela, com os dedinhos, se masturbava alucinadamente e tentava abafar seus gemidos com a cara enfiada no travesseiro. E eu estava arregaçando aquele cuzinho guloso. Socava forte e fundo naquele rabo gostoso. Eu já não aguentava mais segurar o gozo e quando ela começou a gozar pela segunda vez eu também gozei e caí exausto sobre ela.
Como disse, não sei quem estava mais ofegante. Nessa hora me veio à mente que eu tinha esquecido de uma das regrinhas essenciais que a Diana tinha me ensinado e fui perguntando:
— Clara... está tudo bem com você?
— Assim que eu conseguir sentir alguma coisa eu respondo.
Meu pinto ainda estava engatado no cuzinho dela e ainda respirávamos ruidosamente, comigo deitado sobre o corpo dela. Só quando o meu pau amoleceu a ponto de ser expulso daquele cuzinho gostoso, que eu me ajoelhei na cama, e pude constatar o estrago que eu tinha feito naquele rabo. O cuzinho da Clara estava todo arrombado e vermelho. Ali não tinha mais nenhuma prega! Daí deitei-me ao seu lado e ela veio logo me beijar.
— Poxa Beto, foi muito gostoso! Você me surpreendeu... muito... Eu até perdi as contas de quantas vezes eu gozei.
Ainda ficamos ali por algum tempo, namoramos mais um pouco, comi de novo o cuzinho dela, só que dessa vez de ladinho, fodendo ela enquanto eu brincava com seu clitóris. No final ela ainda ganhou uma bela chupada. Depois ela se sentou na minha cara e ficou esfregando a bocetinha na minha boca. Ela esfregava e rebolava tanto que era até difícil de respirar. Fomos assim até ela gozar escandalosamente gritando: “— Puta que o pariu Betão... eu vou gozaaaarrrr... ahhh... essa sua lingua é uma delíciaaaaa... seu puto gostoso!” — Depois tomamos banho juntos, trocamos mais beijos e carinhos e ela foi embora lá pelas cinco horas da madrugada, com um sorriso no rosto que ia de orelha a orelha.
Três dias depois, fomos todos almoçar na casa do tio Zezinho, e comer uns peixes assados na brasa, que eles haviam pescado.
Praticamente a família toda foi festejar. Só não foi melhor porque na primeira oportunidade que fiquei sozinho com a Laura ela foi logo me acusando:
— Eu sei o que você e a Clara fizeram!
Eu gelei na hora. Não tinha nem o que falar. Acho que qualquer coisa que eu falasse só iria me complicar mais ainda. Logo em seguida ela completou:
— Pois saiba que ela tá espalhando para todo mundo que foi a melhor transa que ela já teve e...
Nessa hora dois dos meus priminhos, filhos do tio Ângelo, vieram me pedir um copo de refrigerante e a Laura parou de falar. Assim que eles saíram ela continuou:
— Espero que vocês tenham se protegido, porque eu sei que tipo de sexo ela gosta!
Ela me deu até um soco no peito e eu continuei com minha cara de paisagem e, por sorte meu tio me chamou para perto da churrasqueira e pude sair de perto da minha prima furiosa.
Eu tinha feito quatro cursos de churrasqueiro com um cozinheiro premiadíssimo e acabei dando várias dicas para o pessoal, enquanto ainda estavam preparando tudo. E no final eu é que fiquei encarregado de finalizar o assado dos peixes. Nesse dia meu pai até me deixou tomar um pouco de vinho, que era uma das tradições da família. Meus pais nunca foram de beber, só que uma taça de vinho em ocasiões especiais era algo sagrado.
Aquela chamada da Laura me fez sentir como se eu fosse um garotinho que levou um puxão de orelha. Acho que já comentei com vocês que eu e meus primos: a Laura, o Lucas e a Rose, praticamente fomos criados juntos. Só que a Rose se mudou para o sitio, com a família quando eu tinha uns 10 anos. E a Laura, que além de ser a primeira menina que eu gostei, logo quando os hormônios despertaram em mim o gosto pelo sexo oposto, também tinha aquela responsabilidade natural e sempre cuidou de mim e do Lucas.
E apesar da Clara ter espalhado aos quatro ventos da minha performance, nunca mais transamos. Só fiquei com a fama. Ela viajou e quando a encontrei novamente ela estava namorando um cara mais velho e nunca mais tivemos a chance de repetir a dose.
A partir desse dia passei a ser um dos churrasqueiros oficiais das festividades da família.
Minha família, por parte de pai, tem a tradição de fazer um churrasco de fim de ano em que nunca participam menos de 100 pessoas, entre familiares, amigos e agregados. Em alguns anos até alguns parentes de minha mãe chegaram a participar das festividades.
Eu já cozinhava em casa e, devido às restrições alimentares do meu pai, que é intolerante à lactose e ao glúten, e possui alergia a amendoim e a frutos do mar, normalmente eu já fazia uma alimentação diferente para ele, pois tinha que higienizar até os utensílios de cozinha antes de preparar o seu alimento.
Ainda naquele dia, já à noite, quando já estávamos no despedindo, a Laura me abraçou forte e depois me deu uma longa encarada e falou, enquanto arrumava a gola da minha camisa.
— Desculpa Beto, eu sei que você já é um homem... eu me preocupo porque quero o seu bem!
— Eu sei disso... Sinto o mesmo por você.
Nunca mais nós tocamos no assunto.
Sempre gostei dos conselhos da Laura. Na época da minha separação da Amália, uma das pessoas que mais me ajudou foi a Laura, que percebeu como a Amália estava me tratando. Do alto de sua sabedoria me lembro de uma conversa que tivemos, sentados no meio fio em frente à minha casa e sob os olhares das fofoqueiras da rua. Nesse dia ela me falou que a Amália não me merecia e que eu conseguiria uma companheira muito melhor do que ela. Em determinado momento nossos rostos ficaram um de frente para o outro e nossas bocas a menos de 10 centímetros de distância. Deu até para sentir o hálito mentolado dela. Confesso que pensei em lhe dar um belo beijo na boca. Porém, como se estivesse lendo a minha mente ela falou:
— Você tem que saber que quando você beijar uma menina na boca toda a história que vocês tiveram no passado vai mudar. Se você conheceu ela há pouco tempo não vai ter muita diferença, mas se vocês se conhecem há muito tempo ou são amigos, pode esquecer o passado! A partir daí tudo entre vocês vai ser diferente. O relacionamento que vocês tinham vai mudar, a amizade de vocês vai mudar... não estou dizendo que vai ser algo melhor ou pior... mas vai ser diferente.
Essas palavras me fizeram perder horas de sono e foram um dos motivos de, por várias vezes, não ter agarrado a Laura, pois eu adorava a forma que era a nossa relação e tinha muito medo das mudanças que poderiam ocorrer depois disso.
No final de semana foi a nossa colação de grau, com a entrega dos certificados de conclusão do ensino médio em um evento ecumênico na Prefeitura. Meu terceiro ano do ensino médio foi muito corrido. Eu optei por não fazer cursinho pré-vestibular e estudar em casa, usando as apostilas que ganhei do meu primo Lucas (Ele ganhou e me deu um conjunto completo de apostilas de um cursinho pré-vestibular muito famoso). Fiz um calendário de estudos e praticamente devorei as apostilas. Eu sabia que era um ano decisivo para o meu futuro e me dediquei, parei de ir a festas, e evitei tudo que me distraísse.
Em meios às comemorações pela nossa formatura e entrada na faculdade, acabei vendo a Amália no auditório, junto com os familiares e amigos dos formandos. Fazia muito tem que eu não via a Amália.
A peguei várias vezes olhando para o lado dos formando e rindo. Só não fiquei encucado porque sabia que ela já foi da minha turma e conhecia mais da metade dos formandos. Ao final, no meio dos cumprimentos, sou capaz de jurar que ela estava olhando para mim e sorrindo. E por outras duas vezes vi que ela estava bem próxima de mim. Em todas essas vezes fiz como se não a conhecesse e me afastei.
Depois da cerimônia, saí com o Bidu, nos sentamos em um banco em frente da Prefeitura e ficamos conversando. Logo em seguida a Amália passou na nossa frente, juntamente com duas outras meninas e se sentaram em um banco frontal ao nosso (distância frontal de uns três metros), só que afastado lateralmente um cinco metros do nosso banco.
Depois de algum tempo o Fábio me falou:
— Eu já achei muito estranho a Amália estar no auditório. E agora ela não para de olhar para o nosso lado e sorrir.
Me lembrei que a última vez que encontrei a Amália, havia sido em uma festa junina, que eu fui com o pessoal do judô.
Na época fomos comemorar, pois a nossa academia foi campeã regional por equipes. Me recordo claramente que não colaborei muito para essa conquista, pois fui derrotado logo na primeira luta do torneio. São coisas que acontecem no judô. Foi o primeiro torneio aberto que eu participei, não estava treinando muito, e logo nessa primeira luta acabei pegando um faixa preta bem mais experiente e bem mais baixo que eu e acabei me enrolando e não desenvolvi a minha luta. Empatamos e fomos para a decisão dos árbitros, que deram a vitória para ele (se fosse com as regras de hoje teríamos ido para o “golden score” e lutado até alguém conseguir uma pontuação). Na minha carreira já ganhei alguns torneios, fui para o pódio em vários outros e também já fui derrotado nas primeiras lutas em alguns outros torneios.
Voltando para a festa junina, me encontrei com o pessoal já no local da festa, pois eu fui para lá após a minha aula de inglês. Eu nem queria ir, só fui convencido pela insistência da Marcela. Acho que ela estava a fim de mim. Ela era mais velha, tinha 22 anos, e havia chegado para treinar na academia no início do ano e tinha vencido todos os torneios que participamos desde então. Além de faixa preta, alta, forte e com um rabo maravilhoso, ela era professora de educação física e desde que chegou na academia, sempre escolhia treinar comigo. Teve um treino de chão em que ela ficou por cima e ficou uns três minutos esfregando a xoxota na minha coxa. Acho que ela só se decepcionou quando descobriu a minha idade, vendo a lista de inscrição para esse último torneio que falei há pouco. Mesmo assim ela insistiu para que eu fosse à comemoração, dizendo que também iria para lá depois que saísse do trabalho.
Sentei-me à mesa com o pessoal e logo em seguida a Amália se sentou em uma mesa quase de frente para a nossa, junto com um rapaz e ficaram se agarrando. Do parceiro dela me recordo bem do bigodinho bem ralinho e que ele ficava com as chaves do carro em uma mão e com a outra alisando a coxa da Amália.
Como eu não queria ficar vendo aquela cena lamentável e estava com fome, fui procurar algo para comer. Era a festa das filas! Haviam filas em todas as barracas de comidas. Escolhi a fila do pastel. Com menos de um minuto naquela fila alguém tocou no meu ombro. Eu me virei e dei de cara com a Amália atrás de mim, me encarando. Assim que a notei me virei novamente, dando as costas para ela e pensando: “Era só o que me faltava”.
Logo o bigodinho chegou e ouvi ela falando: “— Amor, esse aí da frente é o Beto, de quem eu te falei”.
Senti ele me dando uma ombrada nas costas e me empurrando para frente. Não falei nada, só me virei de frente para ele, dei dois passos em sua direção e olhei para baixo (o topo da cabeça dele devia ser da altura do meu queixo), e então abri os braços do lado do corpo e dei o meu sorriso mais debochado, como que chamando ele para me empurrar de novo. Ele não quis pagar para ver, agarrou na mão da Amália e saiu apressado de lá.
Aquilo me fez perder a fome. Voltei para a mesa, peguei a minha mochila e me despedi do pessoal, dizendo que surgiu um imprevisto e eu tinha que ir embora. Nem esperei a Marcela chegar. Na realidade acho que só a ví mais uma vez naquele ano, pois eu estava estudando cada vez mais e estava deixando todo o restante de lado.
Após o Bidu dizer aquilo, eu, que desde que elas se sentaram praticamente na nossa frente, não tinha olhado nenhum vez para o lado delas, me contentando a olhar para frente ou para o Bidu, respondi:
— Vamos embora que a última coisa que eu quero nessa vida é que a Amália venha querer ser minha amiguinha. Não sei se tudo já está escrito nas estrelas, mais vou evitar ela com tudo o que estiver ao meu alcance.
E fomos embora comemorar a nossa formatura com nossos amigos, em uma hamburgueria.
Bem, se eu fosse dividir essa minha história em partes, esse seria o marco final da 1ª parte da história, que foi até a formatura do Beto no ensino médio e tivemos a introdução da maioria dos nossos personagens. Espero que estejam gostando.