1x12: A Sombra do Passado

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Gay
Contém 2447 palavras
Data: 11/06/2025 17:53:27

Após os acontecimentos do dia anterior, o dia amanheceu lindo e ensolarado, banhando a casa da família Matarazzo em um brilho dourado. Todos estavam arrumados, reunidos à mesa para o café da manhã, o aroma de pão e café fresco preenchendo a cozinha.

— Então, como foi o dia de vocês ontem? — Zélia perguntou, com um sorriso maternal.

André, bocejando, respondeu: — O meu foi o mesmo de sempre: escola, casa e cama.

— Eita, vidão, hein? — Zélia brincou, e todos riram levemente.

— E você, Rick? — ela perguntou, virando-se para o filho.

Ricardo, lembrando-se não só do dia anterior, mas de todos os acontecimentos recentes, respondeu com um brilho nos olhos: — O meu foi excitante, divertido, corrido e nervoso.

— Hum, que interessante… E Amanda? — Zélia questionou, curiosa.

Amanda, com a voz um tanto monótona, disse: — De interessante foi só que falei com o Breno por celular.

— Quer dizer que reataram o namoro? — Zélia perguntou, esperançosa.

Ricardo, com um olhar irônico para a irmã, comentou: — Uma vez longe disso, quem vai querer voltar, mãe?

Ricardo e André riram, mas Amanda revidou, com um leve sorriso amargo: — Pelo menos namorei.

Ricardo e André ficaram quietos, percebendo o tom de Amanda.

— Bem, já vou, tenho que ir trabalhar — Zélia anunciou, levantando-se da mesa.

— Trabalhar? — Ricardo e Amanda perguntaram em uníssono, surpresos.

— A senhora voltou a trabalhar e não nos disse! — Amanda exclamou.

— Ia dizer, claro. Estou trabalhando como ajudante do seu Jorge na venda na outra rua — Zélia explicou.

André, com os olhos brilhando, comentou: — Legal, merenda de graça!

— Ah, é! Bem, já vou — Zélia disse, apressando-se para a porta.

— Mano, vamos logo também? — André perguntou a Ricardo.

— Vamos — Ricardo respondeu.

Todos saíram, mas, no instante em que Zélia e André se afastavam, Amanda correu para o banheiro, o estômago revirando, e vomitou em silêncio. Seus pensamentos ecoavam em sua mente: — Até quando vou aguentar esconder?

Zélia e os filhos tomaram direções opostas. Ricardo e André passaram pela praça onde, um dia, Ricardo havia salvado Tony.

— Mano, aquele carinha que você salvou naquele dia, como está? — André perguntou, casualmente.

— Está bem, por quê? — Ricardo respondeu, tentando parecer indiferente.

— Nada, é que ele parece ser legal — André comentou.

Seguiram em silêncio até a escola, onde cada um foi para sua sala. Ricardo entrou e viu duas garotas sentadas mais à frente, mas seus olhos foram imediatamente para Tony, que estava sentado do outro lado da sala. Ricardo resolveu sentar-se ao lado dele.

— Oi — Ricardo sussurrou, um sorriso nos lábios.

Tony apenas acenou com a cabeça e murmurou: — Siga-me.

Tony levantou-se e saiu da sala, e Ricardo, sem entender, o acompanhou, uma sensação de curiosidade e excitação crescendo em seu peito.

Residência Família Soprano

Carol saiu de casa para a escola, mas antes resolveu passar na casa de Marília. Chegou bem a tempo; a garota já estava saindo, a mochila nas costas.

— Nem pense em sair antes de mim! — Carol exclamou, com um sorriso.

— Amiga! — Marília respondeu, surpresa e feliz.

Carol envolveu Marília em um abraço apertado, e por alguns breves segundos, sentiu seu coração acelerar, seu corpo desejar intensamente o da amiga, o cheiro de Marília a deixando hipnotizada.

— E aí? Seus pais deixaram? — Marília perguntou, a voz cheia de expectativa.

— Estão pensando — Carol respondeu, um pouco incerta.

— Tomara que deixem. Você é a minha melhor amiga — Marília disse, com sinceridade.

— Muito obrigada, mas não queria ser sua amiga — Carol confessou, a voz suave, mas com um significado mais profundo.

— Como? — Marília perguntou, confusa, afastando-se um pouco para olhá-la.

— Queria ser sua irmã — Carol explicou, um sorriso gentil nos lábios.

— Aii, que fofa! Te amo, amiga! — Marília exclamou, e elas voltaram a se abraçar, um carinho genuíno preenchendo o ar.

Seguiram o caminho até a escola, conversando animadamente.

Residência Família Bratho

Léo estava se arrumando apressadamente, seus movimentos nervosos. Pegou sua mochila e, com rapidez, retirou os livros. Em uma outra bolsa, pegou várias notas de cem reais, amassou-as e as colocou dentro da mochila. Desceu as escadas correndo.

— Não vai tomar café, meu filho? — Julia, sua mãe, perguntou, a voz preocupada.

— Não, mãe, estou super atrasado! — Léo respondeu, já na porta.

O garoto saiu rápido. Havia um carro preto parado um pouco mais à frente na rua. Léo se dirigiu a ele com passos apressados.

— Então, conseguiu o dinheiro? — o Cara 1 perguntou, a voz grave, um sorriso malicioso se formando em seus lábios ao ver o volume na mochila de Léo.

— Sim, vamos logo, estou precisando de mais agora — Léo respondeu, sua voz um misto de pressa e desespero.

O Cara 1 deu um sorriso satisfeito, e eles seguiram caminho, o carro partindo em alta velocidade.

Escola Conviver e Aprender

Ricardo seguiu Tony, que entrou no banheiro masculino. Meio hesitante, Ricardo entrou junto, e foi imediatamente surpreendido por um beijo de tirar o fôlego. Os lábios de Tony se encontraram com os seus, um beijo quente e intenso que Ricardo retribuiu com a mesma paixão. O banheiro, com seus dois boxes para banho, oferecia uma falsa sensação de privacidade. Eles entraram em um deles.

— Não é perigoso? — Ricardo sussurrou, a adrenalina pulsando em suas veias.

— Vamos rápido — Tony respondeu, a voz rouca de desejo.

Tony ligou o chuveiro, deixando a água cair para abafar qualquer som. Pressionou Ricardo contra a parede fria, seus beijos quentes e sensuais explorando a boca, o pescoço de Ricardo. Com movimentos bruscos, ele retirou a roupa de Ricardo, que já estava excitado, seu membro duro e úmido. Tony se abaixou, a boca ávida, e sugou todo o líquido que escorria, fazendo Ricardo delirar de prazer. Os olhos de Ricardo estavam penetrantes, e ele mordia os lábios para conter os gemidos, enquanto Tony o "mamava" intensamente, a cada movimento levando-o ao êxtase.

— Nossa, você chupa muito gostoso. Ahhh, que delícia! — Ricardo gemeu, a voz quase inaudível.

Ricardo, com as mãos trêmulas, retirou a roupa de Tony. Ambos, completamente nus, deitaram-se no chão do box, iniciando um intenso "69". O perigo de serem pegos, a adrenalina pura, só aumentava o tesão.

— Me penetra gostoso — Ricardo pediu, a voz rouca.

— Com prazer, amado — Tony respondeu.

Ambos se levantaram. Tony posicionou Ricardo de frente para a parede, suspendeu uma das pernas dele e, cuspindo em seu membro duro como pedra e pulsante, o esfregou na entrada do ânus de Ricardo, que revirava os olhos de prazer. Aos poucos, Tony o penetrou, primeiro a cabeça, devagar.

— Ahh, Tony! Vai, vai! — Ricardo implorou, o prazer quase insuportável.

Tony o penetrou por completo, fazendo Ricardo gemer de intenso prazer. Tony gemia junto, os movimentos se tornavam cada vez mais fortes, fazendo Ricardo pular levemente a cada estocada. Ricardo sentia-se sendo completamente "rasgado", e o membro de Tony atingiu um ponto dentro dele que o fez quase gozar. À medida que os dois suavam e Tony estocava com força, eles se beijavam em um beijo completo e gostoso. O pênis de Ricardo liberava mais líquido, uma pequena quantidade de sêmen escorrendo. Tony o friccionou forte contra a parede até gozar. Demorou alguns segundos para que o membro amolecesse e saísse, ele havia ejaculado muito e com força. Tony virou Ricardo e começou a beijá-lo enquanto o masturbava, fazendo Ricardo sentir o clímax se aproximando. Ele gemia, cada vez que Tony ia e vinha com a mão. Ricardo segurava o rosto de Tony, passava a mão pelo corpo suado e pelos cabelos dele. Até que gozou forte, suas pernas tremendo. Nunca na vida tinham gozado tanto como agora. Descansaram um no outro por um momento, a respiração ofegante, e em seguida, dirigiram-se ao chuveiro para se limpar.

Casa Dona Fátima

A senhora de idade, Dona Fátima, estava sentada em sua cadeira de balanço, o rangido suave da madeira acompanhando o ritmo da manhã. Sâmara ainda dormia profundamente. Percebendo a hora, a avó da garota foi acordá-la.

— Sâmara, minha filha, está na hora de acordar — Fátima disse, a voz gentil, mas firme.

A garota, relutantemente, acordou. — Que droga, vó! Que horas é essa? — ela resmungou, a voz pastosa de sono.

— Oito horas — Fátima respondeu.

— Oito horas... aff, cedo assim a senhora vem me acordar, que saco! — Sâmara reclamou, irritada.

— Aqui é cedo que se levanta, e levante já para irmos ao culto — Fátima disse, com um tom que não admitia discussão.

— Para onde? — Sâmara perguntou, os olhos semicerrados.

— Ao culto! Você precisa ouvir a palavra de Deus para deixar de roubar — Fátima declarou, sem rodeios.

— Escute aqui, eu não roubei nada e não vou para porcaria de culto nenhum! — Sâmara retrucou, levantando-se bruscamente da cama.

— Isso é modo de me tratar, garota? Sou sua avó! — Fátima repreendeu, o rosto sério.

— Que importa — Sâmara murmurou, desdenhosa.

— Vou falar com sua mãe. Não vou querer que você fique aqui me enraivando, tenho problemas de coração. Por favor — Fátima implorou, a voz com um tom de cansaço.

— Não chame aquela mulher. Não é mais minha mãe, preferiu acreditar no marido dela do que em mim — Sâmara disse, a voz carregada de mágoa, e foi para o banheiro.

Fátima suspirou, balançando a cabeça. — O mundo hoje está perdido.

Residência Família Soares

Já estavam todos acordados na casa de Fernando. Ele ainda repousava na cama, e sua mãe, Leila, trouxe-lhe o café da manhã em uma bandeja.

— Como vai meu filho hoje? — Leila perguntou, com carinho.

— Vou bem, mãe. Apesar do Leonardo, aqui é bem melhor que no hospital — Fernando respondeu, um leve sorriso nos lábios.

— Filho, dê tempo ao seu pai. Ele ainda não se acostumou com sua condição sexual — Leila disse, com um tom de súplica.

— Um ano é tempo demais, mãe — Fernando retrucou, um ar de frustração em sua voz.

— Não é fácil para ele — Leila insistiu.

— Sei, mas... — Fernando começou, mas Leila o interrompeu.

— Depois conversamos. Agora, você tem uma visita especial para você — Leila disse, um brilho nos olhos.

Leila saiu do quarto, e um garoto magro, que usava óculos e tinha o cabelo quase raspado, entrou. Seus olhos verdes eram o que mais chamava a atenção nele.

— Theo! — Fernando exclamou, um sorriso genuíno se abrindo em seu rosto.

— Huhu, migo! Sabia que você era de ferro! — Theo respondeu, com seu jeito efusivo.

— Hehe, nossa, amigo, que saudades! — Fernando disse, estendendo os braços.

— E eu quase que acabo indo para o hospital também. Fiquei com "saudeagudas"! — Theo brincou, com um sorriso.

— "Saudeagudas"? — Fernando perguntou, confuso.

— Junção de saudades e agudas! Hehe — Theo explicou, rindo.

— Ah, amigo, você e suas piadas. Vem cá, me dá um abraço — Fernando pediu, e ambos se abraçaram com carinho.

— Esses dias o monstro não estava indo para a escola — Theo comentou, o tom de voz mudando um pouco.

— O Pedro? — Fernando perguntou, sentindo um calafrio.

— Sim. Soube de algo? — Theo quis saber.

— Conheci dois amigos, os que me levaram para o hospital: o Ricardo e o Tony. Me ajudaram muito. O Pedro soube, e agora é inimigo deles também — Fernando revelou, a voz mais séria.

— Nossa, esse cara é um monstro, não merece ser amado por ninguém. Odiaria a pessoa que se apaixonasse por ele — Theo declarou, com convicção.

Fernando ficou sério e nervoso, a lembrança de seus próprios sentimentos conflitantes por Pedro o atingindo. — E quem seria doido? — ele murmurou, desviando o olhar.

— Amigo, passei rápido aqui, tenho que ajeitar minha vida de cantor. Irei fazer mais sucesso do que Lady Gaga, Madonna e Britney juntas, meu amor! — Theo disse, mudando o foco com seu entusiasmo habitual.

— Kkkkkkkkkkk. Só você para me fazer rir — Fernando riu. — Mas conta aí, o que é esse projeto?

— É uma coisa que irá abalar os quatro cantos da cidade, espere e verá, meu querido. Beijocas de "amigo" e tchau! — Theo disse, dando um beijo no ar.

— Tchau! Rsrs. Juízo, viu! Hmm! — Fernando respondeu, rindo das excentricidades do amigo.

Escola Conviver e Aprender

Ricardo e Tony, após a rápida ducha, enxugaram-se com as toalhas da escola, que ainda não haviam sido usadas naquele dia, e se vestiram apressadamente. Estavam quase saindo do banheiro, quando Ricardo puxou Tony e o beijou, um beijo cheio de intensidade e emoção.

— Espera — Ricardo disse, separando-se um pouco.

— Que foi? — Tony perguntou, com a respiração ofegante.

Os olhos de Ricardo estavam brilhando, marejados por lágrimas que ameaçavam rolar. Ele respirou fundo e começou a falar, as palavras jorrando de seu coração. — Cara, quero dizer que nesses poucos dias e tempo, já te amo muito, mais do que eu deveria amar talvez. Mano, você foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida. Antes de você, eu vivia em confronto diário comigo mesmo, me sentia sujo com esses pensamentos, mas aí você apareceu e me fez enxergar quem sou, e o que eu quero, e é isso que realmente quero. Quero ficar com você, morar com você, ter uma vida com você. Você me fez refletir. Naquele dia no hospital, suas palavras com Fernando mexeram comigo. Depois veio o beijo, e eu me senti incrível, feliz, satisfeito. Quero dizer que amo muito você, saiba disso. — Ricardo terminou, as lágrimas escorrendo livremente pelo seu rosto.

Ele saiu do banheiro, deixando Tony ali, paralisado, absorvendo cada palavra.

Residência Família Soares

Leila voltou para o quarto do filho.

— E aí? Como foi a conversa com o Theo? — Leila perguntou, sentando-se na beira da cama.

— Ótima, ele sempre me fazendo sorrir — Fernando respondeu, um leve sorriso.

— Que bom. Você parece que tem algo a me pedir, querido? — Leila perguntou, com um olhar perspicaz.

— Sim, mãe, tenho sim — Fernando confirmou.

— Fale, querido — Leila incentivou.

— Quero te pedir um favor. Já te pedi antes, mas você não fez. Preciso muito disso — Fernando disse, com um tom de urgência.

— Acho que já sei o que é — Leila respondeu, um pequeno sorriso se formando.

— É isso mesmo — Fernando confirmou, esperançoso.

— Está bem, já pode ir se preparando. Considere seu pedido realizado — Leila disse, com carinho.

— Valeu, mãe! Te amo muitão! — Fernando exclamou, levantando-se da cama e abraçando a mãe com força.

— Também te amo, Nando — Leila respondeu, retribuindo o abraço.

Escola Conviver e Aprender

Tony ficou paralisado no banheiro, as palavras de Ricardo o deixaram profundamente emocionado. A imagem de um homem surgiu em sua mente naquele momento, e ele sacudiu a cabeça para tentar afastá-la.

— Será que o que estou fazendo com você e comigo é certo, Ricardo? — Tony sussurrou para si mesmo, uma dúvida amarga em sua voz.

Tony pegou seu celular e abriu uma foto. Era a mesma imagem que acabara de ver em sua mente. Ele a olhou fixamente.

— Volto a me perguntar, o que estou fazendo é certo? — ele murmurou novamente.

Tony olhou para a foto mais uma vez, desta vez focando no nome que estava salvo nela.

— Onde você está agora, Plínio? — ele sussurrou, a pergunta pairando no ar do banheiro vazio.

Continua...

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