7 - A Chama que Arde

Da série A Chama Ardente
Um conto erótico de Mr Caveira
Categoria: Heterossexual
Contém 576 palavras
Data: 11/06/2025 09:48:06

Era madrugada quando Priscila apareceu em minha porta. Nenhuma mensagem, nenhum aviso. Só o som da campainha, insistente, como se o mundo estivesse acabando.

Abri e a vi ali, encharcada da chuva. A maquiagem borrada, os cabelos grudados no rosto, seios visíveis através do vestido molhado, os olhos brilhando com algo entre raiva, desejo e abandono.

— Brigamos, e ele foi embora — disse, entrando sem pedir permissão.

Fechei a porta. Ela deixou a bolsa cair no chão e veio até mim como uma tempestade. Me beijou com pressa, com fúria, como se eu fosse o último ponto fixo num mundo que girava rápido demais.

— Gabriel?

— Agora que sente que não tem mais o controle absoluto resolveu sumir por um tempo. Que precisava pensar. Mas eu sei, Luiz. É jogo. Ele quer que eu vá atrás. Mas... não vou. Não dessa vez.

— E por quê?

— Porque eu te quero mais.

O coração bateu no peito como um soco surdo. Meus braços a envolveram com força. A levantei pelas pernas e comecei a meter forte ali mesmo, contra a parede sem camisinha. Era a primeira vez que fazia isso com Priscila ao natural. E como era quente. Ardente até. A última transa com Clara foi intensa, mas isso não tinha comparação. O calor de Priscila queimava até a alma. Não havia mais jogos. Apenas o calor dos corpos, os gemidos entre as palavras:

— Me fode gostoso! — Meu amor — Me fode bem gostoso — Eu preciso disso — Eu preciso de você!

Depois transamos novamente no banho, e uma última vez na cama antes de cair no sono.

Naquela noite, ela foi inteira minha. Nunca tinha tido uma transa tão ardente na minha vida.

Não houve competição. Só entrega.

De manhã quando sai pra trabalhar, tive certeza de que o "meu amor" agora se referia a mim.

Dois dias depois, a mensagem chegou.

Clara:

“Preciso te ver. É sério.”

Nos encontramos num café discreto no centro. Ela estava diferente. Mais serena, mas os olhos denunciavam a tormenta.

— Tô grávida.

O mundo parou de girar por um segundo.

— É meu?

Ela respirou fundo.

— Provavelmente. Mas não posso te dar 100% de certeza.

— E Thiago?

— Ele sabe. Disse que vai ficar comigo de qualquer jeito. Mas eu precisava que você soubesse… porque se for seu, Luiz, eu não vou esconder.

Fiquei em silêncio. Mil pensamentos emaranhados. Priscila, seu gosto ainda na minha boca. E agora, Clara, com a possibilidade concreta de uma vida crescendo dentro dela.

Ela me olhou, com uma calma desconcertante.

— Eu não vim pedir nada. Só queria que você soubesse. Você decide o que fazer com isso.

Naquela noite, voltei para casa e encontrei Priscila preparando um chá.

Ela sorriu ao me ver, um sorriso leve. Pela primeira vez, ela parecia… simples. Tranquila.

— Onde você estava?

— Com a Clara.

O sorriso dela vacilou.

— Aconteceu algo?

— Ela tá grávida. Pode ser meu.

Silêncio.

Ela colocou a xícara sobre a mesa, sem beber.

— Vai ficar com ela?

— Eu… não sei.

Ela assentiu, se levantou devagar e veio até mim.

— Se for isso que você quiser… eu não vou te impedir. Mas também não vou te esperar.

— Priscila…

— Eu te amo, Luiz. Mas não sou mulher pra meia-vida. Se você quiser ficar, fique de corpo e alma. Senão… vá.

Ela me beijou a testa, como um adeus não dito, e foi para o quarto.

Eu fiquei na sala. Entre dois mundos. Entre uma paixão que queimava tudo e um amor que talvez me salvasse.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Mr Caveira a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível