O Toque Pervertido

Um conto erótico de Casal Tatuíra
Categoria: Heterossexual
Contém 3406 palavras
Data: 10/06/2025 15:18:07

No lusco-fusco do quarto, onde a penumbra parecia conspirar com os desejos inconfessos, Soninha movia-se como uma aparição. Seu corpo, ah, seu corpo era um delito contra a ordem divina, uma provocação que misturava o éden e o inferno. As curvas de suas ancas, largas, quase bíblicas, pareciam esculpidas para o pecado, mas havia nelas uma suavidade que remetia às madonas dos vitrais. A pele, morena e acetinada, reluzia sob o fiapo de luz que escapava da cortina, e seus seios, plenos, desafiavam a gravidade com uma arrogância santa. Quando ela se movia, o ar parecia se curvar, pesado, como se até o oxigênio soubesse que ali habitava o proibido.

Felipe, deitado ao seu lado, não dormia. Como poderia? Seus olhos, furtivos, traçavam o contorno daquele corpo que o fazia oscilar entre a adoração e a danação. Algumas noites, dividiam a cama, e o calor dela, mesmo sem toque, era uma promessa que ele não sabia se queria cumprir ou temer. Outras noites, ele fugia para o próprio quarto, como quem escapa de uma tentação que já o condenara. Mas ali, naquela noite, o destino os juntara novamente, e o silêncio entre eles era uma corda esticada, prestes a romper. Havia o pedido insistente de Felipe - pelo seu aniversário de 25 anos - ele suplicava, mas ela negava.

Soninha se mexeu, talvez sentindo o peso daquele olhar que a despia sem pudor. O lençol escorregou, revelando a curva de sua cintura, e Felipe engoliu em seco, o coração batendo como um tambor pagão. Ele se aproximou, o corpo tenso, os dedos trêmulos pairando a milímetros da pele dela, como se temesse que o toque confirmasse a realidade daquele desejo.

— Você não dorme, Felipe? — A voz dela, rouca, cortou o silêncio, mas havia um tom ambíguo, entre censura e convite.

— Como dormir, mãe? — Ele quase sussurrou, a voz carregada de uma súplica que não ousava nomear. — Você... você é demais pra mim.

Ela virou o rosto, e seus olhos se encontraram. Era um olhar que dizia tudo e nada, um abismo onde o sagrado e o profano se fundiam. Havia reprovação ali, sim, mas também uma centelha de curiosidade, como se ela, por um instante, se perguntasse o que seria ceder àquela loucura. O peito dela subia e descia, mais rápido agora, e Felipe sentiu o calor do corpo dela como uma corrente elétrica.

— Para com isso, rapaz — disse ela, mas a palavra “para” soava falsa, uma tentativa de erguer uma barreira que já ruíra — Isso não é certo.

— Certo? — Ele riu, um riso nervoso, quase cruel — E o que é certo, me diz? Você deitada aí, com esse corpo que me mata todo dia? Isso é justo?

Soninha se virou de lado, talvez para escapar daquele olhar que a queimava, mas o movimento só fez o lençol deslizar mais, expondo a linha perfeita de suas nádegas, redondas, insolentes, como se desafiassem a moral do mundo. Felipe sentiu o sangue pulsar, o desejo transformando-se em algo físico, urgente, quase doloroso. Ele se aproximou mais, o corpo colado ao dela, e o contato, mesmo que leve, era uma profanação.

— Só um pouquinho, mãe...

— A voz dele tremia, um misto de súplica e ousadia. — Só pra sentir você.

Ela ficou em silêncio, o corpo rígido, mas não se afastou. Era como se, por um instante, a tentação a tivesse fisgado, como se o próprio diabo soprasse em seu ouvido. Felipe, sentindo a hesitação, deixou a mão deslizar, tímida, até a curva de sua anca.

Cuidadosamente, como se testando os limites dela, ele abaixou a calcinha e expôs, como dira o poeta, A Outra Entrada do Prazer.

O toque era um pecado em si, e ele arfava, a respiração quente contra a nuca dela.

— Não, Felipe... — Ela finalmente falou, mas a voz era fraca, quase um gemido. — Isso é loucura.

— Loucura é a senhora. Esse corpo... — Ele não terminou. A mão dele, agora mais ousada, traçava o contorno daquela carne que parecia feita para a perdição.

O quarto parecia menor, o ar denso, carregado de um desejo que nenhum dos dois nomeava, mas que ambos sentiam. Soninha, com um movimento brusco, tentou se desvencilhar, mas o gesto só fez seus corpos se encaixarem ainda mais, como peças de um quebra-cabeça amaldiçoado. Ela sentiu a urgência dele, o calor, a pressão, e por um segundo, apenas um segundo, seus olhos se fecharam, como se ela imaginasse o que viria depois.

Saboreando o silêncio que era uma permissão, ele pressionou, como o botulão do navio que enfrenta mares bravios, ele foi em frente.

— Para! — O grito sem potência dela rompeu o encanto, mas havia algo de teatral naquele protesto, como se ela lutasse não só contra ele, mas contra si mesma.

Felipe, atordoado, recuou, os olhos ainda fixos nela, ainda famintos. O silêncio voltou, mais pesado agora, cheio de arrependimentos não ditos e desejos que continuariam a queimar, como brasas sob a cinza.

O sol da feira queimava, e o ar, saturado de cheiros de frutas maduras e poeira, parecia conspirar com os segredos inconfessos. Soninha movia-se entre as bancas como uma sombra de si mesma, uma mulher que carregava no peito um conflito que nem Deus nem o diabo ousariam julgar. Sua blusa leve colava-se à pele morena, úmida pelo calor, e os quadris, plenos, balançavam com uma cadência que, sem querer, desafiava a moral do mundo. Na banca dos pepinos, ela parou. Seus dedos, hesitantes, tocaram um dos maiores, verde-escuro, firme, quase insolente em sua forma. Ao segurá-lo, um pensamento a atravessou como uma lâmina: a imagem de Felipe, nu, urgente, naquela noite em que quase romperam o véu do proibido. O pepino, em sua mão, era uma lembrança cruel, e ela sentiu o rosto arder, um rubor que misturava vergonha e desejo. Seus olhos, furtivos, varreram a feira, como se temesse que o próprio ar pudesse denunciar o que lhe queimava a alma. Nua, na praça, seria menos vulnerável.— Soninha, o que é isso? — cochichou para si mesma, a voz tão baixa que mal se ouvia, um murmúrio que era metade censura, metade convite. — Você tá louca? Os lábios, carnudos, se entreabriram, e ela mordeu o inferior, um gesto que traía a luta interna. Seus olhos desceram para os vegetais, e ela buscou, quase instintivamente, um pepino menor, fino, delicado, como se fosse uma concessão à própria fraqueza.— Esse... esse pode ser o começo — sussurrou, e havia um tom de conspiração na voz, como se ela selasse um pacto consigo mesma. Pegou o pepino menor e, num impulso que a assustou, também o maior, aquele que a desafiava. “Para quando estiver pronta”, pensou, e o pensamento trouxe um sorriso torto, secreto, que era anjo e demônio ao mesmo tempo.

Enquanto caminhava para casa, a sacola pesava em sua mão, mas o verdadeiro fardo estava em sua alma. Cada passo era um mergulho mais fundo naquele abismo que ela mesma escavara. O vento quente da rua roçava sua nuca, e ela sentia, sem saber por quê, que o céu a observava — não com reprovação, mas com uma curiosidade perversa. — Soninha, para com isso — murmurou, a voz trêmula, como se tentasse se salvar. Mas o silêncio da cidade era cúmplice, como se soubesse que, naquela noite, ela daria mais um passo rumo ao inevitável.

O crepúsculo tingia a cidade de um roxo culposo, e Soninha, com passos que pareciam ensaiados para um crime, entrou na farmácia. Seu rosto ardia, não pelo calor, mas pela culpa de um pecado que ainda não ousara cometer. Seus olhos, furtivos, evitavam o balconista enquanto pegava uma caixa de preservativos lubrificados, como quem rouba uma relíquia sagrada. Ao pagar, suas mãos tremiam, e ela murmurou para si mesma, num sussurro que era quase uma prece:

— Soninha, você tá louca... O que é isso que você tá fazendo?

Mas a voz, fraca, não convencia. Havia uma centelha em seu peito, uma vespa de curiosidade que a mordia sem piedade. O caminho de volta para casa foi um tormento doce, a sacola pesando como se carregasse o próprio diabo. Seu corpo, sob a blusa úmida de suor, parecia conspirar contra ela: os quadris, opulentos, moviam-se com uma cadência que desafiava o decoro; a pele morena reluzia, como se convidasse o toque que ela mesma temia desejar.

Na sala de casa, o silêncio era um cúmplice cruel. Soninha fechou as cortinas, como se quisesse esconder-se do céu, e preparou seus pseudos-amantes com a precisão de quem planeja um sacrilégio. Despiu-se da saia e da calcinha, e seu corpo, agora nu, era uma visão que misturava o éden e o inferno: os seios, plenos, erguiam-se com uma arrogância santa; as nádegas, redondas, pareciam esculpidas para a perdição. Deitada de lado no sofá, ela era uma sereia sobre rochas, chamando Ulisses para o naufrágio. Seus dedos, trêmulos, seguraram o pepino menor, já envolto no preservativo, e o aproximaram do botãozinho do prazer.

— Só um pouquinho... — cochichou, a voz rouca, como se negociasse com um demônio invisível. — Só pra saber como é.

A resistência inicial a fez hesitar, mas ela pressionou, e o objeto deslizou, lento, invadindo um território até então intocado. A sensação, desconhecida, era um misto de dor e delícia, um pecado que parecia redimi-la. Soninha arfou, os olhos semicerrados, e com a outra mão tocou a dona dos prazeres, encontrando-a úmida, enxarcada, como se seu corpo confessasse o que a alma negava.

— Meu Deus, Soninha... — murmurou, mas o nome de Deus soava fora de lugar, como se ela já tivesse cruzado um limiar onde o divino não alcançava.

Seus dedos dançavam, urgentes, e o movimento do pseudo-amante, agora mais ousado, a levava a um abismo que ela nunca imaginara. Romper aquele limite, entregar-se àquela loucura, era como abrir uma porta para um prazer tão intenso que parecia castigá-la e salvá-la ao mesmo tempo. O clímax veio como uma onda, avassalador, inédito, e ela deixou escapar um gemido que era metade súplica, metade triunfo.

Quando soltou a mão, o novo amigo escorregou para fora, deixando um vazio que ardia — uma ardência que ela, para seu próprio espanto, acolheu com um prazer secreto. Ficou ali, ofegante, o corpo ainda tremendo, os olhos fixos no teto, como se buscasse respostas que não queria encontrar.

— E agora, Soninha? — sussurrou, a voz carregada de um medo que já se misturava à curiosidade. — O que vem depois disso?

A penumbra da sala abraçava-a como um amante clandestino, e ela, ainda trêmula pela pequena vitória de momentos antes, sentia o corpo pulsar com uma fome que não explicava. Seu peito subia e descia, a pele morena reluzindo de suor, como se cada poro confessasse o que a alma tentava calar. Os quadris, opulentos, repousavam no sofá, e havia neles uma insolência que parecia desafiar o céu e o inferno. Encorajada por aquele primeiro passo no abismo, marcada pela unha do demônio, insistente, empurrando-a para o próximo delito.

Seus olhos, furtivos, caíram sobre o amante maior, aquele que, na feira, a assustara com sua promessa de dor e êxtase. Agora, mais determinada, mais ciente do que buscava, ela o segurou com mãos que não tremiam mais. O objeto, firme, quase cruel, parecia desafiá-la, e Soninha, com um sorriso torto que misturava anjo e demônio, murmurou para si mesma:

— Você já foi tão longe, Soninha... Por que parar agora?

Deitada de lado, o corpo nu como uma oferenda pagã, ela posicionou o falo de mentira entre as maçãs de suas nádegas, redondas, perfeitas, como se esculpidas para a perdição. A pressão inicial trouxe uma resistência que a fez hesitar, mas ela, agora mais habilidosa, insistiu, lenta, deliberada. O objeto começou a deslizar, pouco a pouco, e cada centímetro era uma invasão que doía e deliciava, alargando-a, arrancando arrepios que subiam pela espinha como uma oração profana.

— Meu Deus... — sussurrou, mas o nome divino soava deslocado, como se ela já tivesse cruzado um portal onde só o desejo reinava. — Isso é loucura, Soninha...A queimação veio, aguda, acompanhada de uma dor que parecia castigá-la, mas o prazer, ah, o prazer era uma corrente que a puxava para o fundo. Quando achava que havia encontrado o limite, ela empurrava mais, com uma ousadia que a assustava e a fascinava.

A dor crescia, mas o êxtase a superava, como se cada nervo de seu corpo cantasse uma ópera proibida. Quanto mais ela cedia, mais queria, e a sensação, indizível, escapava às palavras, como se tentar descrevê-la fosse um sacrilégio.

Seus dedos, agora aliados, dançavam na gruta sagrada, úmida, ansiosa, e o ritmo de seus movimentos era uma coreografia de danação. O orgasmo, quando veio, foi um maremoto, arrebatador, que a fez arquear o corpo e soltar um gemido que era metade súplica, metade vitória. Seu corpo tremia, e com o êxtase veio uma certeza, tão clara quanto assustadora: ela não podia parar. Havia um próximo estágio, um abismo ainda mais fundo, e ela, como uma náufraga que abraça o mar, sabia que iria mergulhar.

— E agora, Soninha? — cochichou, a voz rouca, os olhos fixos no teto, como se buscasse um sinal que não viria. — Até onde você vai?

O silêncio da sala era um juiz mudo, e o peso daquele desejo, agora incontrolável, parecia sussurrar que o próximo passo seria o mais profano de todos.

O crepúsculo já se desfazia em sombras quando Felipe cruzou a porta de casa, e ali, como uma visão que misturava o céu e o inferno, estava Soninha. A camisola negra, um véu de seda quase translúcido, era uma provocação em si, colando-se à pele morena como uma promessa de delito. A lingerie, mínima, de cetim negro, parecia menos uma peça de roupa e mais um segredo que guardava os mistérios mais recônditos de seu corpo. Os quadris, opulentos, desenhavam curvas que desafiavam a moral, e os seios, plenos, erguiam-se sob o tecido com uma arrogância que era ao mesmo tempo santa e pecadora. Ela estava vestida para o pecado, como se o próprio diabo tivesse escolhido cada detalhe para arrancar a alma de quem a olhasse.

Seus olhos se encontraram, e o ar entre eles se tornou denso, elétrico, como se o próprio tempo soubesse que ali se tramava uma tragédia de desejo. Soninha se aproximou, lenta, os lábios entreabertos num sorriso que era convite e armadilha. Seus beijos, leves a princípio, eram carícias que queimavam, e ela, com uma ousadia que parecia ensaiada, roçou o corpo no dele, vandalizando qualquer resquício de decoro. O calor de sua pele, o roçar da seda, era uma profanação, e Felipe, com os olhos famintos, sentia o sangue pulsar como um tambor pagão.

— Felipe... — A voz dela, rouca, cortou o silêncio, carregada de uma ambiguidade que era súplica e desafio. — Você quer?

Ele engoliu em seco, os olhos presos nos dela, onde o proibido dançava como uma chama.

— Quero o quê, mãe? — perguntou, a voz trêmula, mas já sabendo a resposta, como se o próprio diabo a tivesse sussurrado em seu ouvido.

Soninha sorriu, um sorriso torto, de anjo caído, e se aproximou mais, o corpo tão perto que ele podia sentir o calor do altar dos prazeres, quente, úmido, contra seu torso.

— Aquilo que você sonha, que suplica nas noites de febre — murmurou ela, os olhos semicerrados, como se confessasse um pecado que ainda não cometera. — A outra entrada... o limiar proibido.

A oferta o atingiu como um raio, e Felipe ficou paralisado, a boca entreaberta, os olhos esbugalhados, como se tivesse visto o próprio abismo abrir-se à sua frente. Ela, vendo o efeito, sorriu ainda mais, sabendo que provocara algo tão intenso quanto o delito que pairava entre eles.

— Sim, mamãe — disse ele, e a palavra “mamãe”, dita naquele tom devasso, era uma chave que abria todas as portas do inferno que era o corpo dela. — Eu quero. Quero você toda, assim, desse jeito.

Com um ímpeto que era metade paixão, metade desespero, ele a tomou nos braços, levantando-a do chão. As pernas dela, longas, envolveram-no como uma serpente, e ele sentiu, contra seu corpo, o cálice ardente, úmido, uma promessa que o fazia oscilar entre a adoração e a danação. Suas mãos, firmes, seguraram-na pelas nádegas, redondas, insolentes, e os braços dela enlaçaram seu pescoço, puxando-o para um beijo que era tudo: lábios, língua, dentes, saliva, um ritual de amor e perdição.

Os dedos dele, ousados, roçaram, por cima do tecido fino da calcinha, o portal secreto, o limiar proibido que ela oferecera. Soninha gemeu, um som que era antecipação e entrega, e o quarto, para onde ele a carregava, parecia um altar onde o sacrifício seria consumado.

Soninha e Felipe, mãe e filho, desfizeram-se de suas vestes como quem abandona a última barreira antes do abismo. A camisola negra dela, um véu de seda que prometia danação, e as roupas dele, descartadas com a urgência de um ritual pagão, caíram ao chão, testemunhas mudas de uma entrega que nenhum dos dois ousava nomear. Seus beijos, famintos, eram uma troca de saliva e promessas, e os abraços, afoitos, pareciam querer fundir seus corpos num só.

Num instante de pausa, Soninha, com um brilho malicioso nos olhos, recuou-o com um gesto que era ao mesmo tempo comando e súplica. Deitou-se na cama, de bruços, o rosto semi-enterrado no colchão, um travesseiro erguendo seus quadris como uma oferenda. Seu corpo, moreno, reluzia sob a luz fraca, as nádegas, redondas, insolentes, expostas como um desafio ao decoro. Ela virou o rosto, e o sorriso que lançou a Felipe era uma flecha envenenada, pois via, com deleite pecaminoso, o cetro da paixão dele, ereto, pulsante, pronto para a batalha que ambos desejavam e temiam.

Com as mãos, ela abriu as nádegas, revelando o limiar proibido, e sua voz, rouca, cortou o silêncio como uma lâmina:— Vem, Felipe... Me faz tua puta.

As palavras eram um convite e uma sentença, e Felipe, com uma reverência que não escondia a voracidade, inclinou-se sobre ela. O cetro da paixão, como a lança de um cavaleiro numa justa profana, tocou o portal secreto, e Soninha gemeu, um som que era dor e delícia. Ele forçou, lento a princípio, e o gemido dela se misturou ao dele, um coro de perdição. A dor veio, aguda, mas era uma dor que prometia êxtase, e ela, rebolando com uma ousadia que a assustava, incendiava o prazer dele.— Sua cadela... — murmurou ele, e a palavra, crua, soava como uma injúria sussurrada num beco de meretrizes.

— Sua vaca...

Soninha, com os olhos semicerrados, contraiu e expandiu o limiar proibido, um anel de carne que parecia dançar com ele: contraía quando ele empurrava, relaxava quando ele recuava, guiando-o, empalando-a. Cada centímetro era uma invasão que queimava suas entranhas, um fogo que era dor, sofreguidão e um prazer indizível.

— Mais... — exigiu ela, a voz não mais um pedido, mas uma ordem, como se o próprio diabo falasse por sua boca. — Mete mais! Mete tudo!

Felipe, num átimo de desespero e desejo, forçou o restante do caminho, e o urro dela rasgou o quarto, os olhos marejados de lágrimas que ele não soube se eram de dor ou êxtase. Por um instante, hesitou, mas o corpo dela, empinando-se ainda mais, era uma resposta clara. Ele continuou, socando com uma força que parecia querer atravessá-la, o ventre dele colado às nádegas dela, os badalos chocando-se contra o cálice ardente, úmido, que escorria prazeres inconfessos.— Mãe... — gemeu ele, como se tentasse se salvar, mas ela, com um sorriso de anjo caído, empinava mais, oferecendo-se além do possível, pedindo mais com gemidos que misturavam súplica e triunfo.

E então, num arquear de corpos, numa sinfonia de gemidos, explodiram juntos, como se o próprio inferno tivesse aberto suas portas. O êxtase, avassalador, era uma lava que, ao contrário dos vulcões, escorria para dentro dela, quente, forte, cada jato arrancando arrepios e um sorriso que era vitória e condenação. Beijaram-se, lábios, língua, dentes, um beijo que selava o que haviam feito, e ela, sodomizada, empalada, sentia-se completa, como se o pecado fosse, enfim, sua redenção.

Mas o desejo não se aquietava. Soninha, com o limiar proibido ainda pulsando, mordiscava o cetro da paixão com seu anel de carne, e cada contração arrancava dele um gemido que era rendição.

— Até onde, mãe? — murmurou ele, a voz rouca, os olhos fixos nos dela, como se buscasse uma resposta que ambos temiam.

Ela não respondeu, mas o sorriso torto, malicioso, dizia que o abismo ainda tinha mais a oferecer.

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