Alguns pedidos muito especiais [Republicação]

Um conto erótico de RobertoC
Categoria: Grupal
Contém 7171 palavras
Data: 07/06/2025 21:27:39

Sandra, 34 anos, separada e independente, era a lascívia em pessoa. Sua energia sexual era estrondosa, mesmo estando ela camuflada sob uma pele sedosa de mulher branca e inteligente. Quantas vezes rimos juntos à luz do vinho, ela me contando suas peripécias sexuais com rapazes mais novos, seu fetiche favorito... e nos entregávamos às mãos, lábios, orelhas, seios, pélvis e pênis alheios. Sempre trocávamos confidências, relatávamos nossas aventuras e desventuras. E imaginávamos, e como imaginávamos, futuras odisseias.

Nossas conversas frequentemente nos levavam pra cama. Mil passeios pelo seu corpo, levemente bronzeado. Várias voltas em torno de sua tatuagem na altura do cóxis. Tatuagem que eu sabia que fôra beijada indistintamente por garotos e garotas outras 235 vezes, pelo menos. Infinitas paradas obrigatórias nos seus joelhos. Roçar de pele contra os curtos e dourados pêlos do seu tornozelo. Uma massagem nos seus pés. Leves dentadas nos dedinhos. Um caminho de volta. Cada vez mais lento, sobretudo ao perambular pelas coxas. Fechava os olhos, me deliciava em sua pélvis, que exibia uma pelugem rala e bonita. Coçava meu queixo. Olhava em seus olhos. Retribuia seu sorriso maroto e malicioso. Descia com meu rosto, mas continuava a olhá-la fixamente. Sentia suas coxas se afastarem e seus joelhos subirem. Era o prenúncio de que Sandra iria me prender com eles. Me envolver e me obrigar a lhe dar prazer. E eu, sem pestanejar, sem esperar por um pedido que sei que não viria, pois ela simplesmente ordenaria, beijava sua xana. Sentia minha língua explorar cada centímetro, cada milímetro. Explorava seu clitóris. Ia mais fundo, até onde ia, e ao retornar, pressionava só com a ponta da língua. Descia com ela em seu períneo. Sentia seu corpo tremer nessa hora. Tocava quase seu rabinho, e retornava, como quem volta pedindo mais. Sandra me puxava os cabelos, me arranhava às costas. Conforme ia sentindo tesão, me prendia mais, querendo me sufocar mesmo. Fazia com que nos virássemos. A princípio de lado, até ela ficar totalmente por cima. Mas me mantinha amarrado por suas coxas. Me arranhava forte. Cravava as unhas. Apertava as coxas no meu rosto. Rebolava na minha boca. E como rebolava... às vezes sem o menor ritmo, apenas frenesi. E, quando dava uma parada, era o sinal: soltava. Liberava. Rosnava. Gozava. Intensamente. Abundantemente. Eu amava.

Caida de lado, se recompunha, ofegante. Suava. Nos beijávamos, e o jogo recomeçava. Eu beijava sua boca, fazendo-a sentir seu gosto. Lambia sua face. Subia em seu corpo, e brincava em seus seios. Eu estava rijo, e mirava seu rosto. Sentia suas mãos em mim. Nas costas, nas coxas e sobretudo nele, que estava ereto, olhando pro teto. E Sandra o beijava suavemente. Encostava apenas com os lábios nele, sem abrir a boca a princípio. Depois, brincava com a glande, tocava-o com a ponta da língua, até se apoderar dele todo. Eu, de joelhos em frente a seu rosto, tinha minhas mãos na cama. Ela não queria que eu a tocasse nessa hora. Tinha que ficar estático, e apenas receber seu carinho. Mas ela tinha as mãos liberadas pra onde quisesse ir. E quase sempre nessas horas a sentia subir em minhas coxas, por trás, na bunda. A tentação de segurar seu rosto era enorme, mas me continha. Sabia que isso era o que mais lhe dava prazer: sentir que, mesmo aparentemente sendo dominada, estava dominando. Sandra era uma mulher decidida. A ter prazer, principalmente. E quando eu estava quase chegando, sentia sua boca me engolir inteiro. Nesses momentos, quase sempre eu me esquecia de suas regras, e a agarrava. Segurava forte seus cabelos. Seu rosto. Sua nuca. Seus ombros, e a puxava pra mim. Gozava em sua boca. Jorrava. Batia com ele em sua face. Melava seu rosto. Ela amava.

Exaustos da primeira série de leves prazeres, ficávamos ali, levemente suados na cama, sentados ou simplesmente deitados. E foi num destes momentos intermediários entre os leves e mais fortes prazeres, após os quais ficávamos realmente suados e molhados, que Sandra e eu conversamos sobre algumas fantasias dela. Há tempos que vinha alimentando o desejo de descobertas. É certo que suas noitadas e baladas eram frequentes. Saía com os rapazes de 20 e poucos anos e roubava-lhes um pouco de sua virilidade a cada encontro. Roubava também a sedução das garotas, que muitos destes mesmos rapazes achavam que tinham direito. E era por isso que Sandra também ficava com as garotas de vez enquando. Sua energia sexual era intensa o suficiente pra romper fronteiras. Mas, de uma coisa Sandra ainda se queixava: ao invés de rompê-las, queria uni-las, ao menos uma vez.

– Alex, sabe o Igor e a Cris?

– Sim. O que tem eles?

– Me convidaram para ir com eles para a praia. A gente já tava combinando há um tempo, e vai ser daqui a duas semanas. Está a fim de ir? Topamos rachar a pousada a três, mas se tu estiver a fim de ir, a gente divide a quatro, que tal? Eu já tinha perguntado a eles sobre você, e eles toparam.

– Pô, um convite destes. Claro que estou a fim! Eu também gosto deles, vai ser muito divertido.

– Se vai, Alex! ...sabe... eu queria te contar uma coisa...

Já sabia o que Sandra tinha para me contar, mas dei uma de migué e fiquei ouvindo. Claro que tinha a ver com o Igor, com o qual, aliás, ela já havia saído. E mais de uma vez. Eu sabia da história por outras fontes, mas fiquei obviamente excitado em saber que finalmente ela iria me dizer. Na verdade, sempre ela me dizia as coisas, mais cedo ou mais tarde, pois tinha enorme confiança em mim. E não era para menos, pois eu também lhe contava coisas do arco da velha. Éramos cúmplices, inegavelmente.

– Eu e a Cris combinamos de dividir o Igor, sem ele saber. Vai ser o aniversário dele, já sabe, né? E ela quer dar um presente inesquecível...rs.... Já está tudo combinado. E queremos sua ajuda para enfeitar o bolo, topa?

Gelei. De excitação, claro. Embora Sandra saiba que eu sou louco por uma orgia, nunca imaginei que um dia ela fosse me propor um ménage a quatre. Ao menos, eu imaginava que seria um ménage a quatre.

– Quero que vc nos filme trepando, Alex!

Bom, de qualquer forma, eu participaria de um ménage a trois. Mas eu assistiria de camarote, oras.

– Pô, Sandrinha...

– Ah, Alê... você sabe que, com você e ele numa mesma cama, nós duas optamos por ele, ne? Nem tem conversa...além disso, o presente é pra ele, e você vai ser importante nessas horas...

De fato, Igor era um deus grego. Mais precisamente, espartano e dionisíaco ao mesmo tempo. Primeiro na forma, sarado, malhado, todo definido. Disciplinado, decidido, auto-confiante. E, obviamente, bem exibido. Ao menos, tinha o que exibir. E a mulherada vivia dando em cima, o que nos leva pra segunda característica: Igor conseguia também ser muito baladeiro, resistente a várias doses de cerveja, e mesmo assim, segundo diziam as garotas, bom de cama depois. Em suma, o cara era show. E dono de um membro de ouro, 20 centímetros de pura sacanagem. Aliás, 20 também era sua idade, o que fazia com que os olhinhos esverdeados da Sandra faiscasem. Esses detalhes todos eu fiquei sabendo por ela, que só recorria a fontes primárias.

– Topa ou não topa? Se topar, vai ser nessas condições... Eu te convidei porque o Igor imagina que eu e você somos namoradinhos... Assim ele não desconfia... ou desconfia menos, talvez...rs... mas enfim, está a fim? Diz que sim, vai...

– Ah, Sandra... claro que vou... você sabe que eu morro de tesão nessas suas histórias... finalmente vou participar de uma delas...

Sandra me calava a boca com seu beijo tórrido. Cheirava a lascívia, mais uma vez. Selava nossa cumplicidade, assim como as lambidas nos rostos firmavam um pacto de silêncio. Nossos corpos se reaproximavam, e mais uma vez nos entregávamos a Dionísio. Aquela conversa entre um tempo e outro havia nos dado um prazer indescritível. Trepamos a madrugada inteira. E ainda sobrou fôlego pra manhã. O gás era dado pela expectativa da viagem. Foi o que nos fez ficar acordados a noite inteira: imaginar mil histórias, mil posições, mil bocas e seios e pernas e coxas e tórax e pênis...

Pulo a narrativa pra viagem. Mais precisamente, para razoavelmente aconchegante pousada na Ilha do Mel. Estaríamos, por dois dias, pelo menos, isolados do mundo. Separados geográfica, temporal e, digamos, moralmente. A viagem fora quase um martírio, ao menos para três de nós, pois para o Igor seria apenas mais um final de semana legal, ainda que obviamente regado a cerveja e fodas, mas dentro dos padrões, ou seja, com a Cris, num quarto separado do nosso, como dois bons casalzinhos de amigos.

Por falar em Cris, vou descrevê-la. É uma ninfetinha. Com seus 19 aninhos, muito bem vividos por sinal. Cabelos e olhos pretos, bem pretos, e pele morena, entre jambo e morena clara. O piercing no umbiguinho denunciava uma postura aventureira, assim como as duas tatuagens pequenas nas costas e outra, que só veríamos mais tarde, perto da virilha. Estavam juntos há alguns meses, ela e Igor, mas não assumiam nada formalmente. E minhas desconfianças de que Cris já tivesse tido um casinho com Sandra se confirmariam depois.

Bom, na primeira manhã, foi aquela história de sempre, desfazer as malas, tomar banho, dormir um bocadinho, andar na praia, almoçar, etc. O barato viria mesmo de tarde. Caía uma chuva fraca. Um dia mesmo melancólico visto de fora. Mas naquela casinha a coisa estava tomando um rumo bem diferente. Sentados no chão, bebendo vinho, ouvindo música. Eu e Sandra num canto da sala, os dois próximos, mas na outra parede. Roupas simples e curtas. As da Sandra, mais curtas ainda. Cris estava com uma miniblusa e uma sainha, e sem calcinha, como fazia questão de me mostrar discretamente. Sandra também de miniblusa, mas só com um shortinho de algodão, bem macio por sinal. Também fazia questão de sinalizar que estava bem à vontade pro Igor, que entre uma conversa e outra, uma risada e outra e uma desconversada e outra, lhes dirigia seus pequenos e furtivos olhares. Eu percebia o jogo de olhares da Sandra e do Igor. Mesmo sabendo que se tratava de algo previamente combinado, o clima do momento era para lá de excitante. Justamente por saber que o Igor nada desconfiava do plano. É que seu excesso de autoconfiança ao retribuir os olhares que Sandra lhe dirigia confirmava sua fama de garanhão. E os olhares discretos mas certeiros dela só eram interrompidos por ela mesma pelos nossos beijos, cada vez mais mal-intencionados...

Continuávamos ali sentados, rindo pra dedéu. Os efeitos daquela languidez não se fariam demorar. Aquele frescor de pele contra pele, as bocas secas e sedentas de água e o que mais pudesse vir, o vinho tinto no chão meio bagunçado, as pernas e tornozelos roliços das duas perigosíssimas ali sentadas, os pés deslizando pra frente e se retraindo, tudo aquilo era um convite à luxúria. E ela viria de várias formas: tanto pelos beijos cada vez mais ousados que cada casal trocava entre si, como pelos risinhos cúmplices entre as duas. Eu também encarava às vezes o Igor, e ríamos junto com elas. Num instante, a Sandra se levanta e me puxa pra cozinha. Segurou meu pau, que estava uma barra de aço, por sobre o calção. Apalpei suas costas, sua bunda... subia com minha mão por dentro de sua miniblusa e brincava com seus seios. Minha outra mão deslizava de baixo pra cima por suas coxas, e encontrava seu sexo úmido e quente. Aquela bolinação toda tinha um propósito, aliás, dois: dar prazer, obviamente, mas também dar um tempo pra Cris entrar em ação e ambas concretizarem seu desejo. Sussurrávamos:

– Alê...

– Diga...

– Vai rolar...rs...

– Eu sei...rs... que horas?

– Daqui a pouco...vem, me chupa um pouco antes, vai...

Sandra sentou-se numa cadeira, de frente pra mim. Abriu suas coxas pro meu rosto. Caí de boca. Senti seu gemido de alívio. E fora bastante alto. Queria ser ouvida. Queria imprimir na atmosfera o próprio “clima”. Melhor, queria personificar “o clima” em si. Como se precisasse. Ouvíamos murmúrios vindos da sala também, e eram do Igor. Sandra não aguentou muito tempo as minhas carícias, e logo me puxou para ser beijada, e sussurrar-me:

– Alê, prepare a câmera, mas fique aqui ainda... só venha até a sala quando eu chamar, ok?

– Ok.

Puxei-a e lasquei-lhe um beijo bem molhado, daqueles bem sacanas, de melar o rosto todo. A volúpia é contagiante. Desejava o desejo dela. Queria sentir também o que ela sentiria. Mas, naquele momento, limitei-me a segui-la com meus olhos. Vi o movimento de seus braços se livrando da miniblusa. Seu dorso se contorcendo. Suas nádegas durinhas se movimentando sinuosamente. Seu andar na ponta dos pés, até desaparecer na penunbra da sala.

Quando ela sumiu, foram os 3 minutos mais seculares que já vivi. Principalmente após as risadinhas altas e o provável espanto do Igor.. um “parabéns à você” no estilo sussurrante Marylin Monroe fechou a “cena sonora”. Mas essa pausa valeu à pena, pois quando ouvi um “Alex” vindo da sala, ao passar pela porta, segurando a câmera, a cena era simplesmente linda: os três deitados no colchão de casal ao chão, o Igor, totalmente pelado, no meio das duas. Seu pau estava sendo sorvido ávidamente por elas, que se revezavam, camaradas, cúmplices, solidárias. A cada empréstimo, um sorriso malicioso. As duas também se beijavam, e muito. Eram beijos de estalo de língua, sonoros.

Sandra olhava para mim quando recebia aquele pau, e fazia questão de mostrar o quanto estava feliz, exibindo-me aqueles dentes lindos naquela boca lambuzada. A Cris, com quem eu tinha pouca intimidade, repetia seus gestos, quebrando de vez a pouca formalidade que havia entre nós. Elas queriam ser vistas pela câmera também, registrar o momento, fingir 15 minutos de fama sendo atrizes pornô. O Igor não se aguentava de tanto tesão. Às vezes massageava os cabelos delas, às vezes os segurava com certa força. Só mesmo por um cara como ele a Sandra iria consentir em ser dominada. Na verdade, nem era muito questão de consentir, pois isso ela fazia comigo. Era simplesmente se entregar a ele, deixar-se levar completamente.

Cheguei bem pertinho dos três. Não me aguentava mais, mas queria fazer um bom trabalho. Me contentava em registrar a cena para a posteridade... e assim ia eu pensando, quando senti a mão da Cris no meu pescoço, alisando suavemente a ponta das unhas no meu tórax, e sussurando em meu ouvido:

– Chupa também, Alê...está afim? Eu seguro a câmera pra vc, vai lá...

Aquela frase marcaria um “antes” e um “depois” naquela história toda. A voz macia da Cris, seu corpinho de ninfeta, seu jeito de menina, fazendo-me um pedido como aquele, só podia dar numa coisa: num beijo. Um beijo maliciosamente bom. Sacanamente suave. Cheio de terceiras intenções.

Igor não se mexia, apenas olhava pra mim, para Cris, dava uma risadinha de canto da boca, e me convidava. O mesmo fazia a Sandra. Aqueles 20 centímetros ali parados, mirando o teto, com aquelas veias coloridas de baton, cheio de virilidade, me fazendo salivar... caí de boca. Cris se afastou um pouco, e ocupei seu lugar ao lado da Sandra. Eu, um homem de 38 anos, estava lá chupando toda a potência daquele rapaz mais novo e sendo filmado fazendo aquilo. Sandra e eu mos beijávamos entre um boquete e outro. E esses sim, eram beijos prá lá de lascivos. Beiravam o obsceno, se é que esta palavra ainda cabe aqui neste texto. Mas era o obsceno tornado prazeroso, violentamente prazeroso, como eu imaginava que seria. Sentir o gosto do Igor era um tesão. Saber que aquele gosto já fôra provado por tantas garotas era melhor ainda. Imaginei as tantas vezes que o Igor saia das festas acompanhado, dando uma carona pra garota que beijara antes na pista de dança. Sentia as mãos da Sandra sobre as minhas, que segurava e bolinava o membro do Igor. Alternava entre ele e os dedos dela. Minha boca também se dividia entre ambos. Quando ela o retornava pra mim, tirando-o de sua boca, fazia questão de simular um beijinho inocente nele, percorrendo aquele pau de cima a baixo. E guiava-o diretamente pra mim. Às vezes segurava minha cabeça contra ele, apertando-me, unindo-me a ele, fazendo-me engoli-lo quase. Eu repetia o gesto, e, ao “forçá-la” e empurra-la pelos cabelos, mais uma vez, Sandra permitia ser dominada por mim. Na verdade, o tesão dela era todo por ele, mas pouco importava isso naquele momento. Outras vezes ela o segurava e batia com ele em meu rosto, em minha boca. Desta vez, era eu quem repetia o gesto há pouco feito pela Sandra, de simular um beijinho, pretexto pra suga-lo de cima a baixo e de baixo acima.

Enquanto isso, senti as mãos da Cris em meu corpo, apalpando meu calção, abrindo meu zíper, alisando meu membro, chupando-o. Queria segurar a cabeça da Cris, mas minhas mãos estavam ocupadas, seja deslizando pelas coxas duras do Igor, seja guiando aquela verdadeira tora pra Sandrinha. Eu não aguentava mais, estava pra explodir. Igor idem. Decidimos segurar um pouco, e inverter as posições. Puxei a Cris, que a esta altura, fixou a câmera num tripé no canto da sala, e caiu de vez na festinha. Queria chupá-la, e a pus de quatro na frente do meu rosto. Ela apoiou-se no sofá, mas logo vi que queria mesmo era sentar-se na minha cara. E foi o que fez. Talvez sob a inspiração de Sandra, que adorava este tipo de coisa. Cris rebolava em meu rosto, na minha boca, no meu ombro. Segurava minha cabeça com força, fincava suas unhas de forma selvagem.

Sandra e Igor, no outro canto da sala, estavam num momento diferente da trepada: ela de bruços pra ele, rebolando muito e se abrindo muito pra recebê-lo. Ele, com os joelhos dobrados pra frente, sem tocá-los no chão. Segurava com força os quadris dela, que estava de quatro, mas não naquela pose clássica "de quatro". Ela estava era meio deitada, com as pernas mais pra trás, afastadas uma da outra, e os braços bem pra frente, quase abertos totalmente. Um travesseiro cobria seus braços, e sua cabeça se enfiava nele. Provavelmente o estava mordendo também...

Olhei pra Cris e pedi que ela me beijasse. Ela veio, e ao ficar cara a cara comigo, e seu corpo junto ao meu, senti seu sexo quente e úmido tocar minha pelvis. Sua perna me envolvia, mas me dizia que não queria ser penetrada por mim, ao menos naquele momento. Eu também não queria nada pra já, mas dar tempo e fazer outras coisas que sempre senti tesão. E uma delas era chupar a Sandra naquela posição, ou seja, enquanto dava pro Igor.

Soltei-me um pouco da Cris, que voltou a me chupar, e me posicionei embaixo da Sandra, que deu o sinal verde ao suspirar aliviadamente quanto toquei seu sexo com minha boca. Era uma sensação indescritível. O membro duro e rijo do Igor invadindo aquela xaninha; minha língua dando pinceladas nela, e às vezes nele também; a Sandra rebolando com força no meu rosto, me pressionando e me fazendo sentir que estava sendo preenchida. E estava sendo decidida e virilmente preenchida. Igor era determinado, mas não tinha pressa. Segurava-a pelos quadris, com ligeira força. Beijava e mordia suas costas. Se insinuava pra ela. Afastava as coxas dela com seus joelhos. Fincava os punhos na cama. Jogava seu corpo contra o dela. Ele era novinho mas sabia o que estava fazendo. Eu, embaixo, sentindo toda a pressão. Eu mesmo segurava a Sandra pelos quadris, e a ajudava a se movimentar em minha boca e no pau do Igor. No que ele entrava e saia, ainda sem muita profundidade, escapou dela um pouco e veio parar na minha boca. Não me fiz de rogado, abocanhei-o e mordisquei-o levemente. Sandra reclamava, e eu punha-o dentro de si novamente.

Igor, sem vacilar, agora dava mostras de que queria dominar de vez a situação. Posicionou-se com firmeza por trás da Sandra. Segurou-lhe os quadris. Recostou seu torax em suas costas, puxando-a pra si. E penetrou-a com decisão. Sandra soltou alguns gemidos, mas não eram gemidos quaisquer: eram aqueles típicos de alívio num som mais alto, um “Ahhhhhhhhh!”, confundível com “Aii” às vezes, e um chiado gostoso, “Shhhhhhhhhh”, este pronunciado sempre que ele recuava. Ele voltou à carga, e aqueles 20 centímetros sumiram completamente dentro dela, que rebolava freneticamente na minha boca. A sensação de chupá-la tendo por trás de seu clitóris aquele membro rijo era fascinante. Um membro que deslizava. Guiava-se, sinuosa mas decisidamente. E, após estas estocadas iniciais, Igor começou a bombar pra valer. Agora já não era mais possível eu simplesmente chupá-la como vinha fazendo, tão fortes eram as bombadas e estocadas. O ritmo era frenético, mas cadenciado, não fosse os movimentos circulares com os quadris que a Sandra fazia de vez enquando. Enquanto isso, a Cris se tocava olhando nós tres ali no colchão e me masturbando ao mesmo tempo. Ao menos naquele momento, a festa era nossa. Ou melhor, dos dois que estavam acima de mim. Sandra gozava em minha boca, e seu gozo era explosivo. A cada vez que gozava, ela me prendia, me sufocava. O Igor começou a sacar isso, e dava uma força. Eu sentia os dois, e numa destas pressionadas mútuas eu gozei com a punheta forte que Cris tocava em mim, fazendo minha porra voar para todo lado... Igor sentiu que vinha também, e começou a bombar com velocidade maior. Às vezes, de tão lubrificados que estavam, Igor escapava dela e ia ou pra cima ou pra baixo, ou seja, pra minha boca. E foi numa destas que ele veio com tudo, soltando aquele “Ahhhhhhhh Shhhhhhh!” de alívio e tesão. Mal terminou, era a vez da Sandrinha, que ensandecida, gritava e xingava alto.

Sandra e Igor respiravam ofegantes, deitados naquele colchão no meio da sala. Eu e Cris, nas almofadas, um pouco afastados do colchão, nos beijávamos suavemente. Mãos, suadas. Cabelos, suados. Peles, úmidas. Limitávamos a curtir aquele momento de refrega. Minhas mãos deslisavam pela Cris. Em suas costas, seios e nuca. Nas coxas, nos joelhos. Ela me sorria e olhava de canto de olho para o outro casal. Intencionalmente, pra que eu lhes virasse o olhar também.

Era quase penumbra naquela sala. Não sabíamos que horas eram. Víamos apenas a silhueta e algumas partes mais detalhadas das longas e insinuantes pernas da Sandra sobre o corpo suado do Igor. Um joelho que roçava seu tórax. Um dedinho que passeava na pélvis. Eu e Cris, sentados junto à parede, víamos aquele casal exausto no chão. Parecia um outro casal, se não fosse o fato da Sandra ser minha amiga colorida, e do Igor ser o namorado da Cris.

Embora tivéssemos uma relação aberta, e curtíssemos aventuras tresloucadas, diálogos insinuantes, risinhos provocantes, sabíamos que naquela noite uma tênue barreira havia sido quebrada. Os beijos que a Cris me dava denunciavam isso: eram leves roçar de boca contra boca, seguidos da ponta de sua língua nos meus lábios. Quando eu teimava em dar-lhe um beijo “normal”, ela se afastava, marotamente sorridente. Reaproximava seu rosto do meu, e mais uma vez fugia. Na sequência, selvagemente, punha sua língua inteira na minha boca. Se enroscava com a minha língua. Eu lambia depois seu rosto melado, restinho do Igor nos lados. Era o prenúncio de que agora ela receberia minha investida. Ela se deixava invadir. Eu a invadia. Roçava sua língua. Puxava-a pra minha boca. Chupava-a. Ouviam-se os estalos de nossas línguas pela sala. Aquele gosto de sexo. Cheiro de volúpia. Cores de sacanagem. Lambia novamente seu rosto. Mordiscava sua nuca, suavemente. Fazia-a sentir apenas um leve roçar dos meus lábios no seu pescoço. Encobria seu seio. Brincava com seus biquinhos, até então mornos. Bastou um leve toque e eles já espetavam a palma da minha mão. Senti sua pele eriçar-se, como se estivesse passando frio. Ela me sussurra:

– Alê, me chupa vai...como você faz com a Sandra...

Embora falasse razoavelmente baixo ao meu ouvido, os dois ouviram, deram risadinhas cúmplices, coxixaram algo. De relance, vi a Sandra reanimando o Igor, brincando com seu falo descomunal.

O pedido de Cris foi retribuido com um longo beijo. Voltei a ver seu sorriso maroto. Aquele sorriso, naquela situação, ficaria na minha retina. Aquela garota linda, com seus cabelos pretos, curtos, desajeitados, sua pele morena, sua face lambida, me sorrindo e me olhando quase obscenamente... fui descendo e beijando cada parte de seu corpo. Brinquei com seu piercing. Ela se remexia. Segurava minha cabeça e me guiava para sua xana. Abria suas pernas e me fazia entender o quanto estava disposta a ter aquele prazer.

O gosto da Cris era maravilhoso, suave, levemente doce. Sentada na minha frente, no chão, se apoiava com o cotovelo do braço direito. Com a outra mão, alisava minha cabeça. passeava com a ponta dos dedos na minha nuca. Eu alisava suas coxas, lindas coxas. Beijava seu sexo, excitado com tudo aquilo que presenciara. Aproximei-me mais de sua xana, e passeei por seus lábios rosados. Alcançei seu períneo. Ela praticamente se deita no chão e imediatamente se vira, ficando por cima de mim. Estava bancando a dominadora. Inspirada pela Sandra, acho eu. Resolve levantar-se um pouco, e fica com os joelhos dobrados, como que sentada, rebolando em minha boca. Fico excitado só de lembrar-me daquela imagem de garota gemendo e se contorcendo sobre minha boca. Quase que querendo entrar por ela. Movia-se lentamente. Após algumas lambidas mais pronunciadas, verdadeiros chupões em seu grelinho, Cris já não se reconhecia mais. Me arranhava. Me prendia. Se contorcia. Balbuciava. Estava quase em êxtase.

Mas senti que ela não queria desfalecer ali comigo. Queria, se possível, suspender o tempo naquele instante, num pré-gozo, e, libertando-se da minha boca, foi-se engatinhando para o colchão, na direção do Igor, dizendo:

– Ai, Igão... me come agora seu puto...

Levantei-me pra ver a cena. Cris, com seu jeito de garotinha, andando de quatro no colchão, de costas pra mim, se aproximava do Igor. Ela havia me usado para prepará-la para ele. Este, ainda deitado, virou-se de lado pra recebê-la. Sandra, com os joelhos no chão frio, acariciava aquele membro rijo e duro e olhava fixamente pra Cris, que embora estivesse se dirigindo para o Igor, ao se aproximar dele vira-se para a amiga e ambas se entretêm num beijo bem sonoro. Iam descendo o rosto sem se desgrudarem uma da outra, até que chegam à glande latejante daquele guerreiro insone. Repetiam a cena da velinha de aniversário que protagonizaram ainda há pouco, mas agora noutro contexto. A espada é que se mantinha tal como antes. Com uma das mãos livres, Igor massageava as coxas e a xaninha da Cris, que, largando aquela tora pra amiga, se posicionou deitada, de ladinho, de costas pro Igor e de frente pra mim. Era segurada firmemente por ele, que tinha seu membro prazeirosamente orientado pela Sandra, guiando-o para a Cris, que se ajustava para ser preenchida.

Foi penetrada em dois precisos e certeiros golpes. Sentiu seu macho inteiro dentro de si. Mordia um dedo ao mesmo tempo. Passava a língua nos lábios e ligeiramente mordia-os. Voltava a abocanhar seu dedo. Com a outra mão, por trás, aproximava o corpão dele de si. Queria tê-lo completamente. Uma nova investida dele, e uma nova parada. Gemidos. Gritinhos. Soluços. Cris, que o recebera completamente preparada, não sentia dor alguma. Igor, que fora lambido sabiamente por Sandra, não recebera resistência alguma de sua fêmea. Entrou sem pedir licença. Seguro. Determinado. Destemido. Viril. Segurava sua garota e metia com vontade. Bombava. Cris, languidamente, se contornava na pélvis dura dele, e roçava com força sua perna na dele.

Minha vontade era cair de boca na xana preenchida e desprotegida da Cris. Fazê-la sentir o que a Sandra sentira. Mas não deu tempo: a própria resolveu realizar o meu desejo em proveito próprio, e, após uma piscadinha sacana em minha direção, deita-se totalmente no colchão e aproxima-se do meio daquelas coxas. Cris a abraça totalmente, e goza na primeira lambida da Sandra. Sua sorte é ser multiorgasmática, pois mal se ouviu seu alívio, já estava pronta pra outra. Sandra brincava com o membro do Igor. Tirava-o da Cris, chupava com gosto e o devolvia, após os primeiros protestos dela. Mal voltava a encostar aquela glande na entradinha da Cris, Igor se precipitava e, garoto fogoso e voraz, metia com vontade, confortavelmente. Tinha pleno domínio daquela ninfetinha ardorosa, que se abria e se deixava conquistar por aquela espada. Aquele membro super molhado entrava e saia daquele corpinho maravilhoso, cada vez com mais intensidade. Igor não aguentou por muito tempo essa situação, e após umas três investidas destas e inúmeras bombadas intermediárias, inundou as duas gatas em partes diferentes do corpo.

Como sacagem pouca é bobagem, cada vez que Sandra fazia um boquete no Igor, ela vinha pra perto de mim e me beijava, com beijos muito parecidos com os que a Cris me dava. Ao final, fez questão de espalhar tudo o que recebera do Igor no rosto inteiro, no pescoço e nos seios. Ficou agachada na minha frente. Segurei seus joelhos dobrados, lindos, macios, voluptuosos. Beijava e lambia Sandra:

– Tá gostoso, Alê?... sinta o gosto deles, vai...delícia, né?

Não precisava pedir duas vezes. Lambia ávidamente cada centímetro daquela pele branca, irreconhecível após aquele banho de orgia. Lascava-lhe outro beijo. Estalavam-se nossas línguas. Meu membro estava duro como uma pedra, mas sabia que minha hora ainda não era aquela. No entanto, lascivamente, Sandra dedilhava a ponta das unhas nele, de baixo pra cima.

– Alê..., tá pronto pro nosso joguinho, né?

Por mais que a minha relação com Sandra fosse transparente, há inevitavelmente, como em toda relação, um aspecto obscuro, um mistério, um enigma. Aquele tom de voz era bem conhecido. Diferente do seu significado naquele contexto. Cada momento era um chegar ao limite, tateá-lo, transgredi-lo. Abandonar as certezas. Abrir tênues e perigosas cortinas. Quais seriam os planos da Sandrinha pra minha humilde pessoa? Esse tal “joguinho”, eu já o conhecia, ou ela acabara de inventá-lo?

– Qual joguinho... (disse eu, sussurrando e emendando com um) ...tesuda...?

– Alê, você vai ficar na sala, nós três vamos pro quarto. Fique bem comportadinho aqui, viu...?...rs...depois a gente te chama...

– Pô, Sandra... não vai me dizer...jura que vai me deixar nesse estado?

– Se eu te disser, perde a graça...Além disso, sinta-se privilegiado, porque era para você apenas filmar a gente...aliás...a câmera....ah! foda-se agora!...

Voltávamos a nos beijar. Sandra se referia ao principal objetivo da minha presença ali, mas nem se dera mais conta de que a câmera havia sido esquecida no outro canto da sala, e nenhum de nós estava lá preocupado em saber se ela havia ou não registrado todas as nossas loucuras. Na manhã seguinte a gente via isso. Além do mais, naquela penumbra, pouca coisa poderia ser registrada para a posteridade. Vivenciando fugazmente uma orgia. Sem preocupação com nada além do prazer. Do gozo. Da excitação. Moralmente nos reduzimos a animais sexuais, cuja natureza era dar e receber prazer. Hedonistas.

Os dois, já um pouco refeitos do alucinante gozo quase simultâneo, se levantam, convidam a Sandra, que me dá um selinho e um mal intencionado “boa noite, gatinho”. Os três somem no quarto. Ao deitar-me no colchão, sinto-o todo molhado de suor e de sexo. Mas não dou a menor importância. Estávamos os quatro ali numa relação tão intensa, que acho que não apenas eu, mas nenhum de nós podia mais distinguir entre “ar” e “clima”, “água” e “líquido”, “fogo” e “ardência”. Só me importava com o que estava reservado pra mim. Queria ficar ali, e ouvir os sons que viriam do quarto. Esperava ansioso pelo(s) momento(s).

Após alguns minutos de silêncio, quebrados por algumas risadinhas e estalos de língua, ouço um gemido mais agudo. Não conseguia distinguir de quem era. A esse gemido, seguiu-se um gritinho, e um “aaaaaiii” longo e baixo, daqueles ditos em ocasiões muito especiais. Um soquinho na parede do quarto e um ranger de cama, cujo som foi aumentando ao mesmo tempo em que entrava numa alternância. Novos gritinhos. Novos gemidos. Risos. Cama rangendo. Baques surdos na parede. Tapas. Seja lá quem fosse, a garota que metia estava sendo contida pela mão da outra pra não gritar e denunciar a dona da voz. O que não impedia de alguns “aaiiss” serem pronunciados, mas num volume tão baixo que realmente era impossível distinguir.

Em alguns momentos, eu percebia que o ranger da cama tomava outra dimensão, o que significava que estavam fazendo com mais força, mais rapidez. Gemidos interrompidos eram cada vez mais frequentes. Soluços. Novos tapas. Algumas pausas e recomeços.

E eu ali na sala ouvindo tudo aquilo sem fazer nada. A tentação de bater uma era enorme, mas me contive. Queria aproveitar para fazer tudo coletivamente. Fui até a cozinha encher um copo de vinho. Na volta à sala, já não ouço mais aquela trepada fenomenal. Apenas vozes indistintas e alguns estalos de línguas.

Após alguns minutos, intermináveis minutos, ouço a Sandra junto à porta do quarto, dizendo aquele “vem, Alê” tão ansiosamente aguardado. Ao entrar, ela me pára, me manda virar, e, estando eu de costas, põe uma venda em meus olhos.

– Pronto... agora pode entrar.

Junto ao meu ouvido, ela diz:

– Alê, eu e a Cris aguardamos isso há muito tempo... vê se não vá nos decepcionar, ok?

Eu prendia minha respiração, pois não queria deixar passar nenhuma pista, nenhum barulho, por menor que fosse. Tudo estava tão impregnado de luxúria, que o simples toque dela junto à minha mão, para me guiar, me dava arrepios. Me fez ajoelhar junto à beira da cama, e, suavemente, guiou minhas mãos e as fez pousar sobre as coxas duras do Igor.

– Alê...agora, chupa esse pau e tenta descobrir quem ele comeu por último aqui na cama. Ele comeu nós duas, mas a última é a que a gente quer que você descubra. Se você acertar, você escolhe com quem quer ficar. Mas, se perder, vai ter que ver a gente meter, amarrado naquela poltrona...

Gelei! Eu tinha que descobrir qual das duas gatas ele comera “por último”, apenas pelo gosto deixado em sua pica enorme e dura! Sandra era realmente uma mulher imprevisível. E os dois, ao ouvirem as regras ditadas por ela, se manifestam com risadas e beijos provocantes.

E com os olhos vendados, começei bem devagar, praticamente beijando sua glande. Depois, percorri com minha língua toda sua extensão. Aquele pau latejava. Igor gemia. Estava completamente dominado pela situação. Permitia tudo. Estava disposto a tudo. Eu queria lhe dar prazer também, mais do que ganhar o premio. Queria provar aquilo que tanto prazer dera às minhas amiguinhas. Aquele membro rijo e duro na minha boca... eu deslizando nele. Aquele gosto de sacanagem em tudo... ele o usando como um cacetete, isto é, dando leves mas certeiras batidas no meu rosto.

Duvidei que ele tivesse realmente trepado com as duas, pois a Cris acabara de meter com ele na sala. Só se, na sequência, ele tivesse ficado com a Sandra, inicialmente, e depois voltado com a Cris... mas seria assim tão fácil descobrir? Os gostos se misturavam, estava difícil apostar num nome, mas resolvi arriscar mesmo assim.

– Foi a Cris...

– Ih... bobinho... errou feio...foi eu, sua Sandrinha, quem ele arregaçou por último...aliás, Alê, tô toda ardidinha, sabia...!? (disse isso bem ao meu ouvido, sussurrando)

Ah, aquele tom de voz novamente! Sandra já era normalmente o que se pode considerar como uma pessoa insana. Mas, naquela situação, ela era simplesmente demoníaca. Totalmente depravada. Eu teria que ficar com as mãos amarradas pra trás, sentado na poltrona, sem sequer me tocar, e vê-los protagonizar uma verdadeira sessão de sexo a três. Mas receberia alguns premios de consolação, os quais, realmente, não sei se eram piores ou melhores no que diz respeito a aliviar aquele castigo.

Só sei que, ajeitado naquela poltrona, razoavelmente confortável, tinha à minha frente três pessoas lindas, que se entregavam aos mais loucos prazeres. Após alguns minutos nos quais as duas dividiam o Igor, a Cris fica totalmente de quatro, na beira da cama, e implora ser preenchida por ele. Seu desejo é atendido imediatamente. Aquele tesudo segurando-a pelos quadris, e investindo com suavidade, mas com determinação. Como na sala há pouco tempo atrás. Quando notou que sua presença ali era secundária, pois os dois estavam numa sincronia tremenda, Sandra vem até a mim, senta-se no meu colo, deixa meu membro roçar sua pele, e me tasca um beijo como aqueles que demos na sala.

– O gosto dos outros, Alê...rs....

– Delícia, né Sandra?..rs...

– Ai, Alê, eu estou exausta, sabia? O Igor me deixou acabada aqui nesta cama...

Dizia isso e voltava a me beijar. Subia seu corpo e fazia seus seios ficarem na minha frente. Eu os chupava, melados que estavam de tanta entrega, tanta fome, tanta volúpia. Eu ali, amarrado, vendo o Igor segurar com força a Cris e sem poder fazer nada. Pior, tinha a Sandra sentada em meu colo sem poder tocá-la. Mas a visão dela se mexendo em mim valia por todo o resto. É claro que ela se insinuava para mim, e eu já devia estar desconfiado do pedido que me faria:

– Alê, quero que você se deite nesta poltrona, para me chupar bem gostoso.

Com certeza, eu ficaria numa posição um tanto desconfortável, mas não me incomodava com isso. Estava completamente cego naquela situação. Sandra apoiou cada joelho num braço da poltrona, e ficou alta o suficiente para que minha boca pudesse se encaixar em sua xana. Segurou-me pelos cabelos, dominadora. Aproximou seu sexo da minha língua. Não vi mais nada... tomada de intensa luxúria, Sandra fazia movimentos sinuosos com a cintura. Aos poucos, fui percebendo que embora se movimentasse para mim, seus olhares em direção à cama, especialmente ao Igor, não deixavam dúvida de que ela rebolava para ele também. Queria mostrar, como se isso fosse ainda necessário, como ficaria seu corpo encaixado no dele. Ao que tudo indica, essa dança que a Sandra fazia em minha língua deixou o Igor em estado de hiperexcitação. Vê-la assim, de costas para ele, e sendo chupada por outro, ou melhor, sendo preparada para ele, foram o suficiente para que largasse a Cris na cama, minutos após ela ter gozado, e viesse para nós, encenando uma sequência bem conhecida de todos nós: ele penetrando-a por trás, segurando seu quadril, e eu a chupando, toda preenchida por aquele falo maravilhoso. Novas investidas. Novos gritinhos, gemidos, sussurros. Meia dúzia de palavras trocadas ao léu. Balbucias de quem já está em êxtase ininterrupto. Mas o derradeiro gozo ainda estava por vir. Eu é que estava a ponto de explodir, lambendo, mas sem poder tocar naquelas coxas, naquela xana. E ainda por cima vendo o entrar e sair do atlético Igor. Não me continha mais. Não nos contínhamos mais, essa era a verdade. As bombadas do Igor aumentavam cada vez mais em ritmo e intensidade. Gritinhos cada vez mais altos eram ouvidos. Suas mãos me agarravam, não permitindo que eu me afastasse um milímetro de si. Sandra rebolava sem ritmo algum agora. Igor, igualmente, perdia completamente a cadência que tivera com a Cris na sala. Seu ritmo era ditado pela sofreguidão, pelo desejo mais carnal e, portanto, menos ideal possível. Sandra igualmente era conduzida pelo instinto, pela desrazão. Queria Igor dentro de si o máximo de tempo possível. Queria ser alargada por ele, comida por ele, abusada por ele. Também queria compartilhar esse prazer comigo, com um cara disposto a lhe dar prazer sem esperar nada em troca. A cada investida do Igor correspondia uma pélvis feminina – misto de suavidade e dominação - a me espremer contra a poltrona. A cada retirada sua, um certo relaxamento.

Evidentemente, tinha vezes em que a Sandra segurava aquele pau com as coxas, não deixando ser penetrada, mas permitindo que o Igor bombasse suas pernas e, espremido por elas, aproximasse sua glande até minha boca, que a acolhia com total prazer e passividade. Outras vezes, a própria Sandra o segurava com uma de suas mãos, e o guiava até a mim. Os momentos em que Sandra gozara igualmente em minha boca e no Igor eram incontáveis. Eram em geral momentos curtos e intensos. Mas, num destes momentos, Igor, que já vinha segurando há muito tempo, não aguentou, e inundou-nos abundantemente. Sem dó nem piedade. Seguro de si. Urrava. Apertava. Arfava. Jorrava. Com seu membro já começando a declinar, jogou-se na cama.

Em meu rosto mesclavam-se um pouco dos dois. Sentia o gosto forte de Igor, que por sua vez trazia em si um pouco das duas. Sentia também o gosto da lascívia, ou seja, da Sandra, que, ainda com as pernas bambas, foi sentando-se no meu colo e me beijando demoradamente. Seu joelho roçava meu membro, que, de tão duro, de tão latejantemente ansioso, explodira quase que imediatamente. Sandra soltou as amarras das minhas mãos, e eu pude, finalmente, tocar aquele corpo já não mais macio como antes. Lambuzava seu rosto com as mãos, e depois nos beijávamos.

– Ai, que tesão, Alê...obrigado, você foi um anjo...

– Eu fiz por prazer, San...

– Eu sei...rs... (sussurrando ao meu ouvido), amanhã a gente vai repetir tudo de novo, tá? E desta vez, eu quero que você dê prazer ao Igor... quero dizer... diretamente, entende?... Eu e Cris queremos muito ver... você topa? Diz que topa, vai... (e fez aquele sorrisinho maroto que me arrepia só de lembrar).

A volúpia é uma força instintiva da natureza, dominadora, avassaladora. Puro desejo. Respondi que sim, ainda reticente. Somente o dia seguinte poderia dizer se eu realizaria este último pedido da Sandra. No entanto, o que eu mais queria era poder estar nela também, latejar em seu útero, dominá-la completamente. Se ela deixasse, bem entendido.

Estávamos exaustos. Após este breve diálogo, Sandra foi se afastando. Segurou minha mão e levou-me consigo para a cama. Enroscou-se em mim. Ainda levemente ofegantes, lhe acariciava as costas, os seios, a nuca. Beijo tenro e doce. Sandra adormecia. Sem dúvida alguma, cruzamos diversas fronteiras naquela madrugada. No dia seguinte, no banho, Sandra me confessaria estar tendo um caso com Cris há cerca de 3 meses, e o Igor de nada desconfiava. Segredo esse que não me surpreenderia, dada a intimidade das duas manifesta várias vezes na sala e no quarto. E ela e Cris tinha planejado minha participação nessa aventura. Mas isso e outras coisas, eu deixo para o próximo conto...

Naquele momento, eu, na cama compartilhada com outras três pessoas incríveis, só lembrava dos momentos mais intensos já vividos. A manhã seguinte despontava. A chuva fraca do lado de fora prometia não deixar vestígios. Adormeci. Acho.

****

Nota: Esse é uma republicação de um conto que antigamente estava disponível em alguns sites na mas que não é encontrado mais. Não sou o autor original. Só estou republicando. Infelizmente, nunca achei a continuação.

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