Nossas vidas podem mudar de curso quando menos esperamos e isto aconteceu comigo há 1 ano quando, em uma tarde de quinta-feira, eu me aproximei do meu carro que estava estacionado em uma rua do centro da cidade e, enquanto destrancava a porta do mesmo, senti uma arma em minhas costas e ouvi uma voz grossa e abafado falando:
— Não olhe para trás! Abra a porta, destrave a porta traseira e entre no carro. — Sem saber o que estava acontecendo, obedeci e me sentei ao volante enquanto um homem vestindo um moleton preto com um capuz e, sob este capuz uma mascara de lã também preta, se sentou atrás de mim. Eu o olhei pelo retrovisor e pude ver seus olhos azuis que se destacavam naquelas roupas escuras. Pude perceber que tinha a pele branca. Ele falou com aquela voz assustadora:
— Não perca tempo me olhando e dirija rápido. Precisamos sair daqui!
— E para onde vamos? — perguntei enquanto fazia o carro se movimentar.
— Para a sua casa! — Respondeu e eu retruquei:
— Você sabe onde moro?
— Não, mas isto não importa. Tem mais alguém lá?
— Não, eu moro sozinho. — Respondi e ele continuou:
— Ótimo! Isto facilita tudo! — Fiquei preocupado mas naquele momento não havia nada a fazer. Chegamos e ele mandou que eu abrisse a garagem pelo controle remoto. Eu o questionei:
— Como sabe que eu tenho um portão automático?
— Porque eu presto atenção nas coisas. — Me senti um idiota pois o controle estava preso no “quebra-sol” à minha frente. Eu abri o portão e entrei com o carro e ele, prontamente, falou:
— Feche o portão pelo controle, saia do carro calmamente e abra a porta da casa mas não entre - fique parado até eu me aproximar de você. — Obedeci e notei que o bandido era um homem grande, da minha altura mas com braços e pernas mais gossas. Entramos na casa e eu movi meu braço para acender a luz mas ele o segurou, dizendo:
— Não! Deixe apagado por enquanto e, na penumbra da sala, ele trancou a porta e guardou a chave com ele, então me levou até o sofá, me fez sentar e tirou do bolso da blusa uma fita plástica dessas usadas para lacrar objetos. Amarrou minhas mãos e ficou mais calmo. Se levantou e falou:
— Muito bem, que bom que você está cooperando… — Então acendeu a luz da sala e pediu para eu me acalmar.
— Em breve estarei longe daqui e você ainda rirá muito deste incidente. — eu aproveitei que ele estava mais “sociável “ e argumentei:
— Incidente? Você me sequestrou!— E demonstrei que não estava gostando nada do que estava acontecendo. ele então argumentou:
— Eu precisava sair daquele lugar, por causa de um assalto que deu errado e você era minha melhor opção para a fuga. você estava no lugar errado, na hora errada!
— E por quanto tempo você vai ficar aqui? — Perguntei e ele:
— Minha intenção é sair daqui amanhã pela manhã mas vamos aguardar o decorrer da noite, pois podemos receber alguma visita da polícia. — Eu o olhei assustado e ele respondeu, ameaçador:
— E se a polícia se envolver, é bom que você seja muito bonzinho pois eu não tolerarei você tentando me trair! É bom que você se comporte bem... — Ficamos algum tempo sentados na sala em silêncio até que ouvimos um barulho de um carro parando em frente da casa. ele me pegou pelo braço e me ergueu, me levou até próximo da porta da rua e avisou:
— Eu não vou te soltar! Vou abrir a porta e você vai colocar a cabeça para fora e despachar seja lá quem for. Lembre-se que eu tenho uma arma apontada para você e uma bala reservada para quem estiver no caminho! — Este foi um momento de grande terror para mim, pois percebi que ele não estava brincando e que me mataria e outros que estivessem por ali. Então o inevitável aconteceu e bateram à porta. Ele fez um sinal com a cabeça e eu tomei a iniciativa de perguntar:
— Quem está aí?— e uma voz respondeu:
— Sou um oficial da polícia e preciso fazer algumas perguntas. — O bandido fez um sinal com a cabeça, apontou a arma para mim e abriu a porta somente o suficiente para eu passar minha cabeça. Eu respirei fundo e coloquei a cabeça na fresta da porta, perguntando:
— Em que posso ajudar, oficial?
— O senhor está sozinho aí?
— Sim, mas estava entrando no banho... — O homem aparentou estar envergonhado e continuou:
— Desculpe, serei breve! O senhor esteve em casa o tempo todo?
— Não! Eu saí para fazer compras e cheguei agora há pouco.— O homem fez mais uma pergunta:
— onde está o seu carro?
— Na garagem. Por quê? Algum problema? — O policial, aparentemente ficou satisfeito com a resposta, fez a última pergunta:
— O senhor viu algo estranho por aqui hoje à noite?
— Não, parece estar tudo muito calma aqui hoje... — O homem agradeceu, se desculpou por me interromper no banho e voltou para o seu carro. Eu fiquei na porta observando-o partir e, somente depois disto, tirei a cabeça e o bandido fechou a porta. ele parecia estar satisfeito e comentou:
— Muito bem! Acho que nos livramos dele... — Eu, começando a me simpatizar com bandido (algo que eu não deveria fazer), discordei:
—Não sei não, ele desistiu muito rápido e ele sabe algo sobre meu carro. Será que alguém te viu me sequestrando e anotou a placa do carro? — O homem deu de ombros e foi se sentar no sofá, dizendo:
— Como posso saber? Vamos esperar mais um pouco.— Então eu, de forma atrevida, mostrei meus braços para ele e falei:
— Solta meus braços, se alguém voltar eu tenho que aparecer de corpo inteiro para não terem dúvidas.— o bandido pareceu não ter gostado da minha ideia e falou:
— Não! Se eu deixar você sair à porta, você conta para eles que eu estou aqui dentro e foge...— Então argumentei:
— Olha! eu não sei o que você fez e acho que não foi coisa boa, mas não quero saber para eu não mudar a minha opinião. Porém, se você quer fugir daqui sem ferir ninguém, inclusive eu, é bom você me deixar agir. Sou um homem de palavra e não vou te trair, mas eu tenho que argumentar de forma melhor caso o policial volte. O homem ficou me olhando um bom tempo, decidindo se eu falava ou não a verdade e decretou:
— OK! Por enquanto você fica preso, mas se alguém voltar eu te solto.— E eu falei:
— tenho uma tesoura na gaveta do aparador ali, no canto, deixe-a à mão para você cortar o lacre rapidamente...— O homem se levantou, olhou pra mim e deu uma risada, falando:
— você é louco mesmo... — E foi buscar a tesoura e colocou em seu bolso na blusa. passaram-se uns 30 minutos e, realmente, um outro carro parou na frente da casa. Eu imediatamente apontei meus braços para o bandido e ele, lentamente, enquanto tomava a decisão, tirou a tesoura do bolso e cortou o lacre, esperamos sentado até que alguém batesse à porta e, quando isto aconteceu, nos levantamos e eu fui calmamente até a porta com ele se posicionando atrás da mesma e apontando a arma para mim. eu abri a porta e vi um homem extremamente bonito, um verdadeiro urso com a barba bem aparada e um corpo grande num terno azul marinho, cujo paletó aberto me deixava ver uma bela barriga e a mala que tinha entre as pernas. eu olhei de cima embaixo com tranquilidade, sorri e falei:
— Você é da polícia? — O homem colocou um belo sorriso no rosto, que me deu a impressão que ele demonstrava seu apreço por mim e falou:
— Sou o inspetor Miranda e precisamos conversar... — Eu fiz uma cara de alívio e falei, saindo com o corpo na porta:
— que bom que você voltou, seu colega me fez umas perguntas mas eu não fui totalmente honesto na resposta e fiquei preocupado.— O homem, ainda sorrindo, falou:
— Pois é... quando ele me contou as suas respostas, eu achei estranho e resolvi voltar. O que você está escondendo?
— Eu olhei para ele com uma cara envergonhada e relatei a segunda história:
— Hoje fui abordado quando entrava no meu carro, era um homem mascarado que me apontou uma arma e mandou eu entrar no carro e sair dali e imediatamente, ele foi para o banco de trás apontando a arma para minha cabeça o tempo todo. ao chegarmos no posto Ipiranga, no cruzamento da rua Olavo Bilac com avenida Riachuelo, ele me fez entrar no posto e correu para aquele matagal que tem ao lado do posto.— O homem me olhou com cara de espanto e falou:
— Você sabe reconhecer esse homem?
— Não, ele estava usando uma blusa preta com capuz e balaclava. A única coisa que sei dizer é que era um pouco mais alto que você mas menos musculoso. E, também, não se vestia tão bem quanto você.— E demos uma risada...
— E o carro? está com você?
— Sim. Está na minha garagem mas creio que não encontrará nada no carro pois ele usava luvas.— O homem, demonstrou estar satisfeito mas, antes de sair, ele fez uma cara de bravo e falou:
— Você não deveria mentir para um oficial da polícia! Da próxima vez, eu te prendo, estamos entendidos?— Eu achei que estava falando sério mas, como ele deu um pequeno sorriso no final, eu encarei como uma cantada e respondi:
— Eu acho que não ficaria triste por ser preso por você, detetive Miranda! — E o homem se afastou de volta ao seu carro e eu fiquei observando aquele urso indo embora, uma cena que me deixou muito excitado...
Ao entrar de volta na casa, o bandido falou:
— Teve um momento que eu achei que você ia me entregar e, confesso, cheguei a engatilhar o revólver. Mas você foi brilhante eu acho que desta vez nos livramos da polícia... — Eu fiquei em dúvida se ainda teríamos mais policiais nos rodeando mas, concordava que por enquanto o problema passou. então eu perguntei:
— E qual é o próximo passo agora?
— Eu gostaria de tomar um banho e trocar de roupa. um dos motivos de ter escolhido sequestrar você é que seu corpo é parecido com o meu e você deve ter alguma roupa que me sirva e que não vai te fazer falta!— eu ri e falei:
— você é um bandido muito cara de pau! Mas, nesta altura do campeonato, faço qualquer coisa para você sair desta casa sem criar problemas pra mim. — Como o homem ainda usava máscara, eu não conseguia ver suas expressões, mas ele me olhou de cima embaixo e falou:
— Faz qualquer coisa mesmo? — Eu olhei sério para ele e falei:
— Qualquer coisa que eu queira fazer. Não me obrigue a fazer mais nada pois você e essa sua arma já me estressou o suficiente por hoje! — E, por incrível que pareça, caímos na risada. então eu o levei para o andar de cima da casa, falando:
— Vem tomar banho! O chuveiro fica no andar de cima.— E ele me seguiu sem falar nada. Entramos no meu quarto e eu abri as portas do guarda-roupa, perguntando:
— Que tipo de roupa prefere?
— Uma que seja discreta, que eu me misture facilmente na multidão.
— Eu acho que um agasalho esportivo, um tênis e um boné serão um excelente disfarce numa manhã ensolarado. O que acha?
— Perfeito! — E sem eu esperar, abaixou o capuz e tirou a máscara. Então pude notar que era um homem de aproximadamente 45 anos, tinha uma aparência europeia, talvez inglês. Os cabelos e barba eram curtos num tom de castanhos bem claros, quase loiros, a pele muito branca. Então tirou o moletom preto e a camiseta que usava por baixo e pude ver um tórax forte com um tufo de pelos no meio do peito. Seus braços também eram ornados com pelos médios da cor dos seus cabelos. Estava gostando muito do “striptease” e me sentei na cama.
Ele, então, virou-se de costas e abaixou sua calça, revelando duas pernas grossas e uma bunda firme. Depois disto tirou sua cueca e se virou de frente sem o menor pudor e eu pude apreciar um belo pênis relativamente grosso descansando em cima de duas bolas e coberto por um tufo de pelos. Eu lhe olhei nos olhos e ele falou:
— Vamos! Tire suas roupas e me acompanhe no banho! — Eu, hipnotizado pelo que vi, obedeci e entrei nu no banheiro com ele atrás. Me posicionei contra a parede do box, no lado oposto ao chuveiro. Ele entrou regulou a água e começou a se lavar, como se eu não estivesse lá. Depois de se sentir limpo, saiu do box, pegou uma toalha para se enxugar e ficou me observando. Eu ainda parado na mesma posição. Até que ele falou:
— O que está esperando? Toma seu banho! — Isto me fez despertar e eu tomei um banho rápido. Ele me jogou uma toalha, amarrou a dele na cintura e foi saindo do banheiro, eu o segui ainda me enxugando. Ao chegarmos no quarto, ele me abraçou e falou no meu ouvido:
— Obrigado por me ajudar hoje! — Senti sua ereção junto ao meu corpo e, instintivamente, busquei seus lábios com os meus e o beijei. Ele rapidamente se transformou num animal faminto, me virou de costas e começou a beijar e mordiscar meu pescoço enquanto cutucava meu traseiro com sua ferramenta dura como aço. Eu larguei minha toalha, me desvinculei dele e fui até a cama, onde subi de quatro e ofereci meu traseiro.
Ele não pensou em nada e abocanhou meu traseiro que passou a mordiscar e lamber com furor. Eu me entreguei de vez e gemia alucinadamente. Até que se sentiu saciado e subiu em mim, encaixando seu pau no meu orifício. Eu, assustado, alertei:
— Devagar, não me machuque! — Ele me ouviu e ficou esfregando a ponta da cabeça no meu ânus, de forma a espalhar seu lubrificante em mim. Depois deu uma forçada e, como eu me relaxei, ele começou a me penetrar sem grande dificuldade, pois seu instrumento não era muito mais grosso do que eu vi em estado de relaxamento, porém, ficou comprido. Depois que entrou totalmente dentro de mim, seguiu bombando em bom ritmo até que, num urro, ele me inundou com seu leite. Então saiu de mim gentilmente e se deitou ao meu lado. Eu empurrei meu corpo para a frente e usei seu peito como travesseiro.
Alguns minutos depois, ele falou:
— Estou com fome! — E eu respondi, me levantando:
— Vamos nos limpar e eu preparo alguns sanduíches para nós. — Ele me seguiu: nos limpamos, comemos e voltamos para a cama. Notei que ele não carregava mais seu revolver. Depois disto ele dormiu quase que automaticamente. Eu fiquei ao seu lado pensando em tudo o que aconteceu e acabei adormecendo. Quando o sol surgia, ele me abraçou em “conchinha” e eu senti seu mastro duro no meio das minhas nádegas, continuei sem me mexer até que ele me segurou pela cintura e começou a me possuir carinhosamente, eu me excitei e comecei a rebolar facilitando o “encaixe” de nossos corpos. Seus movimentos aumentaram até que ele chegou ao êxtase, ejaculando dentro de mim, enquanto me masturbava me fazendo, finalmente, gozar e lavar sua mão com meu néctar.
Depois disto nos levantamos, tomamos uma nova ducha, eu desci para preparar um café e ele chegou vestido como um atleta, carregando um saco com todas as suas roupas. Tomou somente uma xícara de café e pediu a chave do carro. Eu já desconfiava que ele iria roubar meu carro pois era a única forma dele sair do bairro. Antes de sair, ele colocou o boné, deu um sorriso e falou:
— Não se preocupe pois vou abandonar seu carro em breve e em um lugar seguro. — Eu sorri pois nada podia fazer para evitar a situação. Fui até a janela da sala e o vi sair calmamente pela rua que se iniciava em frente à minha. De repente surgiram policiais de todas as direções e aquele bandido, que nem o nome eu sabia, foi preso a 20 metros de minha casa.
Eu ainda estava me recuperando da surpresa quando a campainha tocou e eu vi o inspetor Miranda na porta da minha sala, me olhando com seu sorriso encantador. Fui até a porta e a abri, o convidei a entrar e me dirigi até o sofá. Me sentei e fiquei olhando para o chão. Ele se sentou ao meu lado e colocou sua pesada mão sobre a minha e falou:
— Pronto! Tudo acabou. — Olhei para ele e falei:
— Novamente peço desculpas mas não queria que ninguém se machucasse, nem mesmo o bandido…
— Eu sei! Vi bondade em seus olhos desde a primeira vez. Percebi que você o estava protegendo mas sabia que não era seu cúmplice. Viram você sendo sequestrado. Alguns colegas queriam invadir sua casa mas não permiti pois sabia que você o ajudaria a sair sem risco e nos preparamos para prendê-lo calmamente.
— E agora? — Questionei.
— Agora preciso que você vá até a delegacia mais tarde para um depoimento e retirar seu carro que é uma prova do crime e será averiguado pela equipe forense. Tudo bem? Te aconselho a ir hoje, ao final da tarde.
— Combinado! Estarei lá.
— Ótimo! Procure por mim.
— Com certeza. — Neste momento ele colocou sua mão pesada sobre a minha perna e falou:
— Você precisa de alguma coisa, Osvaldo? — Eu dei um sorriso modesto e respondi:
— Eu estou bem. Fiz o que eu sentia que deveria fazer… — Neste momento coloquei minha mão sobre a dele e a apertei. Ficamos, assim, em silêncio alguns minutos até que ele tomou a decisão de se levantar e caminhar até a porta onde se despediu:
— Te vejo mais tarde! — então percebi algo que questionei:
— como sabia que meu nome é Osvaldo? — ele sorriu e eu mesmo respondi:
— claro! Você é um investigador...
— Sou um inspetor, o que não deixa de ser um investigador também...— E partiu me deixando a observá-lo.