Cresci numa rua tranquila no Tatuapé, bairro de São Paulo onde a garotada brincava na rua sem preocupações ou riscos. Eram outros tempos… Tínhamos, como vizinhos, um casal um pouco mais velho que meus pais e muito amigos dos mesmos. Dona Marieta, quando não estava cuidando da sua casa, estava na minha fazendo companhia à minha mãe. Já o “seu” Odair, seu marido, era da polícia rodoviária e quando não estava trabalhando, estava em sua casa; raramente víamos o sujeito pelas ruas, no máximo na calçada em frente à minha casa, conversando com meu pai, um mecânico de caminhão de uma concessionária da Mercedes-Benz, era comum vê-los trocando algumas palavras nos Domingos pela manhã.
Sempre fomos vizinhos, eu nasci naquele casa e os vizinhos já moravam por lá. Sou o mais novo de três irmãos, meus irmãos eram um pouco mais novos que os dois filhos dos vizinhos mas eu era sete anos mais novo que meu segundo irmão e nove do meu irmão mais velho, portanto nenhum dos quatro garotos brincavam comigo e aprendi a fazer isto sozinho.
Uma certa ocasião quando eu estava com uns sete anos de idade, estava brincando com meus carrinhos na calçada enquanto meu pai conversava com o “seu” Odair, e eu ouvi meu nome enquanto ele explicava:
— André veio pois minha esposa queria tentar uma menina, que se chamaria Andréia, em homenagem à sua falecida irmã mas veio um menino e demos o nome de André, minha esposa até quis tentar novamente mas eu “encerrei a produção” pois ia ficar muito caro criar quatro,,, — O vizinho riu concordando;
— Fez bem em parar! Mais filhos, mais dor de cabeça. Fazer filho é muito gostoso, mas criar depois não é tão bom assim… — Meu pai riu e, suspirando, falou:
— Dou graças a Deus por todos terem saúde! — Odair completou:
— Sim! Saudáveis e bonitos! Olha só como o Andrezinho é bonito! Todo rechonchudo, com esses cabelos loiros cacheados e grandes olhos olhos azuis… Parece um anjinho!
— Pois é… A sorte desse moleque foi ter nascido bonito como a mãe, os outros dois são abrutalhados como o pai. — Os homens riram e se afastaram. Meu pai foi mexer no seu carro e Odair continuou alí, me admirando. Eu fiz que não percebi mas discretamente eu observava o homem que passava a mão pelo seu saco e, de vez em quando, dava uma apertava no cacete que começou a crescer. Mas, na minha ingenuidade de criança, não entendi a malícia daquele momento.
Os anos foram passando e todos iam envelhecendo. Aos dezessete anos de idade, eu já sabia que eu preferia os homens às mulheres, tinha minhas namoradinhas, com quem aprendi a beijar mas raramente eu conseguia algo mais que beijos. As meninas novinhas tinham muito medo de ficarem mau faladas e não conseguirem um bom marido. Mas, ao mesmo tempo que descobria como era bom ter uma namoradinha, começava a sentir atração por homens, porém mais maduros, robustos e másculos. Barriga, pelos, barba e bigode me atraíam, além da gestos brutos e, com certeza, a mala no meio das pernas. O problema era que, diferente da facilidade que eu tinha em me aproximar das meninas da minha idade, eu nunca tive coragem de me aproximar de um homem com a mesma finalidade. Tinha muito medo de ser mau interpretado e virar motivo de piadas entre os conhecidos e vergonha para os meus pais.
De todos os homens que eu admirava, o “seu” Odair era o que mais me excitava: ele se aproximava dos 50 anos, ficou mais encorpado com o passar dos anos, seus cabelos começaram a embranquecer e ele deixou crescer um belo bigode que o deixava mais másculo ainda, vê-lo no uniforme de policial era uma tortura pois aquela calça cinza reforçada no cavalo, deixava a mala do homem muito saborosa…
Um dia ele chegou montado em uma bela motocicleta, seu novo equipamento de trabalho, todos foram até a calçada para olhar o belo veículo e eu, particularmente, aproveitei a oportunidade para apreciar o piloto, que ficou muito atraente montado no imponente alazão metálico. Odair ofereceu a moto ao meu pai que era exímio piloto que saiu contente rua adentro voltando alguns minutos depois elogiando o novo veículo. Eu fui logo pedindo para dar uma volta mas meu pai riu e falou:
— Ah, pirralho! Até parece que você sabe pilotar esta máquina! — “Seu” Odair falou:
— Leva ele na garupa! — mas meu pai fazendo um sinal negativo com a cabeça, respondeu:
— Não tenho experiência, Odair! Vai que eu derrubo sua moto… Melhor não! — eu fiz uma cara de decepcionado mas o “seu” Odair sugeriu:
— Quer que eu o leve? — Meu pai olhou para mim e respondeu:
— Se eu falar não, o garoto até chora… Se fizer esta gentileza, agradeço. — eu, mais que depressa fui subindo na moto mas o policial avisou:
— Opa! Eu sento primeiro, depois você sobe e segura firme em mim! — Eu me afastei enquanto meu pai ria:
— A emoção foi tanta que ele achou que iria pilotando. — Então o policial se sentou na moto, meu pai me ensinou a subir e me fez segurar firme na cintura do homem e saímos lentamente. Assim que nos afastamos, o homem falou para eu o abraçar mais forte e puxou uma das minhas mãos até seu umbigo, fiz o mesmo com a outra mão e eu pude sentir o corpo quente daquele macho aquecendo meu peito e barriga.
Mais à frente, ele entrou com a moto em uma área murada e pavimentada - eu conhecia o lugar pois ficava aos fundos da oficina onde meu pai trabalhava e que eu e meus amigos usávamos para jogar futebol de vez em quando, “seu” Odair levou a moto para trás do muro e pediu para eu descer e, em seguida desceu também, dizendo:
— Vou te dar sua primeira aula de direção, quer?
— Claro que quero! — Respondi entusiasmado e ele ergueu a moto sobre a cavalete e me mandou subir no lugar do piloto e colocar os pés sobre os pedais e as mãos sobre as manoplas. Explicou basicamente como funcionava o freio, a embreagem, a troca de marchas, o acelerador e as setas. Tudo isto com a moto desligada. Ao final perguntou:
— Entendeu o conceito?
— Sim, é bem tranquilo! — Respondi.
— Sim, na teoria é tudo muito simples mas na prática tem que haver uma coordenação motora para a embreagem e o câmbio bem como o uso dos freios...
— Como assim?— Ele me olhou de uma forma diferente e falou:
— Quer que eu te explique na prática?
— Sim, por favor! — e ele, demonstrando sua força, me ergueu na moto com meus pés apoiados nos pedais e segurando as manoplas, me deixando em pé nela. Então ele subiu na moto no lugar do carona e levou seu corpo pra frente e me puxou pela cintura de forma a me fazer sentar no seu colo. Eu levei um susto mas não falei nada e o homem continuou num tom bem profissional:
— Agora, eu vou colocar meus pés embaixo dos seus e minhas mãos em cima das suas para você entender os movimentos, tudo bem? — E continuou com uma voz rouca e excitada:
— S-sim! — respondi, gaguejando. Então ele me explicou a sincronia entre a embreagem e a troca de marchas com os pés e a sincronia entre o freio de mão e o freio traseiro, por último a sensibilidade do acelerador ao mesmo tempo que se solta a embreagem. Ele explicava e fazia os movimentos para eu entender e repetir, fez isto algumas vezes. A cada explicação ele falava com a cabeça próximo ao meu ouvido: “entendeu?“ E eu, automaticamente, respondia um “sim, senhor!“ em um tom submisso. A cada vez que fazia os gestos, seu corpo se mexia sobre o meu e eu sentia seu pênis no meu traseiro. Ao final da terceira vez ele tirou as mãos de cima das minhas e me abraçou, dizendo com voz rouca e excitada:
— Você aprende muito rápido! Gostou da primeira lição? — E eu, percebendo que aquela brincadeira ia acabar, tomei coragem e remexendo a traseiro em cima do seu colo, disse:
— Eu adorei! E quando eu terei a próxima aula?— Ele segurou no meu traseiro que puxou para bem perto do seu órgão, me ajudando a rebolar mais ainda e respondeu:
— Assim que você fizer 18 anos, eu te darei a segunda lição. Se você quiser, é claro! — E eu, entrando naquele jogo erótico, choraminguei:
— ah! Mas eu vou ter que esperar... Eu queria a segunda lição logo! — E o homem encostou sua boca no meu ouvido e falou baixinho:
— Eu queria que a segunda lição fosse agora, garotão! Mas Você só pode aprender a dirigir depois dos 18 anos... — Então ele me ergueu e afastou seu corpo do meu para, em seguida, levantar da moto pedindo para eu fazer o mesmo. Quando eu estava novamente instalado no banco pra acompanhante, ele finalizou:
— Vamos! Se perguntarem você confirma que eu dei uma volta bem longa pois você pediu para andar um pouco mais, entendido? — Usou de novo o tom mandatório de policial que me deixou mais excitado:
— Sim, senhor! — E ele ainda deu mais uma ordem:
— E, em hipótese alguma, você pode contar o que aconteceu aqui para qualquer pessoa, entendeu? — e eu, novamente:
— sim, senhor! — E partimos ao encontro das outras pessoas. Porém, a brincadeira me deixou muito excitado e desinibido e, ao invés de segurar em sua cintura ao abraçá-lo, coloquei minhas mãos sobre o seu membro e o fui acariciando e apertando pelo caminho, para sentir e seu mastro ganhar vida, sua ferramenta ficou muito grande e grossa, parecendo uma barra de ferro atravessado em sua calça.
Quando estávamos chegando, ele sem falar nada, afastou uma das minhas mãos para a cintura e eu, entendendo o movimento, fiz o mesmo com a outra mão. Ao chegarmos ele pediu pra eu descer e falou para o meu pai:
— Eu já volto! Vou dar uma voltinha sozinha pois estou ouvindo um barulho meio estranho no motor. — E saiu rapidamente. Meu pai, que estava mais preocupado em saber o que eu achei da experiência, não percebeu a excitação do policial mas eu sabia o motivo da pressa: o homem precisava de alguns minutos antes de sair da moto para ninguém perceber o tamanho da ereção que ele estava tendo.
Este incidente, se é que se pode chamar de incidente, mexeu muito comigo e eu senti que estava no momento de eu ter uma relação sexual com homem para saber se seria tão bom quanto eu achei sentado no colo do “seu “ Odair. Mal sabia eu naquele momento, que a oportunidade iria sugira em breve mas não seria com o meu vizinho.