A Segunda Esposa .Capítulo 7

Um conto erótico de Emilly sissy
Categoria: Crossdresser
Contém 2406 palavras
Data: 29/06/2025 00:46:35

O despertador tocou às seis e meia da manhã. Luiz permaneceu deitado por mais alguns instantes, os olhos abertos, o corpo pesado. A lembrança do sábado com Aline ainda pairava fresca em sua mente: o café, as provocações, as lojas... e principalmente, a frase final:

“Segunda-feira você vai vê-lo de novo. E usa aquela calcinha rosinha, com rendinha ...”

Ele se levantou devagar. O banheiro estava silencioso, como sempre. Ao abrir a gaveta da cômoda, encontrou a calcinha. Rosinha clara, as laterais finas, a renda suave. Passou os dedos sobre o lacinho branco. Por um segundo, hesitou.

Mas cedeu.

Vestiu devagar. A sensação era estranha e familiar ao mesmo tempo. O tecido apertado contra a pele, a leveza do toque nas coxas. Olhou-se no espelho. A calça social que escolhera para o dia cobriria tudo com perfeição — mas ele sabia o que estava por baixo. E isso o fazia se sentir... diferente.

Se tocou levemente por cima. Um leve arrepio. Não havia excitação evidente — era mais profundo. Uma mistura de culpa, prazer e medo. "Não devia estar gostando disso...", pensou. "Mas estou."

No espelho, seu reflexo parecia lhe devolver um segredo.

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O prédio da empresa estava silencioso ainda, com poucos funcionários nos corredores. Luiz se sentou em sua mesa tentando respirar fundo, ajustar a postura. Os primeiros e-mails apareceram na tela, e ele tentava fingir normalidade.

Mas então, ao levantar os olhos, viu.

Roberto e Lorena adentraram o prédio de mãos dadas. Ele em seu habitual terno elegante, ela com um vestido discreto, salto médio e a mesma elegância de sempre. Os dois vinham conversando, sorrindo com naturalidade.

Lorena olhou em sua direção e sorriu gentilmente.

— Bom dia, Luiz!

— Bom dia, senhora Lorena — respondeu com esforço para manter a voz firme.

Roberto, por sua vez, lançou apenas um olhar breve. Um olhar que dizia tudo. Calmo, silencioso, mas firme. Luiz desviou os olhos imediatamente. Sentiu o coração apertar. Um misto de ciúmes e medo cresceu no peito. “Ela não faz ideia... e ele está ao lado dela como se nada tivesse acontecido.”

Poucos minutos depois, outra figura cruzou a recepção.

Sofia.

Cabelos castanhos escuros presos em um coque impecável. Óculos de aro fino, salto médio nude, blazer bege bem ajustado ao corpo e uma saia lápis discreta. A maquiagem era suave, mas destacava seus traços com precisão. Carregava uma pasta de couro clara e se dirigia diretamente à sala de Roberto.

Quando passou por Luiz, seus olhos se encontraram por breves segundos. Sofia o olhou de cima a baixo. Nada vulgar. Nada explícito. Mas havia algo naquele olhar. Um reconhecimento mudo. Como se visse nele o que ninguém via. Como se dissesse, sem uma palavra:

“Eu sei.”

Luiz sentiu um arrepio leve. Engoliu seco. Sofia seguiu em frente, impecável, e desapareceu na sala de Roberto junto com Lorena.

Alguns minutos se passaram até que Aline surgiu ao lado da mesa de Luiz, sorrindo como se já soubesse tudo.

— Bom dia, querida — disse baixinho, com aquele tom que só ela sabia usar. — Dormiu bem?

Luiz sorriu, envergonhado. Aline passou os dedos pelo ombro dele num gesto breve, mas que o fez arrepiar inteiro.

— Está linda hoje — sussurrou ela.

Ele sorriu ainda mais, tentando esconder o rubor.

— Está usando o que eu pedi?

Luiz assentiu discretamente.

— Boa menina — murmurou Aline, e saiu como se nada tivesse acontecido, com a pasta nas mãos e o controle da situação inteiro dentro do sorriso.

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Parte 2

Luiz permanecia em sua estação, tentando manter a atenção nos números à tela, quando a porta da sala de Roberto se abriu. Lorena surgiu em primeiro lugar, sorrindo e conversando com Sofia, que a acompanhava com a mesma postura impecável de quando chegara.

Lorena avistou Luiz no corredor e parou ao seu lado com a simpatia de sempre.

— Luiz, querido, o Roberto gostaria de falar com você. Daqui a pouco, tudo bem?

— Claro, senhora Lorena — respondeu, com um leve sorriso, tentando manter a compostura.

— Ah, deixa eu aproveitar pra apresentar a Sofia. Essa mulher maravilhosa vai cuidar da reforma da nossa casa nova. Ela é arquiteta, premiada, e uma das melhores da cidade.

Sofia estendeu a mão com elegância. Luiz a cumprimentou com um aperto breve, mas firme.

— Um prazer.

— O prazer é meu — respondeu ela, com voz suave e dicção impecável.

Lorena continuou com um sorriso afetuoso.

— O Luiz é o nosso faz-tudo aqui. Além de ser analista, resolve tudo pro Roberto. Não sei como a empresa andaria sem ele...

Luiz ficou visivelmente tímido, baixando os olhos.

Sofia, por sua vez, manteve o olhar nele por um instante a mais. Um olhar firme, observador, e ao mesmo tempo gentil. Seus olhos percorreram Luiz de cima a baixo — com discrição, mas com nitidez suficiente para ele notar. Naquele breve contato, Sofia pareceu ver algo que nem Luiz sabia como esconder.

Lorena, ocupada com seus papéis e distraída, nada percebeu. Mas Luiz sentiu.

Ele se lembrou, ali mesmo, de um artigo que havia lido meses atrás. Uma matéria de revista sobre uma arquiteta trans premiada por um projeto residencial inovador. Casada, respeitada, elegante. Ele sabia que era ela.

Sofia.

Sofia se despediu com dois beijos suaves nas bochechas de Luiz. Um gesto natural, feminino. Mas o que marcou Luiz foi a ausência de qualquer hesitação. Ela o beijou como se ele não fosse homem. Como se soubesse. Como se reconhecesse.

Lorena acenou com um toque no braço dele:

— Vai lá, daqui a pouco ele te chama.

E as duas se afastaram, conversando.

Luiz ficou parado por um instante. Sentia o perfume discreto de Sofia ainda próximo do rosto. E um leve calor no peito.

— Linda, né? — disse uma voz atrás dele.

Era Aline, surgindo no corredor, vindo na direção contrária. Parou ao lado dele como se já soubesse tudo que se passava.

— Eu vi o jeito que você olhou pra ela. E tá tudo bem... sabe por quê? Porque ela te viu também.

Luiz não respondeu. Apenas ficou quieto, os olhos fixos no chão.

— Sofia é casada, super respeitada, já ganhou prêmio até fora do Brasil. Só trabalha com casas. Uma das melhores profissionais que conheci. E sim... é trans. Uma mulher de verdade.

Aline ajeitou suavemente a gola da camisa de Luiz. Depois alisou os ombros dele com delicadeza.

— Sabe... talvez você só precise de tempo. Mas o caminho? Ah... ele já começou.

Luiz levantou os olhos. O toque dela era suave. Caloroso. E por algum motivo, aquele gesto lhe causava mais arrepio do que o beijo de qualquer mulher em sua vida.

Ela me toca como se eu fosse... algo frágil. Quase precioso.

— Respira fundo — sussurrou Aline. — Ele já está esperando.

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Parte 3

Luiz se aproximou da porta do escritório de Roberto com o coração acelerado. Bateu com leveza e ouviu a voz firme lá de dentro:

— Pode entrar.

Ao girar a maçaneta e cruzar a porta, quase disse automaticamente “Senhor Roberto”, mas algo dentro dele — talvez o tom da noite no restaurante — o freou a tempo.

— Bom dia, Roberto — disse, com uma leve pausa entre as palavras.

Roberto estava de pé, sem paletó, que repousava sobre o pequeno sofá de couro à lateral do escritório. As mangas da camisa branca estavam dobradas até os cotovelos, deixando os antebraços à mostra. Sobre a mesa, algumas folhas soltas com os croquis de Sofia.

O homem ergueu o olhar e sorriu, lento.

— Gostei de te ver entrando assim... como se soubesse que já é meu.

Luiz sentiu o rosto aquecer. Manteve-se próximo à porta por instantes, as mãos unidas à frente do corpo, tentando manter a compostura.

Roberto contornou a mesa e se aproximou, seus passos lentos e silenciosos. Seu olhar não deixava o de Luiz escapar.

— A Sofia é incrível, não é? E Lorena... você conhece bem. Ela te adora. E eu também. Só que de formas bem diferentes.

Luiz hesitou. Tentou sorrir, buscando equilíbrio.

— Dá pra ver que vocês dois... combinam. Ela é tudo o que alguém poderia admirar.

Roberto arqueou uma sobrancelha, divertido.

— Está com ciúmes? — perguntou com voz baixa e provocadora. — Fica lindo assim.

Luiz desviou o olhar, envergonhado.

Roberto não o deixou fugir por muito tempo. Sentou-se no sofá, cruzando as pernas de maneira casual, mas mantendo o domínio do ambiente.

— Vem. Senta aqui do meu lado.

Luiz obedeceu, mas ao se aproximar do sofá, foi surpreendido: Roberto o puxou suavemente pela cintura, fazendo-o sentar diretamente em seu colo.

O susto inicial paralisou Luiz por um segundo. Estava de lado, como uma noiva sentada sobre o colo do noivo, uma das pernas dobrada, a outra cruzada levemente. As mãos de Roberto repousavam firmes sobre sua cintura, mantendo-o ali com facilidade.

Os rostos ficaram próximos o bastante para que Luiz sentisse a respiração dele. E mais do que isso: sentiu, nitidamente, o volume sob ele. O membro de Roberto, duro, espremido entre as coxas. A calcinha fina de Luiz quase não amortecia nada.

Tentou se afastar, os olhos arregalados.

— Alguém pode entrar — murmurou, quase um sussurro.

— Ninguém entra aqui sem ser chamado, e você sabe disso — disse Roberto, sem alterar o tom. — Eles me respeitam. E Lorena foi embora. Só estamos nós dois.

Luiz permaneceu imóvel por um instante. E foi nesse silêncio que Roberto aproveitou. Aproximou-se mais, segurou Luiz pela nuca com firmeza e o beijou.

Um beijo quente, demorado, com línguas que se buscaram no tempo certo. As mãos de Roberto mantinham Luiz onde estava, e ele, apesar da tensão inicial, não resistiu. Sentia o coração martelar no peito, os mamilos endurecerem dentro da camisa, e o calor entre as pernas aumentar a cada segundo.

Quando o beijo cessou, ainda ofegantes, Luiz permaneceu no colo de Roberto. Sem palavras. Apenas sentindo.

Roberto olhou fundo em seus olhos, os dedos agora brincando com a renda discreta que escapava da lateral da calça de Luiz.

— Agora sim. Podemos conversar.

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Parte 4

Luiz ainda sentia o calor dos lábios de Roberto em sua boca. Estava sentado em seu colo, com uma das pernas dobradas sobre o sofá, a outra levemente esticada, as mãos apoiadas sobre a coxa dele, como se buscasse algum ponto de equilíbrio. O dedo de Roberto deslizava lentamente pelo cós da calcinha rosa que Luiz usava por baixo da calça social. Um gesto sutil, íntimo, carregado de controle e promessa.

— Relaxa... — murmurou Roberto, com voz baixa. — Não precisa resistir tanto.

Luiz respirou fundo e, quase sem perceber, se ajeitou melhor no colo dele. No momento em que se acomodou, sentiu com ainda mais clareza o volume rígido do membro de Roberto pressionando sua coxa. A diferença de tamanho entre os dois se tornava mais gritante assim: ele, menor, sentado com delicadeza, e Roberto, firme, sólido, envolvente.

Ao notar o olhar de Luiz buscando discretamente os olhos dele, como se o corpo entregasse o que a boca não dizia, Roberto sorriu de leve.

— Você olhou como se já tivesse imaginado o tamanho... Acertou? — disse com ironia, mas em tom sensual.

Luiz mordeu o canto do lábio, tentando esconder o rubor. Em sua mente, um pensamento cruzou veloz: “Como vou lidar com aquilo dentro de mim?”

Tentando se recompor, levantou-se devagar, como quem escapa de um transe. Sentiu a excitação desconfortável entre as pernas e desviou o olhar. Caminhou até a janela, onde a luz da manhã entrava por entre as persianas.

Era a primeira vez que realmente parava diante daquela vista. Sempre via Roberto ali, olhando a paisagem, como se dominasse não apenas a empresa, mas tudo ao redor. E agora era ele quem ocupava o espaço.

Roberto veio por trás em silêncio e, com naturalidade, encostou o corpo inteiro contra o de Luiz. A diferença de altura, de estrutura, de energia… era avassaladora.

Sua boca se aproximou do ouvido de Luiz. E sussurrou:

— Um pequeno toque de hormônios... e você pode ter algo só meu. Dois seios pequenos, discretos. Um prazer só pra mim. Já imaginou o tecido da camisa roçando contra mamilos sensíveis? Suas blusas colando no calor... seu sutiã marcando só quando eu quiser.

Luiz fechou os olhos, estremecendo. Seu corpo respondeu antes da mente.

— Quero te levar pra Curitiba. Um apartamento confortável, salário maior, privacidade. E Aline... Aline vai te ajudar. Vai te guiar quando eu não estiver.

Luiz hesitou. Sua voz saiu pequena:

— Você... quer que eu vá pra lá só por você?

Roberto deslizou os dedos pela cintura dele, firme, mas sem agressividade.

— Quero você comigo. Não só por mim, mas pra você também. Lá, você vai poder ser quem é. Sem precisar fingir.

— Eu... vou trabalhar igual trabalho aqui? — Luiz perguntou, ainda com a voz embargada.

— Sim. No papel, tudo igual. Mas em casa... tudo será diferente. Seremos só nós. E você poderá ser quem é, com discrição. Só quando e onde for seguro.

— E isso... vai ser escondido, né? Ninguém lá vai saber?

Roberto soltou um sorriso baixo, encostando o queixo no ombro dele.

— Você será meu segredo mais bonito.

Luiz hesitou.

— E se eu não me acostumar? Se eu não conseguir ser... isso?

— Não existe “isso”. Existe você. E eu já sei o que tem aí dentro.

Silêncio. Apenas o som da respiração e da cidade lá fora.

— A Aline vai mesmo me ajudar? Tipo... com tudo? — Luiz insistiu, quase infantil.

— Com tudo. Ela já faz isso há anos. Vai te vestir, te moldar, te proteger. Vai te ensinar o que eu ainda não ensinei.

Luiz virou-se um pouco, encarando-o pela primeira vez desde que foi até a janela.

— Você... quer que eu mude mesmo o meu corpo?

Roberto ergueu a mão e passou o polegar pela lateral do rosto dele.

— Quero que o seu corpo se transforme aos poucos. Do jeito certo, no tempo certo. Pra mim... e pra você.

Luiz respirou fundo.

— E se alguém descobrir?

— Ninguém vai. E mesmo se descobrirem... você vai estar tão linda, tão distante de quem era, que não vai importar.

Ele ainda hesitou.

— Você... vai querer me ver assim? Sempre?

— Sempre. E quando não estiver assim... vai estar se preparando pra estar. Te quero inteira ao meu lado. Lá, você vai poder ser a mulher que sempre desejou... num lugar onde ninguém vai te julgar.

Luiz recuou um passo, confuso, perdido entre desejo e medo.

— Eu... preciso pensar.

Roberto assentiu com serenidade.

— Claro. Mas não demora. Aline volta pra Curitiba na quarta-feira. E você... vai com ela ou não. Simples assim.

[ CONTINUA ...]

Obrigada pelos comentários. Comentem eu adoro ler e isso me motiva a continuar a escrever. Fiquem avontade em fazer perguntas ou sugestões. Bjsss

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Comentários

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Acho que Eesse é um sonho de tantas de nós.

Estou amando

Parabéns pela sensualidade te nós trazer um conto que nos faz sonhar e querer tanto ser esse personagem

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