O sol do início da tarde dourou as folhas das árvores enquanto Taís, com seus 27 anos e a aliança de noivado recém-polida no dedo, estacionava o carro diante do portão imponente. A mansão dos Albuquerque era ainda mais grandiosa do que as fotos mostravam, um labirinto de arquitetura clássica e jardins meticulosamente cuidados. Pedro, seu noivo, havia achado a ideia de aulas particulares para um garoto tão mais novo um tanto... peculiar, mas a remuneração era excelente e Taís, com sua doçura e paciência inatas, sentia-se capaz de encarar qualquer desafio pedagógico.
A porta foi aberta por uma governanta discreta, que a conduziu por corredores silenciosos, adornados com obras de arte e tapetes persas. O cheiro de cera e flores frescas pairava no ar, um contraste com o nervosismo sutil que apertava o estômago de Taís. Ela, com sua estatura esguia de 1,63m e a pele clara que parecia refletir a luz, sentia-se pequena naquele ambiente opulento. Seus cabelos castanhos, que desciam em ondas suaves até a metade das costas, balançavam levemente a cada passo, enquanto os traços finos de seu rosto denotavam uma beleza sutil. Seus seios pequenos e firmes mal se destacavam sob o tecido leve de sua blusa.
Chegaram ao final do corredor e a governanta indicou uma porta de madeira escura. "O Danilo está aguardando, professora. Este é o quarto dele."
Taís respirou fundo e abriu a porta. O quarto era espaçoso, mas não menos luxuoso que o resto da casa. Uma cama king dominava um canto, ladeada pelo elegante criado-mudo. Uma grande mesa de madeira maciça, já com alguns livros e cadernos dispostos, esperava por ela
E ali estava ele. Danilo. Aos 18 anos, ele já possuía a postura e o corpo de um homem. Com seus 1,82m de altura, a camiseta branca que vestia mal disfarçava os músculos bem definidos dos braços e do peito, fortes sem serem exagerados, desenhados com a precisão de um atleta jovem. A pele clara, como a dela, contrastava com os cabelos escuros e levemente despenteados que caíam sobre a testa. Havia um brilho de inteligência nos olhos e um sorriso ligeiro, quase sedutor, que nascia nos lábios cheios.
"Olá, professora Taís", disse Danilo, a voz já grave para sua idade, mas com um toque de charme juvenil. Ele se levantou, e a proximidade do seu corpo esguio e tonificado em contraste com o dela fez Taís sentir um pequeno arrepio. "Sou Danilo. Prazer em conhecê-la."
O quarto de Danilo parecia reter o cheiro do seu perfume, uma fragrância masculina e fresca que pairava no ar. Taís notou a maneira como os olhos dele a percorreram rapidamente, demorando-se por um instante no decote discreto de sua blusa antes de voltar para seus olhos. Era um olhar que não era de um menino, mas de alguém que já compreendia o que via. O ar dentro daquele quarto parecia ter ficado subitamente mais denso, carregado com uma energia latente que ela não conseguia identificar completamente, mas que a fez sentir um calor inesperado.
Os dias seguintes se instalaram numa rotina confortável. Taís chegava à mansão pontualmente, era conduzida ao quarto de Danilo, e ali, entre livros e cadernos, a figura do aluno começava a se desvelar. Ela logo percebeu a intensidade de Danilo, não apenas em sua presença física, mas em sua mente afiada.
"É impressionante", pensava Taís, enquanto observava Danilo resolver um problema complexo de matemática com uma facilidade quase intuitiva. "Ele aprende muito fácil." Havia uma sede de conhecimento nele, uma capacidade de absorver e processar informações que poucas vezes ela vira em seus alunos. Ele questionava, aprofundava-se nos tópicos, e mesmo quando errava, o fazia com uma lógica que denotava inteligência.
Mas junto com a perspicácia, Taís começou a notar uma certa inocência em Danilo. Ele era um prodígio nos estudos e claramente dedicava tempo aos esportes – a prova estava na forma de seu corpo, a tensão saudável de seus músculos sob a camiseta – mas parecia haver uma lacuna em sua vida social. As conversas, quando fugiam do tema da aula, revelavam um universo restrito a livros, competições e, vez ou outra, algum relato superficial sobre a vida em família. Ele não falava de festas, de amigos, de experiências juvenis comuns à sua idade. Era como se a intensidade de sua dedicação aos estudos e ao corpo o tivesse mantido em uma bolha, um menino quase feito, mas ainda sem as arestas da vida adulta e socialmente mais complexa.
Ao estudarem geometria, debruçados sobre o mesmo livro na mesa, a proximidade entre Taís e Danilo aumentou. Taís percebeu o calor do corpo jovem e forte de Danilo e sentiu o cheiro natural dele. Já havia algum tempo que ela não ficava sozinha com um homem atraente e com uma energia tão masculina Algumas coisa que ela considerava besteira começavam a passar por sua cabeça, mas ela logo reprimia: Que bobagem Tais!, você é uma professora e logo vai estar casada!. E voltou a se concentrar nos estudos.
Na semana seguinte, a rotina de aulas estava bem estabelecida. Taís, sentindo-se mais à vontade com o ambiente da mansão e a presença de Danilo, chegou um pouco mais cedo em uma tarde. A governanta Raquel, uma mulher jovem e bonita de uns 30 anos, com um sorriso acolhedor, a interceptou no hall de entrada.
"Professora Taís, que bom que chegou", disse Raquel, com um tom de voz suave. "Está mais à vontade com a casa, não está? Se não se importar, o Danilo já deve estar no quarto. Pode ir sozinha, se quiser." Taís, de fato, sentia-se mais ambientada. "Claro, Raquel. Sem problema algum."
Com um aceno, Taís subiu a grande escadaria. Ao chegar ao quarto de Danilo, encontrou a porta apenas encostada. Sem hesitar, empurrou-a suavemente e entrou. A cena que se desvelou diante de seus olhos a fez parar abruptamente.
Danilo estava deitado na cama, imerso em um sono profundo, apenas de cueca. O corpo jovem e potente, que ela só via parcialmente vestido, estava agora quase totalmente exposto. Os músculos do peito e dos braços, bem torneados, as pernas longas e fortes, tudo parecia esculpido. Taís se arrepiou. Pedro, seu noivo, era bonitinho, mas não tinha os músculos tão definidos e era quase da altura dela. Com certeza, não estava acostumada a um corpo tão vistoso e viril.
Por um breve instante, ela ficou paralisada, os olhos fixos na imagem à sua frente. Suas bochechas queimaram. Antes que a razão tomasse conta e a fizesse recuar, os olhos de Taís desceram pelo corpo dele. Pôde notar as formas do corpo de Danilo, a linha bem definida do abdômen, as coxas musculosas. E então, inevitavelmente, seu olhar pousou no notável "volume" na frente da cueca, uma prova inegável da virilidade adormecida do rapaz. Um calor intenso invadiu seu ventre, e ela sentiu o rubor se intensificar.
Com um suspiro que mal conseguiu conter, Taís recuou silenciosamente, fechando a porta com o mesmo cuidado com que a abriu. No instante em que se virou, deu de cara com Raquel, que estava a poucos passos do quarto. A governanta, com sua percepção aguçada, notou o rubor no rosto de Taís e um sorriso discreto surgiu em seus lábios.
"Ah, professora. Ele dormiu de novo, não foi?", perguntou Raquel, com um tom compreensivo, já imaginando a cena. "Me desculpe, esqueci completamente de avisar."
Taís, ainda um pouco atordoada, tentou disfarçar. "Não, tudo bem, Raquel. Eu... uhm... ele estava dormindo. Acontece."
Raquel se aproximou, o olhar gentil. "Ele é um pouco... despachado, sabe? O Danilo é um anjo, mas é bem inocente. Está acostumado a ficar à vontade no quarto. Já o vi assim várias vezes, e não é por mal, é que ele realmente não pensa muito nisso. Costuma estudar até tarde e às vezes apaga de cansaço. Por favor, não se importe."
Taís, sentindo um alívio pela explicação e pela forma como Raquel a tranquilizava, sorriu de volta. "Não, Raquel, de verdade. Sem problemas. Entendo perfeitamente. Obrigada por me avisar."
Um sentimento de cumplicidade sutil brotou entre as duas mulheres. Raquel, com sua naturalidade, dissipara o embaraço, e Taís, com sua simpatia, mostrou que não havia sido ofendida. Aquele pequeno incidente, ao invés de criar constrangimento, abriu uma fresta para uma nova dinâmica entre elas, e para os pensamentos mais íntimos de Taís sobre seu aluno.
O restante daquele dia na mansão foi diferente para Taís. Danilo foi acordado por Raquel, que entrou no quarto com a naturalidade de quem cuida de um irmão mais novo. A governanta, acostumada com a informalidade do rapaz em seu espaço privado – e, por vezes, tendo-o visto não apenas de cueca, mas também sem nada – o avisou de um jeito afável que a professora já o esperava lá embaixo. Danilo, um pouco sonolento, logo se recompôs.
Para Taís, no entanto, a cena estava gravada em sua mente. Durante a aula, que se seguiu sem intercorrências, ela se viu mais calada, sua atenção oscilando entre a matéria e a imagem do corpo de Danilo. Cada vez que ele se inclinava para escrever, ou esticava um braço para pegar um livro, a lembrança daquela musculatura definida sob a cueca vinha à tona. O volume notável que ela vislumbrara parecia querer materializar-se a cada movimento dele, e um calor inesperado subia por seu corpo. Ela se esforçava para manter o foco, mas era uma batalha constante. A meiga e atenciosa professora estava, naquele dia, um tanto distraída por uma visão que a perseguia.
À noite, o encontro com Pedro, seu noivo, deveria ser um refúgio da intensidade dos seus pensamentos. Foram jantar em um restaurante aconchegante, onde Pedro, alheio aos turbilhões internos de Taís, falava sobre o seu dia com entusiasmo. Taís sorria, respondia, mas por trás da fachada de noiva feliz, a imagem de Danilo persistia como um fantasma sedutor.
Quando chegaram ao apartamento de Pedro, a atmosfera de intimidade logo se estabeleceu. Pedro a abraçou, beijou-a com carinho e a conduziu para o quarto. A medida que as roupas caíam e os corpos se encontravam, Taís tentou se entregar, como sempre fazia. Ela amava Pedro, sentia-se segura e amada por ele. Mas naquele dia, havia uma intrusa em sua mente.
No auge do momento de intimidade máxima, enquanto Pedro a penetrava com o ritmo familiar e apaixonado, Taís fechou os olhos. E foi ali, na escuridão de suas pálpebras, que a imagem de Pedro se dissipou. Em seu lugar, surgiu a figura de Danilo. O corpo jovem e atlético, o volume notável, a força latente que ela vislumbrara em seu quarto. Ela se permitiu desejar o Danilo no lugar do Pedro, e a fantasia, proibida e excitante, incendiou-a de uma forma que ela nunca havia experimentado.
Seus gemidos se tornaram mais altos, mais urgentes. Seu corpo, muito mais úmido, arqueava-se com uma intensidade que surpreendeu a si mesma. O orgasmo que a tomou foi avassalador, muito mais intenso e demorado do que qualquer um que tivesse tido com Pedro antes. Uma onda de prazer profundo e quase doloroso a varreu, deixando-a ofegante e satisfeita.
Pedro, alheio à fonte daquele prazer exacerbado, riu com satisfação enquanto a abraçava, o suor de ambos se misturando. "Uau, amor! Hoje você estava pegando fogo! Gemendo mais, suando mais do que o normal. Que que eu fiz de diferente hoje?", ele brincou, orgulhoso da reação dela.
Taís apenas sorriu, ofegante, o rosto corado não apenas pelo esforço, mas pela culpa e pelo desejo recém-descoberto. Ela murmurou algo inaudível, aninhando-se no peito de Pedro, e quando a imagem de Danilo voltou, ela, sentindo-se culpada, lutou para o afastar.
A semana seguinte trouxe uma nova emoção entre Taís e Danilo. A memória da noite com Pedro, tingida pelo desejo proibido, pairava nos pensamentos de Taís, deixando-a com uma mistura de culpa e uma curiosidade crescente.
Em uma tarde quente, durante uma aula de literatura, Taís estava sentada do outro lado da grande escrivaninha. Vestia um vestido leve e esvoaçante, e em um momento de distração, ou talvez por estar mais descuidada do que o habitual a borracha escorregou de seus dedos, caindo sob a mesa.
"Ah, minha borracha", Taís murmurou, sem grande preocupação.
Danilo, com sua habitual presteza, não hesitou. "Eu pego para a senhora, professora."
Ele se abaixou com a agilidade de um felino, e Taís, por um breve segundo, esqueceu-se da sua postura e do comprimento do seu vestido. O que aconteceu a seguir foi rápido, mas inegável. Ao se abaixar, Danilo acabou vendo "demais". A visão, mesmo que fugaz, da coxa de Taís, talvez um vislumbre da roupa íntima, fez um estrago silencioso.
Quando ele retornou, entregando a borracha a Taís, seu rosto estava levemente ruborizado, e um ar de bobo pairava em seus olhos. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios, quase imperceptível, mas que não passou despercebido por Taís.
Ela pegou a borracha, agradecendo com um sorriso gentil, mas fingiu e agiu como se nada tivesse acontecido. Por dentro, no entanto, um turbilhão de emoções a invadiu. Ela notou o rubor, o embaraço juvenil dele. E, para sua surpresa, achou aquilo engraçado e um pouco excitante.
Um pensamento audacioso cruzou sua mente. Ela esperou. Não queria que ficasse óbvio demais. Disfarçou, folheou algumas páginas, fez uma pergunta a Danilo sobre sua interpretação de um personagem. Ele respondeu, a voz um pouco mais rouca que o normal, e Taís notou que seus olhos, por vezes, desviavam para o que restava visível de suas pernas sob a mesa.
Seu coração acelerou no peito. Era quase como uma aposta silenciosa, um desafio que ela lançava para si mesma e para ele. Sentindo o calor subir, Taís sutilmente abriu um pouco mais as pernas sob o vestido, apenas o suficiente para criar uma abertura tentadora. Então, com um movimento que parecia o mais casual possível, ela "acidentalmente" empurrou a borracha para a beirada da mesa.
Danilo não percebeu a malícia, mas se alegrou por dentro, e mais uma vez se dispôs a pegar a borracha. Ele se abaixou novamente, dessa vez demorou bem mais tempo para voltar, notou que dava para ver melhor do que a primeira vez, viu com mais detalhes a calcinha rosa da professora. Era um modelo simples, de algodão, comportada e sem rendas ou detalhes provocantes. Uma peça íntima que evidenciava “a professora" e "a noiva recatada", mas que, naquele contexto e sob aquele olhar furtivo, ganhava uma conotação inesperada e intensamente excitante. A cor suave e o tecido comum tornavam o vislumbre ainda mais íntimo.
Uma mistura inebriante de vergonha e excitação a invadiu. A calcinha rosa, tão recatada em seu propósito, agora parecia um convite silencioso, um segredo que ela compartilhava com o rapaz. Taís sentiu a umidade entre suas pernas aumentar, uma resposta física inegável à ousadia crescente de Danilo. Ela deveria se repreender, interromper aquele jogo perigoso, mas algo a impedia. Era o poder que ela sentia, o controle sobre a atenção e o desejo daquele rapaz forte e sedutor. A transgressão sutil que a atraía como um ímã.
Aquele momento, para Taís, era um dilema. Ela era uma noiva séria e comportada, com uma vida estável e um futuro planejado. No entanto, o fato de estar ficando um pouco excitada ao se "mostrar" ao rapaz, mesmo que de forma tão velada, a fazia questionar os limites de sua própria moralidade e desejo. Era uma sensação intoxicante, quase perigosa, e ela se perguntava até onde aquele jogo inocente a levaria.