## 📖 **Capítulo 1 – A Caixa Preta**
Henrique já estava acostumado aos sons vindos do quarto dos pais, mas naquela noite algo parecia diferente. O relógio marcava pouco mais de 22h, e em vez do habitual silêncio do fim de domingo, ouvia-se um certo... entusiasmo vindo do cômodo ao lado.
— “Anal não, amor… ainda estou sensível desde a última experiência transcendental que você tentou me impor como se fosse um ritual tântrico improvisado.”
A voz de Hellen, sua mãe, tinha aquele tom teatral com que ela sempre misturava sarcasmo e sensualidade, como se estivesse num palco só para dois. Henrique, do quarto vizinho, fingia dormir — mas ouvia tudo.
— “Vamos, para a posição,” ordenou Marcelo com sua voz grave, tentando assumir o controle com a mesma firmeza de quem segura uma coleira... frouxa.
Henrique sorriu no escuro. Ele já sabia o desfecho.
Logo o colchão começou a ranger, gemidos abafados preencheram o ar e palavras soltas se misturavam ao som dos lençóis.
— "Marcelo, dizia .. agora rebola faz como a Anitta... Isso. Faz isso hum isso,”
Hellen, diz em meio a suspiros ritmados
Amor goza esta ardendo, goza, goza...
Não demorou até o momento clássico de Marcelo. Um urro abafado, seguido de um silêncio constrangedor — e de seu colapso físico sobre a cama.
Tudo indicava o fim da noite.
Mas Hellen não era mulher de aceitar epílogos tão mal escritos.
— “Certo. Agora é a *minha*, preciso gozar uma vez. Vai ficar aí com essa cara de missão cumprida? Não combinamos que hoje era equilibrado?”
Vc não vai deixar na mão...
Marcelo balbuciou, já meio fora de combate:
— “Desculpa, amor... não sei o que houve... acho que fiquei sem bateria, estou exausto.”
Hellen soltou uma risada seca. Então, em tom calmo e decidido:
— “Vai até o armário... e pega a *caixa preta*.”
Henrique engoliu secopois, ja sabia o que ia acontecer ele ja tinha ouvido e as duas vezes ele tinha ouvido muito gemidos choro súplicas...
A famigerada “caixa preta” já era lenda familiar.
Sua mãe sempre ameaçava o ameaçava com ela e sempre com dentes serrados e acara séria.
Nunca a vira, mas ouvira o suficiente para saber: ela continha os instrumentos do poder doméstico. Não ferramentas, mas símbolos. Coisas que faziam Marcelo suar antes mesmo de serem tocadas.
Marcelo hesitou. Depois levantou, abriu o armário e voltou com a caixa em mãos, com a mesma expressão de quem entrega um documento de rendição. Colocou-a sobre a cama e abriu a tampa devagar, como se o próprio objeto julgasse a performance dele.
Hellen sentou-se, cruzando as pernas com graça felina. Deslizou os dedos pela lateral da caixa e olhou para dentro com um sorriso técnico.
— “Qual será o brinquedo da noite?” — murmurou para si mesma, mais do que para ele.
Seus olhos encontraram um modelo específico. Prateado. Duplo. Cerimonial.
— “Esse.” — apontou, com firmeza. — “Hoje eu preciso de prazer. E quero esse. O duplo.”
Marcelo tentou não parecer assustado, mas ela viu. E gostou.
Ela se posicionou com naturalidade sobre os travesseiros, encaixando-se no objeto com precisão e prazer. Soltou um gemido curto, contido. Fechou os olhos. Respirou fundo.
Ela chamou Marcelo e disse em posição.
Marcelo ainda tentou negociar mas Henrique ouviu um sem chega posicao agora...
Aos poucos, os barulhos em ondas firmes e calculadas. Como se ele estivesse em uma danceteria com acixas de graves potentes.
Henrique ouvia o bater camam da parede com
barulhos retimado e com força
Henrrique ouvia o seu pai dizer: -para amor esta ardendo para amor ...
-Amor e um eu me esforço da proxima vez
-Tira ... Tira
Henrrique ouviu o mesmo urro que tinha ouvi na voz de seu pai mas, o barulho do bate estaca parou 10 mim de dois do urro...
Ouve um silencio.
Depois disso Henrrique ouve:
— “Agora,” disse Hellen “quero você na mesma posição que eu estava antes.”
marcelo diz com voz de choro -ainda estou tentando me recompor.
— “Amor… me dá só mais alguns minutos... eu tô quase recuperado...”
— “Ah, entendo. Quase. Como eu quase cheguei lá contigo. Mas a diferença, Marcelo, é que eu não parei.”
Henrriquev ouviu sua mae dizer:
— “Você teve o que quis. Agora é minha vez.”
Marcelo disse tá bom
Hellen sussurrou:
— “Fique calmo, querido. Hoje não é sobre provar nada. É sobre lembrar quem manda na narrativa.”
Henrique, estava excitado e penssava que isso não era normal. Mas no fundo, sabia: vivia com pais apaixonados, intensos e simbólicos era melhor do que qualquer telenovela. Era, no mínimo, educativo.
Henrrique ficou penssando quero isso para mim....