Capítulo 7 – Provações na Casa de Vanessa
A sexta-feira começou com chuva fina e perfume de maçã-verde. Henrique já estava de joelhos antes das sete, vestido com um robe de cetim lilás e as mãos repousando sobre as coxas. A coleira dourada marcava sua condição. Laura, sentada de pernas cruzadas à mesa do café, lia em voz baixa os compromissos do dia. Um deles, sublinhado em vermelho, fez Henrique engolir em seco.
— Hoje é dia de você servir Vanessa. Lembra do que prometi no clube?
— Sim, Senhora...
— Pois bem. Ela está curiosa. E eu quero ver até onde você vai por mim. Vai se portar como serviçal perfeito. Vesti-lo é problema dela. Mas vou enviar um conjunto. E você só tira se ela mandar.
Henrique assentiu, com o coração apertado.
Laura o vestiu com uma lingerie preta transparente, cinta-liga e salto vermelho. Um sobretudo por cima e uma bolsinha com baton, lenços, perfume e um plug pequeno já inserido. Ele estremeceu quando ela o ajeitou.
Vanessa o recebeu com um sorriso de canto.
— Que gracinha. Pode entrar. Vamos ver se você sabe obedecer como dizem.
Henrique entrou, olhos baixos.
— Tira o casaco. Mostra pra mim o que a Laura mandou.
Ele obedeceu. Vanessa mordeu o lábio.
— Delícia. Pode começar passando aspirador na sala. E depois limpa os espelhos. Quero ver sua bunda empinada.
Henrique passou a manhã entre tarefas. Sempre de salto. Sempre em silêncio. Vanessa o observava sentada, cruzando e descruzando as pernas.
Na hora do almoço, ela o chamou.
— Vem aqui. Me serve o vinho. Depois quero que me massageie os pés.
Enquanto ele cuidava dos pés dela, Vanessa pressionava a ponta do salto entre as pernas dele, testando seus limites. Ele corava, tremia, mas não recuava.
— Você tem mesmo jeito pra isso. Uma belezinha. Laura vai adorar saber que você se comportou como uma verdadeira boneca.
Ela mandou que ele se ajoelhasse e abrisse a boca. Enfiou um bombom entre os lábios dele e sussurrou:
— Vou te ensinar a saborear vergonhas doces.
Depois do almoço, Vanessa ligou para Laura com vídeo aberta. Mostrou Henrique ajoelhado, com baton borrado, e disse:
— Aprovadaíssima, amiga. E posso dizer? Estou pensando em treinar o meu também.
Laura respondeu:
— Então guarde a boneca hoje. Amanhã é minha vez de brincar de novo.
Vanessa olhou para ele:
— Ouvindo, querida? Vai dormir aqui hoje. E quem sabe, se for muito obediente, eu te deixo usar meu creme corporal.
Henrique dormiu no quarto de hóspedes, preso por uma fita de cetim ao pé da cama. A camisola de renda era dela. O perfume também. E ele adormeceu com um sorriso pequeno.
Sabia que estava sendo moldado. Testado. E adorado. Cada vez mais delas. E cada vez menos dele mesmo. Como deveria ser.