Capítulo 3 – *O Ultimato da Rainha*

Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 1282 palavras
Data: 24/06/2025 09:10:31

📘 Capítulo 3 – *O Ultimato da Rainha*

Henrique já havia se acostumado com o som dos próprios joelhos tocando o chão. Era como o primeiro acorde de uma música antiga, daquelas que a gente só percebe que conhece quando começa a tocar. O tapete do quarto tinha se tornado mais íntimo que o colchão. A calcinha, mais familiar do que cueca. E o silêncio, aquele que antes lhe causava incômodo, agora era território onde a voz dela ecoava com mais força.

Naquela noite, ele havia preparado o banho dela com pétalas e espuma. Tinha acendido velas aromáticas, como ela pedira pela manhã. E ficou, de joelhos, esperando no corredor, com a cabeça baixa e as mãos unidas sobre as coxas — vestido apenas com um robe curto e transparente que ela havia deixado no encosto da cadeira.

Quando ela saiu do banho, a imagem era uma visão quase mística: a pele úmida, os cabelos presos num coque solto, e os seios grandes e pesados soltos sob o robe branco entreaberto. As gotas d’água escorriam entre os quadris largos e as coxas musculosas. Ela não usava sutiã. Nem calcinha. Apenas perfume. E poder.

Henrique sentiu o corpo inteiro reagir. Não apenas o sexo — trancado dentro de uma jaula plástica, como ela havia exigido dois dias antes — mas também algo mais profundo, mais visceral. Um desejo que não se resumia à carne. Um desejo de *servir*. De *pertencer*.

Ela o olhou, parada à porta, sem dizer uma palavra. A luz das velas lambia as curvas do corpo dela, desenhando sombras que pareciam dançar lentamente. E então, sem pressa, ela se aproximou. O robe dela se abriu, deixando à mostra o ventre forte, a cintura ligeiramente marcada pelo tempo, e o sexo depilado, firme, majestoso como um altar.

Ela não falou. Apenas sentou-se na cadeira à frente dele e cruzou as pernas, expondo um pouco mais a carne dourada e perfumada.

— Hoje — ela começou, com a voz baixa e firme —, vamos redefinir nossa relação. Você já entendeu que não está à altura do meu prazer. Isso está claro. Já entendeu também que não tem o direito de exigir nada. O que resta a você é *merecer*. E para isso… eu vou te educar.

Henrique respirava devagar, sem ousar levantar os olhos.

— A partir de agora, temos regras. Cada regra é uma oferenda à minha paciência. E uma oportunidade de você se manter digno de permanecer ao meu lado. Vamos começar com dez. E, conforme sua evolução, podemos ajustar.

Ela pegou um papel que havia preparado antes e começou a ler.

**Regra 1:** Você só goza com minha autorização expressa.

**Regra 2:** Sempre que estiver em casa, usará as peças íntimas que eu escolher. Cueca é privilégio, não direito.

**Regra 3:** Toda noite, você dorme de joelhos aos meus pés.

**Regra 4:** Antes de dormir, você massageia meus pés, minhas pernas, e, se eu quiser, minha alma.

**Regra 5:** Quando eu estiver menstruada, você me serve com mais devoção ainda.

**Regra 6:** Você nunca olha diretamente nos meus olhos, a não ser que eu mande.

**Regra 7:** Seu prazer é o reflexo do meu. Se eu não gozar, você não sorri.

**Regra 8:** Você usará plug anal durante o jantar, até aprender a controlar sua ansiedade.

**Regra 9:** Não reclama. Nem quando estiver dolorido, com fome, cansado ou excitado.

**Regra 10:** Cada infração resultará em punição. As punições serão pedagógicas e... prazerosas. Para mim.

Henrique sentiu o sangue esquentar dentro do corpo. A jaula apertava. A vergonha latejava. Mas ele não recuava.

— Está pronto para essa jornada?

Ele assentiu. Fraco. Mas firme.

— Então comece. Lambe meu pé.

Ele se arrastou até o salto. Beijou primeiro. Depois lambeu. Cada dedo. Cada fresta. Como se aquilo fosse sua eucaristia particular.

Ela abriu um sorriso satisfeito e recostou-se na cadeira. Espalhou as pernas.

— E agora… a língua. Você já conhece o caminho.

Ele se aproximou. Enfiou o rosto entre as coxas grossas e lambeu. Devagar. Profundo. Como se pudesse, com a boca, compensar todos os fracassos dos anos anteriores. Ela suspirava. Apertava as coxas contra a cabeça dele. Sussurrava comandos entre gemidos.

— Assim. Isso. Mais fundo. Mais língua. Devora.

Henrique sentia-se embriagado. Não só pelo cheiro dela, mas pela sensação de estar sendo útil. De, enfim, ser o instrumento do prazer da mulher que ele nunca soube tocar.

Ela gozou contra a boca dele, tremendo. Agarrou os cabelos dele com força, como se puxasse a alma.

Quando terminou, empurrou-o para trás com o pé.

— Agora vai pro espelho.

Ele obedeceu. Ajoelhou-se em frente ao grande espelho do quarto. Ela veio por trás e colocou nele um colar fino, de couro, com uma argola na frente.

— A partir de agora, esse é seu novo adorno. O símbolo do que você é. Um macho em treinamento. Um cachorrinho leal. Um brinquedo precioso.

Henrique sentia o rosto em brasa.

Ela o observou ali, nu, de joelhos, com a jaula no sexo, o colar no pescoço e a calcinha rosa jogada sobre os ombros como um troféu da vergonha.

— Agora, diz. Quem você é?

Ele hesitou.

— Eu sou… seu.

— Só isso?

— Sou seu brinquedo. Seu cachorrinho. Sua propriedade.

— E o que você deseja?

— Servir. Te fazer gozar. E… merecer um dia… te tocar.

Ela sorriu. Caminhou até a cômoda, pegou o celular e filmou alguns segundos dele ajoelhado, em silêncio.

— Essa é sua nova senha de tela. Pra nunca esquecer.

Henrique não discutiu. Sabia que aquilo não era chantagem. Era identidade.

---

Na manhã seguinte, ele acordou com a coleira ainda no pescoço.

Ela o acordou com a ponta do salto pressionando seu ombro.

— Levanta. Café. Depois temos visita.

— Visita?

— Sim. A faxineira. E hoje... ela vai brincar também.

Henrique arregalou os olhos.

— Mas…

— Silêncio. Você me pertence. E se eu quero compartilhar, é problema meu. Agora anda.

Ele serviu o café de camisola nova, azul celeste, com renda no busto e um laço discreto nas costas. Quando a faxineira chegou, arregalou os olhos. Mas não disse nada.

— Bom dia, dona Laura… oi… senhor?

— Henrique. Pode chamá-lo de princesa. — disse ela com ironia, tomando um gole de café.

A faxineira riu, provocante.

Durante a manhã, enquanto limpava os vidros, ela deixava a blusa aberta até a barriga. A cada passada de pano, Henrique olhava. E desviava. E olhava de novo. Até que Laura notou.

— Está olhando pra onde não deve, boneca?

Henrique ficou em silêncio.

— Vem cá. Ajoelha.

Ele obedeceu. Laura se aproximou e encostou o peito no rosto dele.

— Sente o cheiro? Isso é mulher de verdade. Gosta?

Ele gemeu baixo.

— Que pena. Não é pra você. E agora… vai terminar de limpar o chão. Com a escova de dente. Só pra aprender a não olhar sem permissão.

---

No fim do dia, ela o chamou ao quarto.

— Henrique. Quero que saiba que a partir de agora, você só vai poder tirar a jaula se eu autorizar. Vamos usar uma pontuação.

Ela pegou um caderno.

— Cada boa ação, um ponto. Cada infração, menos dois. Com cinquenta pontos… talvez eu deixe você gozar. Entendido?

— Sim, senhora.

— Ótimo. Hoje, você ganhou três pontos. Mas olhou demais pra faxineira. Menos dois.

— Desculpa…

— Eu não quero desculpas. Quero evolução. Agora ajoelha. Quero minha massagem.

Henrique ajoelhou atrás dela e começou a massagear suas costas, descendo até os quadris, as coxas. Ela se recostava como uma rainha.

— Você ainda é um rascunho de homem. Mas está ficando mais… polido. Talvez um dia mereça ficar sob meus saltos de verdade.

E ali, entre massagens e ordens, Henrique sentiu que a coleira já não o prendia… ela o libertava. Libertava-o da obrigação de ser um homem que ele nunca foi. E o transformava em algo novo.

Algo que pertencia, inteiramente, a ela.

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