📘 Capítulo 2 – O Peso do Silêncio

Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 1195 palavras
Data: 24/06/2025 08:56:24

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📘 Capítulo 2 – O Peso do Silêncio

O eco do salto dela ainda parecia bater no chão da memória dele.

Henrique permanecia ajoelhado no chão do quarto como se o tempo tivesse congelado sua dignidade. A cinta peniana, agora solta ao lado, era mais do que um acessório: era um símbolo. Uma entrega. Uma capitulação que ele não entendia completamente, mas que o excitava de um jeito estranho, quase vergonhoso.

Ela dormia tranquila. Nua. Luminosa. Com os quadris largos expostos como um trono de carne que ele jamais soube como adorar. E agora, mesmo pequeno, mesmo domado, mesmo sem um orgasmo sequer, ele estava… aceso.

Henrique recolheu suas roupas espalhadas pelo quarto como quem recolhe restos de uma batalha perdida. Vestiu-se sem pressa, evitando o espelho. E obedeceu: dormiu no sofá.

Mas naquela madrugada, deitado de lado, com o membro latejando preso à cueca, ele entendeu que alguma coisa nele havia mudado. Não era apenas vergonha. Era um tipo novo de desejo. O desejo de ser útil. De obedecer. De merecer.

E isso o assombrava. E, ao mesmo tempo… o alimentava.

Na manhã seguinte, ela não falou nada.

Desceu para o café já vestida com uma saia justa até os joelhos e uma camisa branca de botões entreabertos. O sutiã preto fazia questão de aparecer sob o tecido leve. Ela parecia provocadora… só por existir.

Henrique já estava na cozinha. Havia preparado o café como na manhã anterior. Mas dessa vez ajoelhou-se ao lado da mesa com uma bandeja nas mãos. Nem pensou. Apenas sentiu que precisava.

Ela o olhou.

Com calma. Com um ar quase maternal, quase imperial.

— Começamos a entender, enfim? — disse, pegando a xícara.

Ele não respondeu. Só baixou a cabeça.

— Bom. Agora levanta e me serve frutas. Mas antes... tira a cueca.

Ele hesitou. Estavam sozinhos, mas a vergonha ainda queimava.

— Você não precisa ter vergonha do que é. Eu já vi. Eu já medi. Eu já avaliei. Agora é só tratar com realismo. E com disciplina.

Ele obedeceu. Ficou nu da cintura para baixo, com o avental por cima. Ela sorriu, satisfeita.

— Ótimo. Agora, vamos conversar como adultos.

Sentou-se com as pernas bem abertas. A saia subiu discretamente, revelando um pouco mais da coxa. Ele trouxe a tigela com frutas cortadas.

— Você quer me dar prazer? Quer ser o homem que me faz gozar? Então vamos por outro caminho. Porque pela estrada tradicional, Henrique, você só me leva até a beira da frustração.

Ela pegou um morango. Mordeu devagar. Fechou os olhos.

— Você vai aprender. Vai reaprender. Vai passar por um recondicionamento. Do zero. E eu vou te guiar. Mas para isso, você vai ter que aceitar que, até segunda ordem, você não manda nem na sua ereção.

Henrique assentiu. Baixo. Submisso.

— Bom menino.

Ela pegou outra fruta e pressionou levemente contra os lábios dele. Ele abriu a boca. Ela o alimentou como se fosse um bicho de estimação raro — um macho em reeducação.

— Hoje, quando eu voltar do Pilates, quero você depilado. Inteiro. E usando a calcinha que deixei no armário. Nada mais.

— Calcinha?

— Sim. Rosa. De renda. Delicada. Mais do que você merece, mas já é um passo.

Henrique corou. Mas não respondeu. Estava sentindo-se menor. E estranhamente… útil.

À tarde, ele entrou no quarto tremendo. Seguiu as instruções. Depilou-se como pôde. Deixou apenas uma linha discreta acima do púbis. Depois abriu a gaveta e encontrou a peça.

Era uma calcinha de renda fina, com detalhes em laços. O tecido era leve, quase inexistente, e ao tocá-la ele sentiu um arrepio de vergonha subir pelas costas.

Vestiu.

A sensação foi estranha. Desconfortável. Mas não física. Era emocional. Aquele simples pedaço de pano tirava dele qualquer sensação de virilidade antiga.

Ele se olhou no espelho. E não se reconheceu.

Mas havia… algo ali. Algo diferente. Um tipo de paz. Como se enfim tivesse parado de tentar ser algo que nunca conseguiu ser plenamente.

Quando ela chegou, encontrou-o ajoelhado no chão do quarto, só com a calcinha rosa, as mãos sobre as coxas e os olhos baixos.

Ela suspirou.

— Finalmente, você está começando a nascer. Venha.

Pegou-o pela mão e o levou até a cama.

— Hoje você vai assistir. Só assistir. Você não existe. Você é meus olhos, minha boca, minhas mãos — mas só se eu quiser.

Ela se despiu diante dele. Lentamente. Retirando cada peça como se fosse uma dança privada, um ritual de dominação sensual.

Sentou-se na beira da cama. Abriu as pernas. E se masturbou.

Ele assistiu. Engolindo em seco. Sentindo o membro latejar sob o tecido da calcinha. Mas sem se tocar. Nem ousou.

Ela gozou uma vez. E depois outra.

Ao final, olhou para ele.

— Gostou?

Ele assentiu, engolindo saliva.

Ela se aproximou e passou a mão entre as pernas dele, sentindo a calcinha úmida de excitação reprimida.

— Sabe o que você é agora?

— O quê?

— Um bonequinho de prazer. Meu brinquedo. Meu bibelô. E se for um bom menino… pode virar algo útil.

Ela virou-se de costas.

— Agora massageia meus pés.

Henrique ajoelhou-se atrás dela e começou a massagear lentamente as solas dos pés, sentindo-se cada vez menor, cada vez mais submisso, e... estranhamente em paz.

Nos dias seguintes, a transformação acelerou.

Ele passou a dormir no chão do quarto, em um colchonete. Pela manhã, preparava o café vestido com uma camisola curta de seda que ela havia deixado pendurada no banheiro. Aos poucos, ela foi adicionando pequenos rituais à rotina.

“Antes de me servir, beija meus pés.”

“Só fala quando eu perguntar.”

“Não senta no sofá, senta no banquinho de castigo.”

E ele obedecia. Não por medo. Mas por desejo. Um desejo diferente. Um desejo de ser visto. De ser útil. De merecer a mulher que sempre teve ao lado, mas nunca soube tocar com a intensidade que ela exigia.

Na sexta-feira à noite, ela trouxe uma visita.

Luciana, sua melhor amiga.

Henrique estava de avental e calcinha, cozinhando. Quando ouviu a voz da amiga, correu para o quarto.

Mas ela o chamou.

— Volta aqui. E se apresenta.

Ele congelou.

— Com a calcinha?

— Claro. É sua roupa oficial agora.

Ele obedeceu. Caminhou pela sala como quem caminha pela forca.

Luciana estava sentada no sofá, de vestido justo, perna cruzada e taça de vinho na mão.

Quando o viu, abriu um sorriso que misturava surpresa e diversão.

— Uau… eu achei que você tava exagerando nas mensagens. Mas ele tá mesmo assim?

— Está. E está cada vez mais útil.

Luciana se levantou, caminhou em volta dele. Observando. Avaliando. Como quem escolhe um objeto novo para a sala.

— Ele faz massagem nos pés?

— Faz. Lamberia também, se eu mandasse.

Luciana estalou os dedos.

— Ajoelha.

Henrique hesitou.

Ela repetiu.

Ele ajoelhou.

— Bom brinquedinho. — ela disse, passando o salto devagar pelo ombro dele. — E se eu quiser um desses pra mim?

— Comece treinando o seu. Mas cuidado… precisa saber como. Não é só mandar. É saber gozar primeiro. Eles obedecem quando sentem que estão servindo a uma Deusa.

As duas riram.

Henrique apenas respirava fundo, tentando controlar a ereção. A calcinha já não escondia nada.

Luciana encostou nele e sussurrou:

— Tá gostando, hein?

Ele corou.

— Vai adorar o próximo passo.

— Qual?

As duas sorriram.

A resposta viria... em breve.

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