Um ano de você - Cap 6

Um conto erótico de Ju
Categoria: Trans
Contém 3191 palavras
Data: 23/06/2025 22:31:27
Assuntos: Trans

A semana mal tinha começado e já estava a todo vapor. O escritório fervilhava com prazos, audiências e clientes batendo na porta. Eu entrava com meus saltos firmes, vestido justo, batom vermelho impecável e uma pasta de processos em uma mão, café na outra. Léo, claro, já estava lá, com a gravata torta de propósito, aquele ar charmosamente debochado e os olhos que sempre me despiam mesmo quando ele tentava parecer profissional.

Matheus, o nosso estagiário, seguia atento. Discreto, observador, ainda um mistério em si mesmo. Ele anotava tudo com dedicação, e vez ou outra, trocava olhares rápidos comigo, como se estivesse tentando decifrar algo além da pauta jurídica. Eu sorria de canto, conhecendo bem aquele tipo de admiração silenciosa.

— Doutora Ju, audiência da tarde confirmada. Mas o advogado da parte contrária mandou um aditamento novo, chegou agora, Matheus avisou, me entregando a cópia.

— Sempre em cima da hora, né? respondi com um olhar afiado, pegando os documentos. Obrigada, querido. Vai anotando aí: “falta de decoro processual e de organização”. Escreve isso em letras garrafais.

Leonardo passou por mim nesse momento, roçando de leve a mão na minha cintura, como se fosse acidental. Olhou para Matheus e comentou, com aquele humor que misturava ciúmes e malícia:

— Cuidado, estagiário… ela quando sorri assim, tá tramando alguma coisa.

Matheus corou.

Matheus, como sempre, atento e prestativo, estava imerso na organização dos prazos da semana. Ainda era o mesmo rapaz discreto de sempre, curioso em silêncio, gentil e dedicado. Acompanhei de longe ele cochichando algo com a recepcionista, os dois rindo baixinho. Sorri por dentro. No fundo, ele estava se entrosando. E parecia se permitindo, aos poucos, florescer.

O dia foi longo. Tenso. Cheio de calor jurídico e provocações sutis. Mas quando o relógio marcou seis da tarde, o escritório começou a esvaziar. Recolhi minhas coisas e passei na sala do Léo:

— Amor, tô precisando andar. Pensar em qualquer coisa que não sejam sentenças e processos. Vamos bater perna?

— Shopping? ele perguntou, já tirando o paletó. Se tu me prometer que não vai me largar numa loja de lingeries por meia hora, eu topo.

— Prometo nada, respondi, rindo. Mas a gente pode negociar com milk-shake.

Fomos direto para o shopping. A brisa da noite chegando misturada ao cheiro de batata frita e perfume caro. Caminhar de mãos dadas ali me fazia esquecer o peso do dia. Ríamos por bobagens, comentávamos vitrines, olhávamos roupas que não pretendíamos comprar e sapatos que claramente não cabiam no orçamento. Na praça de alimentação, dividimos um milk-shake de morango e batatas com cheddar. Como se fôssemos dois adolescentes depois da aula.

Foi quando passamos em frente àquela vitrine. Eu parei. Os olhos foram direto para ela: uma bota. Alta, de couro, salto fino, com detalhes elegantes nas laterais e um brilho sutil. Era daquelas peças que falavam sozinhas. Que gritavam poder e desejo com uma classe que só a moda sabe transmitir.

Fiquei imóvel por alguns segundos. Apenas observando.

— Bonita! Léo comentou, num tom quase neutro, como se não quisesse quebrar a concentração dos meus olhos.

— Siiiiim… — soltei, quase num sussurro. Linda.

— Vai levar?

— Não... o valor tá um pouquinho alto, respondi com um sorriso sem graça. Dessa vez eu vou deixar passar. Mas que eu adorei, ah, eu adorei mesmo.

Ele ficou alguns segundos em silêncio, os olhos presos no vidro, e então disse, baixinho:

— Tu ia ficar linda com ela. Já até te imaginei usando.

Sorri. Daqueles sorrisos que vêm devagar, de canto, sem mostrar os dentes, mas que dizem tudo.

Ele não insistiu. Só me olhou daquele jeito que mistura desejo e admiração.

Minutos depois, passamos por uma vitrine de relógios. Léo parou.

— Olha esse aqui, disse, apontando um modelo com pulseira marrom e mostrador preto minimalista. Bonito, né?

— Combina contigo — comentei.

— Gosto dessas coisas discretas. Que dizem mais pelo tempo do que pelo brilho.

— Tempo diz tudo, né?

Nos entreolhamos. Um silêncio curto e denso, que não precisava de explicações.

Seguimos. De mãos dadas, num passo calmo. O shopping ao redor parecia girar em outra frequência. E eu sentia que, por trás dos sorrisos, das botas não compradas e dos relógios apenas apontados, havia um universo de coisas prestes a acontecer.

Mas por enquanto… tudo estava exatamente como deveria estar.

O dia seguinte amanheceu nublado, com aquele ar preguiçoso que fazia a gente querer ficar mais tempo na cama. Mas eu cheguei mais cedo ao escritório. A verdade é que eu estava mais sensível nos últimos dias, os hormônios mexendo comigo por dentro e por fora. Minha pele parecia mais fina, os sentidos mais aguçados. E cada emoção vinha com mais força, como ondas que não se podia evitar.

Matheus já estava lá. Quando entrei na sala, ele levantou os olhos do notebook e me olhou com aquele respeito encantado de sempre.

— Trouxe um café pra senhora… com leite, do jeito que a senhora gosta.

— Ai, Matheus… obrigada, meu querido. — sorri, pegando o copo com delicadeza. E sem açúcar, né?

— Claro. Não ousei adoçar o café da mulher mais doce do escritório — disse, com um sorriso tímido.

Eu ri, e ele ficou vermelho.

— Tá ficando cada vez melhor com as palavras, hein?

Nesse momento, Léo entrou na sala. Elegante, com o blazer alinhado e aquele jeito de quem já chega tomando o espaço com os olhos. Ele me lançou um olhar demorado, que começou nos meus saltos e terminou no meu batom vermelho.

— Bom dia, doutora Juliana.

— Bom dia, doutor Leonardo.

Trocamos olhares cúmplices. Matheus desviou o olhar para o monitor. Eu sabia que ele percebia os códigos entre mim e o Léo. Mas ainda não entendia o quanto aquilo ia além da atração.

Mais tarde, eu e o Léo fomos juntos a uma audiência importante. A tese era espinhosa e o clima tenso. Nos enfrentamos com o Ministério Público do Trabalho e alguns advogados bastante hostis. Mas a sintonia entre nós era afiada. Ele falava e eu sustentava. Eu rebatia e ele complementava. O juiz chegou a elogiar a nossa objetividade. No fim, saímos vitoriosos. No carro, no caminho de volta, ele esticou o braço e segurou minha mão sobre o câmbio. Um gesto discreto, mas cheio de significados.

— A gente funciona bem junto, né? ele disse, sem tirar os olhos da estrada.

— Profissionalmente ou no geral?

— No geral. E hoje mais do que nunca.

Eu olhei de lado. A forma como ele apertava meus dedos, como seus olhos brilhavam ao volante… tinha algo ali. Algo que estava sendo preparado.

Naquela noite, ao invés de sairmos pra jantar, o Léo resolveu improvisar algo especial em casa.

— Vai tomar banho. Deixa o resto comigo — ele disse, me dando um tapinha na bunda antes de me soltar.

Enquanto a água quente caía sobre meu corpo, eu podia ouvir a playlist que ele colocou: um sertanejo apaixonado, meu fraco. Saí do banho envolta na minha camisola preta de cetim, com a fenda lateral que mostrava meu quadril nu. Meus cabelos ainda úmidos, batom retocado. Entrei na sala e ele estava no chão, sentado em uma manta, com duas taças de vinho, uma tábua de frios e o olhar mais devasso que ele já me lançou.

— Que visão, meu Deus… ele murmurou, levantando a taça.

Sentamos no chão, rindo, comendo pedaços de queijo e uva, dividindo o vinho entre goles e olhares. Ele passou os dedos pela minha coxa nua, acariciando minha pele com delicadeza. A música ao fundo dava ritmo ao nosso silêncio. Ele se inclinou e beijou meu ombro. Depois meu pescoço.

— Tu não faz ideia do quanto eu te amo… sussurrou, com os lábios colados na minha pele.

— E tu não faz ideia do que teu toque faz comigo, respondi, deslizando meus dedos pelo pescoço dele, puxando sua boca para a minha.

Nos beijamos ali mesmo, deitados no tapete, com as luzes suaves e os corpos colados. Ele tirou minha camisola devagar, como se cada centímetro de pele revelado fosse uma oferenda. Desceu os beijos pela minha barriga, me fez gemer baixinho quando beijou minha virilha. E, antes de me penetrar, olhou dentro dos meus olhos e disse:

— Eu te imaginava usando aquela bota da vitrine. E nada mais.

Gozei minutos depois, com as mãos dele segurando meus pulsos e os olhos fixos nos meus. E ele logo depois, com a boca no meu pescoço, dizendo meu nome como se fosse uma oração.

Na sexta-feira, Matheus apareceu com um novo corte de cabelo.

— Tá diferente hoje, comentei, sorrindo.

— Resolvi cuidar um pouco mais de mim. Inspiração do ambiente, talvez.

A manhã começou como qualquer outra. O café tomado às pressas, o salto ajustado antes de sair, um batom novo pra combinar com a leve ansiedade que eu tentava disfarçar. No carro, Leonardo estava mais falante que o normal — e eu, por dentro, tentava conter o coração que já dançava no ritmo dos meus planos.

Quando chegamos no escritório, ele me deu um beijo rápido no rosto e avisou:

— Amor, vou precisar passar no meu pai mais tarde. Uns documentos do escritorio que ele esqueceu de me entregar.

— Tudo bem. Vai tranquilo! Respondi, fingindo naturalidade.

Por dentro, meu plano já estava em curso.

Passei a manhã lidando com alguns processos, organizei uma pauta com Matheus, e até conduzi uma reunião rápida com a equipe da área cível. Tudo no piloto automático. Às 14h, bati na porta da sala do Léo e anunciei, com o tom mais natural do mundo:

— Amor! Preciso sair agora. Tenho uma audiência na Justiça do Trabalho. Vai ser longa, então talvez eu nem volte pro escritório hoje.

— Quer que eu te leve?

— Não precisa, amor. Vai perder tempo. A Vara é longe e tu ainda tem coisa pra resolver aqui, né?

Ele assentiu. Me lançou aquele olhar atento — como se sempre soubesse quando eu escondia algo, mas não disse nada.

Saí com o coração acelerado.

Fui direto para o shopping ver aquele relogio que o Léo tinha gostado e mais umas coisinhas, e depois fui para casa. Quando cheguei, liguei a playlist que a gente adorava — aquela que tocava as melhores musicas, do jeitinho que ele curtia.

Na cozinha, preparei cada detalhe com carinho: um jantar leve, sofisticado, com vinho, queijos, e uma pizza que ele amava. Montei a mesa com velas finas e delicadas, luz baixa, guardanapos de tecido, tudo com tons dourado e bordô. O clima era de celebração íntima. Só nosso.

Depois fui me arrumar. Escolhi uma lingerie preta com transparência sutil, um vestido de cetim vinho profundo, justo no corpo, com um decote que abraçava meus ombros. Meias arrastão, salto agulha e o batom vermelho que ele sempre elogiava. Soltei o cabelo, dei uma borrifada do perfume preferido dele no pescoço e no colo.

Às 19h57, ouvi a porta abrir.

— Ju...? — ele chamou, num tom de surpresa misturado com dúvida.

A música suave preencheu o fundo da voz dele. Apareci na sala, encostada no batente, com uma taça de vinho na mão e um sorriso discreto, felino.

— Boa noite, meu amor…

Ele congelou por um instante. Os olhos fizeram um passeio inteiro por mim antes de parar nos meus.

— Meu Deus... sussurrou. O que é isso?

Me aproximei lentamente e, antes que ele dissesse qualquer coisa, comecei:

— Hoje faz exatamente um ano. Um ano desde aquele dia em que tu me pegou de surpresa com aquele pedido, ali mesmo, entre processos e pastas, como se o amor tivesse pressa. Um ano que tu me faz a mulher mais feliz do mundo.

Ele sorriu com os olhos marejando.

— Eu sei que a gente briga, se irrita, se estressa com prazos, com vida corrida, com essa loucura que é viver tudo ao mesmo tempo. Mas eu também sei que não existe um só dia em que eu não agradeça por tu estar na minha vida. Por tu me ver. Me amar. Me escolher. Mesmo com os olhos fechados, mesmo quando nem eu mesma sei onde tô pisando.

Leonardo não conseguia parar de me olhar. Peguei a caixinha pequena sobre a mesa e entreguei pra ele. Era o relógio. Elegante, sofisticado, com um aro metálico e fundo escuro. Dentro da caixa, a frase gravada no verso:

“O tempo que passo contigo vale mais que a eternidade. Que cada segundo desse novo tempo te lembre o quanto eu te amo. Ju”

Ele segurou com cuidado, como se aquele presente fosse mais que um objeto, como se fosse a tradução exata do que a gente construiu.

— Ju… ele disse baixo, com a voz embargada. Tu não existe.

— Não, amor. Eu existo. E tu me faz existir melhor.

Nos abraçamos ali mesmo, no meio da sala iluminada só pela luz das velas e pela promessa silenciosa de que o nosso tempo, aquele que começava um ano atrás, ainda tinha muitos capítulos a viver.

— Agora senta. Porque ainda tem mais... eu disse com um sorriso malicioso, indo até o quarto e voltando com um envelope grosso de papel perolado, amarrado com fita de cetim.

Ele abriu com calma. Dentro, as fotos do book sensual que eu tinha preparado. Imagens minhas em lingeries, saltos, poses ousadas e olhares que diziam tudo o que meu corpo queria expressar pra ele. Ele virou algumas páginas com as mãos trêmulas.

— Isso aqui é um crime, doutora, ele sussurrou, com um brilho no olhar.

— Então me prende, respondi, me inclinando sobre o encosto da cadeira.

Rimos. E nesse riso morava o desejo.

— Agora é minha vez, ele disse, se levantando e indo até o hall. Voltou com uma sacola grande, delicadamente envolta em papel dourado. Dentro, estavam as botas. Sim, aquelas do shopping. A que eu me apaixonei. Ao lado, um buquê de flores vermelhas e brancas e um frasco do meu perfume favorito, o mesmo que eu usava naquela noite.

— Tu achou que eu ia esquecer, né?

— Tu é um idiota... — sussurrei, emocionada.

— Mas eu sou teu. E vou sempre lembrar de tudo que faz teus olhos brilharem.

Me joguei nos braços dele. Nos beijamos. E logo estávamos no tapete da sala, entre flores, vinho e velas, toques quentes e palavras sussurradas. Ele calçou as botas em mim. Beijou minha coxa coberta pela meia arrastão, passou os dedos no meu colo, me adorou inteira.

Ele me deitou devagar sobre o tapete da sala, entre pétalas do buquê e a meia-luz das velas que tremeluziam nas paredes. O vestido escorregou pelos meus ombros com facilidade, como se o cetim tivesse sido feito pra cair só com o toque dos dedos dele. Eu continuei de botas, altas, elegantes, dominadoras, exatamente como ele tinha imaginado. E quando ele me viu ali, só debotas, lingerie e meias arrastão, sussurrou rouco:

— Tu não tem ideia do que faz comigo, doutora…

Se aproximou, beijando meu pescoço, minha clavícula, os seios por cima do sutiã, com uma devoção quase indecente. Suas mãos me apertavam firme. Meus mamilos já estavam duros, pulsando, e ele os lambeu com lentidão, até que eu arqueei as costas e puxei os cabelos dele, implorando sem palavras.

— Tira tudo, Léo... gemi, a voz falhando de tesão. — Me fode do jeito que só tu sabe.

Mas ele não tinha pressa. Ajoelhou-se entre minhas pernas, passou os dedos pela minha calcinha até deixá-la ensopada. Me olhou com malícia, puxou o tecido pro lado e começou a lamber meu cu com vontade. Eu gemia alto, sem controle, sentindo a língua quente, ágil, explorando cada ponto como se fosse um manjar. Me chupava com tesão, com precisão, alternando entre lambidas longas e curtas, me deixando em transe. Quando senti que ia gozar, ele parou, me encarando com aquele olhar sacana que eu amava.

— Não. Primeiro eu quero gozar com a tua boca.

Se levantou e ficou de pé diante de mim, o pau preto duro, latejando. Eu me ajoelhei com a mesma devoção com que ele me adorava. Peguei com as duas mãos, passei a língua pela glande, fazendo ele arfar. Depois envolvi tudo com a boca, engolindo fundo, até que os olhos dele viraram. Chupei com ritmo e intensidade, massageando os ovos, gemendo contra o pau dele pra aumentar o prazer. Ele segurava minha cabeça, rebolava de leve, enfiando mais fundo, me fodendo a boca com gemidos roucos.

— Que boca, minha linda… ele sussurrava, alucinado.

Quando ele avisou que ia gozar, enfiei ainda mais fundo, engolindo até a base. Ele explodiu com um gemido baixo, selvagem, jorrando quente e forte na minha garganta. Engoli tudo, lambendo devagar depois, provocando mais um pouco.

— Agora é minha vez, ele disse, me virando de bruços no tapete.

Tirou minha calcinha devagar e puxou minhas meias só até a metade da coxa. Abriu minha bunda com as mãos e enfiou de uma vez só, fundo, do jeito que me fazia perder o ar. Dei um grito de tesão. Ele me segurou firme pela cintura e começou a me foder com força, ritmado, o som das estocadas preenchendo a sala inteira. Me puxava pelo cabelo, gemia no meu ouvido, batia na minha bunda.

— Tu é minha. Minha mulher. Minha advogata. Minha linda…

— Tô gozaaaando… — gritei, sentindo meu corpo inteiro tremer.

Ele continuou me fodendo sem parar, me fazendo gozar mais uma, duas, três vezes. Depois me virou, segurou minhas pernas nos ombros, alisando minhas botas, e meteu mais fundo, de frente, me olhando nos olhos. Eu sentia o corpo dele contra o meu, o suor, a respiração entrecortada, o amor misturado com a luxúria mais intensa.

— Goza pra mim de novo, meu amor... ele implorou.

E eu gozei. Gozamos juntos. Corpo contra corpo. Boca contra boca. Um gozo que veio da alma, daqueles que deixam a pele dormente, o coração explodindo.

Ficamos ali, ofegantes, entre beijos lentos, sorrisos sujos e declarações sussurradas.

Naquela noite, celebramos um ano de amor com cada gemido, cada toque, cada estocada. Porque quando a gente se ama assim, com o corpo e com o coração, não existe presente melhor do que o prazer de se pertencer.

Ficamos deitados no tapete da sala por longos minutos, os corpos ainda colados, a respiração se ajustando devagar. As velas seguiam tremulando, agora mais suaves, como se refletissem o ritmo do nosso amor. Léo me acariciava as costas com as pontas dos dedos, enquanto eu repousava a cabeça no peito dele, ouvindo as batidas calmas do coração que eu amava tanto.

— Obrigada, meu amor... sussurrei baixinho. Por esse um ano. Pelo amor. Por tudo. Tu nem imagina o quanto isso significa pra mim. O quanto tu significa pra mim. Por um ano de você!

Ele beijou meu cabelo, e me apertou contra ele com carinho.

— Ju… isso foi só o primeiro de muitos anos. Tu é minha casa, meu mundo, minha mulher. Eu quero celebrar cada aniversário contigo, cada detalhe da tua vida, cada conquista… até ficarmos velhinhos, ranzinzas e ainda transando no tapete da sala.

Eu ri baixinho, emocionada, com os olhos marejados e o coração leve. Levantei o rosto pra encará-lo e disse:

— Eu quero tudo contigo, Léo. Tudo mesmo.

E ele respondeu com um beijo lento, apaixonado, desses que dizem tudo sem precisar de mais palavras.

Naquela noite, adormecemos abraçados no sofá, nus, cobertos apenas por um cobertor leve e por todo o amor que transbordava em nós. Era só o começo. Mas já era eterno.

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