A semana tinha sido daquelas: trabalho novo me exigindo mil por cento, cabeça cheia, corpo cansado. Mas a vontade… ah, essa não tinha diminuído nem um pouco. Pelo contrário. Só crescia. E pra melhorar, o Jonas tava naquela rotina pesada de obra, chegando sempre moído, com aquele cheiro de homem que rala, que pega no pesado, que chega em casa com a pele quente, marcada pelo sol. Só de pensar nele no banho, água escorrendo pelas costas largas... meu corpo já reagia.
E foi ali, no meio da correria da semana, que eu e Luiza armamos tudo. Uma surpresa.
Eu sabia que ele chegaria por volta das seis. Suado. Cansado. Louco por um banho quente. E eu disse pra Luiza: “Vai primeiro. Entra no chuveiro com ele. Deixa ele pensar que sou eu. Quero ver a cara dele quando perceber que é você.”
Fiquei escondida no quarto, só ouvindo. O som da água, o silêncio dele... até que escutei aquele leve gemido, abafado. Sorri. Ele tinha mordido a isca.
Imaginei a cena: ele, com os olhos fechados, se deixando tocar, todo entregue, achando que era eu... e Luiza, com aquela boca de anjo malvado, já de joelhos, envolta no vapor do banheiro, fazendo o que ela sabe fazer melhor.
O tempo foi passando devagar. Cada segundo me deixava mais molhada. Abri as pernas ali mesmo, deitada nua na cama, e comecei a me tocar devagar, só imaginando o que tava acontecendo a poucos metros dali.
Então, ouvi passos. Os dois vindo juntos. Corações acelerados. Respiração quente. Me ajeitei, me estendi na cama, joguei o cabelo pro lado e esperei. Quando eles entraram no quarto, eu já estava completamente entregue.
— Achei que iam demorar mais… — provoquei, mordendo o lábio, olhando direto nos olhos do Jonas.
A expressão dele foi um espetáculo à parte. Surpresa, tesão, desejo bruto. Ele não disse nada. Só deitou do meu lado, como um animal pronto pra devorar.
Me joguei em cima dele com fome. Beijei com vontade, sentindo o gosto da Luiza na boca dele. E aquilo só me incendiou ainda mais.
Luiza desceu, pegou o Jonas com aquela firmeza doce que só ela tem. Começou a chupá-lo de novo enquanto eu me ajoelhava ao lado, beijava seus mamilos, acariciava o abdômen dele. A gente se revezava, uma chupando e outra beijando.
Quando chegou a hora, ajudei Luiza a montar nele. Peguei com carinho a rola do Jonas, quente, pulsante, e encaixei devagar. Luiza gemeu fundo, jogou a cabeça pra trás e começou a cavalgar, com aquele rebolado que me deixa hipnotizada. Eu não aguentei. Me deitei ao lado, e com a mão fui estimulando os dois, passando os dedos nos pontos certos.
Depois, não resisti: sentei no rosto dele. Ele começou a me chupar com aquela língua que me deixa fora do ar, lenta no começo, depois firme, decidida. Enquanto isso, a Luiza rebolava no pau dele com a mão no meu peito, alternando entre me beijar e me apertar.
Na hora certa, a gente trocou. Subi e sentei no pau dele, molhada, aberta, faminta. A Luiza veio e sentou no rosto dele, e eu fiquei observando aquela língua deslizando entre as pernas dela, ouvindo os gemidos se misturando aos meus.
E então ela sussurrou no ouvido dele:
— Quero que me foda de quatro…
Senti o corpo do Jonas reagir na hora. Ela se virou, empinou aquele rabo redondo e firme, e ele a penetrou com tanta fome que eu quase gozei só de ver. Eu sabia que ele não ia aguentar muito.
Eu fui buscar os brinquedinhos. Peguei o vibrador pequeno, o preferido da Luiza, e fiquei ali, de joelhos, pronta pra completar a missão. Quando vi que ele tava gozando, com o corpo todo tensionado, empurrando até o fundo... foi uma cena linda. Ele despejou tudo dentro dela, gemendo baixinho, mordendo o lábio.
— Nem esperou eu gozar — disse a Luiza, com aquele olhar de traquina.
— Relaxa… eu te faço gozar agora — respondi, ligando o vibrador e pressionando bem no pontinho que ela adora.
Jonas riu, disse que ia comer algo, e saiu da cena. Ficamos nós duas ali, gemendo, nos beijando, me esfregando nela com o vibrador entre as pernas.
Minutos depois, ele voltou. Estávamos abertas, esperando. Ele deitou entre nós, e ali a gente fez amor de verdade. Com vontade.
Depois ficamos ali, jogados, suados, os corpos entrelaçados. Eu do lado dele, a Luiza do outro.
— Pedro chega tarde hoje — ela disse, como se nada demais tivesse acontecido.
E eu ri, puxando o lençol pra cobrir só um pouquinho da nossa nudez.
Mas a surpresa não acabou aí. Eu contei pro Jonas que a Melissa andava querendo mais do que amizade. Aquela mulher não é boba. Tava se insinuando.
— Chama ela pro teu aniversário! — disse Luiza, toda animada.
E aí a gente começou a imaginar: um sítio. Liberdade. Sem vizinhos.
Claro que o Jonas adorou a ideia. Ele tenta disfarçar, mas adora quando a gente toma as rédeas. Disse que ia planejar tudo comigo. E eu? Já comecei a sonhar com esse novo encontro.
Só que, no fim da tarde, veio a parte ruim.
— Amor… tenho que viajar. Rio Grande do Sul. Trampo. Quatro ou cinco dias — ele disse.
Meu peito apertou. Odeio quando ele viaja só.
Mas ele me segurou forte, beijou meu cabelo, e prometeu: quando voltar, meu aniversário vai ser épico.
Os dias seguintes àquela tarde intensa foram mais lentos e ainda, também sentia aquele buraco da ausência. Jonas foi pro Rio Grande do Sul. Quatro dias de silêncio na cama.
Eu me afundei no trabalho durante o dia, mas à noite… à noite era eu, a lembrança e o vibrador. E quando o tesão vinha forte, eu me tocava imaginando o que faríamos no sítio. Eu, Jonas, Luiza... e talvez Melissa.
Melissa. Aquela mulher tem uma presença que pesa no ar. Desde que começou a se aproximar, senti que tinha algo ali. A forma como ela me olhava, como me elogiava em coisas sutis... o jeito que buscava saber de mim, como quem cava espaço com carinho. E naquela semana, ela fez mais. Me chamou pra almoçar. Riu das minhas piadas. Me tocou no braço mais do que o necessário. Plantou sorrisos e segredinhos nos intervalos. Eu senti. Ela tava interessada.
Falei disso com Luiza numa ligação à noite. A gente se vê pouco durante a semana, mas a intimidade é tanta que o papo flui até no silêncio. Ela, claro, se empolgou.
— Já pensou ela no sítio, Lu? A gente de roupão, vinho, música, piscina, e ela ali… cercada, encurralada pelos nossos olhares.
Jonas me mandava mensagens no fim do dia. Dizia que tava cansado, com saudade, que as noites no hotel eram frias. E eu mandava fotos. De roupa íntima. Sem roupa. Às vezes só da boca mordida. Às vezes com o vibrador entre as pernas e um recadinho: “isso aqui é só pra te lembrar o que te espera”.
No terceiro dia, ele me ligou de madrugada. A voz cansada, mas cheia de vontade.
— Tava no banho e só pensava em ti. Te imaginei entrando, me agarrando por trás. Senti teu cheiro até aqui. Queria te comer agora, Luana. Na pia do hotel, na sacada, onde desse.
Fechei os olhos e escorreguei os dedos entre as pernas, ali mesmo, deitada, com o celular encostado na orelha.
Quando ele voltou, no sábado de manhã, fui buscá-lo no aeroporto. Tava linda, com vestido justo, sem calcinha por baixo. Me aproximei e o abracei como quem quer engolir. Ele me pegou pela cintura e só sussurrou:
— Hoje a gente termina o que começou.
Voltamos pra casa sem trocar muitas palavras. O silêncio entre nós era carregado de tensão. Quando a porta fechou, ele me encostou na parede da sala, ergueu o vestido e me penetrou ali mesmo, com fome, com saudade, com aquele desejo bruto de quem passou dias imaginando.
Transamos na sala, depois no chão da cozinha, e por fim no chuveiro, onde ele ajoelhou e me chupou como se procurasse redenção. Eu gozei agarrada nos ombros dele, tremendo, rindo, chorando de prazer.
E ali, deitada no tapete da sala, com ele do meu lado, olhei pra cima e falei:
— Amor… vamos fazer isso acontecer. O sítio. A festa. A Melissa.
Ele virou pra mim, meio rindo, meio assustado:
— Tu tem certeza?
— Tenho. Só quero saber se tu topa.
Ele beijou minha barriga, subiu até o meu pescoço e disse: o que ti fizer feliz.
A semana passou arrastada. Aquela sensação de que o corpo tá aqui, mas a cabeça… tá longe, perdida entre memórias quentes e fantasias que não me deixavam em paz. Jonas viajando pro Sul, e eu tentando seguir o ritmo no trabalho novo, cheia de reuniões, planilhas, e gente com ego inflado tentando mostrar serviço.
Mas o mais curioso é que, entre um café e outro, Melissa tava sempre por perto. Sutil, como quem não quer nada. Sempre com uma pergunta sobre minha vida, um comentário jogado no ar, um convite pra almoçar. E eu? Prestava atenção. Nas palavras, no tom, no jeito como ela me olhava quando pensava que eu não tava percebendo.
Ela tinha essa forma mansa de se aproximar. E talvez por isso, eu sentia o calor subir cada vez que ela se inclinava pra mostrar algo no computador e deixava o perfume dela tomar conta do ambiente. Não, Melissa nunca foi direta. Mas o interesse dela por mim não era segredo pra ninguém com um mínimo de sensibilidade.
Eu só observava.
Na quarta-feira, na pausa do café, fui com Melissa até o jardim da empresa. Ela tinha pedido ajuda com uma apresentação. Sentamos ali, lado a lado, o sol ameno passando entre as folhas. E depois de conversar sobre trabalho, joguei o convite como quem joga uma isca dourada na beira da água.
— Ah, e semana que vem é meu aniversário. Tô pensando em fazer algo mais tranquilo, fora da cidade… Um fim de semana no mato, sabe? Sítio, piscina, vinho, gente que eu gosto por perto.
Ela me olhou com aquele ar meio curioso, meio provocador.
— Hmmm… tipo retiro espiritual?
— Nem tanto. Nada místico. Mais… liberdade, natureza, risadas sinceras. Um jeito bom de começar mais um ciclo, sem aquela coisa engessada de salão e buffet. Só pessoas certas no lugar certo.
Ela riu, mas com um brilho nos olhos.
— Soa… tentador.
— Se você quiser, claro, tá convidada. Vai ser um grupo bem pequeno. Meio intimista. Só quem faz sentido.
Falei sorrindo, com o olhar firme. Não tinha mais do que isso na frase, mas ela sabia. Sabia que o convite carregava um “algo mais”. Um espaço que só entrava quem a gente queria muito ali.
Ela cruzou as pernas, ajeitou o cabelo e, depois de um gole do chá gelado, respondeu com calma:
— Me deixa pensar, Lu. Te dou a resposta até sexta.
— Sem pressa — respondi. — Só aparece se for pra se sentir bem.