Olá, meu nome é Maria Eduarda, e meu irmão se chama Vinícius.
Tudo teve início numa manhã de domingo, enquanto nossos pais estavam na igreja. Aproveitei a oportunidade para ir ao quarto do meu irmão, como fazíamos desde crianças, para nos deitarmos juntos. Foi então que percebi que já não éramos mais os mesmos. Uma nova percepção, tingida de malícia, havia surgido em meus pensamentos, e eu não conseguia mais encará-lo, despido em sua cama, com a mesma inocência de antes. Ele, com um tom sério, explicou que não podíamos mais compartilhar aqueles momentos, pois nossos pais desaprovavam, considerando as mudanças que nossos corpos atravessavam. Aos dezoito anos, eu ainda estava me transformando, mas já exibia as formas de uma mulher. Vinícius, aos dezenove, parecia crescer a cada dia, com a voz mais grave e o corpo mais definido.
Enquanto o abraçava, inalando o aroma reconfortante de sua pele, que evocava a segurança do lar, ele me confidenciou algo que achava mais peculiar do que a menstruação: sonhos intensos, desejos incontroláveis e reações físicas que o pegavam desprevenido, impulsionadas pelos hormônios que marcavam sua transição para a adultez. Não reagi com alarde, mas o constrangimento era mútuo quando ele percebeu que eu também o observava com curiosidade. Apesar disso, ele continuava sendo meu irmão protetor, e eu não via problema em estar ali, compartilhando aquele espaço. Afinal, ele também me guiava pelo universo masculino, tão intrigante quanto desconhecido. No entanto, algo havia mudado. Isso ficou mais claro quando, numa noite, sonhei que o beijava e acordei com uma sensação estranha, mas curiosamente natural, como se aquele sentimento sempre tivesse existido.
Histórias como a nossa, muitas vezes, envolvem irmãos que exploram juntos a sexualidade. Conosco, porém, tudo nasceu do desejo. Eu queria mais, e parecia que ele também. Compreendíamos o que era sexo, sabíamos como funcionava, embora nenhum de nós tivesse experiência. Para mim, o fato de ele ser meu irmão nunca interferiu na atração que sentia. Era algo nosso, íntimo, ancorado na proteção que ele sempre me ofereceu. Se Vinícius não fosse meu irmão, mas ainda assim a mesma pessoa, com sua essência gentil e cativante, eu o amaria do mesmo jeito.
No fim daquele ano, nossos pais decidiram fazer uma viagem a dois, deixando-nos por quase duas semanas sob os cuidados de Do Carmo, nossa querida governanta. Numa noite quente de verão, após a Du, como a chamávamos carinhosamente, se recolher, estávamos na sala, assistindo a um filme no sofá. Vinícius, de repente, revelou que havia beijado uma garota na escola. Com a cabeça apoiada em seu ombro, observei seu rosto, notando o charme em seus cabelos lisos e o brilho em seus olhos. Meus olhos passeavam entre sua boca e seu olhar, revelando pensamentos que eu mal compreendia.
“Você tá, tipo... namorando ela?”, perguntei, tentando disfarçar a curiosidade.
“Não, nada disso. Não é sério”, respondeu, um pouco envergonhado.
Respirei fundo e decidi me abrir. “Posso te contar um segredo? Mas você jura que não vai contar pra ninguém?”
“Claro, Duda. Nunca contaria”, assegurou ele.
“Eu nunca... tive um ficante”, confessei, com um toque de decepção.
“Sério? Uma garota tão bonita como você nunca se interessou por alguém?”, perguntou, genuinamente surpreso.
“É... Pois é. Você sabe como sou tímida. Tenho poucos amigos”, respondi, com um leve tom de tristeza. “Os únicos homens com quem tenho intimidade são você e o papai. Mas, espera, você acha mesmo que sou bonita?”
“Claro! Você é uma das garotas mais lindas do bairro, da escola... Pode conquistar qualquer cara que quiser”, afirmou com convicção.
Suas palavras me fizeram corar. “Obrigada. Nunca ouvi isso de um garoto. Mas como assim ‘qualquer cara’? Mal consigo conversar com alguém que não seja você”, disse, com uma pontada de melancolia.
“Você só precisa sair mais, conhecer gente nova, se soltar um pouco. Tenho certeza de que logo vai encontrar alguém especial”, incentivou ele.
“Talvez você tenha razão, Vini. Mas, como disse, tenho poucos amigos, e é difícil sair com eles”, murmurei, sentindo-me um pouco sozinha. “Mas... tem outra coisa que quero contar. E essa você também não pode contar pra ninguém, tá?”
“Pode falar, Duda. Meu segredo é seu segredo.”
Engoli em seco. “Eu nunca beijei na boca.”
Ele me olhou com carinho. “Isso é mais comum do que parece. Não tem nada de errado nisso.”
“Tem sim! Uma garota da minha idade ainda ser BV? Isso é ridículo”, retruquei, indignada.
“Calma, Duda. Eu também me sentia assim até pouco tempo. É normal.”
Fitei-o com um misto de esperança e timidez. “Vini... você acha que, sei lá, pode soar estranho, mas... poderia me ensinar?”
Ele arregalou os olhos. “Ensinar? Tipo, como?”
“Esquece, foi uma ideia idiota”, murmurei, sentindo o rosto queimar de vergonha.
Mas ele me interrompeu, com um sorriso gentil. “Ei, relaxa. Não é idiota. Se você quer mesmo... a gente pode tentar, como uma prática, sabe?”
Meu coração disparou. “Tem certeza?”
Ele se aproximou lentamente, como se o mundo tivesse desacelerado. Sua mão acariciou meu rosto, e eu fechei os olhos, sentindo um arrepio. Nossos lábios se tocaram suavemente, num beijo hesitante, mas que logo ganhou intensidade. Era errado, eu sabia, mas também parecia incrivelmente certo. Nossas línguas se encontraram, e uma onda de calor me envolveu fazendo eu tocar em seu pau. Quando nos afastamos, ofegantes, ele murmurou: “A gente não deveria...”
“Eu sei, me desculpa!”, respondi, mas minha vontade dizia o contrário.
Tentamos voltar ao filme, mas o clima havia mudado. Acomodei-me em seu ombro, e trocamos beijos leves, quase inocentes, que pareciam durar uma eternidade. Era doce, tímido, como se estivéssemos descobrindo um segredo proibido. Seus beijos eram profundos, envolventes, como se me prendessem a ele. Quando terminamos, ele deu um beijo carinhoso na ponta do meu nariz, sorrindo de um jeito que fez meu coração derreter. Naquele momento, não precisávamos de mais nada. Havíamos selado algo só nosso, um pacto silencioso para explorar aquele sentimento juntos.
Naquela noite, a mais quente do ano, fui para meu quarto, tomei um banho frio e fiquei olhando as estrelas fluorescentes no teto. Apesar de saber que era estranho, não me sentia desconfortável. Eu queria aquilo, e ele também. Era errado, sim, mas tão natural que eu não me importava. Queria viver aquele amor, mesmo que fosse com meu irmão, porque, acima de tudo, éramos melhores amigos.
Não consegui dormir. A confusão de sentimentos me consumia. Reuni coragem e, vestindo uma camisola vermelha, com uma calcinha preta rendada e sem sutiã, caminhei até seu quarto. A porta estava entreaberta, e a luz da lua cheia iluminava o ambiente. Ele estava acordado, perdido em pensamentos, e tomou um susto quando me viu. Deitei ao lado dele, em silêncio, sentindo o calor de seu corpo. “Duda? O que tá fazendo aqui?”, perguntou, surpreso.
“Quero ficar com você”, sussurrei, cheia de desejo.
Ele hesitou, mas logo me envolveu num abraço intenso. Beijou meu pescoço, e suas mãos deslizaram pelo meu corpo, hesitantes, mas guiadas por uma paixão que não podíamos mais conter. Deixamos de ser apenas irmãos naquele momento. Éramos dois jovens consumidos por um desejo que havia crescido em segredo. Ele me puxou para mais perto, e nossos corpos se encaixaram, movidos por instinto. Cada toque era novo, intenso, como se estivéssemos descobrindo o mundo pela primeira vez.
“Quero te conhecer de verdade”, murmurei, com a voz trêmula.
“Se você quer... eu também quero”, respondeu ele, com um olhar ardente.
Nossos beijos se intensificaram, e nossas mãos exploravam territórios desconhecidos. Ele me guiou até seu pau , e eu o guiei até minha buceta, numa dança instintiva de desejo. Quando ele me tocou mais intimamente, senti meu corpo responder de uma forma que nunca havia experimentado. Ele me colocou sentada sobre ele, senti seu membro pulsando em minha rachinha virgem, e, num momento de entrega total, nos esfregamos freneticamente cheios de tesão. Era como se tudo que sentimos tivesse nos levado àquele instante. O prazer nos envolveu, e, num orgasmo compartilhado, alcançamos algo que nenhum de nós conhecia. Exaustos, deitamos juntos, abraçados, como amantes, não mais apenas irmãos.
“Nossa, é sempre nessa quantidade?”, perguntei, olhando para a quantidade de porra despejado na minha calcinha.
Ele sorriu, beijando minha testa. “Com você, acho que sim.”
Antes de adormecermos, sussurrei: “Te amo, Vini. Você é o melhor irmão do mundo.”
Ele apenas sorriu e me apertou mais forte.
ATENÇÃO! Em breve, publicarei o próximo capítulo desta história.