Uma Exploração Consentida

Da série Putinho Vermelho
Um conto erótico de Tiago Campos
Categoria: Homossexual
Contém 1456 palavras
Data: 21/06/2025 10:23:21

James soltou outra gargalhada, ainda mais sonora que a primeira, o som ecoando levemente entre as árvores, genuinamente divertido e talvez um pouco descrente com a minha resposta evasiva. “O Lobo Mau, é?”, ele disse, ainda rindo um pouco e balançando a cabeça. “Nunca vi aquele cara por aqui. Como você o conhece, Chapeuzinho?”

Senti a energia no ar mudar, tornando-se mais densa, mais elétrica entre nós, as palavras dele se tornando um murmúrio distante enquanto minha atenção se focava somente nele. “Você quer saber demais, lenhador”, sussurrei, a voz agora baixa e rouca, somente para ele ouvir, a ponta dos meus dedos ainda pousada no calor do seu peito. E, sem esperar por resposta, fechei de vez a distância, selando a frase e o momento num beijo que começou suave, um teste, mas rapidamente ganhou intensidade, respondendo à atração que pairava no ar entre nós.

Enquanto aprofundávamos o beijo, que se tornava mais urgente a cada segundo, minha mão, quase por conta própria, desceu pelo seu tronco, passando pela cintura, seguindo a curva forte do quadril até encontrar a inconfundível convexidade sob o tecido áspero da calça jeans que ele usava. Meus dedos hesitaram somente por um instante antes de cercar e apertar levemente o volume firme que ali repousava, enviando uma onda de calor e desejo a nós dois, confirmando a direção que aquela manhã na clareira estava tomando.

Desconectando nossos lábios por um instante, um suspiro pesado e compartilhado escapou de nossos pulmões, o ar vibrando com a eletricidade que ainda nos envolvia. Olhei profundamente nos seus olhos claros, de um azul indescritível sob aquela luz, que pareciam espelhos líquidos refletindo a luz dourada e filtrada pelas copas das árvores que nos protegiam. Naquele olhar, vi um reflexo da minha própria urgência, do desejo mudo que me consumia há tanto tempo. Era um desejo que agora, com o gosto do beijo ainda nos lábios, se tornou inadiável, uma necessidade física palpável que explodia dentro do meu peito.

Deixei escapar a intensidade crua do meu anseio, sem filtros. “James”, murmurei, a voz baixa, quase um sussurro rouco e trêmulo, carregada pela emoção e pela excitação, “eu… quero explorar o seu corpo todinho. Cada centímetro.” Um sorriso sutil e incrivelmente cúmplice, carregado de uma promessa tentadora, despontou nos seus lábios que ainda estavam vermelhos e ligeiramente inchados pelo nosso beijo. Ele não hesitou, somente assentiu lentamente, a compreensão e o desejo espelhados nos seus olhos brilhantes. A resposta veio baixa, um murmúrio grave e decidido que ecoou diretamente na minha alma: “Vai fundo, Tiago. Estou esperando”.

Com a permissão terna e excitada ecoando entre nós, uma espécie de benção silenciosa para o que viria, senti uma onda de coragem e anseio me invadir. Levei a mão, cujos dedos ainda formigavam com a sensação do toque da sua pele, ao seu rosto. Minha palma pousou suavemente na sua bochecha, sentindo a textura incrivelmente macia da pele, o calor irradiando sob meus dedos. Deslizei lentamente, contornando a maçã do rosto delicada, depois subindo para encontrar os cabelos louros, hidratados e macios, que emolduravam sua testa de forma tão perfeita. Meus dedos deslizaram para baixo, seguindo a linha reta e fina do seu nariz perfeito e, por fim, delineando o contorno carnudo dos seus lábios que ainda ardiam com a memória vívida e inebriante do nosso beijo.

O lenhador sorriu novamente sob o toque dos meus dedos, os olhos azuis fixos e intensos nos meus, transmitindo confiança e desejo mútuo. Meus dedos desceram, a expectativa crescendo a cada milímetro que eu me aproximava. Encontraram a barra da camisa verde, o tecido familiar sob minhas pontas dos dedos. E então, sem pensar duas vezes, num gesto decidido que selava nosso acordo mudo, a puxei para cima. O tecido deslizou, revelando lentamente o torso musculoso que eu tanto desejava tocar, que sonhava em sentir sob minhas mãos.

A pele bronzeada estava tensa, esticada suavemente sobre os músculos definidos do abdômen e do tórax, delineados pela luz e pela sombra. A visão cortou minha respiração, um impacto visual que rivalizava com a intensidade do nosso beijo. Era ainda mais impressionante e convidativo do que eu imaginava.

Sem conseguir conter a admiração crua, visceral, que me preenchia, afundei os dedos em seu peitoral firme. Senti a pele quente, a solidez dos músculos sob ela, cada fibra parecendo vibrar sob meu toque. A textura, a temperatura, a simples realidade de estar ali, tocando-o daquela forma tão íntima… Deixei escapar a verdade mais pura e instintiva que me habitava naquele momento, a surpresa e o desejo se misturando na minha voz. “Caralho, James…”, sussurrei, mais para mim do que para ele, antes de a frase explodir com a força de um sentimento reprimido, “… você é um gostoso do caralho.”

A excitação pulsante, uma corrente elétrica baixa, mas insistente que corria pelas minhas veias, impeliu-me a ser mais audacioso. Inicialmente, meus dedos roçaram seu peito com uma leveza quase reverente, sentindo a pele macia e o calor que emanava — um toque hesitante, um ensaio. Mas essa delicadeza logo se mostrou insuficiente. Uma necessidade mais crua e urgente de sentir a resposta direta do seu corpo, de provocar uma reação física imediata, tomou conta de mim. Minhas palmas então se abriram sobre a amplitude do seu tórax. Não era agressão, mas uma afirmação, um chamado.

Dei fortes tapas — um som surdo e abafado ressoando contra a pele tensa e firme, um ritmo rápido e irregular que ecoava e amplificava o tamborilar frenético dos nossos corações uníssonos, batendo como um só. A ousadia, alimentada pela falta de resistência e pela faísca que eu sentia estar acendendo, aumentou. Meus dedos, antes espalhados, concentraram-se nos pequenos centros sensíveis — os mamilos. Com um leve e deliberado aperto, senti-os endurecerem e se projetarem sob meu toque, a textura mudando sob a ponta dos meus dedos, tornando-se pequenas pedras sensíveis.

Uma pequena careta de surpresa inicial, rapidamente misturada com puro prazer, cruzou o rosto do homem musculoso. Seus olhos se semicerraram por um instante antes que ele soltasse uma risada baixa, rouca, que vibrou agradavelmente contra o meu peito. A voz dele, carregada de desejo palpável e um tom de desafio brincalhão que me arrepiou, sussurrou: “Você é uma vadia safada, Tiago”.

Ignorei a réplica provocadora, absorvido pela onda de calor e pela sensação de poder que a sua reação me trouxe, e pela minha própria resposta crescente. Beijava-o novamente enquanto me concentrava em massagear os músculos largos e definidos do seu peitoral, sentindo a força contida ali e as fibras sob a pele. Aquele beijo era uma mistura de ternura na entrega e intensidade na paixão, cuja dualidade contrastava com o frenesi do momento. Depois, num movimento fluido e sem quebrar a conexão que compartilhávamos, me desloquei, girando ligeiramente o corpo para me posicionar atrás dele.

De onde eu estava, tive uma vista privilegiada e de tirar o fôlego das suas costas largas e poderosas. Cada músculo parecia esculpido, delineando formas que prometiam força e maleabilidade, um mapa vivo de linhas e curvas sob a pele aquecida. Lentamente, com uma reverência diferente da audácia anterior, deslizei minhas mãos pelas suas omoplatas, contornando a curva dos ombros, descendo lentamente pela coluna vertebral — sentindo cada vértebra ligeiramente proeminente sob a pele sedosa e quente, permitindo que o calor da sua pele irradiasse e me envolvesse completamente.

Meus braços então se fecharam ao redor dele, o abracei apertado por trás, sentindo a totalidade do seu torso contra os dedos, minha respiração aquecendo seu pescoço e o cheiro da sua pele me inebriando. Minhas mãos encontraram novamente seu peito, agora palpadas de um ângulo diferente. Apliquei pressão, apertando-o com força, sentindo a solidez dos músculos sob minhas palmas, a elevação das costelas e a profundidade do seu corpo todo prensado firmemente contra o meu, uma parede quente e forte nos unindo ainda mais.

Pressionado firmemente contra suas costas largas e musculosas, declarei, a voz repleta de uma sinceridade que parecia emanar da minha alma, o quanto eu adorava a solidez rochosa do seu tórax, a sensação avassaladora de força contida e o calor vivo que ele emanava. O galã riu novamente, um som profundamente gutural, rico e contagiante que não somente vibrou através dos nossos corpos unidos, mas também ecoou na pequena bolha de intimidade que criávamos, fazendo meu próprio peito vibrar em resposta.

Aproximei ainda mais meu rosto, sentindo o cheiro sutil da sua pele e cabelo, e mordisquei levemente a ponta macia da sua orelha, um toque suave que senti reverberar através do seu corpo. Um arrepio visível pareceu percorrer sua espinha sob a minha pele enquanto meus polegares continuavam a traçar círculos lentos e deliberados sobre seus mamilos, sentindo a pele delicada sob a ponta dos meus dedos criar uma leve resistência.

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