Era fim de tarde quando Sandyonara empurrou a porta de vidro do consultório, usando uma regatinha justa que grudava no corpo suado e uma calça jeans rasgada que mal escondia a curva da bunda. O cabelo cacheado, solto e ainda úmido da rua, parecia dançar nos ombros. Ela chegou rindo sozinha, já dizendo:
— Porra, achei que não ia chegar nunca. Peguei um busão que mais parecia um forno.
A dentista, Lorena, sorriu atrás da máscara cirúrgica, olhos castanhos e atentos por trás dos óculos de grau. Morena clara, magra, de feições delicadas e uma voz doce, Lorena puxou a cadeira:
— Fica à vontade, Sandy. É bom te ver depois de tanto tempo. A última vez foi…?
— Na casa da Amanda. Ela mandou beijo, inclusive. Disse que qualquer dia te quer lá também. — Sandy deu uma piscadinha maliciosa, só de zoeira, mas viu Lorena morder o lábio sem querer.
A consulta começou leve, com Lorena ajustando o encosto, pedindo pra Sandy abrir a boca e rir menos.
— Para quieta, criatura. Desse jeito vou ter que te dar uma anestesia no juízo.
— Só se for pra deixar tudo dormente menos a língua — respondeu Sandy, com aquele tom safado que fazia parte dela desde a escola.
Elas riram, lembraram de histórias antigas, de colegas que hoje casaram, de festas onde já se agarraram com qualquer um no escuro. Era o tipo de amizade que carregava segredo, liberdade e tensão não dita. Quando o atendimento terminou, Lorena tirou as luvas, guardou os instrumentos e tirou a máscara, revelando um sorriso mais... diferente.
— Tá tarde. Não quer passar lá em casa? Só tomar uma cerveja antes de ir?
— Porra, se tem cerveja e sofá, eu tô dentro. — Sandy levantou, jogou a bolsa no ombro e deu aquele abraço forte, meio longo demais. As duas ficaram um segundo a mais do que o necessário. O cheiro de álcool do consultório ainda estava no ar, mas o clima já era outro.
Lorena destrancou a porta dos fundos do consultório e foram caminhando até o carro dela, com Sandyonara rindo alto, falando besteira, e Lorena tentando esconder o rubor nas bochechas.
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Lorena abriu a porta do apartamento com a chave e entrou descalça, jogando os sapatos num canto. O lugar era pequeno, mas ajeitado — típico de quem passa o dia inteiro atendendo gente com dor de dente e só quer paz quando chega em casa. Ela ligou uma luz baixa da sala e olhou por cima do ombro com um sorriso cansado.
— Fica à vontade, Sandy. Tô imunda, vou tomar um banho rápido. Tu quer roupa emprestada? Tenho umas camisetas largonas que servem.
Sandyonara já estava sem o tênis, sentada no braço do sofá, as pernas cruzadas e aquele jeito de quem domina o espaço mesmo quando não é dela.
— Pode ser, tô toda grudenta dessa correria. — E riu de leve, mexendo no cabelo cacheado ainda meio úmido da garoa da rua. — Manda a maior que tu tiver, que é pra dormir sem calcinha e sem culpa.
Lorena riu alto lá do quarto, e pouco depois apareceu na porta do banheiro só de toalha enrolada. O corpo moreno ainda molhado brilhava sob a luz amarela do corredor. Ela parou por um segundo, só pra encarar Sandyonara com um olhar mais demorado — não de amiga, mas de quem repara.
— Tua camiseta tá ali em cima da cama. Se quiser, já deixa o chuveiro ligado. Tá uma delícia.
Sandyonara levantou, passou do lado da amiga com um roçar proposital no braço dela, e foi pro banheiro. A água quente caía como um alívio, mas a cabeça não desligava: o jeito que Lorena olhou. O jeito que ela apertou o abraço no consultório. Tinha algo ali, e tava cada vez mais escancarado.
Quando saiu do banho, enrolada numa toalha bege, foi até o quarto. A camiseta emprestada era branca, fina, dessas que gruda no corpo molhado e marca tudo. Vestiu sem sutiã, sem calcinha, como prometido. O espelho do quarto não deixou dúvidas: Sandy estava montada.
Saiu do quarto e encontrou Lorena já de pijama — um short de algodão frouxo e uma blusinha apertada demais pro tamanho dos peitos. A dentista bebia uma cerveja na cozinha, encostada na pia.
As duas se olharam por um segundo. Longo demais pra ser só uma olhada.
— Eu devia... ir embora depois disso, né? — disse Sandy, com um meio sorriso. — Mas tu me empresta roupa, deixa eu tomar banho, me olha desse jeito... sei lá.
Lorena pousou a cerveja na pia, cruzou os braços, inclinou o quadril.
— Eu olho como?
Sandyonara deu dois passos até ela. O ambiente quente, o vapor do chuveiro ainda no ar, o corpo moreno só coberto por uma camiseta fina colando no peito, tudo gritando tensão.
— Como quem quer me beijar — sussurrou.
Lorena não respondeu. Só segurou Sandy pela cintura, como quem já tinha decidido. A boca das duas se encontrou com pressa, urgência e um gosto salgado de cerveja e saudade.
E ali mesmo, encostadas no balcão da pia, a noite prometia tudo — do jeito que só duas amigas que já se conhecem demais conseguem entregar.
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A boca de Lorena grudava na de Sandy com uma fome que vinha sendo adiada há tempo demais. As mãos desciam pelas costas suadas da camiseta fina, até pegarem com gosto a bunda firme da amiga, apertando como quem não quer soltar nunca mais.
Sem falar nada, só com aquele sorriso sacana, Sandy puxou Lorena pela mão e as duas tropeçaram até a sala. Caíram rindo no tapete felpudo, se agarrando, se roçando, até que Lorena tombou de costas e Sandy montou nela, devagar, com as coxas abertas por cima dos quadris.
A camiseta colava no peito dela, os bicos dos seios marcando o tecido encharcado, e os olhos brilhando com malícia.
— Tu sempre foi assim… abusada desse jeito? — provocou Lorena, as mãos enfiando por baixo da barra da camiseta, sentindo a pele quente, viva, pulsando.
— Tu é que fazia de conta que não queria… — sussurrou Sandy, antes de lamber o pescoço dela, subindo até a orelha, onde soltou baixinho: — Aposto que já se tocou pensando em mim.
A resposta foi um gemido preso na garganta. Lorena arqueou o corpo, roçando a buceta no quadril da amiga, a respiração já descompassada.
As mãos se enroscaram nos tecidos, puxaram camiseta, rasgaram quase sem querer, e logo Sandy já descia pela barriga dela, com os lábios desenhando o caminho até o pijama frouxo.
Não pediu permissão. Arrancou tudo de uma vez e deu de cara com a buceta quente,
os pequenos pelos escuros molhados, o cheiro doce e sujo de quem tá pedindo língua. Sandy sorriu, descarada.
— Porra, Lorena… tu já tava toda pronta, hein? Molhada que nem puta na esquina.
A dentista riu, mas puxou a cabeça da amiga com força entre as pernas.
— Cala a boca e mete a língua, vadia.
Sandy desceu sem cerimônia. A língua passava larga, lenta, depois apertava o grelo com chupadas brutas, dedos marcando as coxas, o corpo de Lorena tremendo inteiro. Era barulho de boca, gemido abafado, palavrão solto.
— Isso, caralho! Chupa essa boceta direito! Mais forte! — ela urrava, puxando o cabelo da amiga, metendo a buceta na cara dela com fúria, como quem quer enterrar o rosto ali.
Gozou com força, tremendo, gemendo como se ninguém morasse ao redor, espalhando gozo no queixo da Sandy, no tapete, na noite inteira.
E Sandy voltou por cima com a cara melada, o olhar aceso, a boca suja e um sorrisinho vitorioso.
Mas Lorena agarrou a cintura dela com uma vontade nova, puxando sem aviso e virando Sandy de costas.
— Agora deita, desgraçada. Quero ver se tua boca geme tão bonito quanto tua língua gemeu a minha boceta.
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Lorena empurrou Sandy de costas no tapete, os olhos brilhando feito brasa acesa, as mãos já descendo com pressa pela barriga suada da amiga.
— Fica quietinha agora, sua safada — rosnou, montando de leve sobre as coxas
dela.
Sandy riu, arfando.
— Vai me devorar agora, doutora?
— Não — respondeu Lorena, se inclinando com a boca colada no ouvido dela —, vou te deixar gemendo que nem vadia no cio.
Sem mais aviso, desceu com a boca faminta entre as pernas da amiga. A boceta peluda de Sandy já estava quente, latejando, escorrendo vontade. Lorena afundou a cara ali como quem mergulha onde sempre quis estar: língua dançando, chupadas molhadas, dedos abrindo caminho no meio da mata cerrada.
Sandy gemeu alto, se contorcendo, metendo a mão no cabelo da amiga.
— Isso! Porra! Mais fundo! Chupa direito essa boceta!
Lorena respondeu com mais força, a boca se grudando como ventosa, puxando o grelo inchado com vontade, a língua deslizando em círculos e depois lambendo de cima a baixo, suja de desejo.
O tapete retorcia sob os corpos, o ar cheirava a pele quente, gozo e noite suada. Sandy tremia inteira, a respiração em descompasso, o quadril subindo e descendo sem controle, até que o corpo explodiu num gozo espesso, quente, que escorreu sem pudor por toda a cara de Lorena.
Elas ficaram ali um instante, só o som da vida lá fora misturado ao das respirações. Lorena subiu por cima da amiga, o rosto ainda melado, e deu um beijo lambido, indecente, sujo de prazer.
— Tá satisfeita agora, sua piranha safada? — provocou, com um sorriso torto.
Sandy respondeu só com uma risada preguiçosa, puxando Lorena pra deitar ao lado.
— Satisfeita nada… Mas por hoje, dá pra encerrar o expediente.
As duas ficaram ali, coladas, os corpos suados se secando no tapete, o cheiro da noite inteira estampado no ar, e o gosto uma da outra grudado na boca, na pele, na memória.