Uma Possessão Satisfatória

Da série Putinho Vermelho
Um conto erótico de Tiago Campos
Categoria: Homossexual
Contém 1508 palavras
Data: 20/06/2025 10:56:22

Johnny respondeu aos meus toques com um gemido baixo, rouco, direto do fundo da sua garganta. Inclinou a cabeça para perto, o suor na testa roçando a minha bochecha direita, e sussurrou no meu ouvido, a voz grave e excitada, carregada de uma posse satisfatória: “Puta que pariu… esse seu cuzinho é delicioso, Tiago. Amo foder você!”. Aquela confirmação verbal, naquele tom, naquele momento, acendeu algo selvagem dentro de mim. Em seguida, ele acelerou o ritmo. As estocadas tornaram-se mais rápidas, mais fortes, mais profundas, cada investida buscando o limite, preenchendo-me por completo.

A penetração intensa gerava um calor crescente, expandindo-se a partir do ponto de contato para todo o meu baixo ventre, uma fornalha interna. Cada movimento dele arrancava um suspiro, um gemido, um grito abafado de deleite ou de uma dor prazerosa que não existia mais como agonia, mas como a borda do êxtase. E logo eu não estava mais somente gemendo; eu estava ofegando, soluçando, gritando pequenos sons sem controle, completamente imerso na intensidade esmagadora do momento, perdido no ritmo hipnótico do nosso encontro, no som úmido dos nossos corpos se chocando, na respiração ofegante compartilhada.

Sentindo que o clímax se aproximava, ou talvez buscando uma nova dimensão de prazer, ele diminuiu o ritmo somente o suficiente para me descer cuidadosamente dos seus braços, meus pés encontrando o chão com uma sensação de leve desorientação. Com um leve empurrão nos quadris e uma instrução sussurrada, o vilão me guiou para ficar de quatro. A posição me deixou instantaneamente mais vulnerável, minhas costas arqueadas, minha bunda empinada e exposta, sentindo o ar frio na pele que antes estava contra ele. Uma onda de submissão voluntária percorreu meu corpo.

Ele se posicionou logo atrás de mim, imponente. Senti então a sensação morna e escorregadia do líquido quente da sua saliva sendo aplicado no meu ânus com os dedos, preparando o caminho de uma forma íntima e excitante. Logo após, senti a pressão familiar, mas sempre intensa, da cabecinha pulsante esfregando-se contra a minha entrada apertada, aquecendo a área, testando a resistência, construindo a antecipação dolorosa e deliciosa da penetração final que seguiria.

Senti o calor do corpo de Johnny contra minhas costas enquanto ele se alinhava por trás, o cheiro de suor e floresta misturando-se. A penetração veio em seguida, não gradual, mas com uma determinação que me fez ofegar, um movimento único que me invadiu por completo. Forte e completa, senti-o deslizar fundo, preenchendo-me totalmente naquela posição animal e vulnerável de quatro apoios; a sensação de esticar e ser possuído me percorreu da base da coluna até a ponta dos dedos dos pés.

Aquele homem começou a se mover dentro de mim, o ritmo inicialmente hesitante logo se acelerando, tornando-se um martelar constante e implacável. Seus quadris batiam contra minhas nádegas a cada investida, a fricção interna crescendo, a pressão insuportável do prazer se acumulando rapidamente, concentrando-se em um ponto único e pulsante. Cada estocada me levava mais perto da beira do abismo, meu corpo arqueando-se instintivamente, as mãos apertando a terra úmida sob as palmas. O ar à nossa volta parecia vibrar com a energia frenética do ato, o silêncio da floresta quebrando-se somente pela minha respiração ofegante e os gemidos contidos de Johnny.

O ritmo acelerado e constante me puxava para a frente, me levando rapidamente ao limite do prazer, a tensão insuportável tornando-se quase dormente. Até que a onda incontrolável atingiu seu pico em uma explosão silenciosa e avassaladora, e eu gozei. Meu corpo convulsionou em espasmos violentos, a respiração presa na garganta, as pernas tremendo incontrolavelmente, enquanto ele, impiedoso e focado, continuava a me foder, sentindo a força das suas investidas mesmo através da névoa extática do meu próprio clímax.

Assim que tive a minha própria queda livre no prazer, senti uma mudança sutil no ritmo do predador, uma intensidade redobrada. Seus movimentos se tornaram mais profundos, mais urgentes, antes de sentir seu corpo enrijecer e tensionar-se violentamente atrás de mim. Um gemido baixo e rouco escapou dos seus lábios enquanto a sensação quente, espessa e abundantemente líquida da sua porra inundava meu cuzinho, escorrendo e preenchendo-me por dentro com uma doçura pegajosa que contrastava com a aspereza do ato.

O antagonista retirou-se com um deslize úmido e lento, deixando uma sensação momentânea de vazio e resfriamento. Para minha surpresa, em vez de simplesmente se afastar, ele se inclinou sobre mim, enquanto eu ainda estava na mesma posição, e com a língua, começou a chupar e limpar meu ânus. Foi um gesto inesperado, estranhamente íntimo e terno, após a intensidade quase violenta do que acabara de acontecer. Senti a umidade da sua língua, o toque curioso e cuidadoso, uma espécie de purificação pós-coito que me deixou momentaneamente sem reação.

Finalizando o momento de uma forma abrupta e característica, em vez de uma despedida convencional, um tapa sonoro e firme ressoou na minha bunda, fazendo meu corpo estremecer com a marca deixada na pele sensível. Foi um misto peculiar de carinho rude e uma clara demonstração de posse, a palmada ecoando no silêncio que se reinstalava. A energia febril da transa diminuiu, substituída por um silêncio quase constrangedor. Em poucas palavras trocadas ou mesmo nenhuma, recompomos nossas roupas, sentindo o tecido familiar contra a pele que ainda formigava, sensível e levemente pegajosa, o calor residual evaporando lentamente.

Sem olhar para trás, Johnny pegou a torta cuidadosamente colocada ao lado, o objeto banal parecendo fora de lugar após a intensidade que compartilhamos. Com um aceno breve e impessoal que parecia selar a natureza puramente física do encontro, ele simplesmente partiu, movendo-se com passos rápidos e decididos, desaparecendo rapidamente entre o labirinto verdejante das árvores como se nunca tivesse estado ali.

Fiquei ali por alguns minutos, o corpo pesado e as pernas bambas, a respiração ainda vindo curta e irregular. Encostei-me à casca rugosa e familiar do velho carvalho, permitindo-me recuperar o fôlego, a cabeça apoiada contra a madeira áspera. Meu corpo estava trêmulo, exausto, cada fibra parecendo vibrar com o eco físico e emocional dos acontecimentos, a sensação de ser cheio por dentro ainda presente, os músculos doloridos e relaxados.

Foi nesse estado de vulnerabilidade e recuperação que ouvi um som familiar e inconfundível: o bater lento e ritmado de palmas vindo da direção da trilha. Ergui a cabeça e vi o lenhador James surgir, a silhueta robusta e máscula emergindo da folhagem espessa. Ele se aproximava devagar, mantendo o ritmo das palmas, um sorriso maroto e conhecedor se abrindo no seu lindo rosto, os olhos semicerrados me observando com uma mistura de curiosidade e divertimento. Parou a poucos metros de distância, as palmas cessando.

“Parabéns, Tiago!”, ele disse finalmente, a voz grave e carregada de uma zombaria divertida, sem qualquer traço de julgamento, somente reconhecimento. “Você é mesmo uma vagabunda, não é? Não perde uma oportunidade de dar o cu para um cara sarado” Apesar do resquício de exaustão e da surpresa de ser pego naquele estado, um sorriso genuíno e levemente cúmplice se formou nos meus lábios. Eu ri baixinho, um som rouco e satisfeito, aceitando o “elogio” com uma naturalidade que beirava a malícia. A vergonha não tinha lugar ali, somente uma espécie de reconhecimento mútuo e uma aceitação da minha própria natureza. E assim, deixando a segurança do carvalho, comecei a me aproximar dele, sentindo que a manhã ainda guardava mais reviravoltas e possibilidades.

Meus dedos, quase por instinto, encontraram a superfície quente e sólida do tórax do homem musculoso sob a camisa, um toque que era, ao mesmo tempo, familiar e uma âncora em meio à semi-escuridão da clareira. Um sorriso lento e inevitável começou a se formar nos meus lábios, nascendo do alívio que me inundava ao reconhecer a silhueta poderosa à minha frente. “Graças a Deus, é você, James”, eu disse, minha voz saindo um fio, um pouco trêmula pela tensão residual que ainda me agarrava. “Se fosse outra sombra surgindo do nada, acho que meu coração teria parado de vez.”

O homem musculoso soltou uma gargalhada, um som grave e profundo que parecia vibrar através do seu peito forte, um eco robusto que combinava perfeitamente com a sua figura imponente. Enquanto ria, seus olhos varriam a borda sombria da floresta, concordando com a minha reação. “Essa mata prega peças na gente”, ele comentou, a voz adquirindo um tom mais sério, embora ainda com um traço de diversão, “transforma qualquer valentão em “cagão” num piscar de olhos. Até o velho xerife, que se gaba tanto, mal se aventura a seguir uma trilha por aqui um dia sequer!”

Mas a seriedade durou pouco. Seus olhos voltaram para mim, carregados de uma curiosidade mal disfarçada que parecia pairar no ar denso da clareira. Não demorou a vir a pergunta, a voz baixa e cheia de uma insinuação que entendi perfeitamente, um leve erguer de sobrancelha acompanhando as palavras: “E quem era o sujeito que estava com você, então?”. “Ah”, respondi, sentindo um brilho de travessura acender nos meus olhos, uma diversão nascendo da sua ponta de ciúme ou simplesmente da fofoca inerente a ele. “Era só o Lobo Mau…”

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