Fiz meu primeiro programa com o estranho do supermercado

Da série Paulo
Um conto erótico de Paulo
Categoria: Gay
Contém 1173 palavras
Data: 19/06/2025 00:40:31
Assuntos: Gay

O vídeo já tinha quase uma semana no ar.

Eu ainda não sabia lidar com isso. Não era só meu cu que ainda doía depois daquela cena com o Rafael — era a cabeça. Um tipo de cansaço novo. Uma mistura de vergonha, orgulho e medo. Eu me olhava no espelho como quem encara um print de si mesmo: congelado num momento que tanta gente viu, comentou e... bateu punheta.

Caio me ligou no meio da semana.

— Eu te disse. Tu virou assunto. Todo mundo quer saber quem é o novinho que aguentou o Rafael.

— E agora?

— Agora a gente agenda a próxima. Já tenho em mente. Com o César. Nosso daddy da produtora. Experiente, tranquilo. O público adora ele.

— Ele é aquele ursão?

— Isso. Vai render. Vai preparando o cuzinho...

Desligamos. Fui ao mercado. Precisava de coisas básicas: arroz, ovos, sabão, miojo. Nada demais.

Mas bastou entrar nos corredores pra sentir o mundo diferente. Olhar pra uma senhora pegando alface e imaginar se ela tinha visto o vídeo. Ver dois adolescentes rindo e achar que estavam rindo de mim. Tudo parecia exageradamente atento.

"Não. Nem todo mundo consome pornô gay."

"Mesmo que tenham visto... e daí?"

Mas a paranoia grudava. Eu ajeitava o capuz, andava mais reto. Fingindo naturalidade.

No corredor do café, notei um homem parado no fundo. Alto. Branco. Camisa social clara. Cinto de couro. Sapato limpo. Devia ter uns quarenta e poucos. Me olhava. Fingiu pegar uma lata de cappuccino, mas os olhos não saíam de mim.

“Paranoia”, pensei.

Dobrei pro setor de frios. E lá estava ele de novo. Fingindo olhar queijos. Mas me vigiando. Agora era claro: ele me seguia.

Fui pro corredor dos enlatados. Ele apareceu do outro lado. Dessa vez, veio direto.

— Com licença… — disse com a voz baixa. — Desculpa perguntar… mas… é você, né? Do vídeo do encanador? Com o Rafael?

Respirei fundo. Tentei escapar.

— Você confundiu.

— Não. Eu reconheço. O olhar. Seu jeito. Sonho em encontrar alguém assim.

Ele parecia nervoso, mas excitado.

— Eu pagaria… bem… pra viver uma coisa assim com você.

— Eu não faço programa — disse, direto.

— Tudo bem. Só um drink? Aqui perto. Um barzinho. Discreto. Eu também sou.

Fiquei em silêncio. Ele sorriu com cautela e eu me afastei.

No caixa, a moça passou os itens devagar. O visor mostrava os preços subindo. E meu saldo no Nubank já tava no fim. Eu fazia as contas mentalmente e sabia que não ia sobrar dinheiro algum naquele mês.

O mundo adulto tem dessas: às vezes a dignidade pesa menos que o boleto.

Saí do mercado com a sacola cortando os dedos. Vi o cara encostado num carro preto, bonito. Celular na mão. Pronto pra ir embora.

— Ei — chamei.

Ele levantou os olhos.

— Eu aceito a carona. Só a carona. Tá?

Ele sorriu. Destravou a porta.

---

O bar ficou pra trás. Trocamos algumas palavras e fomos direto pro motel.

No quarto, a cama redonda embaixo de um espelho no teto. Luz amarela. Ele desabotoou a camisa e me olhou incrédulo.

— Vem mamar, putinho! — Ele ordenou me olhando nos olhos.

Me ajoelhei na sua frente. Tirei o cinto de couro dele e abaixei suas calças. O pau dele pesava na cueca box vermelha. Tinha um pau de marido, não era grande pra machucar, mas era grande pra tocar no fundo, em locais que a gente gosta de ser tocado. Tava com um cheiro de macho que passou o dia todo naquela roupa. Catei o pau dele com uma mão e levei até minha boca. Comecei a mamar aquele estranho totalmente sem jeito.

Ele sorriu. Satisfeito. Segurava minha cabeça e socava no fundo da minha boca. Meus olhos lacrimejavam e ele me fazia engasgar. Eu tentava fugir daquele pau para conseguir respirar e ele segurava meu cabelo com força, batia com aquele pau na minha cara e depois socava de volta na minha boca me engasgando mais uma vez.

— Tira a roupa. Deita de frango assado… quero te ver como no vídeo. — Ele deu mais uma ordem.

Fiquei nu. Me deitei. As pernas erguidas, ele pegou pelos tornozelos e as empurrou pros ombros dele. Fiquei totalmente aberto. Corpo oferecido. Reto, silencioso, pronto pra ser usado.

Ele cuspiu na própria mão e passou no meu cuzinho. Sem eu esperar, meteu o dedo indicador em mim. Doeu, soltei um gemido. Reclamei que tava seco demais. E ele meteu um tapa na minha cara. Me mandou calar a boca e disse que aquele cuzinho agora era dele e que ele ia me comer do jeito que quisesse. Confesso que nessa hora senti medo. Não de doer, mas por está em um quarto de motel com um estranho.

Nem vi quando ele encapou o pau com a camisinha. Só senti a pressão no meu anel. Um choque fundo. Doeu, mas não gritei. Só fechei os olhos. A respiração curta. O corpo tenso, mas entregue.

Ele começou a estocar com força. Ele parecia se sentir um verdadeiro ator pornô em cena. O quadril batendo com força. O som da pele contra pele. As pernas dele roçando nas minhas coxas. E eu ali, nu, embaixo de um estranho, sendo fodido como num filme que não escolhi atuar.

— Isso, rebola. Mostra que gosta — ele dizia, entre gemidos forçados. — Foi assim que tu gemeu no vídeo, né?

Eu não gemia.

Só tentava respirar. O pau dele entrava fundo, mas meu prazer não parecia importar. Não tinha beijo. Não tinha toque no meu pau. Nenhuma intenção de me dar prazer.

Me senti reduzido a um buraco sendo fudido com força

Minhas pernas doíam, mas ele as segurava firmes. O corpo todo batia, duro, contra mim. Mecanicamente. Como uma máquina treinada por clipes e tags de site pornô.

Minha mente saiu.

Fui me afastando do quarto, como se o espelho do teto me puxasse pra cima. Olhava tudo de longe: meu corpo nu, exposto, esticado como carne no açougue. Um cara que eu nem sabia o nome dentro de mim, suando, gemendo, sem olhar nos meus olhos.

E então… a vontade veio.

Não de gozar. Mas de chorar.

Não pela dor no corpo. Nem pelo cu ardendo.

Mas por eu ter aceitado estar ali.

Por ter permitido aquilo. Por ter me deixado virar isso.

Era o meu primeiro programa.

Quando ele estava prestesa gozar, tirou de mim, tirou a camisinha, jogou pro lado.

— Vem aqui. De joelhos. Quero na tua cara.

Me ajoelhei. Sem pensar.

Fechei os olhos. Cerrei os lábios.

Ele se masturbou rápido. Soltou tudo em jatos quentes na minha bochecha, no queixo, entre os olhos.

Fiquei parado. Esperando. Sentindo.

O cheiro de sêmen no ar. O barulho da respiração dele, ofegante. O silêncio depois.

Me levantei. Fui pro banheiro. Me lavei devagar. Me olhei no espelho, sem enxergar. O rosto ainda marcado, molhado.

Quando voltei, ele já estava vestido. O dinheiro em cima do balcão perto da minhas roupas.

— Você é melhor ao vivo!

Eu só vesti a roupa. Guardei o dinheiro. No celular uma notificação:

Caio:

Cena com o daddy confirmada. Sexta. Tarde. Te aviso o horário.

Respondi com um “👍”.

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