O precoce XXV Final

Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 524 palavras
Data: 18/06/2025 13:11:29

Capítulo Final – O Espelho do Tempo

O nascimento do bebê de Júlia foi mais do que um momento de alegria. Foi um marco. Clara segurava a mão de Júlia durante o parto, e Marcos chorava baixinho, sentindo que algo dentro dele também renascia. Naquele instante, o trio já não era apenas um experimento afetivo — era uma família completa, mesmo que fora dos padrões convencionais.

Os meses seguintes foram uma dança de novas rotinas, descobertas sensoriais e encontros que iam além do físico. Júlia, agora mãe, irradiava uma força diferente, e Clara, com a experiência de quem já havia atravessado a maternidade, se tornava também guia emocional. Marcos oscilava entre o deslumbramento e a vulnerabilidade — e era ali, entre essas bordas, que Clara e Júlia o provocavam a ir além.

Em uma noite, após o bebê dormir, Clara tirou uma caixinha vermelha de dentro do guarda-roupa.

— Está na hora de atravessarmos mais um portal — disse, com um sorriso enigmático.

Dentro, havia um acessório que provocou em Marcos uma mistura de receio e curiosidade. Júlia o abraçou pelas costas, com delicadeza.

— A evolução não tem fim, lembra? — sussurrou no ouvido dele.

Ele hesitou, mas algo em sua entrega foi mais forte. Não era sobre dor ou submissão. Era sobre se permitir sentir de outro jeito. Era sobre confiar, sobre se despir — não só da roupa, mas das ideias antigas que o prendiam.

Na penumbra do quarto, com Clara guiando e Júlia cuidando, o ato tornou-se um rito silencioso. Um gesto carregado de entrega. Quando tudo terminou, Marcos se encolheu nos braços delas, em lágrimas — mas não de dor. Era alívio. Era alargamento da alma.

Semanas depois, numa manhã ensolarada, Clara saiu vestida com uma jaqueta jeans ajustada, calça justa e botas. O chapéu de cowgirl completava o visual. Ao som do ronco suave da moto, ela acenou para Júlia e sumiu pela estrada da frente de casa.

Marcos, ainda sonolento, foi puxado até a janela. Júlia o sentou na poltrona e o fitou com ternura.

— É a sua vez de observar — disse.

E ele obedeceu.

Algum tempo depois, Clara voltou. O cabelo ao vento, os olhos brilhando. Quando desceu da moto e entrou em casa, viu Júlia ajoelhada à frente de Marcos, com expressão sapeca. Clara apenas se aproximou, roçou os dedos na nuca dele e disse:

— Agora respira fundo...

Naquele momento, Marcos perdeu as palavras. O silêncio falou por ele. Clara e Júlia sorriram. Elas sabiam.

Anos se passaram. O tempo não apagou, apenas transformou.

Na varanda da casa grande, duas jovens adolescentes — filhas de Júlia e Clara — experimentavam roupas e chapéus. Riam, provocavam-se, e planejavam passeios a cavalo e possíveis namoros. Havia nelas o mesmo brilho de ousadia das mães, misturado à leveza de quem carrega uma herança de liberdade.

Dentro da casa, Marcos, agora grisalho, olhava pela janela. Não com preocupação, mas com orgulho. Porque sabia que tinha feito parte de algo raro: um amor que não obedece regras, mas que respeita todas as formas de crescer juntos.

O espelho do tempo mostrava agora três reflexos: Clara, Júlia e ele. E neles, a imagem de um amor que ousou ser diferente. E eterno..

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