Largados e Pelados: A Viagem Escolar que Terminou em Uma Ilha Deserta (Capítulo 10)

Um conto erótico de Exhib
Categoria: Heterossexual
Contém 3899 palavras
Data: 18/06/2025 07:54:36
Última revisão: 18/06/2025 07:57:45

— Eu já não expliquei isso antes? — Eric perguntou confuso. Imediatamente, após meu questionamento, Andressa, Carol e Guilherme olharam também para ele assustados.

Eu olhei para meus amigos de volta. Eles esperavam ansiosamente por explicações, Guilherme chegando a tremer em hesitação. Era impressionante como Eric tinha ganhado tão rápido a confiança do grupo que antes descredibilizava as coisas sem sentido que saiam de sua boca. Agora, todos em volta do fogo queriam ouvir o que ele tinha a dizer como se fosse a maior verdade desse mundo. Pudera, se não fosse por ele, não acharíamos água, nos alimentaríamos hoje ou sequer teríamos como nos aquecer durante a noite fria que se aproximava.

— Se sim, nós não entendemos até agora. — Andressa disse, tentando manter a calma diante do clima tenso que se formou no ar. Parecia que Eric começaria a contar uma verdadeira história de terror em volta da fogueira para nós.

— Bem… — Ele disse pensativo. — Lembra quando disse que a “Ilha de Eric” não existia? — Ele começou a explicar. Acenamos as cabeças em positivo. — Então, ela não aparece nos mapas ou em qualquer relatório cartográfico. Por isso eu a batizei assim que pisei aqui. — Ele concluiu.

— Só porque você nunca ouviu falar de algo, não significa que ninguém vai nos achar aqui, cara. — Guilherme argumentou e parecia plausível. Até mesmo Eric não sabia de tudo afinal, embora, muitas vezes, parecesse agir como tal. — Nossos pais devem estar doidos atrás de nós. Todo mundo lá fora sabe que nosso avião caiu. — Ele disse em seguida. Andressa balançou a cabeça concordando.

— Foi o que pensei quando acordei nesse lugar. — Eric mencionou com calma. — Minha primeira hipótese foi que essa ilha era algum tipo de segredo de Estado ou algo do tipo, talvez um local para testes de equipamento militar que nunca foi revelado ao público. — Ele continuou. Pelo visto, não demorou dessa vez para o papo ficar tão maluco. Pensei com o alívio de quem opta por não acreditar em algo tão desesperador.

— Então estamos com problemas por ter exposto uma conspiração? — Guilherme perguntou assustado.

— Cara, presta atenção! Os militares não vão nos matar se a gente prometer não contar a ninguém sobre esse lugar. — Andressa lhe disse, dando-lhe um tapa no ombro.

— E o que te fez desconsiderar essa possibilidade? — Perguntei atento. Aquele papo estava realmente muito doido para qualquer pessoa sã acreditar, bem, talvez não para aqueles dois e, no fundo, estava também curioso para saber o que mais sairia da boca do estoico rapaz. Eric olhou para mim, olhos frios brilhando sob a luz da fogueira.

— Aviões comerciais comuns tendem a voar a cerca de 12000 metros acima da altura do solo. Antes de cair, nosso avião estava voando bem abaixo disso, a cerca de 3000 metros apenas, pelo que vi da janela. — Eric explicou. — A uma altitude tão baixa, é possível pegar sinal de celular, por exemplo. Foi o que tentei durante o sequestro para avisar a alguém sobre nossa situação. — Ele mencionou. Para mim, como sempre, seu monólogo não parecia ter qualquer conexão com meu questionamento inicial. Todavia, o deixei prosseguir por pensar que, como sempre, alguma coisa dali faria sentido posteriormente.

— E você conseguiu? — Carol perguntou empolgada e esperançosa. Ela estava muito atenta.

Afastei o ciúmes besta que me veio automaticamente. Por céus, Daniel, ela só está entretida com a história. Disse a mim mesmo em minha cabeça.

— Não. — Eric disse secamente. Para Carol, eu pelo menos teria lançado-lhe um sorriso antes de lhe responder tão diretamente assim. — Eu achei isso estranho, então tentei pegar sinal de rádio, como GPS, mas também não tive sucesso. Aquilo não fazia sentido. — Disse olhando para nós de forma séria e contemplativa.

— To curiosa. — Andressa mencionou. Ela cobria parte da boca com a enorme folha que usava sobre seu corpo. Meus olhos trairam minha atenção por um momento. Andressa expôs inadvertidamente toda a pele de suas coxas e até parte de seus pelos pubianos. Mais alguns centímetros de descuido e espiaria mais uma vez seus lábios castanhos de baixo. — O que houve depois? — Ela perguntou se tremendo toda. A vulva surgiu por um milésimo de segundo. Se concentre porra! Pensei desviando o olhar, tentando manter meus ouvidos atentos embora meus olhos se recusassem a imergir na história de Eric.

— Como assim depois? Eu já disse tudo o que aconteceu. — Eric respondeu confuso. Andressa gesticulou profusamente com os braços demonstrando sua confusão. A folha enorme, barreira entre seu torço e nossos olhares, caiu em direção a suas pernas por um instante. Como era bonito seu par de seios iluminados pelas labaredas do fogo em meio a escuridão. Eu espiei por alguns segundos até que a descuidada e expressiva moça notasse sua exposição e voltasse a se abraçar com aquele pedaço de vegetação enorme. Mesmo que já tenha visto inúmeras vezes hoje vários ângulos do corpo das garotas sem roupas, um novo vislumbre parecia nunca se tornar enjoativo, valendo cada nova virada de cabeça para atualizar a memória sobre suas fisionomias espetaculares.

— Cara, você é péssimo em explicar as coisas de forma clara, né? — Guilherme comentou indignado pela forma anticlimática com a qual Eric pretendia concluir seu relato.

O garoto então suspirou com a indignação de quem pensa que o mundo inteiro tem de saber o que se passa em sua cabeça.

— Ok, lembra que eu disse que nosso avião sofreu um desvio de sua rota normal? — Eric relembrou. Mais uma vez, ele tinha nossa atenção. — Era a única forma de se explicar o que estava acontecendo naquele momento. — Ele então se levantou e desenhou um círculo na terra, depois, com maestria pareceu representar com a ponta de sua lança alguns países do globo terrestre.

Levantamos os pescoços atentos à aula sob luz da fogueira e luar.

— Nós estamos mais ou menos aqui. — Eric disse, cravando o pedaço de madeira em um local do oceano em seu mapa. — Cerca de 3000 km de distância deste outro ponto aqui. — Ele disse, marcando outro local no mar de terra. — Sabem que lugar é esse, não é? — Perguntou.

O silêncio ecoava junto ao barulho de brasa trepidando na fogueira.

— Francamente, vocês vão mesmo à mesma escola que eu? — Perguntou indignado.

— Vai direto ao ponto! — Guilherme mandou impaciente e, de tão cheio daquela atitude de Eric, chegou a se inclinar para frente, levantando um pouco as nádegas de seu assento de rocha. Involuntariamente, olhei por um segundo para o que escapou a vista. Acho que também nunca vou naturalizar ver o pau do meu melhor amigo, independente de quantas vezes isso ocorra até sairmos daquela ilha. Pelo visto, a julgar pelo estado meia bomba de seu membro, Guilherme também não devia estar prestando tanta atenção quanto aparentava a história de Eric.

— Eu estou sendo direto! — Eric respondeu. — Esse é o ponto “Nemo”. — Disse, talvez sem entender a acidental ironia de suas palavras.

— O que é isso? — Carol perguntou confusa por todos nós.

— Ele é considerado o local do globo terrestre mais distante de qualquer continente ou ilha, o local mais solitário da terra ou, simplesmente, Polo da Inacessibilidade do Oceano Pacífico. Lá, não circulam aviões, não há rotas de barcos e, certamente, nenhuma ilha desse tamanho existe. — Eric respondeu, o que a assustou bastante.

— Tudo bem gênio, mas não estamos nesse tal ponto com nome de peixe, não é? — Guilherme recordou.

— Claro que não. A temperatura lá é tão baixa que não teríamos a menor chance de sobreviver. Ainda assim, se minhas estimativas estão corretas, também não há rotas comerciais para onde estamos. — Eric respondeu. Aquilo me assustou um pouco. Se ele estava correto, então não deveriamos esperar barcos passando perto da ilha ou aviões sobrevoando a região para que pudessem nos encontrar. — Outra coisa pela qual esse distante confim do nosso planeta é conhecido é por possuir é uma anomalia magnética que costuma bagunçar sistemas de GPS de aeronaves. — Ele explicou, fazendo nossos olhos se abrirem em descrença.

— Então sobrevoamos essa coisa? — Perguntei atônito. Guilherme segurou a risada por me ver legitimamente envolvido com aquela conversa. Eu o fuzilei com os olhos por aquilo, afinal, embora ele não fosse admitir, era visível como também estava curioso.

— Não o ponto Nemo em si, mas devemos ter passado pelo raio da anomalia em algum momento. — Eric confirmou. — Um avião sequestrado por um bando de amadores, sem qualquer comunicação com torres de transmissão ou sistema de geolocalização só poderia nos jogar para uma rota totalmente desconhecida. Não me impressiona que aqueles idiotas estivessem voando tão baixo, certamente não tinham ideia do que estavam fazendo. — Eric comentou calmamente. — A propósito, minha hipótese é que isso foi o que impediu essa ilha de ter sido descoberta por tanto tempo. Ela simplesmente não aparece nos radares pois eles não funcionam quando direcionados para ela. — Eric concluiu.

Olhei para Carol e seus olhos estavam bem abertos e direcionados para Eric durante toda aquela conversa. Ela não percebeu, mas segurava a folha frente ao abdômen de forma torta, deixando o seio esquerdo à mostra. O mamilo rosado se destacava na penumbra em seu peito bastante menor que o de Andressa, mas não por isso menos empinado e magnético à vista. Ainda assim, mesmo que o destino tivesse me agraciado com a chance de ver tais partes de seu corpo devido a sua distração, analisei o ambiente com desconforto e discrição. Guilherme também tinha o olhar colado naquela imagem. Percebi Eric também espiar brevemente. Aquilo me fez cerrar os punhos. Não era justo que ela, sendo uma moça tão tímida e reservada, estivesse agora sendo comida com os olhos por aqueles caras sem notar o quanto revelava de si.

Quando Carol olhou para mim, desviei o olhar e senti meu rosto esquentar. Me perguntei se ela notara que meu pau se mexeu um pouco em reação involuntária a vista. Dificilmente. Era realmente bem mais fácil cobrir as vergonhas sendo homem com aquelas folhas, precisando Guilherme e eu apenas repousar as macias e frias placas verdes em cima do colo para tal.

— É uma teoria bem bonita, mas não acha meio difícil de ninguém nunca ter encontrado um local como esse? — Perguntei com ceticismo e torcendo para que Carol se cobrisse direito logo.

— Parece mais provável do que uma conspiração sobre o governo de algum país não ter clamado tal território para si só para mantê-lo oculto do resto do mundo. — Eric rebateu. Touché.

— E quanto aos nativos? — Guilherme perguntou. — Você disse que não tinham sequer outras pessoas morando aqui. — Relembrou. Ele tentava se fazer de desinteressado, mas, sabia, era todo ouvidos.

Atenta como estava a história, quem dera se cuidadosa com detalhes assim ao se cobrir, Carol piscava pouco os olhos e se inclinou para frente. O par de aoréolas me encaravam de volta, totalmente expostos naqueles seios espetaculares. Que droga Guilherme! Para de olhar para ela! Praguejei também indignado com minha própria hipocrisia enquanto gravava mentalmente os detalhes de seu torso praticamente todo exposto.

— Antes das Américas serem invadidas pelos europeus, povos indígenas já viviam lá. — Andressa comentou alheia a situação de sua amiga. — Não acha que é possível ter ocorrido nesse local? — Ela perguntou atenta, tanto que sequer pareceu notar para onde tantos olhares masculinos eram lançados.

— Seria possível, mas este local é geologicamente muito recente. Para os ancestrais dos seres humanos modernos se deslocarem para um ponto distante no oceano pacífico, uma era do gelo teria de ocorrer para transformar o mar em uma trilha sólida de gelo. Este local se formou depois da última glaciação, entre 110 e 10 mil anos atrás. — Eric explicou.

— E como diabos você pode saber de algo assim? — Guilherme questionou.

— Eu contei os estratos geológicos na pedra da costa, como mais saberia? — Eric respondeu como se fosse a maior obviedade do mundo. Guilherme quase caiu para trás.

— Se foi isso que ocorreu, então como temos plantas e animais nesse lugar? — Perguntei curioso. Definitivamente não era estudioso como Eric, mas até um idiota deveria saber que já existiam plantas e animais antes da era do gelo.

— Plantas, fungos e microrganismos podem se difundir pelo ar através de pólen, esporos e outras estruturas de resistência e dispersão. Nem preciso comentar sobre aves, certo? — Explicou. Atentamente, concordamos. — Agora sobre animais terrestres, é apenas uma hipótese, mas creio que tenham se transportado dos continentes para cá através de balsas oceânicas naturais, grandes ilhas compostas por vegetação morta, madeira, corais e detritos que são capazes de dispersar organismos desse tipo. — Concluiu pensativo. Devo admitir, embora soasse convincente, estava cada vez mais difícil de acreditar nas suas explicações mirabolantes.

— A situação não pode ser tão ruim assim, pode? — Andressa questionou reflexiva e incrédula. Carolina tremeu de medo por um momento, tão delicada e seminua quanto podia ser.

— Claro que não! — Guilherme respondeu de imediato. — Esse cara é doido, ainda não percebeu? — Ele disse em negação.

— Bem, tecnicamente, nós somos os seres humanos mais solitários no planeta, os mais distantes de qualquer outro corpo de terra com civilização e circundados por uma falha magnética que não nos permite contactar qualquer outra pessoa nos continentes adjacentes. — Eric disse com a calma de alguém que nem parecia dizer tantas coisas horríveis.

Um silêncio aterrador tomou conta do ambiente.

— Ei pessoal, devemos pensar positivo, não acham? — Carol disse com um sorriso. As atenções se voltaram a ela e seu corpo novamente. Uma mistura estranha de esperança, ciúmes e tesão tomaram conta de mim. A folha repousava de forma tão desajeitada em seu corpo que, agora, apenas parte da barriga e o vão entre seus peitos eram cobertos por ela. Ali embaixo, a moça radiante tinha as pernas abertas, expondo a todos os olhares bisbilhoteiros os lábios rosados e delicados de sua buceta. Não quis acreditar que aquilo não era um sonho, que realmente tive a oportunidade de ver tanto de seu corpo gostoso ou que minha paixão escolar estivesse quase que totalmente pelada na frente de três caras que não paravam de analisar cada detalhe de sua intimidade.

Eu quis que ela reparasse que não estava decente, que se preservasse ocultando-se de Eric e Guilherme, ao mesmo tempo que parte de mim não parava de olhar para suas tetas e virilha, torcendo para que Carol abrisse mais as pernas e me deixasse ver mais de seu sexo. Agora, até Andressa parecia encará-la sem restrições. Nunca pensei que sentiria ciúmes de uma mulher. Isso não era justo. Em minha cabeça, anteriormente, sempre que fantasiava com o momento em que veria Carol sem roupas, sempre imaginei que, chegando o momento, tais detalhes íntimos se restringiriam apenas a mim. Que, como casal, partilhassemos um com o outro o que ninguém mais teria acesso. Não era mais o caso e, para piorar, na situação de Eric, ele poderia sair daquela ilha ciente de que viu todos os nossos corpos sem expor para ninguém e em nenhum momento o que escondia debaixo de sua saia de folhas.

Mesmo diante de tais pensamentos, a energia de Carol era contagiante e apaixonante. Suas palavras começaram aos poucos a levantar a moral do grupo.

— Tenho certeza de que não ficaremos aqui para sempre. Que tal se a gente orar um pouco antes de dormir hoje? — Disse ela com sua voz doce e presença encantadora. Um sorriso involuntário apareceu em meu rosto.

— Eu não vou ficar aqui parado rezando para um deus que não existe me salvar. — Eric respondeu, quebrando totalmente aquele clima caloroso de esperança que começara a se formar. Eu o fuzilei com os olhos imediatamente.

— Cara, não precisa ser tão desrespeitoso! — Guilherme gritou enfurecido.

— Como eu fui desrespeitoso? — Eric disse parecendo confuso e indignado. Chegava até a ser engraçado o quanto ele era alheio à barbaridade que tinha acabado de dizer.

Entretanto, ouvi Carol rir. Nos quatro olhamos para ela, ainda nua, e, diante daquela situação estranha, sua alegria acabou por nos contagiar. Acabei por rir junto dela também, depois Andressa não aguentou se segurar, seguida por Guilherme.

— Tá na cara que não dá pra ficar muito tempo ouvindo o Eric falar ou vamos ficar malucos também. — Guilherme disse com um sorriso após se recuperar daquela crise de risos. — Essas histórias sobre milhões de anos no passado, campo magnético e ilha perdida são até interessantes, isso até chegar nessa baboseira sobre ficarmos aqui para sempre. — Continuou dizendo, o que fez nos três concordarmos com a cabeça em uníssono.

— E quem falou sobre ficar aqui para sempre? — Eric perguntou, calmo mas legitimamente curioso. Mais uma vez, fizemos silêncio para ouvi-lo.

— Cara, você mesmo disse que estamos tão distantes de qualquer continente que não conseguiremos nos comunicar com mais ninguém no mundo. — Lembrei, esperando pegá-lo em contradição. Eric parecia confuso, em pé ali em frente a fogueira.

— Ainda não vejo onde está a contradição. — Respondeu calmamente.

— O que foi agora, vai construir um barco para levar a gente para fora desta ilha? — Guilherme perguntou com ironia. Ao seu lado, Andressa deu uma risada.

— Isso seria impossível. As correntes marítimas frustraram qualquer esforço desse tipo. — Eric respondeu pacientemente. — A única solução é tentar comunicação a distância. — Ele explicou em seguida.

— To gostando mais do rumo dessa conversa. — Andressa disse com um sorriso. — Se conseguirmos um telefone ou rádio, mesmo que quebrado, você conseguiria consertar ele pra gente falar com alguém fora daqui? — Ela perguntou empolgada ao sério rapaz.

— Sim. — Ele respondeu. As garotas suspiraram com empolgação e inocência de quem parecia estar sendo enganado por falsas esperanças. Carol finalmente percebeu o quão exposta estava e, desviando o olhar timidamente, se cobriu com sua folha com mais atenção. Devo admitir, embora parecesse uma ideia doida advinda de um roteiro de um filme de ação, queria que fosse plausível conseguirmos alguma forma de telecomunicação naquela ilha deserta. Pelo que me recordava, Eric passava bastante tempo na biblioteca e laboratórios da escola. Certamente o garoto possuia algum conhecimento sobre eletrônica que poderia ser útil se nos deparamos com algum dispositivo assim, possibilidade bastante remota, mas talvez não impossível. Todavia, algo ainda não se encaixava. Segundo Eric, a poucos minutos atrás, era impossível que qualquer sinal de rádio saísse daquela ilha e fosse interceptado por alguém em qualquer outro lugar do planeta, devido a sua falha magnética, distancia ou coisa do tipo.

— De novo, você mesmo disse que não dá pra se comunicar assim com mais ninguém na Terra. — Lembrei, mais interessado em afastar o desconforto do que entender realmente onde Eric queria chegar com aquilo, embora ele ainda tivesse minha atenção.

— Sim. Não pretendo estabelecer comunicação com ninguém no Chile, Nova Zelândia, qualquer outro continente ou ilha próxima de nós. — Eric falou.

— Não tô entendendo mais nada. — Guilherme disse confuso. Seu cérebro devia estar fritando depois de tanta informação. O meu estava.

— Por céus Eric, onde estão essas pessoas com quem você quer falar então? — Questionei impaciente e cansado.

— Ali. — Ele disse apontando. Todos nós olhamos para onde. Eric estava em pé, braço estendido e dedo indicador bem elevado e reto apontando para o céu. Acima dele, apenas o cosmos estrelado estava presente.

Quando olhei para cima, fiquei mesmerizado com o que vi. O céu escuro iluminava-se com centenas de milhares de estrelas, clareando tanto a paisagem que era difícil acreditar que, debaixo de tantas luzes, precisássemos realmente de uma fogueira para iluminar aquela parte da floresta. A distância, no céu estrelado e coberta por algumas nuvens efêmeras, a lua cintilava enormemente, exibindo o tom creme em meio a todo aquele quadro preto cortado ao meio por um rasgo que parecia ser composto por gases coloridos e sois distantes. Pelo que me lembrava, aquela devia ser a via-láctea e, embora não muito afeito aos estudos, certamente já tinha ouvido falar que, quando na floresta e longe da iluminação artificial das cidades, as estrelas no céu se faziam bem mais visíveis, o que não tornava o que via menos impressionante.

— Eu sabia. Ele pirou de vez mesmo. — Guilherme disse com um sorriso sarcástico. Eu ainda estava sem palavras.

— Uau! Nunca vi o céu tão lindo e cheio de estrelas! — Carol disse com os olhos a brilhar. Ela parecia ter se esquecido completamente das loucuras que Eric estava a explicar.

— É mesmo incrível, mas, pelo que você disse antes, não imaginei que fosse um cara religioso. — Andressa comentou, oscilando a vista entre o rosto de Eric e o céu logo acima para onde ele apontava. Seu comentário puxou nossas consciências desatentas para aquela conversa novamente.

— Como os marcianos vão nos salvar? — Guilherme perguntou curioso.

— Deuses e marcianos não existem. — Eric disse com desdém. — Estou falando daquele ponto alí, um pouco a sudoeste do cinturão de Órion. Ele não cintila como as estrelas, brilhando fixamente. — Explicou, como se mais alguém além dele soubesse localizar estrelas assim. Eu olhei para onde ele apontava e, embora não tivesse ideia de onde ficava aquela constelação que ele falou ou coordenadas geográficas, avistei algo que se parecia com o que ele descreveu. Era uma estrela diferente, realmente não piscava como todas as outras e parecia até ter o brilho mais fraco que suas demais companheiras.

— O que é aquilo? — Perguntei confuso. Guilherme e as garotas ainda estavam confusos e cerraram os olhos tentando achar a coisa que o estranho rapaz descreveu. Sendo honesto, eu mesmo não tinha certeza se estava mesmo apontando para a mesma estrela que Eric. Por um lado, realmente achava que o garoto tinha endoidado, por outro, estava legitimamente curioso para saber por que aquele corpo celeste se comportava de forma tão atípica quando comparado com as demais estrelas no céu.

— Ali estão os seres humanos mais próximos de nós. — Eric respondeu com entusiasmo. Meus amigos ainda se esforçavam para visualizar aquilo, uma estrela minúscula tão estranha quanto isolada em meio a imensidão do espaço. — É a Estação Espacial Internacional.

*****

Não se esqueça de comentar e avaliar o capítulo :)

Oi leitores(as). Obrigado pelos comentários e votos no último capítulo.

Lembra que perguntei sobre seus personagens preferidos e os que vocês menos gostam?

Baseadas nas respostas dos(as) leitores(as) da CDC e Wattpad no último capítulo, os personagens são mencionados por vocês que gostam ou desgostam deles da seguinte forma:

Daniel: 2 votos como favorito e 1 voto contra; Leitores(as) mencionam sua atitude ora descontraída e ora tímida como positiva e, como negativo, as coisas na cabeça do personagem que ele tem de resolver e desencanar.

Guilherme: 1 voto como favorito, nenhum voto contra; Leitores mencionam seu perfil como algo atraente e sentem tesão pelo personagem muito frequentemente.

Eric: 2 votos como favorito, 1 voto contra; Leitores mencionam como positivo sua personalidade interessante e, como negativo, seu trato com as pessoas (um dos leitores chegou a chamar ele de mala kkkkk)

Carolina: 1 voto como favorita, 1 voto contra; Leitores(as) mencionam simplesmente que ela é apaixonante, mas que há mais de ser desenvolvido para tornar a personagem mais interessante.

Andressa: 2 votos como favorita; nenhum voto contra; Leitores(as) gostam de sua atitude e, é claro, mencionam frequentemente seus seios grandes, tendo tesão pela personagem.

Por fim, fico muito feliz de ver que a opinião do(as) leitores(as) difere tanto sobre os personagens do meu livro, talvez um sinal de que estou conseguindo desenvolver bem perfis tão diversos, bem como a história tem agradado tanto ao público heterossexual quanto LGBT que tem mergulhado na história e se deixado seduzir por essas figuras tão diferentes entre si. Espero que gostem do desenvolvimento que darei a cada um desses personagens tão amados e odiados por vocês e por mim.

Um abraço a todos(as) e até o próximo capítulo.

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Comentários

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Tá interessante cara! Acho que quando eles acharem uma "solução" para o resgate deles, eles vão relaxar e se permitir...

Ainda acho que o Eric esconde algo surpreendente por trás dessas folhas hahah

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