A IDEIA FIXA DE COMER A MULHER DO MEU IRMÃO - 3-

Um conto erótico de Silva
Categoria: Heterossexual
Contém 1884 palavras
Data: 18/05/2025 09:28:11

A semana seguinte começou quente. E quando falo quente, não é só de temperatura.

O céu andava pesado, carregado, como se o tempo estivesse sentindo o mesmo peso no ar que eu sentia dentro da casa. A tensão entre mim e Júlia vinha crescendo com passos lentos e certeiros. Como se estivéssemos ensaiando uma peça sem falas, mas com olhares, toques breves e silêncios cada vez mais cheios de significados.

Na quinta-feira à noite, ela chegou da academia pingando suor. A chuva caía fina, o ar estava abafado. Usava uma calça legging azul-marinho colada e uma blusa branca já um pouco molhada da garoa. Entrei na cozinha e a vi bebendo água, ofegante, com as bochechas coradas e o cabelo grudando na testa.

— Tá calor, né? — falei, me encostando no batente da porta.

— Muito. E a chuva só tá piorando tudo, parece que o ar não circula.

— Toma banho logo, senão vai derreter aí — brinquei, com um sorriso.

Ela riu. Riu de verdade. Estava leve. Mais leve do que nos outros dias. Talvez cansada demais pra manter todas as barreiras. Talvez só… entregue ao momento.

Fui pro sofá enquanto ela subia. A água começou a cair do chuveiro minutos depois. O som de novo. Aquela maldição boa que sempre me fazia imaginar demais.

Mas o que eu não esperava era o estalo de trovão que veio segundos depois, e logo em seguida: PUM. A luz caiu.

A casa ficou num breu absoluto.

— Lucas? — ouvi a voz dela lá de cima, abafada.

— Tô aqui! Caiu a luz.

— Droga! — ela reclamou. — Tô pelada aqui, e agora?

Aquela frase me atravessou. “Tô pelada aqui, e agora?”

Respirei fundo.

— Calma, vou pegar uma lanterna no armário da sala.

Tateei, achei a lanterna e subi devagar. Iluminei o corredor até o quarto deles. A porta entreaberta mostrava só um feixe de luz. Ela apareceu na porta enrolada na toalha, os ombros molhados, gotas escorrendo pelos braços. A luz da lanterna pegava o corpo dela em ângulos meio proibidos, criando sombras nas coxas, no colo, nos quadris.

— Parece filme de terror — ela disse, rindo, tentando disfarçar o desconforto.

— Ou de suspense erótico — soltei, no automático.

Ela me olhou por um segundo, surpresa. Mas depois apenas sorriu.

— Você assiste essas coisas, é?

— Assisto. Gosto de ver como a tensão vai crescendo, sabe? Ninguém faz nada… mas o clima tá ali, explodindo.

Ela ficou séria. Um segundo. Dois. Depois virou as costas.

— Vou colocar uma roupa. Espera lá embaixo.

Desci, com o coração martelando.

Minutos depois, ela surgiu na sala com um shorts de algodão e uma regata fininha, sem sutiã. A chuva engrossava lá fora. Os trovões seguiam. Ficamos sentados lado a lado no sofá, com a lanterna apontada pro teto pra criar uma luz difusa.

O calor era insuportável. A tensão, mais ainda.

— Tá com medo? — perguntei.

— Medo da chuva?

— Medo do escuro.

— Não. Mas… é estranho. Essa casa muda de noite, né? Parece outra.

— Tudo muda no escuro. As pessoas também.

Ela não respondeu. Ficou olhando pro feixe de luz no teto. As pernas cruzadas.

— Júlia, posso te perguntar uma coisa? — falei, jogando as costas no sofá, o tom mais despreocupado do que eu realmente estava.

Ela virou o rosto devagar, ainda suando um pouco da academia, a regata já seca, mas grudada no peito. Os mamilos marcavam, nítidos. Aquilo me desconcentrava sempre.

— Pode — ela respondeu, puxando o cabelo pra cima e amarrando num coque frouxo, deixando o pescoço nu.

Engoli seco.

— Como é transar?

Ela me olhou, surpresa, arregalando um pouco os olhos, como se não esperasse a pergunta. Mas não se ofendeu.

— Como é o quê? — Ela riu, meio sem graça.

— Transar. Fazer sexo mesmo. Eu nunca… — dei de ombros, encarando o teto como se não fosse nada demais, — nunca fui com ninguém. Queria saber como é. De verdade. Não o que mostram nos vídeos.

Ela se ajeitou no sofá, agora mais tensa.

— Lucas… — murmurou, olhando em volta, como se alguém pudesse estar ouvindo. — Isso é conversa que se tenha com a mulher do seu irmão?

— Ué, quem mais eu vou perguntar? Minha mãe?

Ela riu. Baixou a cabeça, balançando-a, e cruzou as pernas devagar, talvez sem perceber que o shorts subiu um pouco. Um tanto de coxa ficou à mostra. A luz da lanterna deixava tudo com um clima mais íntimo, quase clandestino.

— Bom… — ela começou, ainda ponderando se devia ou não — sexo é… um pouco de tudo. Às vezes é só tesão. Às vezes é entrega. Tem vezes que é puro instinto, e outras que é lento, demorado, cheio de toque.

— E você prefere como?

Ela me olhou de novo, firme.

— Curioso, hein?

— Demais — admiti, com um sorriso de canto.

Ela hesitou. O silêncio ficou por um instante.

— Gosto quando tem química. Quando a pessoa sabe provocar sem precisar tocar. Sabe aquele olhar que já deixa você… pronta?

Assenti. Ou tentei. Porque eu mesmo tava ficando pronto só de ouvir.

— Já teve isso com meu irmão? — perguntei, olhando direto pra ela.

Ela demorou.

— No começo, sim. Hoje… a gente já se conhece demais. Fica automático.

— E com outra pessoa? — soltei, baixo, quase como quem pergunta sem querer ouvir a resposta.

Ela não respondeu de imediato. O rosto endureceu um pouco. Depois, levantou devagar e foi até a janela, onde a cortina dançava com o vento da chuva.

— Por que esse interesse todo? Quer virar experiente na teoria primeiro? — perguntou, sem olhar pra mim.

— Talvez eu só queira entender o que faz uma mulher gozar — respondi, encarando as costas dela. — Porque parece que tem muito cara que não tem a menor ideia.

Ela riu. Baixo. Um riso real, gostoso, meio cúmplice.

— Isso é verdade — murmurou. — Tem homem que acha que gozo é igual aperto de botão. Mas mulher é mais… cabeça. Tem que saber mexer sem nem encostar.

— Tipo agora?

Ela virou devagar. Os olhos dela encontraram os meus com uma intensidade nova. Séria. Surpresa, talvez, com o atrevimento.

— Lucas…

— Eu não tô fazendo nada, Júlia. Só tô te ouvindo. E te observando.

Ela respirou fundo, cruzando os braços, como se precisasse se proteger de alguma coisa que começava a se formar ali.

— Você é novo demais pra brincar com fogo — ela disse, tentando manter a autoridade.

— E você é quente demais pra achar que o fogo não vai queimar — devolvi, calmo.

Ela deu um passo pra frente. Só um. Depois parou.

— Não se ilude, garoto. Isso aqui — apontou entre nós — não vai acontecer.

— Eu sei. Só tô aprendendo.

Ficamos em silêncio. Mas o clima entre nós era outra coisa agora. Um campo magnético prestes a romper. Ela não se mexia. Eu também não. Mas os olhos dela escorriam pelos meus, depois pro meu peito, meu ombro, minha boca.

Ela estava analisando. Não era afeto. Era tensão.

Então, como quem decide ir embora no último segundo, ela se virou.

— Boa noite, Lucas.

— Boa noite, Júlia.

Ela subiu devagar. Cada degrau que ela pisava deixava um rastro de perfume no ar. Cada passo dela carregava o peso de algo não dito. Algo prestes a sair do controle, se mais uma linha fosse cruzada.

Fiquei ali, sozinho, duro como pedra, o coração batendo como uma sirene no peito.

A curiosidade já não era só teórica.

Ela já tinha cheiro, cor, forma.

E estava dormindo no andar de cima.

Sozinha.

Sem o meu irmão.

E pela primeira vez, isso me pareceu perigosamente promissor.

Acordei suando. O ventilador do teto rodava lento, preguiçoso, e a sensação era de que o ar não circulava desde a madrugada. Ainda era cedo, o sol filtrava entre as frestas da janela, e lá fora, tudo parecia molhado. A chuva da noite anterior tinha lavado o mundo.

Vesti só um short leve, sem camisa, e desci devagar. A casa estava quieta. O cheiro de café começava a surgir no ar, e bastou virar no corredor pra ver: Júlia, de costas pra mim, mexendo algo no fogão.

Pijama.

Shortinho fino, frouxo, de algodão claro — dava pra ver até o formato da calcinha por baixo. E uma blusa branca, larga, mas sem sutiã. Os bicos dos seios desenhavam sutilmente o tecido. Os cabelos presos de qualquer jeito, e os pés descalços.

A imagem dela ali, meio desleixada, natural, totalmente à vontade… me travou por um segundo. Porque era isso: era o tipo de mulher que nem tentava provocar, mas provocava o inferno inteiro.

— Bom dia — falei, a voz rouca ainda, tentando parecer casual.

Ela se virou, com a xícara na mão.

— Bom dia. Dormiu bem?

— Mais ou menos. Calor do caramba.

— Nem me fala — ela disse, levando a xícara até a boca. Os olhos dela deslizaram devagar pelo meu peito nu, mas ela disfarçou, desviando rápido. — Tô derretendo nesse pijama.

— Se quiser tirar… — brinquei, e levantei as mãos. — Tô zoando.

Ela riu, balançando a cabeça.

— Você não cansa, né?

— Eu tô só aprendendo. Observando.

— É… eu percebi.

Ela virou de novo pro fogão, mas eu notei. O jeito que passou a mexer o café mais devagar. O quadril dela oscilava com um ritmo hipnótico. E ela sabia. Sabia muito bem que eu tava olhando. Mas não fazia nada pra evitar.

— Júlia — falei, me aproximando da bancada —, você sabia que é gostosa?

Ela parou.

A colher parou no meio do movimento. O café girando no fundo da panela perdeu o ritmo. Ela não respondeu de imediato. Só virou devagar, apoiando as duas mãos na bancada.

— Você tem noção do que tá falando?

— Tenho. Eu vejo como os caras olham pra você quando a gente vai no mercado. Até meu irmão tenta disfarçar.

— E você acha isso o quê? Normal? — ela perguntou, os olhos fixos nos meus.

— Acho que seu corpo chama atenção até se você usar um saco de batata. E que tem coisa em você que nem seu marido repara mais. Mas eu reparo.

Ela mordeu o canto do lábio. Não era raiva. Nem choque. Era outra coisa. Tesão mal administrado. Algo incômodo e íntimo.

— Você devia tomar cuidado com o que fala — disse ela, mas não foi firme. Não como antes.

— E você devia tomar cuidado com o que deixa aparecer — respondi, encarando a blusa fina, que mal escondia os mamilos duros.

Ela cruzou os braços, cobrindo o peito.

— Tá ficando abusado.

— Tô ficando honesto. Desde que ele viajou, você relaxou. Tá andando pela casa como se fosse solteira. De pijaminha, sem sutiã, toda suada depois da academia. Acha que eu não noto?

Ela respirou fundo. Deixou os braços caírem.

— E se eu dissesse que tô cansada de esconder?

Silêncio. Nem um mosquito se atreveu a fazer barulho. Só o café borbulhando baixo no fundo da panela.

— Você não faria isso — falei.

— Talvez eu só esteja testando você.

— E se eu falhar no teste?

Ela deu um meio sorriso.

— Aí você deixa de ser só curioso.

Nos encaramos por longos segundos. A cozinha estava quente. Pegajosa. O cheiro de café e suor misturado no ar. Os olhos dela não desviavam dos meus.

Então ela virou de novo, desligou o fogo, pegou a xícara e saiu da cozinha sem dizer mais nada.

Fiquei ali, com o pau já latejando dentro do short. O corpo em brasa. E o cérebro girando.

Ela não estava mais tentando disfarçar.

Aquilo não era provocação inconsciente. Era jogo. Tenso. Silencioso. Perigoso.

E pela primeira vez, senti que o placar começava a virar.

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