Olá, me chamo João Pedro, mas sou mais conhecido como JP. Sou gordinho, tenho 1,83m de altura, sou negro, tenho cabelo raspado e olhos castanhos. Não sou bonito, mas tenho meu charme.
Quando eu tinha 19 anos, saí do interior para ir para a capital. Tinha conseguido uma bolsa de estudos para cursar Direito em uma das maiores instituições de ensino superior da cidade.
Morava em um pequeno dormitório que só comportava duas camas e uma mesa de estudos. Meu colega de quarto era um cara bonito e fazia sucesso com as garotas. Já eu, por ser tímido, não me dava tão bem assim com elas.
No começo, nos dávamos muito bem. Por causa dele, ganhei um pouco de confiança e, em uma das poucas vezes em que saí com ele, acabei me dando bem e até beijei algumas garotas.
Mas com o tempo as coisas começaram a desandar. Eu era muito dedicado aos estudos e ele, nem tanto. Quase todas as noites levava garotas para o nosso quarto, o que me atrapalhava a estudar. Sempre que eu tentava conversar com ele sobre isso, ele me chamava de bobo e dizia que eu devia me divertir mais.
Demorei um pouco para fazer amigos, mas acabei me enturmando com algumas pessoas da minha sala.
Alguns meses depois, um dos professores me indicou para um estágio não obrigatório e remunerado em um grande escritório de advocacia. O marido dele era um dos sócios. Era o maior escritório da capital.
Eu nem tinha roupa adequada para trabalhar em um lugar daqueles. Foi então que esse professor me levou para comprar algumas peças. Fiquei envergonhado, mas ele disse que, quando era aluno, um professor também o ajudou, e que hoje ele fazia o mesmo com os estudantes que considerava dedicados.
Comecei no escritório e, logo, peguei o jeito. O salário não era muito, mas eu gostava bastante de lá. Trabalhava durante o dia e ia para a faculdade à noite.
Um tempo depois, um amigo da turma, que sabia que eu não me dava bem com meu colega de quarto, me ofereceu um cômodo nos fundos da casa da avó dele. Ela alugava barato para universitários, e o quarto tinha acabado de vagar.
Não era muito grande, mas era melhor do que o dormitório. Já vinha mobiliado com uma cama de casal, um frigobar, um sofá de dois lugares e um fogão pequeno, daqueles de acampamento. O banheiro ficava do lado de fora. Não era perto da faculdade nem do escritório, mas aceitei na hora — eu queria sair de lá, e a faculdade e o escritório forneciam passe de ônibus.
Um dia, precisei chegar um pouco mais tarde no escritório porque fui entregar uns documentos para um cliente. Quando cheguei, por volta das 10h, assim que saí do elevador, ouvi um burburinho: uma das salas, que estava vazia, estava tendo os móveis trocados.
Coloquei minha mochila na cadeira e fui até a copa tomar um café. Lá, dei de cara com Sávio, o marido do meu professor — que também era meu orientador. Ele não parecia estar de bom humor.
— Bom dia, JP.
— Bom dia, doutor!
— Toma teu café sossegado. Depois passa lá na minha sala.
Acenei com a cabeça, mas fiquei um pouco preocupado. Terminei o café e fui até a sala dele. Sávio me viu pela janela de vidro.
— Entra! Senta aí que já falo contigo.
Ele estava ao telefone, parecendo irritado. Não dava pra saber com quem falava, mas a discussão era tensa. Ouvi ele dizer, em tom bravo:
— Tá, mas por que tem que ser ele, com tanto estagiário aqui?
Meu coração gelou. Achei que ia ser mandado embora. Ele continuou:
— Vocês que sabem, mas fiquem sabendo que é contra a minha vontade!
E bateu o telefone com força.
— JP, você sabe que eu e o Paulo te conhecemos há poucos meses, mas já te consideramos como um filho.
Na hora pensei: "Fodeu. Agora que aluguei o quarto, vou ser mandado embora."
— Você viu a movimentação no escritório, né? Estava ciente de que iria entrar um novo sócio?
— Sim, ouvi alguns comentários.
— Você conhece a doutora Solange, né?
— Sim.
— Pois é... é ela que vai vir pro escritório. Você já está na área há alguns meses, então deve conhecer a fama dela.
E eu conhecia mesmo. Solange era uma das maiores advogadas do Brasil, mas tinha fama de ser fria e impiedosa nos tribunais — por isso o apelido "Iceberg". Também diziam que ela era péssima com os funcionários.
— Os sócios chegaram à conclusão de que você é o melhor estagiário do escritório. Então, decidiram que vai ser você o estagiário dela. Você viu que eu tentei evitar, mas fui voto vencido.
Fiquei em choque. Nervoso. Eu sabia da fama dela, mas não tinha escolha. Era só um estagiário.
— Ela chega na semana que vem. Até lá, eu ainda serei seu orientador. Mas saiba que, mesmo depois que ela assumir, estarei aqui para o que você precisar. E, se não der certo com ela, você volta pra mim. Não fique chateado.
— Que isso, doutor! Jamais. Como o senhor disse, também considero vocês como meus pais.
Aquela semana passou voando. Quando vi, já era sexta-feira. No fim de semana, tentei sair com os amigos para distrair, mas não consegui aproveitar nada. Só conseguia pensar em como seria trabalhar com a doutora Solange.
No domingo à noite, fui dormir, mas a ansiedade não deixou. Como não consegui pregar o olho, levantei da cama, tomei banho e saí de casa por volta das 5h.
Fui até o ponto de ônibus. O primeiro já estava lotado, então resolvi esperar o segundo. Cerca de uma hora depois, cheguei ao escritório. Era cedo demais, então fiquei conversando com o porteiro. Depois, pedi a chave e subi.
Liguei as luzes, fui até minha mesa e comecei a estudar para uma prova. Passei também na sala da doutora Solange, organizei uns papéis, liguei os computadores, e voltei a estudar.
Eram quase 8h quando ouvi o elevador. Achei que fosse algum funcionário, mas logo ouvi o som de salto alto — estranho, pois a moça da limpeza, que sempre era a primeira, não usava salto.
Olhei para trás e vi a mulher mais bonita que já tinha visto na minha vida.
Loira, magra, cerca de 45 anos, 1,70m, olhos verdes, cabelos longos. Usava uma saia preta justa, uma blusinha branca meio folgada e um blazer preto. Tinha seios médios, quadris largos e uma postura firme.
Ela veio em minha direção com o rosto sério.
— Bom dia.
— B-bom dia! — gaguejei.
— Solange.
— Sou JP. Prazer! — disse, com a voz tremendo.
Ela percebeu meu nervosismo.
— Meu estagiário. O Sávio me avisou.
— Sim, sou eu.
— Seu nome. Não gosto de apelidos.
— João Pedro — respondi, engolindo seco.
— Mostre-me minha sala.
Fui à frente. Ela entrou primeiro. Depois, mandou:
— Pode sentar.
Sentei. Ela tirou algumas pastas da bolsa.
— Estes são meus clientes. Quero que você se familiarize com todos. Eu divido por cores: vermelhas são importantes, pretas são muito importantes e brancas são os VIPs. Se algum desses últimos entrar em contato, me avise na hora.
Eu anotava tudo, ainda tremendo. Ela explicou como gostava de trabalhar. Eu apenas ouvia.
— Alguma dúvida?
— Não, senhora.
— Foi muito elogiado pelos sócios, principalmente pelo Sávio. Mas fique sabendo: elogios não me impressionam.
— Sei que toda segunda tem reunião dos sócios. Me avise quando estiver começando. Por enquanto, é só. Qualquer coisa, eu te chamo.
Saí da sala. Já tinha mais gente no escritório. Fui ao banheiro me acalmar.
Sávio me viu indo para lá e foi atrás. Conversamos até eu ficar mais tranquilo.
Aquele dia foi corrido. No fim do expediente, às 17h30, ela me chamou.
— João, percebi que você está nervoso. Mas, se fizer seu trabalho direito, não teremos problemas. Até amanhã.
Saí da sala, peguei minhas coisas e fui ao banheiro dos sócios tomar banho — eu tinha a chave por morar longe. Depois fui à copa buscar o lanche que a tia da limpeza preparava pra mim todos os dias. Desci e fui caminhando até a faculdade, que ficava a quatro quarteirões.
Cheguei lá e já encontrei alguns amigos. Estávamos estudando quando ouvi:
— JP, seu gostoso!
Olhei e era a Rafa — colega com quem eu ficava de vez em quando. Tinha minha idade, era negra, gordinha, 1,58m, olhos castanhos, cabelo crespo e volumoso com as pontas tingidas de loiro. Tinha seios grandes e um bundão.
Ela veio até mim, me deu um selinho, se juntou à roda e voltamos a estudar até dar a hora da prova.
Depois da prova, ela já estava me esperando, sentada em um banco no pátio da faculdade.
— JP, a galera vai tomar uma no posto de gasolina, bora?
— Acho que não, tô quebradão. Hoje foi o primeiro dia com a minha nova supervisora.
— Como assim? Você trocou de supervisor? Não era o marido do professor?
— Era, sim. Mas entrou uma sócia nova no escritório e eu fui escolhido como estagiário dela. E você não vai acreditar quem é!
— Quem é, garoto? Não me deixa ansiosa!
— A Iceberg.
— O quê? Não acredito!
— Pois é.
— Cara, meu sonho é conhecer essa mulher! Ela é uma inspiração, mesmo com a fama que tem. Mas e aí, como ela é de verdade?
— Fria. Fria do jeito que falam. Tô tremendo até agora. Juro, tô com um medo do caralho... Com a fama que ela tem, pode acabar com minha carreira antes mesmo de começar.
— Você tá muito tenso. Vem sair com a gente, vai fazer bem.
Eu não estava com muita vontade, mas acabei aceitando. Quando chegamos lá, pedimos umas bebidas, e aquele momento me ajudou a distrair a cabeça. Mas, por volta das 22h30, levantei pra ir embora.
— Onde você vai, JP? — Rafa me chamou.
— Tenho que ir.
— Mas você nem ficou muito.
— Eu sei. Mas tenho que entrar mais cedo amanhã. E se eu perder o busão das onze, tô lascado.
Ela segurou minha mão.
— Fica, por favor.
— Não posso.
— Larga de ser chato. Eu te levo depois.
— Fica fora de mão pra você.
— E daí? Senta aqui.
— Você é chata, hein! — falei, rindo.
— E você que é bobo — respondeu, sorrindo também.
— Tá, mas mesmo assim, não vou ficar muito.
Sentei de novo, voltei a beber e a conversar com o pessoal. Então ela começou a passar a mão na minha coxa, por baixo da mesa, me olhando com um sorriso safado.
Retribuí o sorriso, pisquei pra ela e levei a mão à sua coxa também. Como ela estava de vestido, comecei a subir devagar por debaixo do tecido, até sentir a pele arrepiada. Ela se levantou de repente.
— Vamos, JP.
— Ué, mudou de ideia? Não queria que eu ficasse mais?
— Lembrei que tenho que levantar cedo amanhã.
— Sei... — respondi com um sorriso debochado.
Levantei rindo, nos despedimos da galera e fomos até o pátio do posto, onde o carro dela estava estacionado. Assim que chegamos, ela veio até mim com aquele olhar safado.
— Você é muito safado, sabia?
— Eu não só sei... como também sei te deixar louca de tesão.
Nos beijamos com vontade. A língua dela tinha gosto de cerveja e desejo. Apertei sua bunda com força, depois fui subindo a mão até seus seios. Ela começou a acariciar meu pau por cima da calça. Quando ele ficou bem duro, ela parou, me encarou com um olhar malicioso e disse:
— Viu? Eu também sei te deixar louco de tesão.
— Sua safadinha...
— Vamos.
Ela pegou a chave na bolsa, abriu o carro e entramos. Ela dirigia, e eu desci a mão pela sua coxa, puxando o vestido. Passei a mão por baixo e comecei a arranhar de leve a parte interna. Ela soltou um gemido contido e me lançou um olhar carregado de desejo, mordendo o lábio.
Fui chegando perto da sua buceta, acariciando por cima da calcinha. Outro gemido escapou e ela deu uma leve desviada no volante.
— Ei, presta atenção no trânsito.
— Você não presta, sabia?
— Sei. Quer que eu pare?
— Não!
— Então dirige direito.
Continuei por mais um tempo, até colocar a calcinha de lado e começar a acariciar sua buceta. Sua pele estava em chamas. Passei os dedos com suavidade, me concentrando no clitóris. Ela parou o carro em uma rua escura, abaixou o banco, virou-se para mim e abriu as pernas.
Voltei a acariciar, agora com mais intensidade.
— Isso... bem aí... não para!
— Tá gostando, sua cachorra?
— Sim! Me faz gozar!
— Claro. Seu pedido é uma ordem.
Ela arranhava meu braço enquanto gemia alto. Seus pelos arrepiados, a respiração pesada, os quadris acompanhando meus movimentos. Pressionou minha mão com força contra sua buceta.
— Tô gozando, caralho!
Senti sua buceta latejar. Ela molhou tudo. O mel escorreu pelas pernas até sujar o banco. Ofegante, se jogou no banco e me puxou pra um beijo.
Abriu minha calça, passou a mão por cima da cueca e, com um gesto, a colocou de lado. Meu pau já estava duro. (Não é grande, mas sei usar bem.)
Começou a me masturbar devagar, me fazendo gemer. Depois acelerou.
— Isso... não para! — falei alto, entre os gemidos.
— Tá gostando, safado?
— Tô quase lá!
— Goza pra mim, goza!
— Continua assim!
Ela acelerou mais.
— Haaaaa... tô gozando!
Meu pau latejava. A porra espirrou em tudo: na minha calça, na mão dela, até na porta do carro. Ela lambeu tudo com vontade. Pegou um lenço umedecido no porta-luvas e nos limpamos.
Depois de recompor, ela me levou pra casa. Fomos conversando. A gente já se pegava há um tempo, mas ainda não tínhamos transado. Chegando em casa, nos beijamos mais um pouco e ela foi embora.
Tomei banho e fui dormir. No dia seguinte, acordei às 5h e fui direto pro escritório. A semana foi tensa, parecia que não ia acabar. Na sexta, teria umas palestras na faculdade, mas decidi faltar pra adiantar papelada.
Oito da noite. Todos os sócios já tinham ido embora. Menos Solange.
Ela me viu e fez sinal com o dedo, chamando:
— João, não costumo fazer esse tipo de coisa... mas percebi que você está muito tenso. Então resolvi te dizer: foi uma ótima semana. Você fez tudo certo. Se continuar assim, não teremos problemas. Agora vai embora.
Assenti com a cabeça, peguei minhas coisas e fui pra casa. Ainda tinha muito trabalho. Levei um pouco pra terminar no fim de semana, mas saí com os amigos pra aliviar a mente e acabei não rendendo.
Na segunda, cheguei mais cedo novamente. Estava concentrado, cabeça baixa, digitando um relatório, quando ouvi o barulho familiar do elevador subindo. Não dei muita atenção — até escutar o som inconfundível de saltos ecoando pelo corredor.
Não era qualquer salto. Era o dela.
Um arrepio percorreu minha espinha. O perfume veio logo em seguida, invadindo o ambiente antes mesmo de ela aparecer no meu campo de visão. Doce, amadeirado, dominador.
Levantei os olhos e lá estava ela.
Solange.
Cabelos soltos, batom vermelho mais escuro do que o habitual, salto agulha, vestido preto justo que moldava suas curvas com precisão quase cruel. O blazer estava jogado sobre o braço, revelando os ombros firmes e o colo desenhado como um convite silencioso.
Ela passou por mim sem dizer nada, mas lançou um olhar de canto. Um olhar que parecia despir minha alma… e algo mais. Tive que respirar fundo para manter o foco no teclado.
Minutos depois, ouvi sua voz.
— João. Na minha sala.
Levantei quase tropeçando nos próprios pés. Entrei e fechei a porta. Ela estava de costas, olhando pela janela. Quando se virou, cruzei o olhar com aquele par de olhos verdes que pareciam me atravessar por inteiro.
— Está se saindo melhor do que eu esperava — disse, caminhando em minha direção com passos lentos, certeiros. — Talvez eu tenha julgado rápido demais.
Engoli seco. O ar pareceu ficar mais denso, mais quente. Havia eletricidade ali. Vibração.
— Obrigado, doutora.
— Olhe para mim, João Pedro.
Levantei o rosto. Ela estava perto. Muito perto.
— Você parece... tenso.
— Estou bem.
— Ótimo. Porque se quiser continuar aqui, vai ter que aprender a aguentar a pressão.
Se virou, sentou na cadeira, cruzou as pernas — e a fenda do vestido revelou um pedaço de coxa que fez meu corpo inteiro reagir.
— Pode voltar ao trabalho. Por enquanto.
Saí da sala com o coração acelerado, os sentidos embaralhados. Aquela mulher era uma tempestade prestes a cair. E, no fundo, algo em mim queria estar exatamente no centro dela.