A Chama no Olhar

Um conto erótico de Casalmanaus
Categoria: Heterossexual
Contém 1000 palavras
Data: 17/05/2025 17:28:08
Última revisão: 18/05/2025 20:36:56

Já era noite e Helena desceu lentamente os degraus da escada de madeira. Usava um robe de seda rubi, que escorregava pelos ombros como se estivesse sendo puxado por pensamentos impuros. Seu perfume de jasmim tomava o ar morno da sala, aquecida pela dança sutil do fogo na lareira. O gato preto, de olhos brilhantes, observava do canto escuro, imóvel como um segredo.

Na poltrona de couro, Arthur, seu marido, segurava uma taça de vinho e fitava a esposa como quem vê a noite revelar uma outra mulher. Aos 56 anos, seus olhos ainda se encantavam com o jeito que Helena caminhava — firme, lenta, certa do efeito que causava. Ele sabia o que estava para acontecer. Mais do que saber, ele havia pedido.

Helena parou diante do espelho sobre a lareira e ficou se admirando! Então, a porta se abriu. Kaio entrou como se já pertencesse àquele lugar. Alto, imponente, com uma elegância que não pedia licença. Usava uma camisa escura, aberta em seu peito largo, e seu perfume — amadeirado e quente — parecia conversar com o fogo. Helena se virou e sorriu, felina. Arthur apenas observava, imóvel, o coração acelerando como se estivesse diante de um abismo ao qual ansiava cair.

Kaio caminhou até Helena sem uma palavra. Ato contínuo soltou o cinto do robe. Por um instante, ela ficou parcialmente nua sob o tecido escarlate, deixando a pele absorver o calor das chamas. Arthur se ajeitou na poltrona. O vinho parecia mais espesso.

Eles já haviam conversado antes, é claro. Haviam alinhado os desejos, os limites — ou a ausência deles. Mas agora, nada precisava ser dito. Ele a envolveu pela cintura e colou o rosto no pescoço dela, inalando sua essência com lentidão. Helena fechou os olhos, os lábios entreabertos, os dedos subindo pelo peito dele até tocarem sua nuca.

Arthur soltou a respiração que segurava. Sua mão deslizou pela própria coxa, alisando o pau ainda por cima do tecido. O vinho agora era esquecido.

Kaio beijava Helena com calma. Cada toque era um estudo, cada carícia um poema sussurrado em língua esquecida. Suas mãos sabiam onde ir — desciam pelas costas dela, puxando o robe até que ele escorregasse totalmente ao chão sem ruído. O corpo de Helena brilhou sob a luz tremeluzente, e Arthur mordeu o lábio ao vê-la entregue.

Helena puxou a camisa de Kaio, impaciente. Ele a deixou tirá-la, revelando o corpo forte e definido, que parecia esculpido à sombra de um trovão. Ela percorreu seu peito com os lábios, saboreando-o como se fosse um segredo antigo. Ele retribuiu com toques firmes e suaves, alternando intensidade e ternura, como se dançassem uma música que só eles ouviam.

Ela desabotou o cinto dele e baixou suas calças, com carinho apalpou aquela ferramenta que parecia estrangulada sob o tecido e querendo libertá-la, puxou suavemente a cueca para baixo. Era um membro viril, rijo, grosso e seguramente com mais de 20cm. Seus lábios exploraram a cabeça roliça, saboreando-a como se fosse um néctar dos deuses. Em poucos segundos ela engolia aquela cobra, iniciando uma vai e vem digno de quem sabe tratar um macho.

Arthur agora havia aberto o seu zíper e seus olhos não piscavam. Ele não sentia ciúme. Sentia adoração. Não pela cena, mas por Helena, por sua entrega, por ver nela algo que ele mesmo ajudara a despertar.

Kaio ajoelhou-se, seus olhos encontrando os de Helena como um pacto silencioso. Ele a deitou sobre o tapete macio em frente à lareira. O calor do fogo encontrava o calor da pele. Ele se inclinou, e ela arqueou o corpo para recebê-lo. Quando a boca dele a tocou entre as pernas, um gemido baixo escapou, vibrando pela sala como um feitiço. Arthur fechou os olhos por um momento. Sua respiração se tornou densa. Ele ouvia os sons — úmidos, quentes, verdadeiros — e isso era tudo.

Kaio explorava Helena como quem devora um fruto raro. Suas mãos seguravam suas coxas com firmeza, enquanto sua língua traçava círculos lentos e profundos, desde o períneo, passando pelos grandes lábios até chegar ao clitóris. Ela se contorcia, pedia mais sem palavras, e recebia. Seus dedos puxavam os cabelos de Kaio, guiando-o, marcando o ritmo do prazer.

Kaio então subiu pelo corpo de Helena, encostando sua rola avantajada na entrada da bucetinha já toda melada. E ela o puxou para dentro de si com um suspiro que parecia vir de outras vidas. O movimento deles era ritmado, como as chamas da lareira — intensos, mas não apressados. Cada investida fazia Helena morder o ombro dele, enquanto os olhos de Arthur brilhavam de emoção e desejo.

Ela sussurrava o nome de Kaio, mas olhava para Arthur — e naquele olhar havia gratidão, provocação, e algo quase sagrado. Arthur assentia, silenciosamente, com brilho nos olhos e a respiração falha. Ele se masturbava devagar, como quem cultua. Kaio sussurrava palavras em seu ouvido. Chamava-a de deusa, de luz, de perdição. E ela acreditava. Acreditava em tudo.

O ritmo aumentava como uma dança. Os corpos suavam, se chocavam, se encaixavam com precisão quase sobrenatural. Os gemidos eram música, os toques, instrumentos de algo maior. O gato levantou-se, caminhou em silêncio até o sofá, e ali se deitou, como se sentisse o ápice se aproximar.

Helena mexia seus quadris mas seus olhos não deixavam os de Arthur. Kaio enterrou o rosto em seu pescoço, arfando, fazendo-a contrair toda para explodir em um gozo fantástico, ao mesmo tempo em que ele inundava as suas entranhas.

Arthur, com um gemido rouco, se derramou por entre as pernas, sentindo-se inteiro e vazio ao mesmo tempo. O silêncio que se seguiu era espesso, denso, quase sagrado.

Kaio ficou ao lado de Helena, sem tirá-la de seus braços. Arthur permaneceu ofegante, os olhos ainda fixos. Havia algo novo ali. Não era traição. Era ritual. Era expansão.

O gato bocejou, indiferente ao que havia testemunhado. A lareira estalava, como se a madeira soubesse segredos que jamais revelaria. Helena olhou para o marido e sorriu. Ele retribuiu. E naquele sorriso havia tudo o que palavras não podem dizer.

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Comentários

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Que maravilha de conto. Para enviar fotos ou vídeos: lewislex75@gmail.com ou Snapchat: lewis_lex20 😊

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Queridos, que conto maravilhoso. Uma visão poética de um cuckold e sua hotwife se entregando ao amante narrado com maestria dentro do limite de 1000 palavras. Adorei. Beijocas.

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Comentários como esse são os verdadeiros prêmios do desafio 1000 palavras e incentivam o escritor ! Obrigado pela leitura e pelo elogio ! Bjocas

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❤Qual­quer mulher aqui pode ser despida e vista sem rou­­pas) Por favor, ava­­lie ➤ Ilink.im/nudos

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