A Boceta de Pandora - Capítulo 2

Um conto erótico de Himerus
Categoria: Heterossexual
Contém 3549 palavras
Data: 02/05/2025 17:36:15
Última revisão: 02/05/2025 18:48:03

Ruth era tudo que um homem pode desejar de uma mulher. Inteligente, linda, gostosa e safada, muito safada. Apesar de ter crescido em família de evangélicos pentecostais ultraconservadores, começou cedo: com quatorze anos perdeu a virgindade, e, com dezesseis, já dava o cu com prazer. Foi bem-educada; diferentemente das amigas que transavam com garotos da mesma idade, Ruth nunca ficou com um homem com menos de trinta antes dos vinte anos, teve bons professores.

Uma mulher fina, sofisticada, mas que na cama agia com a energia de uma prostituta no quinto dia útil do mês.

Eu a conheci na USP. Ela, tinha 20 anos, cursava jornalismo; eu, 24, terminando meu mestrado. Com a dissertação pronta, eu precisava de um revisor; a bibliotecária do meu departamento indicou três nomes. Ruth era o terceiro. O primeiro caiu na caixa postal; o segundo agradeceu, mas declinou por falta de tempo. Ruth aceitou o trabalho.

Nos reunimos umas quatro vezes e, apesar de ter tido uma ereção ao observar seus seios grandes e firmes livres de sutiã na segunda reunião, fui profissional.

Tudo começou a mudar no dia em que defendi minha dissertação de mestrado. Um grupo de amigos organizou uma pequena festa, convidando os "chegados", meu orientador, amigos próximos, alguns professores e minha revisora.

Foi uma festa confusa. Ruth afirma que, me cumprimentou, mas que não me lembro devido ao excesso de bebida. Não acredito nisso, a adrenalina em minhas veias não me permitiu ficar bêbado. O mais provável é que naquele momento ela não era relevante, uma convidada como outra qualquer a me cumprimentar.

Mas mesmo sem dar atenção à minha futura esposa, eu chamei sua atenção. Não sou modesto: sou um homem bonito, moreno, de cabelos pretos, olhos verdes, 1,85 m de altura, ombros largos, pernas grossas, peludo e com uma rola que me rendeu o apelido de tripé na adolescência. O conjunto me garantiu sucesso com as mulheres. Desde os quinze anos tenho uma vida sexual intensa.

Mas não foi minha beleza que atraiu a atenção de Ruth, foi meu relacionamento pouco convencional.

No meu último semestre da graduação passei a morar com Sylvia, uma loirinha deliciosa de 28 anos que fazia doutorado em linguística. Foi meu primeiro relacionamento aberto. Sylvia era muito safada e bem relacionada no meio liberal uspiano; com ela, tornei-me habitué de festas liberais restritas. Aprendi muito. No início, eu tinha ciúmes, mas aprendi rapidamente a desapegar. Ela era livre para dar para quem quisesse e eu para comer.

No mestrado, eu conheci e me encantei por Laila, uma das mulheres mais exóticas com quem já estive. Com 23 anos, fruto do casamento de um iraniano com uma brasileira, ela era única; além de intensa na relação, seu canal vaginal era profundo, permitindo-me o raro prazer de sentir toda a minha rola agasalhada. Passamos a transar sempre.

Um dia Sylvia chega ao apartamento e me surpreende com Laila na cama. A safada não titubeou, perguntou se podia entrar na brincadeira. As duas se deram tão bem que, poucas semanas depois, Laila se mudou para nosso apartamento. Passamos a viver como um trisal.

Quando Ruth me viu alternar beijos apaixonados entre as duas namoradas, ficou curiosa. Uma amiga comum, a bibliotecária, explicou a dinâmica do meu relacionamento. Ruth ficou fascinada.

Discretamente, aproximou-se do meu grupo de amigos. No final do ano, ela e o namorado, professor de história medieval, já frequentavam assiduamente os mesmos bares e baladas que nós.

Conversamos bastante nessa época; eu gostava de ouvir suas aspirações e admirava sua beleza quase infantil, mas nunca rolou nada, nem percebi segundas intenções. Não podia ser diferente, afinal, estava acompanhada do namorado e eu mal dava conta das minhas duas meninas.

No mestrado, eu desenvolvi as bases do meu aplicativo; entretanto, para torná-lo comercialmente viável, precisava dominar algumas ferramentas de programação pouco trabalhadas no Brasil. Com esse intuito, fui para Unicamp, em Campinas, para fazer o doutorado.

Profissionalmente foi ótimo, mas minha vida pessoal deu errado. Apesar de não precisar morar em Campinas durante todo o doutorado, no primeiro ano não tive escolha: não conseguia voltar para São Paulo nem nos finais de semana. Trabalhei duro!

O resultado foi a primeira versão operacional do meu aplicativo, escolhido por uma das maiores multinacionais de alimentos do mundo para gerenciar sua produção. Com o pagamento feito na assinatura do contrato, eu comprei um apartamento de três quartos em Higienópolis. Não posso reclamar: para um menino da Zona Leste de São Paulo e que ainda não tinha terminado os créditos do doutorado, estava indo muito bem.

Contudo, nem todos os momentos são radiantes, minhas namoradas seguiram a vida. Sylvia gostou da experiência com o trisal; já estava em outro, dessa vez com dois machos. Laila foi fazer o doutorado na Inglaterra.

Fiquei sozinho.

Com os créditos concluídos meus compromissos em Campinas resumiam-se em uma reunião semanal com meu orientador e ministrar algumas aulas na graduação. Generoso meu orientador montou um horário onde eu resolvia tudo em apenas um dia na semana.

Com tempo livre e, pela primeira vez na vida, com dinheiro no bolso, cai na farra! Foi minha primeira fase sex, drugs and rock’n’roll.

Bem quisto pelos organizadores de festas liberais, continuei a frequentá-las, agora como solteiro, ou, como muitos preferem chamar, “comedor”.

Passei o rodo, nunca trepei tanto na minha vida, mas não estava satisfeito sexualmente.

Explico. No pensamento coletivo, a experiência liberal, ou como prefiro expressar, o sexo livre, é sinônimo de existência desregrada, depravação ou, o termo mais moderno: vida louca. Nada mais distante da realidade. Quem vive a vida liberal tem consciência dos riscos que a variedade sexual traz. Para minimizá-los, protocolos de sexo seguro são seguidos a risca.

Para começar, a higiene deve ser muito bem feita; a penetração é sempre com camisinha. Já o sexo oral divide opiniões: para alguns a proteção não é necessária; para outros, o boquete tem de ser com o pau encapado. A controvérsia se intensifica quando se trata da mulher; a maioria não deseja obstáculos, mas considerável parcela procura algum tipo de segurança. Já vi muita loucura, tipo usar filme de embalar alimentos para plastificar a boceta, no entanto, o mais comum é a proteção química. Cremes lubrificantes que, teoricamente, diminuiriam o risco de uma Infecção Sexualmente Transmissível. Se é verdade, eu não sei, mas com certeza muda a flora bacteriana da vagina e seu sabor e cheiro ficam pasteurizados, perdendo as características individuais da mulher. Claro que tais regras são flexibilizadas quando o casal de amantes “trocam exames”, mas nunca abandonadas.

Quando eu ia as festas com minha ex namoradas eu reservava o sexo oral para elas. Por temerem uma IST elas me pediram esse sacrifício e raramente eu chupava uma boceta desconhecida.

Agora, como avulso, não tinha mais esse limite. Infelizmente descobri que o sexo oral nessas festas era horrível...

Amo o cheiro e o gosto da intimidade feminina; se não posso mergulhar de boca na boceta, a foda perde a graça, tornando-se praticamente uma masturbação assistida. Ou seja, eu estava trepando muito, em um meio onde, infelizmente a higiene química era moda; não tinha mais tesão em chupar uma boceta. Eu tinha quantidade, mas não qualidade.

Foi nesse contexto que tive uma surpresa ao voltar à USP para visitar meu antigo orientador do mestrado.

Não consegui chegar ao seu gabinete; a universidade vivia um momento tenso em meio a uma greve. Ao ir para meu carro, percebo um grande número de estudantes em uma caminhada de protesto que obstruía a saída do estacionamento. Sem opção, resolvi esperar, observando a garotada gritar suas palavras de ordem.

Foi aí que eu a vi. Ruth carregando uma mochila enorme, tentava atravessar a multidão sem muito sucesso. Cruzei a rua e, sem proferir uma única palavra, ofereci-me para ajudá-la. Eu peguei a mochila e a ajudei a cruzar a rua em segurança. Em uma rápida conversa, descobri que estava indo para a parada de ônibus, que ainda estava bastante longe. Diante da necessidade de aguardar o fim do protesto para partir e considerando o peso da mochila, decidi acompanhá-la. Em quinze minutos chegamos ao ponto de ônibus onde embarcaria para a casa de uma amiga. Fiquei com ela esperando, conversando sobre as novidades, afinal, não nos víamos a mais de um ano. Visto que o ônibus estava atrasado, sugeri que eu poderia levá-la ao metrô ou a um local com mais fluxo de ônibus. Ela aceitou.

Durante o trajeto, informei que meu destino era o centro da cidade e perguntei a ela onde gostaria de descer. Ela respondeu que o centro seria perfeito. Continuamos a conversa. Ela compartilhou seus projetos profissionais enquanto eu a ouvia atentamente com pequenas intervenções. Em um determinado momento ela pergunta se eu estou indo trabalhar no centro. Rindo, respondo que não. Conto que meu trabalho era em casa, no meu computador, e na UNICAMP uma vez por semana. Explico que estava indo ao centro comprar ingresso para a apresentação de uma companhia de balé carioca que gosto muito. Surpresa ela me fala:

- Não entendi. Você é grande, forte, peludo, dá conta de duas namoradas e curte balé?

Ri e respondi:

- Não posso acreditar que uma garota inteligente como você pense que balé é apenas para homossexuais! Eu amo balé. Você não gosta?

- Estou brincando, sei que muitos héteros gostam de balé, especialmente das bailarinas, né! Mas eu não sei se gosto, nunca assisti a uma apresentação.

- As bailarinas são ótimas, mas o espetáculo é muito mais de que garotas bonitas saltitando ao som de música clássica. Você deveria ir; tenho certeza de que ia gostar. Aliás, se na sexta você não tiver compromisso, eu te levo. Quer ir comigo?

- Uau! Por essa eu não esperava: um convite para ir ao balé! Eu adoraria, Rodolfo.

Aquela sexta marcou nossas vidas. Ruth estava lindíssima. Com seus volumosos cabelos negros soltos, quase até a bunda, olhos azuis destacados por uma leve maquiagem. Vestia um vestidinho rosa bem claro, soltinho, quase transparente. Dependendo da luz, suas curvas — seios grandes e bicudos sem sutiã, quadril largo e bunda empinada adornada por uma minúscula calcinha — eram perfeitamente visíveis. Tudo muito sexy sem ser vulgar.

Não preciso dizer que foi devorada pelo olhar de todo homem que cruzou nosso caminho.

Ela adorou o balé. Ao terminar, me agradeceu pela experiência incrível e me deu um selinho. Sem pensar, agindo por instinto, puxei seu corpo e a beijei com volúpia. Fui correspondido. O beijo, que já estava bom, ficou melhor quando nossos corpos se colaram. Ao sentir minha rola dura, ela deu uma leve rebolada e intensificou o beijo.

O tesão foi tanto que saímos do teatro direto para um motel; não sei como não bati o carro, pois o percurso foi feito com nossas mãos e bocas tentando descobrir os segredos de nossos corpos.

Na portaria do motel, enquanto apresentava os documentos e escolhia a suíte, Ruth libertou meu pau e caiu de boca. Ela tentava um boquete profundo, mas a minha glande grossa era um desafio. Com fome de rola, ela aprendeu a famosa lei da física: dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. O resultado desse boquete insano foi de me deixar duro como uma pedra e encharcado com sua saliva. Estacionei na garagem da suíte sem ela parar de mamar. Agarrei seus cabelos e, de maneira bruta, forcei a desacoplagem. Ela me olhou inconformada. Sai do carro com meu pau duro fora da calça. Enquanto fechava o portão, ela tirou a calcinha, saiu do carro e se debruçou no capô com o vestido erguido até a cintura. Quando me virei, vi aquela bunda fantástica com as poupas arreganhadas por suas mãos. Com um olhar de desespero, ela falou:

- Vem, fode meu cu, me arregaça, me faz gozar pelo cu, filho da puta. Me come no pelo, tira sangue da minha bunda com essa pica gostosa.

Não pensei em nada, avancei. Penetrei seu cu com dois movimentos. No primeiro entrou, a glande, segundos depois o resto. Penetrei até o talo. Ruth sentiu dor quando a cabeça penetrou, suas pregas contraíram, mas não reclamou. Depois que entrou tudo pedia, aos berros, para ser fodida:

- Vai, me come com gosto. Fode esse cu de puta mais rápido, vai gostoso, bate na minha bunda mais forte, vai. Eu vou gozar no seu pau, tô gozando, não para, me come!

Pois é, nossa primeira vez foi um sexo anal muito louco. Diferente da maioria das mulheres, que precisam se tocar para ter prazer no sexo anal, Ruth não precisava. Seus orgasmos vinham fáceis pelo cu. Quando eu enchi seu rabo de porra, ela já tinha gozado duas vezes.

Entrei no quarto com ela nos meus braços. Eu a deixei largada na cama e fui para o banheiro ligar a banheira. Voltei, retirei nossas roupas e, depois de uma ducha, fomos para jacuzzi.

Conversamos por um bom tempo. Ela estava envergonhada, com medo do meu julgamento. Veio com um papo do tipo: "eu não sou assim". Aos poucos ela percebeu que comigo não precisava ter receio de se soltar, que gosto de mulheres bem resolvidas com seus desejos.

Relaxada, ela acabou contando como foi sua iniciação sexual e como foi descobrindo suas preferências. Para uma garota de 20 anos, filha de família evangélica e ainda morando com os pais, ela tinha um currículo impressionante.

Nossa conversa foi permeada de beijos e carícias. Em um determinado momento, saímos da banheira, nos enxugamos e fomos para cama.

Deitei-me sobre ela e, após um beijo, iniciei a exploração de seu corpo com minhas mãos e, principalmente, com a boca. Beijei seu pescoço, seu colo e, principalmente, seus seios. Ruth tinha seios grandes, auréolas médias e mamilos grandes, pontudos. Até então eu só tinha visto mamilos assim em mulheres que estão amamentando. No início, procedi com cuidado; eu não sabia como ela preferia ter seus seios tocados, mas logo percebi que ela apreciava um toque mais firme. Passei a sugar, morder e apertar. Ela pedia mais intensidade; deixei seus seios cheios de marcas roxas.

Ela tinha prazer em sentir dor, principalmente nos seios e na bunda. Ela explicou posteriormente que, para manter suas aventuras ocultas de sua família, não podia ter marcas visíveis. Como tem tesão quando sente dor, só deixava seus amantes serem mais duros nos seios e na bunda. Sua tolerância era alta; várias vezes ela gozou comigo mastigando seus mamilos enquanto a penetrava.

Dos seios fui para a boceta. Quando senti seu aroma e sabor, percebi que estava encrencado. Como já disse, sou um amante de bocetas, amo seu cheiro e seu gosto. Descobri que cada mulher é singular na sua fragrância e sabor. Algumas são mais saborosas que outras. O cheiro e gosto da buceta de Ruth eram inebriantes, nunca senti tanto tesão ao chupar uma mulher. Passei mais de meia hora chupando, lambendo, sugando e mordendo. Ela gozou três vezes, só parei quando ela implorou, que não aguentava mais gozar.

Ainda com o rosto próximo à sua gruta, eu me deliciava com seu perfume.

Em toda a minha vida, nunca fiquei tão duro. Não abaixou um milímetro enquanto eu esperava sua respiração desacelerar. Usei toda minha força de vontade para não cair de boca novamente.

Deslizei sobre seu corpo em busca de seus lábios, beijando o que encontrava pelo caminho: barriga, seios, colo, pescoço e, finalmente, a boca. O beijo começou meigo, mas rapidamente evoluiu para algo primitivo, quase violento.

Enquanto beijava, esfregava minha rola entre seus grandes lábios. O atrito, principalmente da glande com o clitóris, aumentava seu tesão, quando Ruth, enlouquecida, anunciou um novo orgasmo, eu a penetrei.

Eu pensei que ia enterrar até às bolas, afinal ela estava muito excitada, sua buceta encharcada, e eu com o pau trincando de duro. Mas eu estava enganado; apesar de ter sido absurdamente prazerosa, foi uma penetração difícil.

Ruth tem o útero alto e o canal vaginal profundo. Parece que feito para receber rolas grandes. Descobri, com grande prazer, que ela me acomodava sem dificuldades. Mas as surpresas não acabavam. Ela, naturalmente, sem nunca ter feito exercícios de pompoarismo, tinha controle total de sua musculatura vaginal. Em várias ocasiões, ela contraiu fortemente a ponto de eu não conseguir me retirar, levando-me ao clímax apenas com suas contrações, sem necessidade de movimento. Por fim, ela era apertada, muito apertada.

Quando a penetrei pela primeira vez, ela estava gozando; não foi fácil, foi um pouco dolorido, mas o calor da boceta apertada e seus movimentos vaginais de contração tornaram a experiência única. Ela gozou novamente quando sentiu seu útero ser cutucado. Esperei um pouco e comecei o vai e vem, no início de forma lenta, depois bombando com força. Ela me xingava, pedia mais, e avisava a aproximação dos seus orgasmos. Como já tinha gozado no seu cu, demorei para gozar. Só explodi quando meti em outra posição, um delicioso frango assado, com suas pernas arreganhadas.

Satisfeitos, dormimos. No meio da madrugada, sou acordado com um boquete. Recomeçamos. Ela me cavalgou, comi sua buceta de quatro e finalizamos a noite com um sexo anal romântico, sem a intensidade da primeira vez que a enrrabei.

No banho, conversamos sobre como foi fantástica nossa noite; nossos olhos brilhavam ao recordar alguns detalhes.

Com o dia amanhecendo, ela me pediu para levá-la para casa da amiga, onde sua mãe imaginava que ela passaria a noite. Nos despedimos com um beijo e com a promessa de outras noites.

Foram raras as noites em que ficamos juntos; sua família marcava pesado; no entanto, um mês depois da primeira vez, Ruth passava pelo menos três tardes no meu apartamento. O sexo era espetacular e descobrimos que gostávamos da companhia um do outro, tínhamos gostos em comum e, principalmente, uma visão cínica do mundo muito parecida. Além de amantes, nos tornamos amigos, discutindo quase todos os assuntos, exceto o futuro do nosso relacionamento. Embora tivéssemos sentimentos um pelo outro, nossa relação era mais de amizade com benefícios.

Uma vez, ao vê-la beijando um antigo namorado, senti ciúmes, mas não disse nada. Quando ela me viu ficou sem graça, mas continuou com seu antigo namorado. Por outro lado, em um outro dia ela apareceu em casa bem cedinho, estava com muito tesão. Como tinha sua entrada autorizada, foi direto para meu apartamento, fui atender pelado. Abri a porta com cuidado, não sabia quem era, ela foi entrando, me chamando para o quarto. Eu não estava sozinho. Ruth encontrou em minha cama uma loira nua. Sem saber o que fazer, me pediu desculpas e saiu do apartamento.

Depois de uns dez dias afastados, em que ela deixou de vir ao meu apartamento, eu comecei a pensar se aquele relacionamento estava me fazendo bem. Eu estava chateado; apesar de sentir muita falta do seu corpo e da sua amizade, não me conformava com sua imaturidade. Quando a vi com outro não me afastei, respeitei sua decisão, apesar de ter sentido ciúmes. Era muita hipocrisia sumir da minha vida por eu ter ficado com outra.

Refleti, intimamente, que talvez seu distanciamento fosse oportuno; eu estava profundamente envolvido e, ignorava sinais que indicavam uma mulher confusa.

Embora Ruth fosse sexualmente confiante e uma grande amiga, paradoxalmente, era também muito moralista e conservadora.

Lembro bem que ela ficou muito irritada quando defendi o casamento de pessoas do mesmo sexo. Nossa única briga séria, por mais incrível que pareça, foi por eu defender o evolucionismo; ela não se conformava com meus argumentos contra o criacionismo.

Eu relevava, colocava na conta de sua formação religiosa, mas não conseguia entender o moralismo seletivo, afinal a quantidade de mentiras que contava para os pais era surreal. Ela era uma pessoa na universidade e outra com os progenitores. Quando perguntei se não seria mais honesto sair da casa do pais, já que ganhava o suficiente com suas revisões, ela me respondeu que uma mulher honesta só sai de casa para casar...

Uma hora depois, ela estava gozando com minha rola atolada no seu cu...

Resolvi que ia virar a página.

Passei a ficar mais tempo em Campinas envolvido com meu doutorado.

Por duas semanas, eu fiz o percurso São Paulo/Campinas/São Paulo três vezes por semana. O trajeto entre as duas cidades é relativamente curto, uma hora e meia, e a Rodovia dos Bandeirantes é excelente. Dirigir funcionava como meditação; eu pensava nos meus projetos, na vida, na situação política do país, no Corinthians e, quando menos esperava, Ruth invadia meus pensamentos.

Por mais que eu tentasse manter aquela safada longe, meus pensamentos me traíam, acabava de pau duro recordando nossos melhores momentos.

Eu estava apaixonado, mas não queria reconhecer. Como todo homem nessa situação, tentei esquecer com outras mulheres.

Aluguei um flat em Campinas e deixei de voltar para São Paulo. Disciplinado, trabalhava em minha tese e no meu aplicativo de segunda-feira ao meio-dia até o final da quinta-feira; depois, caía de corpo e alma nas inúmeras festas promovidas pela comunidade universitária.

Entrei em um ciclo de álcool e sexo digno de um calouro. Transei com todo tipo de mulher, algumas lindas, outras nem tanto. O álcool não é um bom conselheiro, felizmente, essa fase durou pouco, uns dois meses —, mas foi preciso um senhor susto para eu acordar

.

Continua.

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