Contei há um tempo atrás de como conheci Camila por acaso, numa saída com um cliente. Daqueles encontros diferentes, era o aniversário em um barco. Ela com um sorriso educado, segura de si, fogosa e daquelas que topa quase tudo!
Camila é acompanhante e também estudante de medicina, está no quinto ano — para o horror de muitos, como ela mesma costuma rir. Mora com os pais em um bairro nobre da cidade, num imóvel lindo. É difícil ou quase impossível alguém pensar que ela transa e ganha dinheiro. Tem 24 anos. Um corpo de academia e muito vaidosa: pele branca marcada pelo bronze do biquíni, peitos de silicone com aréolas rosadas, bumbum redondinho e empinado, pernas firmes. Cabelos pretos, cortados na altura da orelha num Chanel elegante, olhos castanhos, sobrancelhas perfeitamente desenhadas. Um piercing discreto na aba do nariz, uma tatuagem sensual na virilha — íntimos a conhecem. Tem cerca de 1,60, um pouco mais alta que eu, e pesa seus 55 quilos com uma leveza provocante.
Nos tornamos muito amigas, ela linda, inteligente, articulada, engraçada sem esforço. E o mais curioso: tem namorado. E o melhor — ele é amigo do meu. Para a fúria silenciosa (e hipócrita) de alguns, fazemos parte de um mesmo círculo. Tem nossa história aqui, que por sinal estou migrando para o meu blogger.
Bom deixa eu te contar o que aconteceu. Meu namorado viajou para trabalho e fiquei com tempo livre e ai....
Quinta – feira 8 de maio de 2025
O despertador tocou às 5h20. Camila tinha me convencido — ou melhor, me desafiado — a treinar com ela às seis da manhã. “Vai ser leve, prometo”, ela disse. Mentira. O treino foi puxado, mas a companhia compensou. Entre repetições e risos abafados, a conversa fluiu naturalmente. Terminou o treino e ela se preparava para correr de volta para casa. Mas, dessa vez, ofereci uma carona. No carro, entre uma música e outra tocando baixo, ela me olhou de lado:
— Tô com um atendimento marcado hoje… um cliente de fora que vem quinzenalmente. Ele perguntou se eu poderia levar uma amiga.
Ela não precisou dizer mais nada, apenas meu sorriso respondeu. Temos uma cumplicidade e sintonia muito forte. Nossos valores profissionais são os mesmos, nossas regras também. Ela me explicou o formato: um encontro discreto, em um escritório empresarial, para dois executivos. Vestidas com trajes sociais femininos, nada vulgar. Quase corporativo. Quase.
— Amiga, achei bem a sua cara, nada diferente de como você já se veste, ela comentou. — E a minha também, claro.
Me deixou com aquilo na cabeça.
Ao longo do dia, voltei à rotina da agência. Estava em período de férias, mas tirei só uma. Saí do trabalho uma hora mais cedo, fui direto para casa. Sabia que naquele horário todos estariam fora, então pude me arrumar com calma.
Escolhi uma blusa de botão branca, sutilmente justa, e uma saia lápis preta. Scarpin preto com salto médio, cabelo preso em um coque baixo. Apenas um gloss transparente, perfume leve. Por baixo, lingerie branca de renda e telinha, sem bojo no sutiã e fio dental a calcinha.
Passei na casa de Camila. Vestia um conjunto preto de blazer acinturado sobre uma blusa de seda (branca) e uma saia de alfaiataria que parecia feita sob medida Scarpin preto e os cabelos soltos. Chegue em um prédio empresarial em um dos bairros mais caros da cidade.
No elevador espelhado, fizemos uma foto abraçadas em frente ao espelho — ela postou no Instagram com uma legenda: eu e ela - amigas. Ela sorriu para mim no reflexo e ajeitou minha gola com cuidado.
— Pronta?
Assenti. Não era só o trabalho. Éramos nós duas ali, entrando em um jogo que misturava desejo, poder e prazer com uma elegância estudada. O que me excita muito!
Subimos, as portas do elevador se abriram no 18º andar, o corredor estava silencioso eram 16h.
O corredor era amplo, silencioso e levemente perfumado com algo amadeirado vindo de um difusor discreto em uma mesinha de canto.
Caminhamos juntas falando bobagens e um leve sorriso no rosto. Paramos diante de uma porta de vidro, Camila tocou a campainha e, em poucos segundos, a porta destravou. Ao entrarmos fomo recepcionadas por um homem alto, pele clara, cabelo grisalho bem aparado e um terno azul-marinho. Nos cumprimentou com um sorriso contido:
— Que bom que chegaram — disse ele, abrindo espaço para entrarmos. Sejam bem-vindas! Prazer, eu sou o Rafael. Me acompanhem, estamos trabalhando aqui dentro.
O ambiente lá dentro era um escritório elegante e sem exagero: móveis escuros, luz suave, um sofá de couro frente a uma mesa de vidro de centro, ao fundo, uma parede de vidro com vista para a cidade e na frente dela uma mesa grande de escritório de mármore. O segundo homem já estava ali, sentado a mesa com seu macbook aberto e uma xicara de café ao lado. Moreno, traços firmes, camisa branca aberta nos dois primeiros botões. Olhou para nós com um misto de avaliação e admiração.
Logo ele levantou e Rafael nos apresentou:
— Eduardo, esta são Camila e Alice.
Com um sorriso no rosto ele: — Prazer! Vocês são lindas.
Sorrimos e agradecemos.
Nos ofereceram café — aceitamos. Sentamos lado a lado no sofá, colocamos nossas canecas de café na mesa de centro. Cruzamos as pernas e a conversa começou leve. Falaram de viagens, da cidade, negócios que não detalhavam demais. Era como se flertassem com a normalidade, enquanto todos sabíamos do motivo real da reunião.
— Vocês são e estão lindas — disse o Rafael, finalmente rompendo o véu da formalidade. — É raro encontrar mulheres que entendem tão bem o equilíbrio entre elegância e provocação.
Camila descruzou as pernas devagar e inclinou-se para frente, pegando a xicara.
— A elegância não precisa apagar o desejo. Às vezes, ela só disfarça.
Eduardo sorriu com a resposta dela, e seus olhos se voltaram para mim em seguida.
— E você? Me conta um pouco de ti. Idade e o que mais achar que devo saber
Pensei por um segundo o que falar. Descruzei as pernas e cruzei novamente do outro lado:
— Alice, 25 anos, sou acompanhante por prazer. Adoro a sensação de ser desejada e possuída e o tesão em ganhar para isso é inexplicável.
Os olhares se entrelaçaram. A tensão, até então contida, começou a ganhar corpo. Mas logo, Rafael quebrou isso:
— Meninas, chamamos vocês aqui por dois motivos — começou Rafael, ajeitando a calça com um sorriso de quem já sabia o jogo. —
Primeiro, porque eu já conheço a Camilinha… e não mexo em time que está ganhando. Segundo, porque Eduardo aqui quer quebrar a rotina. E quem sabe, se gostar, não vira freguês? — soltou uma risada baixa.
Camila sorriu, divertida, enquanto ele completava:
— Mas temos uma reunião às 18h.Queremos vocês antes, durante e depois da reunião. Mas durante tem que haver discrição.
Falando isso Rafael sentou ao lado de Camila que logo a beijou. Eu levantei e Eduardo me conduziu até a janela, me segurando pela cintura:
— Tenho 51 anos e estou louco para te ter.
CONTINUA.....