A Afirmação do Marido Traído.

Um conto erótico de Casal Tatuíra
Categoria: Homossexual
Contém 756 palavras
Data: 15/05/2025 18:20:59
Última revisão: 15/05/2025 18:23:04

No silêncio úmido da sala de casa, Mazinho, com a gravidade dos que sabem que pecam, retirou a mão do joelho de Andrada. Foi lento, como se cada gesto fosse uma confissão arrancada a forceps. Levantou-se do sofá, o corpo trêmulo, e ajoelhou-se entre as pernas do outro, num altar pagão onde o desejo era o único deus. As mãos, inábeis, quase infantis, tremiam ao abrir a calça de Andrada. E então, o milagre: sacou o membro, um totem obsceno, grosso como a vergonha, longo como uma promessa de danação, reto, com uma cabeça esculpida por anjos caídos, daqueles que desenham a ruína.

Mazinho, vesgo de uma volúpia que o humilhava, contemplou o troféu. Não era só carne, era um desafio, um monstro que sua mão não abarcava, que seus dedos não cingiam. E ele, ó Deus, achava aquilo sublime. Puxou a pele para baixo, como quem descobre um segredo, e a ponta roxa, brilhante, pareceu pulsar com vida própria. Cobriu-a de novo, num vaivém que era quase reza, e Andrada, arquejando, gemia – um gemido que era ao mesmo tempo súplica e mando. Quem era o dono ali? Mazinho não sabia. Só sabia que queria.

Beijou a cabeça, um beijo de quem se entrega ao abismo. A pele acetinada queimava, e uma gota, uma única gota, escorreu como uma lágrima de santo. Mazinho a sorveu, e era amarga, era doce, era tudo o que ele nunca confessaria. Seus lábios envolveram a ponta, chuparam, lamberam, e a língua, num delírio de fome, girou, desceu, lambeu o corpo rígido até as bolas, como quem mapeia o paraíso antes de ser expulso. Mas não bastava. Ele queria o êxtase, a loucura, o fim.

Chupou com força, com uma gula que era quase violência. Engoliu o que pôde daquele mastro, como se fosse a última tábua de salvação num naufrágio.

Andrada se contorcia, e cada espasmo era uma vitória para Mazinho, que seguia, voraz, sugando, mordiscando, arranhando com os dentes, ora lento, ora frenético. Até que Andrada enrijeceu, um titã de carne e osso, e o jato veio – quente, amargo, avassalador. Inundou a boca de Mazinho, que quase fraquejou, quase engasgou, mas não cedeu. Manteve o vulcão em sua boca e engoliu a lava, gemeu, tremeu, e quis mais, sempre mais, como se naquele instante pudesse devorar o mundo inteiro.

Mazinho ergueu-se, trêmulo, e fitou o monstro de carne que, contra as leis da natureza, não desmoronava. Era um obelisco, ereto, soberbo, como se zombasse da própria gravidade. Com gestos trêmulos, quase sacrílegos, Mazinho se despiu, mas preservou a calcinha de Vera — aquela Vera, a esposa, que Andrada já profanara em tantas noites de febre.

Agora, Mazinho partilharia com ela o peso de ser amante daquele homem. Era sua vingança suprema, o golpe final: o macho, o domador, o reprodutor não seria mais monopólio dela. Vera se julgava única, rainha absoluta daquele corpo esculpido para o pecado? Pois Mazinho, em sua humildade feroz, a igualara. Não era humilhação, não! Era entrega, era consagração. Naquele instante, Mazinho se fazia fêmea, oferenda, vítima palpitante no altar do desejo. Debruçou-se sobre a mesa de centro, o corpo exposto como uma súplica, e murmurou, com a voz rouca de quem se entrega ao abismo:

— Vem, me faz tua. Como tu fazes com ela.

E assim, oferecido ao holocausto, gemeu quando as mãos calejadas de Andrada, quentes como brasa, profanaram seus montes. Sofregou, o coração aos pulos, quando a ponta da lança roçou a porta de seus prazeres. E chorou – de dor, de gozo, de tudo o que não confessaria nem ao diabo – quando ela invadiu seu terreno virgem, rasgando-o com uma violência que era ao mesmo tempo castigo e redenção.

Andrada, como um titã, encaixou o quadril nas ancas de Mazinho. Abraçou-o, esmagando-o, e sua barba roçou o pescoço do outro, um roçar que era quase uma posse. Mazinho gemeu alto, arfando, o fôlego preso na garganta, perdido entre o delírio e a submissão. Como podia Andrada, que há instantes explodira em êxtase, ainda se manter tão rijo, tão indomável? Era um mistério, mas Mazinho não queria respostas. Queria o abraço que o sufocava, os urros de Andrada que ecoavam como trovões, as estocadas brutais que não pediam licença, os jatos quentes que o invadiam e escorriam por suas pernas, marcando-o como propriedade. E, acima de tudo, queria a ilusão de que dominara aquele macho supremo – um troféu que ele e Vera, em segredo, dividiriam.

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Comentários

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Gostei ! Escrita de forma diferente, sem perder o erotismo.!!

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