Minha namorada foi para a faculdade. PARTE 03

Um conto erótico de Coisadinho
Categoria: Heterossexual
Contém 1395 palavras
Data: 14/05/2025 19:48:02

Os veteranos, depois de muita conversa apressada no canto do palco, se separaram e vieram para a frente, ainda vestindo suas fantasias ridículas de ursos e com as próteses saltando por baixo dos calções.

Paulo, sempre ele, assumiu o microfone com aquele seu jeito meio cômico de apresentador de auditório, tipo um Silvio Santos universitário.

— Meus amores! — disse, espalhafatoso. — Nosso Grupo Gestor pensou rápido e temos uma nova prova pra vocês! A Rodada Surpresa!

A plateia vibrou imediatamente.

— A vencedora vai ganhar uma imunidade extra! — continuou Paulo. — Se perder nas próximas provas, ainda terá uma chance de permanecer na disputa!

O anúncio incendiou o público.

As candidatas, exaustas mas animadas, se aprontaram para o próximo desafio.

Paulo explicou as regras com um sorriso de quem sabia que estava prestes a provocar mais cenas inusitadas:

— A brincadeira é simples: nossos veteranos ficarão de joelhos, ainda com os adereços... e vocês, meninas, também ficarão ajoelhadas, na frente deles, apoiadas nas mãos e nos joelhos.

O objetivo? Ocultar COMPLETAMENTE o adereço da visão da comissão julgadora e da plateia!

Risadas explodiram antes mesmo da prova começar.

Os veteranos rapidamente se ajoelharam, ajeitando seus corpos de forma meio desengonçada, enquanto as candidatas se posicionavam à frente deles.

Paulo, com o microfone em punho, iniciou a contagem:

—Valendo!

O DJ aumentou o volume e soltou um funk pancadão pesadíssimo que fazia as caixas de som tremerem.

A cena que se desenrolou foi tão absurda quanto hilária.

As duplas tentavam, de todas as formas possíveis, esconder as próteses.

Algumas candidatas descobriram que jogar o adereço entre as próprias pernas podia ajudar — mas, quase sempre, a ponta ainda ficava aparecendo.

Outras tentavam ajeitar com as mãos, mas, como as próteses eram flexíveis, bastava um movimento errado e elas despencavam desajeitadas no meio das pernas.

Era um show de trapalhadas.

Mas havia uma exceção.

Fernanda.

Lá estava ela, focada, determinada.

O adereço de Paulo, diferente dos outros, era muito mais rígido — duro feito pedra.

Isso lhe dava uma vantagem absurda: não ficava caindo toda hora.

Mesmo assim, Fernanda parecia inquieta.

A cada tentativa frustrada de esconder a ponta, seu rosto demonstrava uma frustração crescente.

Ela queria vencer. Queria vencer a qualquer custo.

Me distraí olhando o esforço desesperado das outras duplas — alguns veteranos já começavam a rir da própria dificuldade — e, quando voltei a olhar para Fernanda e Paulo, vi algo curioso.

Paulo se inclinou para frente e murmurou algo no ouvido dela.

Fernanda ouviu, hesitou por um segundo e depois assentiu com a cabeça.

Então, com um movimento rápido e preciso, Paulo recuou o quadril, ajeitou alguma coisa de forma quase imperceptível, e, num passe de mágica... voilá.

O adereço sumiu da vista.

Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos, teria jurado ser impossível.

Provavelmente não era a primeira vez dele nessa brincadeira — Paulo claramente sabia os "truques" da prova.

O tempo estourou.

A sirene soou alto, indicando o fim dos 60 segundos.

Começou a fase de julgamento.

A comissão julgadora — cinco veteranos que mal conseguiam segurar o riso — passou observando cada dupla.

A maioria mal conseguia ocultar por cinco segundos antes da prótese tombar desajeitada.

Outros nem chegaram perto de esconder.

Apenas duas duplas conseguiram o feito completo:

A gordinha simpática, que já havia se destacado na dança mais cedo, e... claro, Fernanda e Paulo.

Paulo, sem mudar de posição — ainda ajoelhado no mesmo lugar, como uma estátua —, ergueu o microfone e anunciou as vencedoras.

A plateia explodiu de novo em aplausos e gritos.

Paulo aproveitou a onda de animação e, SEM SAIR DA POSIÇÃO, começou a animar a galera, relembrando todas as provas da noite:

— Foi lindo, pessoal! Que energia maravilhosa! DJ, solta aquele batidão pra fechar com chave de ouro!

A música explodiu pelas caixas de som, a galera começou a dançar nas arquibancadas, mas eu... eu não conseguia desgrudar os olhos da cena.

Paulo ainda estava lá, ajoelhado, imóvel, como se desafiasse a própria gravidade.

Fernanda, também sem se mover, sustentava a posição com uma concentração absurda.

Já se passavam dois minutos, talvez mais, e nada do adereço aparecer.

"É um recorde", pensei, surpreso.

A qualquer segundo, eu achava que veria a ponta do adereço surgir entre as pernas de Fernanda...

Mas não.

Nada.

Só restava a tensão crescente no ar, misturada com a batida pesada do funk e o cheiro de suor, cerveja e excitação no auditório abafado.

Paulo seguia animando a galera, microfone em punho, sem perder o fôlego:

— Vamos dançar, minha gente! Hoje a noite é nossa, não tem hora pra acabar!

Ele começou a rebolar de forma exagerada, arrancando gargalhadas da plateia.

Mas enquanto todos vibravam com a energia do momento, Fernanda permanecia imóvel.

Ali, ajoelhada à frente de Paulo, ela parecia completamente desconectada do que acontecia ao redor.

O semblante dela mudou.

Ficou mais sério, quase fechado.

Seus olhos, semicerrados, davam a impressão de que ela tentava se concentrar em algo muito além do barulho ensurdecedor e das luzes piscando.

De vez em quando, ela mordia o lábio inferior, um gesto inconsciente que denunciava o desconforto ou talvez a tensão crescente que pairava no ar.

Paulo, por outro lado, continuava dançando atrás dela.

Se mexia de um lado para o outro, rebolava devagar, sem nunca perder a posição — sempre ajoelhado, sempre colado.

E mesmo com toda essa movimentação, a prótese que deveriam estar tentando esconder... continuava sumida da vista.

Era quase surreal.

Um minuto inteiro se passou assim.

Paulo agitando o público, Fernanda estática à sua frente, o som do funk preenchendo cada espaço do salão abafado.

A resistência deles parecia sobre-humana.

Mas, como tudo tem um limite, o movimento no palco começou a mudar.

Outros veteranos e candidatas começaram a se levantar aos poucos, descendo do palco, misturando-se à multidão.

Só então, com uma lentidão quase simbólica, Paulo começou a se afastar de Fernanda.

Seus movimentos eram arrastados, pesados.

Quando finalmente recuou, percebi que ele fechou os olhos com força e mordeu ainda mais o lábio.

Era como se ele estivesse concentrando todas as forças para suportar algo.

Talvez a dor nos joelhos, nas mãos, ou simplesmente o cansaço de ficar tanto tempo naquela posição absurda.

Fernanda, por sua vez, permaneceu mais um instante ajoelhada, respirando profundamente, como se precisasse de alguns segundos para se recompor.

Então, ambos se levantaram.

Sem dizer uma palavra, sem trocar olhares, começaram a bater palmas acompanhando o ritmo da música, tentando se misturar à energia da festa que explodia no auditório.

Mas havia algo no ar.

Uma eletricidade silenciosa entre eles dois, como se aquela prova ridícula tivesse criado uma tensão invisível que ainda pairava no palco — densa, pesada, quase palpável.

E eu, parado no meio da plateia, só conseguia pensar: o que mais ainda viria naquela noite?

Aos poucos, como se nada demais tivesse acontecido, os veteranos e as candidatas começaram a descer do palco, misturando-se à multidão agitada da plateia.

Eu, com o coração acelerado e a cabeça fervendo, não esperei mais um segundo.

Saí correndo dali, me enfiando no meio das pessoas, desviando de corpos suados e vozes bêbadas que me cercavam de todos os lados.

Não queria ver Fernanda.

Não queria olhar para ela e encarar a avalanche de sentimentos que crescia dentro de mim a cada minuto.

Eu não estava pronto para aquilo.

Não sabia nem explicar o que exatamente aquilo era.

Sem olhar para trás, tomei o caminho do estacionamento, atravessando a noite abafada com passos rápidos, quase desajeitados.

Cheguei no carro e me tranquei lá dentro como quem se protege de uma tempestade.

O calor era sufocante, mas pouco me importei.

Fechei os olhos e respirei fundo, tentando apagar as cenas que se repetiam na minha mente como um filme quebrado, rodando em looping.

Talvez, pensei, tudo aquilo fosse só fruto de um ciúme bobo.

Talvez eu tivesse exagerado.

Talvez não tivesse visto nada além do que eu já temia ver.

Talvez... talvez...

Mas os "talvez" não trouxeram alívio.

Exausto, como se tivesse atravessado um campo de batalha, apaguei ali mesmo, jogado no banco do carro.

Acordei horas depois, com o sol invadindo o interior do veículo e queimando meu rosto.

Um calor seco, desconfortável, grudava minha camiseta no corpo.

E junto com o calor, veio uma sensação ainda pior.

Um aperto no peito.

Uma certeza amarga.

Aquilo tinha sido só o primeiro dia.

E ainda restavam mais dois para terminar de me destruir.

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Comentários

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Li um conto muito parecido aqui na casa, (minha namorada virou mix bixete), e pelo q vejo esse vai acabar igual ao outro, o namorado aceitando ser corno manso e comer somente os restos kkkkkkk, q conto ruim da porra

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Que coisa mais ridícula mesmo para fantasia. Frouxo pamonha fez todo o rodeio, para depois ficar com medinho e se esconder no carro, medinho de encarar a puta que se revelou, que já largou esse bosta? Fala sério, a mina já deu a letra e vai foder com essa galera... Realmente muito fraco , Capitulo tolo, não deixou a vagabunda reparar que ele estava lá, suficiente para dar o chute e largar pra vida. Pra quê? Ficar encolhido no carro, que perca de tempo

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Escreve um conto melhor então, o dele não tá ruim não, só concordo com vc na parte que era pra ela ver. Mas ele sabe oq faz, deve colocar isso mais para frente

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Está bom o conto, na espera pelo próximo capítulo

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