O encontro anterior...Que intensidade! A tensão pulsante no diálogo inicial já nos prepara para um encontro carregado de expectativas e desejos.
A minha vulnerabilidade e a admiração quase infantil pelo senhor Vander criam uma dinâmica fascinante.
o Vander, fugindo do ideal clássico de beleza e focando em sua presença imponente e "brava", revela muito sobre minhas próprias fantasias e o tipo de poder que me atrai.
A última sua reação de Vander ao desligar o telefone...
O encontro:
A pontualidade de Lucca era quase dolorosa. Chegou dez minutos antes das sete e sentou-se na recepção fria e imponente do escritório de Vander.
Cada segundo parecia uma eternidade, um nó se apertando em seu estômago. As mãos suavam apesar do ar condicionado gelado, e ele tentava inutilmente alisar a camisa que escolhera com tanto cuidado. A imagem de Robert Maillet pairava em sua mente, ampliada pela ansiedade.
Quando o elevador de vidro deslizou silenciosamente até o último andar e as portas se abriram, Vander estava lá, parado na soleira do escritório.
A descrição de Lucca não fazia jus à sua presença avassaladora. Ele era ainda mais alto e corpulento do que imaginava, e o ar de autoridade que emanava dele era quase palpável. Usava uma camisa social escura que realçava seus ombros largos e calças de alfaiataria que delineavam suas pernas fortes. O rosto, com traços marcados e uma expressão que oscilava entre o severo e o divertido, fixou-se em Lucca com uma intensidade que o fez sentir um arrepio percorrer a espinha.
"Lucca?", a voz grave de Vander ecoou pelo espaço, um tom rouco que carregava consigo uma promessa implícita.
Lucca levantou-se quase que mecanicamente, as pernas hesitantes. Um sorriso nervoso e sem graça tentou florescer em seus lábios, mas morreu antes de ganhar vida.
Ele apenas conseguiu murmurar um "Senhor Vander... boa noite" com a voz embargada, sentindo o rosto corar violentamente.
Vander caminhou lentamente em sua direção, os olhos fixos nos de Lucca, analisando-o de cima a baixo com uma intensidade que o fazia sentir-se despido. Havia um brilho divertido em seu olhar, como se ele saboreasse a timidez evidente do rapaz.
Parou a poucos centímetros de Lucca, a diferença de altura entre eles ainda mais gritante de perto. Lucca teve que erguer ligeiramente o olhar para encontrar os olhos escuros de Vander, e o perfume amadeirado que ele usava invadiu suas narinas, intensificando a vertigem que começava a tomar conta dele
"Então, o cordeirinho finalmente chegou ao covil do lobo", disse Vander, a voz agora mais baixa, quase um sussurro carregado de duplo sentido. Um canto dos seus lábios se curvou em um sorriso que não chegava aos olhos, mas que ainda assim transmitia uma aura de poder inegável.
Antes que Lucca pudesse formular qualquer resposta coerente, Vander ergueu uma das mãos grandes e envolveu a nuca de Lucca, os dedos roçando suavemente os fios de cabelo na sua nuca. Um choque percorreu o corpo de Lucca, anestesiando qualquer resquício de timidez com uma onda avassaladora de desejo.
"Você estava certo, Lucca", continuou Vander, a voz ainda mais rouca, o polegar agora massageando a base do pescoço de Lucca. "Essa foi uma ótima desculpa para te encontrar."
O toque, a proximidade, as palavras carregadas de intenção... tudo se somava em uma experiência sensorial avassaladora para Lucca. Sua respiração ficou entrecortada, e ele sentiu as pernas bambearem levemente.
A timidez ainda estava lá, em algum lugar, mas estava sendo rapidamente engolida por uma excitação que ele nunca havia experimentado antes.
Vander então inclinou levemente a cabeça, o olhar fixo nos lábios entreabertos de Lucca. "E eu tenho a impressão", sussurrou, a voz quente roçando o ouvido de Lucca, "de que nós dois vamos nos divertir muito com isso."
E com um leve aperto na nuca, ele o conduziu para dentro do escritório, deixando para trás a fria formalidade da recepção e adentrando um espaço onde as regras pareciam ser ditadas apenas pelo desejo.
Ao adentrarem o escritório, Lucca sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo, contrastando com o ar gélido da recepção.
O ambiente era luxuoso e intimista, com iluminação suave que criava sombras convidativas. Uma grande mesa de mogno dominava o centro, mas foi o canto oposto que prendeu a atenção de Lucca: um sofá de couro macio e escuro, adornado com almofadas de seda, e ao lado, uma pequena mesa de apoio com garrafas de bebidas finas e taças de cristal.
Havia também uma estante com livros de capa dura e objetos de arte que sugeriam um gosto refinado
Vander não disse nada, apenas manteve o aperto suave em sua nuca, guiando-o para longe da formalidade da mesa e em direção à atmosfera mais relaxada do sofá. Seus olhos escuros percorriam o rosto de Lucca, notando a mistura de excitação e apreensão que dançava em suas feições.
Ao chegarem em frente ao sofá, Vander finalmente soltou a nuca de Lucca, mas manteve a mão pairando perto, como se ainda o mantivesse sob seu domínio.
"Relaxe, Lucca", disse ele, a voz agora mais suave, quase um murmúrio. "Estamos em um espaço seguro... para ambos."
Com um movimento lento e deliberado, Vander começou a desabotoar a própria camisa. Os músculos fortes de seu peito foram sendo revelados gradualmente, salpicados por pelos escuros.
Lucca sentiu a garganta secar, os olhos fixos naquele torso poderoso
. A imagem de Robert Maillet em sua mente ganhava vida, tridimensional e intensamente real.
A camisa caiu ao chão com um leve baque. Em seguida, Vander desabotoou a calça, o olhar fixo no de Lucca, como se desafiasse qualquer tentativa de desviar o olhar. A calça deslizou pelas suas pernas musculosas, revelando a cueca escura que pouco escondia.
Lucca sentia o rosto em chamas, o coração martelando no peito. Era avassalador, excitante e, sim, um pouco intimidante.
Aquele homem imponente estava se despindo diante dele, e a vulnerabilidade momentânea que esse ato implicava paradoxalmente só aumentava a aura de poder que o envolvia.
Quando Vander ficou completamente nu, sua presença encheu o espaço. Ele não tinha a beleza polida dos galãs de cinema, mas havia algo de primal e inegavelmente viril em seu corpo forte e sem retoques.
Era a personificação da força bruta, temperada por uma certa animalidade que acendia uma chama incandescente nas profundezas de Lucca.
Sem dizer uma palavra, Vander estendeu a mão para Lucca. Seus dedos roçaram a pele sensível do braço do rapaz, enviando ondas de choque por todo o seu corpo. "Venha", sussurrou, a voz carregada de uma promessa tácita.
Lucca hesitou por um instante, a timidez ainda tentando se agarrar a algum resquício de controle. Mas o desejo avassalador, a curiosidade voraz e a súbita compreensão de que estava prestes a mergulhar em um território desconhecido e excitante venceram qualquer resistência.
Com a mão trêmula, ele aceitou o toque de Vander.
A mão grande e quente envolveu a sua, guiando-o suavemente para mais perto. O contato pele a pele foi como uma descarga elétrica, dissipando parte do seu medo e intensificando ainda mais o tesão.
Vander o conduziu alguns passos, até ficarem lado a lado, nus sob a luz suave do escritório.
Ele se virou para Lucca, o olhar percorrendo cada curva de seu corpo com uma intensidade possessiva.
"Você é lindo, Lucca", disse ele, a voz rouca e sincera. "Exatamente como imaginei."
E então, com um toque suave no rosto de Lucca, ele o guiou em direção ao sofá de couro escuro, o destino de seus desejos finalmente ao alcance.
O medo ainda pairava, sutil, mas estava sendo rapidamente afogado pela torrente de sensações que prometiam levá-lo a lugares inexplorados de seu próprio ser. Aquele era o momento. O momento de se entregar, de descobrir, de finalmente se permitir ser a "fêmea" daquele homem dominante que o desejava com tanta intensidade.
Continua... Na parte final ....