O que ficou 17

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4035 palavras
Data: 10/05/2025 20:21:23
Assuntos: Gay, Primo

Rubens

Antônio até quis sair no domingo só pra me agradar, mas vi o quanto ele anda cansado. Ficamos em casa mesmo vendo filmes e aproveitando a companhia um do outro. Deixei meu celular no não perturbe onde só recebo email do meu chefe e mensagens da minha mãe, Julia e Ben, tudo para não passar o domingo na cama com meu namorado.

Minha semana se iniciou com mais energia depois de ter descansando bem ontem. Levantei cedo para deixar o café no ponto para Antônio, antes de ir trabalhar.

— Bom dia — adoro seu bom dia com cara de sono.

— Bom dia, dormiu bem?

— Sempre durmo bem, quando estou com você — Antônio não tem medo de demonstrar seu romantismo e isso me instiga a ser mais romântico com ele também.

Ele toma seu banho e se arruma para o trabalho, enquanto ponho a mesa do café pra gente. Seu perfume é tão único que já me acostumei e adoro. Vestido com uma blusa social azul claro e uma calça jeans que valoriza todos os seus volumes e curvas, ele simplesmente é o homem mais bonito do mundo.

— Vou ver hoje com Alex sobre folgar no sábado para irmos pra cachoeira viu?

— Tranquilo, vou agilizar o máximo o serviço para ter o fim de semana livre para gente.

— Te amo — ele me beija logo depois de sua declaração de amor.

— Te amo, bom trabalho.

— Para você também.

Levo meu namorado até Fuscão, depois lhe dou mais um beijo de despedida. Volto para a cozinha e limpo tudo antes de ir trabalhar, normalmente Antônio me ajuda, mas hoje ele tem que passar na ong antes de chegar na clínica. Estou quase me sentando para trabalhar quando meu telefone toca com o nome da Juh na tela.

— Oi Juh, bom dia — desde que ela apareceu por aqui nós estamos falando um pouco mais.

— Olha eu desisto, falei com Mariano ontem numa boa e pedi desculpas, mas aquele namorado dele é insuportável.

— O que aconteceu Julia? — Só quero por um fim nessa história, mas sempre aparece algo.

— Fui pedir desculpas do jeito que você pediu, só que eles foram uns estúpidos comigo, seu namoradinho ficou calado enquanto aquele bicha velha me expulsou de lá quase que a ponta pé — conheço minha irmã para saber que ela está exagerando.

— Ele não é meu namorado Julia, por favor.

— Certo, seu namorado é o Antônio eu sei, mas Rubens eu fiquei puta da cara com esses caras.

— Já acabou, você se desculpou e agora Mariano pode seguir com a vida dele e a gente vai seguir com a nossa.

— Você tirou ele do plano de saúde?

— Tirei e cancelei tudo que tínhamos em comum, todas as assinaturas e tudo mais — se não fosse pelo Antônio nunca teria sido forças para quebrar o vínculo, passaria o resto da vida esperando por uma chance de ter o Mariano de volta.

— Quem diria né, ponto pro primo gostoso — minha irmã não tem pudor ou papas na língua tá sempre falando tudo que vem à cabeça.

— Julia, tenho que trabalhar, depois falamos melhor tá bom?

— Tá bom irmão, antes que eu esqueça fale com o Ben, o aniversário dele está chegando e você provavelmente não vai está aqui, ele tá todo sentido, diz que não, mas você conhece nosso mano.

Puta merda o aniversário do Benjamin é no domingo, nem eu nem o Antônio lembramos, estava tão empolgado com a ideia de conhecer a cachoeira que nem pensei nisso. Tô com tanta coisa na cabeça que estou esquecendo de coisas importantes, desde criança nunca passei um aniversário longe do Ben, todos os anos compramos chocolate e comemos escondidos da Julia, mesmo quando ficamos um pouco mais distantes isso sempre foi algo nosso.

— Rubens, como você foi esquecer disso? — Digo em voz alta.

Entro no meu email e já me preparo para a primeira reunião do dia. Com o celular entrou na internet para ver um presente de aniversário pro meu irmão. Estou distante do Ben e não sei muito o que comprar, mas vou arriscar em relógio — é uma das poucas coisas que temos em comum o gosto por relógios — espero acertar no presente, como fico um pouco indeciso acabou comprando uma carteira e uma camisa social também.

Mesmo comprando os presentes fico meio mal por não está lá, minha mãe vai dar um jantar de aniversário para ele, depois vamos sair só os irmãos e minha cunhada, tomar umas cervejas e jogar papo fora, nos últimos anos a parte do jogar papo fora foi difícil. Como contar ao meu irmão militar que eu tinha um noivo, que sou gay — realmente não dá.

Ainda que não estejamos nos falando como antes, estar com ele no seu aniversário e ter ele no meu, sempre foi algo que sentia que tínhamos, independente de qualquer coisa e minha família tem suas tradições, não posso quebrar. Nem consigo ficar muito na reunião, só consigo pensar em uma coisa eu vou ter que está lá, Antônio não vai se chatear se darmos a cachoeira por mais um fim de semana, tenho certeza.

Mariano não entenderia, ficaria puto comigo por não poder levá-lo nem pra tomar uma cerveja depois do jantar. Durante seis aniversários do meu irmão e meus tivemos a mesma briga. Quando se tratava do meu aniversário então, nossa confusão era certa, todos os anos a mesma coisa, parando para pensar acho que Mariano até que foi muito paciente comigo, nossa comemoração sempre ocorria depois da data com minha família.

A manhã correu quase que normalmente, tive duas reuniões e já comecei a receber as demandas do novo cargo, vou ganhar mais, porém estou responsável pela segurança de mais áreas da empresa, também ganhei uma equipe maior para comandar. Vou ter que aprender a delegar tarefas, caso contrário não vou ter tempo pro meu namorado — e sim aprendi com meus erros. — Já é quase hora do almoço quando ouço a tia Marli gritando meu nome toda agitada.

— Rubens!

— O que foi tia? — Vou ao seu encontro, pois ela sabe que não pode chegar dessa forma por causa do meu trabalho.

— O Antônio filho, o seu primo tá no hospital — De repente sinto o chão se abrir diante dos meus pés.

— Como assim, hospital, tia? Que história é essa? — Meu coração está batendo tão forte que sinto meu sangue esquentar no corpo.

— Ele levou um tiro Rubinho — meu ouvido está zumbido, meu mundo está girando e nada mais importa pra mim a não ser chegar até ele.

Tia Marli está tão nervosa que uma vizinha teve que ficar cuidando dela. Estou desesperado, mas por sorte outro vizinho que tem moto me leva até o hospital para onde o Antônio foi levado, para piorar ele não atende a droga do celular. Vou ficar maluco, tá difícil de respirar, Antônio se tornou a pessoa mais importante do meu mundo, eu morreria pelos meus irmãos e agora tenho certeza que também morreria pelo meu primo.

Agradeço a carona rapidamente e entrou feito um foguete no hospital. Tenho que falar três vezes o nome do Antônio para a recepcionista, estou tão nervoso que minha voz se embola toda.

— O senhor eu preciso que o senhor espere — a enfermeira fala com toda a calma do mundo, mas então quando acho que vou surtar ouço a Luana me chamar.

— Rubens, aqui, vem vou te levar até ele.

— Luana por favor me fala que ele está bem — sinto meu rosto arde de tanta preocupação — a tia falou que ele levou um tiro.

— Eu estou bem Rubens — ouço sua voz assim que entro no leito onde ele está, tem mais três camas, mas nada mais importa pra mim além dele.

— Meu amor você tá bem — praticamente corro até ele, quero abraçá-lo, mas tenho medo de machucá-lo, ele tem faixas no abdômen — meu Deus Antônio levou um tiro.

— Foi de raspão meu amor, eu tô bem, Jajá vou está liberado pra ir pra casa — ele tenta me tranquilizar, mas estou desmoronando de preocupa, puta merda pensei que fosse perdê-lo.

— Ele vai ficar bem Rubens, realmente a bala só pegou de raspão e ele já vai receber alta — só agora me dou conta de que estou chamando ele de amor já frente da Luana, mas ela parece não ligar, ou pelo menos está firme na dela.

— Obrigado, que susto que você me deu Antônio, quando a tia me falou que você tinha levado um tiro.

— Eu pedi para Luana avisar você, mas ela só tinha o número da tia, meu celular tá no Fuscão por isso não deu pra te ligar — Antônio começa a explicar — melhor ligar pra tia e tranquilizar ela.

— Verdade, ela ficou ainda mais nervosa do que eu.

— Eu tenho que ir, Antônio compra a pomada que o doutor passou, é importante fazer a limpeza do ferimento, fica de olho nele Rubens, se a ferida começar a inflamar vocês voltam aqui.

— Pode deixar que vou ficar de olho, obrigado Luana — digo sentindo um alívio.

— O médico disse para ele não trabalhar por pelo menos dois dias, já que ele fica muito tempo em pé, mas se eu fosse você Antônio tiraria pelo menos a semana de folga, afinal foi um susto e tanto.

— Acho que você tem razão Luana, olha obrigado de verdade pelo que você fez.

— Só fiz meu trabalho, se cuida.

Não tem nada no mundo que eu odeio mais do que dirigir, por isso nunca quis aprender e nem tirar carteira, só que agora eu estou odiando não saber, Rubens sentindo dor está dirigindo o Fuscão de volta para casa. Coloquei na cabeça que vou aprender a dirigir para nunca passar por isso de novo.

Só quando a tia viu o Antônio pessoalmente foi que ela ficou mais calma. Tratei de passar no caminho na farmácia e comprar os remédios que o médico receitou e também os materiais para fazer o curativo dele quando precisar trocar. Antônio está bancando o forte, mas eu sei que ele está sentindo dor.

Coloquei ele na cama e o deixei o mais confortável possível, após isso vou até a cozinha encher minha garrafa térmica com água para deixar perto dele, assim não vai precisar se levantar para tomar água.

— Amor eu tô bem.

— Você foi baleado Antônio, não discute, toma seu remédio para dor e anti inflamatório.

— Tá bom — ele me faz dar os dois comprimidos direto em sua boca — eu tô bem amor, sério só tá doendo um pouco.

— Antônio me conta como foi que você levou um tiro? — Me sento na cama para ouvir essa história maluca, mas antes que ele possa começar a vovó Teresa nos interrompe ligando no celular dele.

— Oi dona Teresa, tô bem sim, foi só de raspão, a tia Marli avisou o Rubens e ele foi me buscar no hospital.

Ele conseguiu tranquilizar a vovó, mesmo assim também precisou falar com o vovô, eles amam o Antônio como se fosse neto deles também, me pergunto se ainda nos amariam se soubessem sobre nós, que somos um casal? Não adianta pensar sobre isso, eles nunca vão saber e quando a hora chegar vamos seguir caminhos diferentes também.

— O que você está pensando? — Ele toca meu rosto com gentileza.

— Só fiquei preocupado com você, agora me conta o que aconteceu por favor?

— Bem, a história é meio maluca e não sei direito de tudo, só sei que o Alex pegou um dinheiro da ong e fugiu da cidade com a Karla.

— Com a Karla? — Não estava esperando por isso.

— Sim, tudo que a Luana disse foi que eles foram embora sexta feira passada, ela até tentou impedir a prima, só que não teve jeito.

— Como assim velho? O que ele tem na cabeça? Por que fugir? — Muitas perguntas começam a cercar minha mente.

— A Karla pegou um dinheiro do seu ex, ela o enganou e com o dinheiro dele e da ong os dois sumiram do mapa, resultado dois caras uma moto deram vários tiros contra a ong, deixando alguns feridos, mas por sorte não houveram óbitos.

— Gessika tá bem? — Outra onda de preocupação.

— Sim, ela não se feriu, conseguiu se esconder a tempo, nossa na hora foi assustador amor — Me deito com ele e trazê-lo pro meu peito.

— Isso é horrível, espero que peguem esses caras.

— Na verdade estou mais preocupado com a ong, Alex sempre trabalhou tanto pra que desse tudo certo, querendo ou não também dediquei muito do meu tempo e energia — minha vontade é de arrancar essa tristeza em seu peito, mas não sei como.

— O que vai acontecer agora?

— Gessika ficou a olhar as finanças e entender o tamanho do estrago que Alex deixou, mas depois do tiroteio, nem sei se as pessoas ainda vão querer ir lá.

— Vai dar tudo certo amor — é tudo que consigo dizer, não sou o cara mais otimista do mundo, sou racional e já me liguei que as chances não estão favoráveis.

— Agora eu tenho que ficar aqui sem poder trabalhar, só pensando em como o trabalho mais importante da minha vida foi tirado de mim da noite pro dia.

— A gente vai dar um jeito amor — ele me encara com os olhos brilhantes.

— A gente?

— Ué somos uma equipe não é não, sou seu namorado, seus problemas são meus problemas — ele me beija, mas logo em seguida recua gemendo de dor — cuidado amor, mas olha vamos esperar o que a Gessika tem para dizer, talvez você não tenha que fechar.

— Espero que você esteja certo amor.

— Olha não sei se esse é o melhor momento, mas pode me dizer como você fez pra sua ex ficar tão de boas com gente lá no hospital? — Antônio rir.

— Rapaz acho que foi o tiro, quando ela me viu quase caiu para trás, pedi pra ela te avisar e ela nem reclamou só ligou.

— Desculpa, eu fiquei tão preocupado que nem pensei quando te chamei de amor na frente dela.

— Olha depois da nossa cena no estacionamento acho que ela já tinha se ligado — pelo menos ele está tranquilo com isso.

— Ela deve está achando que você traiu ela.

— Não, Luana me conhece bem, ela sabe que não faria algo assim, e mesmo que tivesse acontecido teria contado para ela, acho que só aceitou o término e tá lidando da forma mais madura, eu sei que você não gosta dela, mas a Luana é gente boa amor.

— Não é que eu não goste dela, é mais por uma questão de ciúmes mesmo — admito.

— Amor não tem que ter ciúmes, só tenho olhos para você — ele é muito sedutor, mas precisa descansar.

— Amor não quero te machucar e não acho que sabemos transar sem toda a performance que a gente faz — ele começa a rir — e também tenho que trabalhar, já devia ter voltado do almoço a umas duas horas.

— Quem vai cuidar de mim enquanto você estiver fora?

— Eu tô no outro quarto exagerado, mas me chama de precisar de algo, agora é sério Antônio descansa, quanto mais rápido você melhorar mais rápido a gente pode se curtir sem restrições.

— Malvado, mas beleza, vai lá garantir nosso sustento já que não posso trabalhar essa semana você é o homem da casa.

— Amor eu ganho mais que você, eu já era o homem da casa — digo com deboche.

— Quando você ficou tão piadista assim em — ele me provoca rindo.

— Deixa eu trabalhar pra comprar os remédios do meu namorado, beijo — o que era pra ser um beijo se transforma em vinte minutos de pegação de leve, só que depois disso realmente volto para o trabalho, mesmo não querendo.

Tia Marli veio deixar nosso almoço, mas como estou muito atrasado com trabalho hoje tive que comer no escritório trabalhando, Antônio ficou no quarto, seu ferimento só está dolorido, ainda bem não foi nada muito grave, mas por questão de centímetros a história poderia ter sido bem diferente.

Até agora meu peito está doendo de tanto que meu coração bateu com força na hora, nunca senti tanto medo, Antônio conquista um espaço maior na minha vida a cada dia, sinto que saltei anos de confiança e companheirismo com ele durante esses dias em que estamos juntos, o fato de nosso namoro ter um prazo de validade faz com que tudo seja levado ao extremo. Estou com medo de como vou me sentir quando acabar.

Encerrou o trabalho já é bem tarde, meu atraso do almoço me custou caro e como não suporto a ideia de deixar trabalho pro outro dia, fico o computador até entregar as demandas do dia. Antônio já está dormindo, então me esforço para não acordá-lo, mas basta me deitar para que me puxe para mais perto.

— Pensei que tinha que ir buscar você — sua voz de sono é irresistível para mim.

— Desculpa, é que não queria deixar para amanhã.

— Tudo bem, você está aqui agora.

— Amor, tem uma coisa que quero te pedir — não sei o que ele vai dizer, mas preciso falar.

— Domingo é o aniversário do Ben.

— Puta merda, você está certo, sou um péssimo amigo não tava lembrando — ele teve a mesma reação que eu.

— Relaxa, só que eu tenho que está lá amor.

— Claro, ele vai ficar muito feliz.

— Então a gente pode ir? — Não quero passar um dia longe do Antônio.

— Espera, você quer que eu vá junto?

— Quero, mas.

— Não podemos dizer ao Ben que estamos juntos — ele completa.

— Desculpa amor.

— Ei, calma, eu entendo e já conversamos sobre isso, ele é meu melhor amigo, vou estar lá por ele como amigo — ele toca meu rosto e me beija.

— Tem certeza que não tem problema pra você?

— Tenho, o importante é te ver feliz e mais junto do seu irmão, pra mim já fico satisfeito.

— Eu te amo Antônio.

— Eu te amo mais Rubens.

Quando acordo Antônio não está na cama — estranho ele acordar antes de mim — levanto de uma vez para procurá-lo e fico mais tranquilo quando o vejo na cozinha fazendo um café pra gente. Acho que ainda estou meio preocupado com o que aconteceu.

— Bom dia amor, você acordou antes de mim?

— Foi, na verdade, não dormi muito bem, fiquei acordando por causa da ferida, mas tô bem — ele me beija para tentar disfarçar seu desconforto.

— Por que não me acordou?

— Um de nós ficar sem dormir já é suficiente, e eu vou ter o dia todo para descansar já que estou de atestado — ele está certo, entretanto preferia que tivesse me acordado.

— Tá bom, depois que você tomar banho a gente vai trocar seu curativo — ele tá sorrindo todo bobo — o que foi?

— Nada é só que nem a Luana que era enfermeira cuidava tanto assim de mim.

— Para com isso seu bobo, vai tomar banho antes de comer, não pode tomar café quente e depois banhar e também já tá na hora de trocar seu curativo.

— Sim senhor, mas sabe, não estou conseguindo passar sabonete nas minhas costas e tá um pouco dolorido para me abaixar também — ele tá todo manhoso.

— Você quer que eu te dê banho, fala logo.

— Sempre, a gente já tá um tempo sem banhar juntos e é verdade que dói um pouco quando eu abaixo — ele começa a beijar meu pescoço.

— Tá bom, vamos, vou te dar um banho.

Não importa quantas vezes eu veja o corpo nu do Antônio, me tira o fôlego todas as vezes. Os pelos em seu peito, suas pernas grossas e tem seu membro gigantesco, ainda me impressiona o fato de aguentar ele todo dentro de mim. Ele entra em mim com tanta facilidade agora e o prazer que sinto é indescritível.

Só de pensar nele me comendo meu pau já dá sinais de ficar duro, mas não podemos vacilar, a Tia Marli pode acabar aparecendo então não posso demorar nesse banho com ele. Passo o sabonete em suas costas, em seu peito — tomando bastante cuidado com seu ferimento, embora já esteja com uma cara melhor, ainda precisa de cuidados.

Quando chego em suas pernas fico se joelhos para alcançar seus pés, o membro rosado em toda sua imponência bem próximo do meu rosto, só pela minha proximidade começa a endurecer. Sinto toda sua firmeza quando passo o sabonete em toda sua extensão, nunca tinha lavado o pau de ninguém antes, mas sei lá é bom e um pouco diferente, isso nos dá um nível a mais de intimidade eu acho.

Antônio não resiste ao impulso de me beijar, sua língua pedindo passagem para dentro da minha boca, o clima que já está bastante quente só fica mais intenso quando ele junta nosso paus e começa a masturba-los juntos. Nossa que sensação incrível. Ficamos assim por um tempo até não aguentar mais e gozamos quase que juntos.

— Isso é muito bom — confessa ainda com minha boca colada na sua.

— Bom de mais.

Ajudo a enxugar seu corpo, limpar sua ferida do jeito certinho e coloco um novo curativo nele, aí sim nos sentamos para tomar o café da manhã. Queria não ter que trabalhar, mas para ter o fim de semana de folga como quero preciso deixar tudo em ordem. Antônio não ajuda ficando só de samba canção esparramado na cama todo aberto, minha vontade mesmo e de foder com ele o dia todo como fizemos lá no sítio.

— Para de me provocar, preciso trabalhar amor.

— Você quem me deixa assim Rubens, poxa cuidando de mim e ainda por cima tudo gostoso, tô imaginando agora você vestido de médico — morde o lábio inferior com seus pensamentos obscenos.

— Você não presta Antônio — estou excitado e com vergonha — usa seu brinquedo, eu preciso mesmo trabalhar para que a gente consiga viajar sem preocupação.

— Que coração gelado meu amor, vai deixar seu namorado não mão — Antônio apalpa seu pau com a mão cheia indicando sua dureza, chega a me arrancar o ar do peito.

— Antônio, Antônio se não quiser que eu durma no outro quarto hoje melhor se comportar — no mesmo instante ele larga seu pau e ergue as duas mãos se rendendo — muito bem.

Me aproximo dele para lhe dar um beijo de despedida e aproveito para agarrar seu pau — preenchendo minha mão — quando o trabalho acabar vou te dar uma canseira que com dor ou sem dor você vai dormir a noite toda.

— Vou está aqui, vê se não demora meu amor — agora ele fica ainda mais animado.

Tia Marli que também está mimando o Antônio fez questão de trazer nosso almoço, ao que infelizmente não consigo comer com eles tenho tantas reuniões hoje que pela segunda vez almoço no escritório, tudo que menos quero é ter que sair no meio do aniversário do meu irmão então estou resolvendo até os possíveis problemas que não surgiram ainda. Consigo antecipar muita coisa devido minha grande experiência com esse sistema, Antônio está sendo compreensível e seu apoio faz até meu trabalho ficar mais leve. Ele sabe o quanto esse fim de semana será importante para mim.

À noite estou só o bagaço, mas trato é trato, tomo um banho e fico bem cheirosinho pro meu amor, a dor dele até deu uma amenizada. Tive que ficar por cima e fazer um pouco mais de esforço, mas nem posso falar que não gostei, ter o controle da situação é bom demais. A mamada do Antônio tem melhorado também, ele já me faz querer gozar só de pôr meu pau em sua boca, me chupando com desejo e sede.

Após gozarmos pela segunda vez, o cansaço me vence e durmo com ele fazendo cafuné em mim. Antônio é muito safado, porém quando ele liga seu lado carinhoso é tão gostoso quanto, ele me beija, faz cafuné, fala que me ama, fico todo derretido ouvindo sua voz rouca falando que amou me foder ao mesmo tempo que que ele me abraça e me faz um afago, o melhor de dois mundo. Santo e profano em um namorado só.

— Amor? — Chamo ele quando estou quase dormindo.

— Oi meu amor?

— Me ensina a dirigir?

— Pensei que você odiasse a ideia de dirigir — todo mundo sabe da minha aversão.

— Detesto, mas quero poder dirigir para você — ele me beija com tanto carinho e ternura que me aquece o peito.

— Tá bom, quando a gente volta de Fortaleza já vou estar cem por cento, então podemos começar.

— Obrigado amor.

— Não por isso, primo.

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Comentários

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Show. Cada vez mais envolvido com essa história. Está tudo ficando muito forte e bonito.

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Luana vai encrenca, estou achando. Vamos ver. Antônio é muito puro ou inocente...

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