Cores Quentes

Da série ERO-SHOTS
Um conto erótico de Sativo
Categoria: Heterossexual
Contém 4287 palavras
Data: 09/05/2025 13:12:51
Última revisão: 09/05/2025 13:58:54

Sob a luz oscilante de velas antigas, o ateliê de Joanny respirava sombra e desejo. As cortinas pesadas filtravam o luar, projetando desenhos irregulares nas paredes manchadas de tinta. O cheiro de óleo e verniz misturava-se ao perfume discreto das velas, criando um ambiente carregado de mistérios.

Naquela noite, tudo era novo entre eles. Lennon, por indicação, viera da cidade vizinha e aceitara àquela oferta com a ousadia típica da juventude — mais um trabalho como modelo, que diferia dos demais apenas pelo nome marcante da artista e pelo segredo sussurrado entre as galerias da cidade: Joanny preparava quadros com temas eróticos para uma exposição aguardada pela elite local.

A sessão estava marcada para às 16:00h, mas Lennon só chegou às 18:00h, como uma alma perdida. As últimas chamas do sol se extinguiam no horizonte, permitindo que as sombras, pouco a pouco, começassem sua dança.

— Você deve ser a Joanny... — murmurou o rapaz, a voz desconcertada — Perdão pelo atraso — começou a se justificar, — As ruas desta cidade são como artérias pulsantes, tornaram-se um labirinto de caos para o velho ônibus que me trouxe.

Joanny o observou com um olhar cortante, como quem avalia uma alma torturada. Mas, em vez de um julgamento severo, sua resposta fluiu com uma suavidade que contrastava com a escuridão ao redor.

— Tudo bem, ainda nos resta um fio de luz — disse ela, com uma voz que soava como um sussurro na brisa.

Entre murais inacabados e telas cobertas por panos, ele se tornou parte do cenário, vestindo apenas a fina peça de roupa íntima que ela mesma escolhera antes de sua chegada.

Joanny observava seu modelo seminu, de pé entre cavaletes, o corpo esguio delineado pelo brilho amarelado e discreto do fogo. As primeiras poses dele pareciam vacilantes, quase tímidas diante da firmeza do olhar dela. No silêncio, cortado apenas pelo arrastar do pincel, a tensão se densificava — entre cada traço, a presença de Lennon se fazia na tela com uma intensidade que nenhuma tinta era capaz de conter.

— Pode relaxar um pouco mais o ombro esquerdo — orientou Joanny, a voz firme e natural de quem conhece o comando do próprio ateliê.

Lennon obedeceu prontamente, esboçando um sorriso cauteloso. O início era profissional, quase solene. Ela se posicionava diante da tela, pincel em punho, e ele, atento, seguia cada indicação, mas não escondia o olhar inquieto: ora fascinado pela firmeza dela, ora atraído pelo mistério que envolvia aquele lugar.

— Assim está melhor? — inquiriu, o peito se elevando num suspiro, enquanto o ar frio daquele ambiente antigo acariciava sua pele alva.

Joanny se aproximou, os passos ecoando no assoalho de madeira. Seus dedos, tingidos de azul, roçaram o ombro nu de Lennon, guiando a postura dele com precisão. O toque, deliberado e gentil, abriu frestas de eletricidade no espaço entre ambos.

— Pronto, assim está perfeito — disse Joanny, os olhos caramelados percorrendo, por um breve instante, as linhas do corpo de Lennon, como se tentassem decifrar um segredo.

A diferença de experiência entre eles era quase palpável. Ela carregava silêncios antigos, cicatrizes e memórias impressas nas feições firmes; ele trazia a curiosidade do novo, a ânsia de quem ainda tateia o mundo à procura de si. O contraste se manifestava na troca de olhares. Joanny observa e avalia; Lennon absorve e aprende. No ar, pairava uma tensão sutil.

O clima do ateliê era marcado pelo jogo de sombras e claridades. Às vezes, o olhar de Joanny demorava mais do que o necessário, detendo-se nos contornos do dorso de Lennon, traçando com os olhos o que logo passaria ao pincel. O frio da sala contrastava com o calor submerso em cada gesto não dito.

— Já posou outras vezes? — questionou Joanny, a voz baixa, como quem testa a atmosfera ao redor.

Lennon sorriu com maior coragem e respondeu:

— Nunca para alguém assim… — ele hesitou — com sua relevância, sua intensidade. Parece ser mais importante.

Ela sorriu, satisfeita em ser singular até aos olhos de quem pouco a conhecia. E era justamente a ausência de história entre eles, a estranheza do primeiro encontro, que desenhava uma linha sutil entre o profissionalismo e a tentação silenciosa dentro daquele ateliê envolto em penumbras.

O tempo, entre velas derretendo e suspiros abafados pelo silêncio, parecia escorrer devagar pelo ateliê de Joanny. No cavalete, o esboço já ganhara alma; a artista estudava, agora com um olhar quase voraz, cada proporção e detalhe do corpo diante dela, traçando caminhos secretos entre luz e sombra.

Lennon, que até então se mantinha imóvel sob o comando gentil da artista, sentiu-se livre do olhar fixo de Joanny. Por um instante, ela se afastou do quadro para buscar mais pigmentos, e ele se permitiu observá-la — realmente vê-la — pela primeira vez. O vestido escuro, quase um véu líquido, se moldava aos contornos firmes do corpo de Joanny, ilustrado com delicadas rosas como se ela mesma florescesse na penumbra. Sua pele morena parecia ainda mais macia contrastando com o tecido, e o decote revelava boa parte de seus seios elegantes, perfeitos, altivos como montes floridos por trás de um nevoeiro.

Ela se movia pela sala com calma, arrastando a bainha do vestido em ondas leves sobre o chão de madeira. A cada passo, um segredo. Quando voltou a sentar-se em seu banco e cruzou as pernas, a fenda lateral revelara a curva tentadora de sua coxa — uma visão furtiva, quase indecente, mas envolta em mistério. Lennon sentiu um calor abrupto subir pelo ventre, um fogo íntimo contrastando com o frio gélido que ainda tomava o ateliê.

Seu olhar, antes inexperiente, silenciosamente habitou a paisagem dela com a fome de quem descobre a arte no corpo e no gesto. Percebia, na firmeza de Joanny, vestígios de uma vida bem vivida, marcas invisíveis transbordando em cada movimento. Os cabelos negros, como uma seda sombria, caíam em ondas sobre os ombros, e os olhos amarelados brilhavam em sintonia com as chamas das velas.

Joanny percebeu o olhar dele, desviando só por um breve instante, e permitiu-se sorrir, um leve arco nos lábios que não escondia a malícia de uma mulher experiente.

— Está confortável, Lennon? — perguntou, num tom baixo e vibrante.

— Sim… é só o frio que parece menor agora — ele assentiu, ainda hipnotizado.

O ambiente pareceu nutrir-se de algo mais, como se a noite os envolvesse em um ciclo próprio de sedução e descoberta. Entre eles, pairava agora não só o aroma das tintas, mas o perfume selvagem de um desejo prestes a ganhar contornos desconhecidos além da tela.

Os minutos avançavam, carregados de um silêncio denso, quando o pincel de Joanny tocou a tela com ainda mais delicadeza, como se fossem capazes de realizar carícias invisíveis sobre o corpo de Lennon. À medida que delineava os detalhes do torso, a artista entregava-se a novos pensamentos, imaginando o calor daquele toque transbordando a superfície do quadro e ganhando matéria real.

No centro do ateliê, Lennon sentiu um leve arrepio cruzar a espinha, como se os movimentos da pintora fossem transferidos para ele por laços sensoriais. As cerdas do pincel deixavam marcas na tela, mas era como se ele sentisse em sua pele, refletindo ecos de luxúria, transformando ondas outrora tímidas em intensas, sob a postura serena de Joanny.

Os olhares se encontraram. As feições de Joanny, antes apenas concentradas, agora eram marcadas por lapsos de prazer, pequenos sorrisos involuntários, uma espécie de êxtase artístico que transcendera o simples criar. Como se ela o devorasse em cada traço, e ele, alheio, sentia o calor aumentar em seu ventre.

Foi então que Lennon murmurou, quase sem perceber:

— Você deve amar muito o que faz...

Joanny deixou o pincel pairar no ar por um breve segundo, como se a frase cortasse o tempo gélido do ateliê. Olhou para ele com a vivência de quem já experienciou muito da vida, mas há tempos, nada com aquele tom de inocência marcado pela juventude. Em silêncio, seus olhos percorreram o torso do rapaz, detendo-se nas pequenas gotas de suor que deslizavam do peitoral até os limites da peça íntima. O caminho líquido destacava a pulsação quente do sangue sob a pele, contrariando a friúra do ambiente, e, logo abaixo, um volume começava a se formar: discreto, mais sugestão do que promessa, mas ainda assim impossível de não ser percebido pelo olhar felino da pintora.

Um sorriso sutil dançou nos lábios de Joanny. O jogo estava lançado, ela sabia. Ali, envolta pela luz das velas e os próprios desejos, tinha Lennon na palma das mãos. A atmosfera havia mudado, e ela, agora, sabia que qualquer novo movimento poderia entornar o véu tênue entre arte e carne.

O relógio marcava quase nove horas, mas o tempo ali parecia viver outra regra, alimentado por sombras, velas derretidas e a eletricidade do desejo. Joanny, insaciável em seu apetite artístico e sensorial, sentiu vontade de avançar no jogo com a mesma destreza com que avançava seus pincéis na tela.

Levantou-se com lentidão calculada, pegou um pano sobre a mesa e caminhou até Lennon, cada passo pronunciado por um balanço elegante dos quadris e pelo farfalhar profundo de seu vestido florido. No silêncio pesado do ateliê, aquele breve desfile tornou-se uma cerimônia carregada de intenções.

Parou diante dele e, com um gesto ensaiado pela experiência, dobrou o pano. Encostou-o suavemente na pele úmida de Lennon, desenhando caminhos pelo peito, pelo abdômen, pelos ombros, como se limpasse não apenas o suor, mas também os resquícios de pudor que ainda resistiam naquele corpo jovem.

— Como alguém pode suar tanto em um cômodo tão arejado e frio? — Joanny provocou, seus olhos faiscando.

Lennon sorriu, o rosto tingido por um rubor imediato, as palavras lhe faltando entre o constrangimento e a excitação. O desejo dentro dele já não era mais um segredo escondido — impunha sua presença de maneira evidente, a proeminência do pênis marcando a sua pequena peça de roupa sem discrição. Sentiu os dedos femininos serem sucedidos pelo deslizar sutil, mas claramente intencional, da mão de Joanny com o pano naquela região, sob alegação de um mero acidente enquanto o limpava.

— Eita... perdão! — murmurou Joanny, deixando a malícia dançar em seus olhos.

Lennon desviou o olhar, sem saber esconder a própria reação — metade envergonhado, metade tomado pelo prazer de se ver desejado.

— Eu é que devo me desculpar... por esse inconveniente — sussurrou, fitando rapidamente o volume traidor entre as próprias pernas.

Joanny sorriu, sincera e perspicaz, e deixou que seus olhos percorressem mais uma vez a extensão de Lennon, agora já completamente despido de defesas.

— Não precisa se desculpar por isso. — Sua voz soou baixa, quase como um feitiço proferido entre as sombras. Ela fez uma breve pausa, saboreando o momento, e completou: — Agora minha tela ficará completa.

O ateliê, testemunha de tantos silêncios, guardava agora um segredo de carne, suor e tinta; entre eles, nada mais separava o desejo da arte — tudo era matéria para Joanny, tudo era inspiração para mais um traço, mais uma provocação, mais um capítulo daquela noite sombria e irremediavelmente sedutora.

O corpo de Lennon respondeu com um novo espasmo de desejo ao ouvir as palavras de Joanny, e ele sentiu-se dividido entre se entregar, genuíno, ou esconder a tempestade que dançava sob sua pele. O frio do ateliê era agora apenas uma lembrança distante — todas as chamas do mundo ardendo e se agitando dentro dele.

Joanny, satisfeita com o efeito de sua última provocação, pôs-se a circular ao redor do rapaz. Suas mãos, manchadas de azul e vinho, pousaram com a suavidade de um feitiço sobre as clavículas dele. Ela corrigiu sutilmente a postura dos ombros e inclinou-se por trás, os seios, macios e firmes, roçando de maneira inegável no dorso de Lennon. Ela segurou os braços dele com falsa delicadeza, guiando-os de volta à posição original, os dedos marcando pequenas trilhas de cor e desejo sobre a pele pálida.

A cada toque, Lennon sentia-se ainda mais fora de controle. Seu pênis latejava cheio de pulsação sob o tecido que já parecia inútil tentando conter sua entrega. O perfume da artista, mesclando tinta e algo selvagem, fazia-se cada vez mais presente, e a respiração rítmica dos dois preenchia todo espaço restante entre as velas.

Joanny retornou ao seu banco como quem retorna a um trono — sentou-se de modo calculadamente sensual, ajeitou o vestido com um leve deslizar das mãos pelas coxas, e retomou o trabalho. Só que agora, cada traço carregava intenção. Ela levantou o olhar, voz quase um sussurro rouco, e começou a narrar o próprio processo:

— Agora estou deslizando suavemente pelo seu abdômen, Lennon...

Lennon acompanhou cada palavra como se o pincel realmente tocasse sua pele. Engoliu em seco, e o volume entre suas pernas já não era apenas uma eventualidade, mas um convite declarado ao prazer.

— Suas coxas... — continuou Joanny, misturando o timbre de artista à luxúria da noite —, percorro-as como quem desbrava um caminho secreto. Estou quase chegando em sua virilha.

Os olhares queimavam de provocação e cumplicidade. Lennon, já bastardo de toda timidez, passou a retribuir: mordia discretamente o lábio, cruzava o olhar com Joanny, aceitava a nudez completa das intenções entre ambos. O que antes era apenas uma sessão de pintura se transmutava em rito, em dança noturna, em partilha de desejos ascendentes.

O ateliê transformara-se em santuário proibido: arte e carne, desejo e tinta... tudo misturado numa mesma aquarela escura e fulgente. O lugar parecia suspenso no tempo, as velas lançando sombras inquietas nas paredes, testemunhas silenciosas da alquimia entre arte e luxúria. Enquanto, do lado de fora, a noite só avançava.

Em poucas horas, Joanny erguera quase uma obra completa — mérito da tinta acrílica, que lhe poupava a espera dolorosa da secagem do óleo. Mas, acima de tudo, o que verdadeiramente acelerava o processo era algo além da técnica: era o fogo secreto despertado por Lennon, aquela energia crua que ardia entre provocações e olhares.

— Está ficando ótimo! — elogiou Joanny, o tom satisfeito misturando orgulho e malícia. — Havia muito tempo que não fazia algo tão belo em tão pouco tempo...

Lennon se sobressaltou, incapaz de esconder o desapontamento — queria perpetuar aquele transe, não ser acordado dele. Ao longo das horas, Joanny não poupou em provocá-lo: nem era preciso tocá-lo para que o jovem modelo conhecesse novos tipos de prazer. E mesmo se fossem apenas jogos, ele queria entregar-se mais.

— Já terminou? — perguntou, quase carente.

— Não! — sorriu Joanny, lendo-lhe como a um livro aberto. — Ainda preciso deixar secar para finalizar os detalhes em óleo. O processo todo é demorado... para mim. — Ela fez uma pausa dramática, com um brilho diabólico nos olhos. — Mas para você, só durará mais algumas horinhas.

Lennon suspirou. Não havia ali espaço para esperança fácil: o cachê pago pelos patrocinadores combinava apenas algumas horas para o trabalho — ainda estava acendendo como modelo —, e ficar por mais dias seria um luxo que seu orçamento não permitia. Ainda assim, o arrependimento de se despedir daquela noite especial começava a tomar conta de seu peito.

— Ah, entendi… — murmurou, tentando disfarçar sua frustração.

Joanny, sem entregar o jogo por completo, manteve no ar seu mistério.

— Para eu concluir a base, só falta uma coisinha… — anunciou, com voz baixa e carregada de promessas.

Foi até uma mesa, pegou um pincel novo de cerdas finas e macias, molhou-o na água, e voltou até Lennon. O jovem não pôde conter a expectativa inquieta.

— Que coisa é essa que falta? — indagou, entre o embaraço e o desejo.

Ao invés de responder, Joanny encostou o pincel úmido na pele de Lennon. Começou a deslizá-lo pelo pescoço, descendo vagarosamente, afagando os mamilos em círculos suaves, depois baixou com calma pelo abdômen até chegar, finalmente, na virilha. Não demorou até que o sexo do jovem se fizesse mais do que visível sob o tecido da peça íntima, agora úmida e quase transparente sob o toque atrevido e molhado das cerdas. Lennon quase não conseguia sustentar a mesma pose, os olhos marejados de desejo.

— Pronto, — murmurou Joanny, satisfeitíssima, enquanto passava o pincel úmido sobre o sexo pulsante, — agora sim posso concluir.

Ela mergulhou na última parte da pintura com o mesmo desejo com que, em pensamento, devorava aquele corpo jovem. Não poupou detalhes, nem pausou a provocação. A cada intervalo, umedecia as cerdas e passava novamente sobre o volume latejante, quase como se ordenasse que o prazer de Lennon se derramasse sobre a própria arte. Isso tudo durou pouco mais de meia hora. Até que...

— Perfeito! — exclamou, os olhos brilhando ao contemplar sua obra quase finalizada. — Amanhã estará seca… depois só mais uns detalhes.

Girou o cavalete, revelando o quadro para Lennon, que ainda ardia em tesão. No que se deixava enfeitiçar pela sensualidade da pintura, Joanny já estava bem atrás dele, pronta para recompensá-lo. Sem que ele notasse, sua mão caminhou pelo ombro, delicadamente, descendo até o peito cheio de tensão. No instante seguinte, sem tempo pra reação, a outra mão agarrou o pênis ereto de Lennon ainda sob a roupa úmida. Ele soltou um gemido baixo, porém grave, como música proibida. E então o ateliê mergulhou em um mar de arte e pecado.

A mão de Joanny, firme e decidida, escorregou para dentro da roupa íntima e agarrou o sexo de Lennon com a suavidade de quem toca uma obra-prima. Os dedos dela deslizaram pela peça íntima, contornando a proeminência e percebendo cada respiração acelerada do jovem modelo, que pulsava em sintonia com aquelas carícias inesperadas. Era um toque cheio de intenção, enquanto os movimentos eram cronometrados com a maestria de uma artista que conhecia cada centímetro da tela que tinha em mente. Joanny pressionava suavemente, alternando entre toques delicados e firmes, como se estivesse criando uma nova paleta de sensações apenas com a mão. Lennon estava extasiado e perdido entre a ardência dos toques e o calor que se alastrava pelo corpo todo. As cerdas do pincel ainda estavam presentes na memória de sua pele, mas agora eram substituídas pela dança calorosa dos dedos de Joanny, que davam vida aos desejos mais primitivos. A cada movimento, cada estalar suave da pele, todo o espaço ao redor pareceu se fechar, restando apenas eles, aquela noite e o deleite intoxicante que os cercava.

Com um movimento calculado e audacioso, Joanny empurrou Lennon suavemente, fazendo-o sentar-se no banco a frente. A expressão nos olhos dela era de uma confiança quase mística — uma artista na posse de sua criação. O ângulo expôs mais o sexo do modelo, e a tensão no ar cresceu em espirais de prazer incontrolável. Ajoelhando-se diante dele, Joanny deixou que seu olhar deslizasse pelo corpo de Lennon, absorvendo a imagem do pênis ereto, pulsante, agora para fora da peça íntima. Com um gesto deliberado, ela puxou lentamente o tecido, liberando os instintos primais. O alvoroço dentro do peito de Lennon se intensificou, cada batida do coração ressoando em perfeita harmonia com os movimentos orais e precisos de Joanny. Inclinada, os cabelos negros envolviam parcialmente seu rosto como um véu sombrio, e os lábios, curvados em um sorriso malicioso, tocando a pele sensível do jovem, pulsando-o por completo. Seus lábios tocaram a glande, um sopro quente do pecado. Joanny começou a explorar todo o órgão de Lennon com a boca, misturando uma leve pressão com toques delicados da língua, enquanto os olhos queimavam com uma luz insaciável.

Impulsionado pela correnteza de desejo que se acumulava dentro dele, Lennon, em um ímpeto de prazer, levantou-se e puxou Joanny para perto. Com um movimento forte, mas carinhoso, ele a colocou sobre a mesa próxima, a madeira fria contrastando com o calor imenso que emanava de seus corpos. O espírito criativo que antes governava o ambiente agora deu lugar a um instinto animal, pulsante e apaixonado. A pele de Joanny brilhava sob a luz das velas, cada curva revelando a história de suas escolhas, e Lennon não podia resistir. Ele começou a explorar o corpo dela com as mãos, os dedos deslizantes traçando caminhos inexplorados — do dorso delicado à cintura que se curvava em forma perfeita sob o fino vestido. Seus dedos desceram, enquanto Joanny deixava escapar gemidos suaves, uma trilha sonora intoxicante. Em um movimento gracioso, Lennon inclinou-se, aproximando-se do pescoço de Joanny. Os lábios dele tocaram a pele morena, explorando cada centímetro com beijos úmidos e cautelosos. Com a pintora já imersa em tesão, ele puxou para baixo o decote dela, deixando seus lindos seios completamente expostos à sua vontade e, com a boca, devorou-os com destreza por minutos a fio. Não se sentia mais apenas um modelo, mas um amante. Cada gemido dela reverberava em seu ser, um eco infinito que incentivava seu desejo de honrar a beleza de Joanny. A tensão do momento se transformava em calor radiante, uma dança entre dois corpos que antes foram separados, agora unidos em um ato de criação e perdição. Aquele salão rústico era testemunha silenciosa daquela celebração artística pecaminosa.

Com um impulso de desejo, Lennon deslizou a mão sob o vestido de Joanny. Seus dedos encontraram a lingerie dela, e a sensação de umidade que ali se encontrava incendiou sua paixão. A calcinha, macia ao toque, estava encharcada de tesão, revelando a intensidade do momento que compartilhavam. Ele sentiu a respiração de Joanny acelerar, cada movimento seu provocado por aquele contato envolvente. Lennon deixou escapar um sorriso satisfeito, sabendo que estava prestes a explorar novas cores naquela obra de arte chamada Joanny, a quem o tempo só favorecera.

Lennon, guiado por seu desejo avassalador, desceu lentamente a lingerie de Joanny, e com a boca quente e sedenta começou a tocar os lábios da vagina de Joanny com suavidade reverente. Ele deixou que sua boca explorasse o caminho através da curva do quadril dela, enquanto o ambiente ao redor deles parecia ausentar-se, tornando-se apenas um eco distante à medida que Lennon se permitia devorar não apenas a carne, mas a essência daquela mulher enigmática que se tornava a musa de seus recentes prazeres.

— Vai, Lennon, penetra a minha boceta agora! — ordenou Joanny, sua voz um sussurro cortante, envenenado pelo desejo.

Ele não precisou de mais nada. Com mãos firmes, Lennon desfez-se do vestido dela, deixando o tecido deslizar ao chão como uma sombra desmaiada. Seus corpos se encontraram com a lentidão de uma lua que cresce, o espaço entre eles preenchido por um calor espesso, pulsante. Ele a invadiu sem pressa, cada centímetro afundando no calor de Joanny, que arqueou o corpo, os lábios entreabertos liberando pequenos gemidos, quase orações perdidas no éter noturno.

Ela cravou os dedos em suas costas, unhas como garras que exigiam mais, cravejando a carne com a urgência de uma criatura faminta. Ele sentia a tensão vibrando em seus músculos, cada movimento uma colisão de vontades, uma dança de corpos desprovida de gentileza. O ateliê se enchia de sombras oscilantes, e o mundo além das janelas abertas parecia conspirar com eles — o sussurro distante da cidade, a melodia inquieta de festas perdidas na madrugada, o cântico frenético de pássaros e insetos noturnos que ressoava como um coro profano.

Quando ele aumentou o ritmo, a intensidade de seus movimentos tornava-se um rito pagão, um abandono total ao êxtase que se aproximava. Joanny pressionava os dedos no ponto onde seus corpos se fundiam, estimulando-se com uma urgência quase desesperada. Seus gemidos ecoavam pelas paredes, cada som uma confissão, uma rendição ao inevitável. O clímax os consumiu como uma onda de fogo e escuridão, um momento em que o mundo deixou de existir além do calor sufocante de suas peles. Os dois tremiam, corpos pulsando em sincronia, como feras que encontram no caos do toque a única certeza de suas existências efêmeras.

Por um breve segundo, silêncio. Depois, o som de suas respirações misturadas ao murmúrio distante de um trovão, um prenúncio de tempestade, como se o universo tivesse decidido aplaudir seu frenesi carnal.

Na manhã seguinte, quando a luz do sol invadiu as frestas das cortinas, Lennon se vestiu em silêncio, o corpo ainda vibrando com as lembranças da noite anterior. Joanny, em seu manto de artista satisfeita, o acompanhou até a porta do ateliê. Não trocaram muitas palavras, mas o toque leve da mão dela em seu ombro ao se despedirem carregava toda a intensidade do que haviam partilhado.

— Obrigado por ontem, Joanny. — Ele sorriu, tentando capturar aquele momento em sua memória para sempre.

— Obrigada a você, Lennon. — Ela o fitou por um instante mais longo do que o necessário, os olhos faiscando. — Cuide-se.

Meses depois, na tão aguardada exposição, a obra que Joanny havia criado naquela noite se tornou o centro das atenções. O quadro que eternizava a força e a juventude de Lennon foi arrematado por uma soma impressionante, um triunfo para ambos.

Poucos dias depois, Lennon recebeu uma carta de Joanny. Dentro do envelope, além das palavras carinhosas e de reconhecimento, encontrava-se a metade do valor da venda. A nota, escrita com a caligrafia firme dela, dizia:

___________________________________

"Lennon,

Espero que esta pequena parte do que criamos juntos sirva para te lembrar que há momentos na vida que nos moldam tanto quanto os traços que imprimimos na tela. Você me inspirou a redescobrir meu prazer pela criação. Obrigada por isso.

Cuide-se sempre!

Joanny."

___________________________________

Lennon sorriu ao ler aquelas palavras. Percebeu que, apesar do breve encontro, definitivamente aquela noite ficara marcada em ambos. Agora, com o coração aquecido — e o bolso mais cheio —, ele estava pronto para avançar em sua jornada como modelo, enquanto Joanny, agora de férias, permitira-se viver novas aventuras e experiências em algum canto distante do mundo.

No fim, foi o ato de criar com intensidade, prazer e entrega que fez a arte realmente valer a pena para aqueles dois — muito além da técnica ou do valor comercial. Sem que percebessem, haviam transbordado muito mais que tinta e suor naquela noite. Mesmo que jamais se reencontrassem, suas almas já tinham se tocado, gozando em cada traço, em cada suspiro, algo que ecoaria para sempre nas entrelinhas de suas vidas e memórias.

FIM!

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