22 (Marcos)
Eu amo meu marido, e para o grande público ele é Túlio.
Cheguei com ele no réveillon na casa de minha mãe, não sei se o que causou mais alvoroço foi Murilo surgir gay namorando um advogado funcionário de titio ou eu surgir com outro homem negro com mais que o dobro de minha idade, armado, sem um pé e ocasionalmente de boca suja, meu avô adorou Túlio, disse que parecia o retardado do meu pai, “e anda armado como um homem de antigamente”, meu avô nem ligava que Túlio tivesse porte de arma e fosse delegado em licença, Roger levou Otto para conhecer sua mãe, todos ficamos num hotel, mas Roger ia para onde fossemos, Túlio foi conhecer nossos ex amigos e saber se estavam bem ou precisavam relembrar algum passado, o pior é que eram hétero mesmo, daquele tipo que comem até cu de bode na secura, e nossa brincadeira de juventude estava cobrado um preço alto para eles, Túlio podia ajudar? Não sei, mas não valia gastar vela com defunto ruim.
Túlio pergunta o que vi no vesgo sem inteligência ou no outro que jura que é alguém relevante, dois bostinhas. Eu via a oportunidade de foder, ele abria os braços e dizia que agora eu tinha ele. Eu era muito feliz tendo ele, “vem cá, criolo”, ele ficava puto com tratamento racista, eu também, nunca faria isso na presença de uma terceira pessoa, mas só entre nós dois ele me chamava de racista em conflito, nessas brincadeiras a gente já perdeu umas roupas rasgando tudo antes de foder, mas dessa vez não.
Ele gargalha, depois diz que gosta de meu nariz empinado, eu digo que o amo, de verdade, gosto de tudo nele, do mau humor, dos gritos, da doçura que ele destila quando fica triste, do pau grande, da voz de radialista, da bunda musculosa e gostosa, do fato de ele estar ficando quase tão careca quanto meu pai, de ele ser tão brother de meu coroa.
Túlio se ajoelha a meus pés e diz que essa aliança em meus dedos significa algo, ele a retira e levanta diz que ganhou o jogo, ele vê que não achei engraçado, ele ajoelha novamente, diz que não gosta de minha aliança, deveria ter sido ele e não Diogo a pensar nisso, pra mim isso não significa nada, tem três nomes escritos nela. Ele pergunta se era diferente o que sentia por ele do que pelos outros, era amor o que eu sentia por Gabriel e Diogo, mas não um amor de dar cuidado e atenção, mas de receber, eu queria cuidar desse delegado, porque ele era meio burro, queria ser herói e não voltar pra casa, ele disse que tinha concurso interno para corregedoria, ia fazer, eu acho que quem trabalha em saúde não tem saúde, quem trabalha com segurança não tinha segurança. Túlio me beijou, a gente fez amor gostoso, muito gostoso.
Passamos um final de ano tranquilo, a mãe de Roger pergunta se podia ir ver o filho novamente, ela pergunta assim que se solta do abraço do filho se ele podia fazer uma coisa, três na verdade, ver os irmãos e mandar eles estudarem, apresentar o cunhado bonito, ela tinha a idade de Otto, mas estava maltratada pela vida, a segunda coisa era aceitar as desculpas do pai, não precisava perdoar, mas fingir para ele tornar a querer voltar à igreja, a sorrir de vez em quando, ela nem chegou a pedir nada, ele comovido agarrado a ela disse que faria tudo o que ela pedisse, ela pediu para minha mãe e meu avô autorizarem ele vir, “quem manda aqui ainda sou eu, se eu aceitei um bando de veado, não vou aceitar uma besta burra, manda o jumento relinchar aqui pra dento”, meu avô é bruto, mas ele faz nascer pé de coentro num lajedo, ele agrega, ele acolhe, ele é foda.
“Aquele veado do seu tio tá comendo o veado do seu pai ou é o contrário?”, “Não sei vô, mas eu sei como faço com o delegado”, “Deixe de sua indecência. Eu lhe quebro os dentes. Telefone pra seu tio e mande aquela anta vir aqui me pedir a benção porque se ele, sua mãe e seu pai não se entenderem eu quebro o espinhaço dos três.”, essa é a conversa do almoço, antes das cinco estavam lá papai e titio. Foi divertido, foi em paz, titio não saia do telefone, problemas no hospital, meu avô pegou o telefone e pisou em cima depois de ser desobedecido três vezes quando ele mandou desligar, “agora não toca, não é José Felipe!?”, é.
Rompeu o ano e depois fomos dormir, às duas, meu avô não acordou no dia seguinte, morreu como passarinho. Papai estava em choro descontrolado, meu avô era a pessoa que ele mais respeitava no mundo, ele dizia que nunca teria a moral de meu avô, talvez de outra forma tenha, todos os funcionários do hospital amam papai, todos, e bastante, meu avô era respeitado, meu pai é amado.
Voltamos depois do velório, todos vieram para o sepultamento, meu tio falou do telefone quebrado pra falar quem era seu pai, arrancou aplausos e risos no meio do chororô, “Ele ia mandar eu me lascar de estar depravando um momento sério com meu jeito de com tudo fazer piada. Velho chato, vai ser enterrado com meu celular quebrado pra saber que é teimoso e cabeça-dura, nunca lhe disse isso, mas é, sempre lhe disse duas coisas, eu lhe amo, e me abençoe”.
Voltamos abalados, Roger ficou com Otto mais uns dias para garantir que vovó e mamãe estavam bem.
Eu não sei como fiz as provas, eu não sei como passava meu tempo, titio e papai caíram no trabalho, Israel cuidava deles e Camila era um bálsamo, abriram a boceta dela e foderam, eu sei com é isso, eu vivia de foder Leonardo, ele passava mais tempo em casa, eu e Murilo não encontramos limites. Mas eu queria sair daquela casa, Bryce disse que iria para onde fôssemos, falou para a gente inicialmente passar só uns meses, pode ser o luto, e a gente soltou essa.
Meu pai foi taxativo, disse que tudo tem um tempo e foi divertido, estava na hora de irmos, a cama acaba que estava no tamanho certo, mas ele falou isso de um jeito quase de poesia. A gente saiu.
Fomos para o apartamento que foi de Conrado, Daniel, Jarbas e Noah, haviam dito que tudo começou lá.
Ao contrário do que poderia acontecer a gente não tinha vontade de conhecer gente de isso ou aquilo... A gente só trocava de parceiro sexual toda noite entre nós mesmos.
Comunicamos às famílias que saímos de onde estávamos e blá, blá, blá. Ou deixamos isso para meu pai, todo mundo ficou mais aliviado de a gente não estar acompanhando safena de namorado e perdendo aula na faculdade. Eu sentia falta do sexo com eles, do pau de Túlio, da vida bandida de sádico, mas era um apartamento mais arejado espiritualmente também.
As aulas começaram. Passei em medicina na federal, uma nota mediana, eu não esperava, os garotos não passaram na pública nem em fisioterapia e nem em enfermagem, mas deu medicina na pública, fizeram por fazer, pois foram, ainda vamos todos os fins de semana e embora não haja toques entre nós e eles só todo o resto continua, Daniel liga para ver o fogão e as panelas, quer saber de nossa alimentação, Gabriel resmungando manda as marmitas da semana inteira. Sinto a falta dele, chorei de saudade de estar num trenzinho entre ele e Diogo. Eles sempre esperaram por nossa separação, depois notei que as alianças deles não tinham meu nome, “temos de arrumar um tempinho” e nada de se moverem, a minha é um objeto de recordação, uma lembrança da juventude para a vida adulta. Estou cursando em outra instituição, e os outros na mesma sala em um lugar mais perto de casa, a parte boa é compararmos os assuntos abordados e como são expostos.
Na terceira semana conheci duas meninas, não se conheciam antes, mas ficaram amigas quando ambas passaram no Enem para cursar junto comigo. Então foram apresentadas, a mesma vida em comum, a melhor da sala em todos os anos, o mesmo cabelo na altura do sutiã, o que me chamou atenção foi o tom de pele, Laura e Dandara tinham o mesmo tom de pele que Camila e Xica, também me chamou a atenção aquelas roupas sem graça que eu via nas meninas da cidade de onde vim, a ausência de maquiagem, o brinco discreto de bijuteria imitando joia e o batom de cor chamativa.
Naquele dia tudo me chamava atenção, a pele, o jeito de mover os cabelos, os peitos que talvez não precisassem de sutiã, do tamanho de goiabas grandes (péssima comparação), o perfume doce, sei lá... Eu estava me sentindo deslocado com isso, me sentindo incomodado e fascinado ao mesmo tempo, os garotos da turma notaram, virei motivo para piada, acho que todo mundo notou. Comentei em casa, Murilo disse que finalmente as xoxotinhas tinham despertado meu interesse – fiquei muito puto.
Bryce teve mais tato em concordar com Murilo e em dizer que não pactuamos nada. Verdade. A primeira coisa que falamos foi em tentar seduzir os nossos tutores, ainda que estejamos soltos, não queremos tanta liberdade, Bryce falou que almoçou com Daniel no refeitório do hospital e teve vontade de abrir a bunda pra ele meter no mesmo instante. Sim, os caras.
Dois, trepar fora de casa pode, mas não repetir a trepada se os outros não puderem participar dessa putaria, a regra era dia mais velhos e ela é ótima. Terceira, somos quatro e esse número não cresce.
No segundo dia u tentava conscientemente evitar as meninas, foi nesse dia que uma outra garota colou em mim, disse que achava que eram azuis, mas meus olhos verdes eram ainda mais bonitos de perto, eu sorri e deixei minha mão sobre a dela, ela me cortou logo, disse que estava ali para saber se eu estava a fim de Laura ou de Dandara, foi assim que descobri, ainda ouvi que eu era muito novinho, dava pra ver, chegava dirigindo sem muita confiança um carro cheirando a concessionária, ganhei do papai por ter passado no vestibular, jovem, bonito, inteligente, tímido e rico, era um dever dela como amiga apresentar uma das amigas a mim, vai que eu tenha irmãos ou outros amigos como eu, e me dá uma piscadela. Sim sou tímido, nada a ver com Murilo e papai, meu negócio é resolver tudo na dureza da praticidade, sem charme algum. Esperei a aula terminar, já não me distraia, eu sabia o que fazer. Chamei as duas para um sorvete, disse que podia ser perto da casa delas, soube no carro que as famílias eram muito simples, e talvez aquele fosse o primeiro e último semestre da faculdade delas, o aluguel era caro, eu nem devia imaginar quanto ganha uma professora no interior, eu disse o salário de minha mãe, o valor da renda de meu padrasto eletricista, mas meu pai estava melhor e meu tio era generoso, Laura foi direta, disse que sabia que eu tava a fim, elas falaram sobre isso enquanto eu ficava encarando as duas como um tarado, e elas também estavam a fim, disseram que nunca deram a ninguém, Dandara ainda chupou o namorado mas ambas eram evangélicas e tal, com esforço Laura disse que não queria se prostituir mas queria fazer o que fosse possível para terminar o curso, eu era muito novinho para bancar essa ajuda, e elas não queriam sair dando por aí, Laura chora, Dandara fala que de verdade já tinham me notado desde o primeiro dia, todas as meninas e os gays da sala, se era para perder tudo que pelo menos uma perda (a perda da virgindade) fosse boa. Então elas notaram que eu havia chegado ao meu prédio, eu disse que eu não ia estragar minha reputação fazendo nada de errado, mas a gente ia tomar um sorvete, pedi para Dandara tirar uma foto de nós três e mandar para a amiga delas que veio falar comigo, era uma segurança.
Mandei um textão no nosso grupo e no grupo da casa de papai, que ainda participamos e deixei claro que eu não iria falar com ele se qualquer um de nós saísse. Elas escolheram o sorvete e sentaram, mais uns instantes e eu sentei.
Falei a verdade, disse que meu pai era casado e tinha uma amante, e eu levado por meu pai comi a amante dele durante uma suruba no último Natal, depois fodi a namorada dessa amante, elas ouviram sérias e depois riram sem acreditar em nada, eu disse que morava com meu irmão e dois caras, um é médico, cirurgião plástico e namora meu irmão, o outro é um amigo nosso, elas aceitaram como verdade. Eu disse que ia sair da sorveteria com a mão na cintura de ambas e nós três íamos passar a noite fodendo juntos, que de manhã eu ia oferecer os termos para ajudar as duas, sem vulgaridade e sem pensar em dinheiro, eu e minha futura namorada iríamos dar uma força à amiga dela.
Falei que a gente ia fazer oral e anal, sem sexo vaginal dessa primeira vez, o cabacinho era meu, mas só no sábado, se quisessem passar a semana comigo e eu ter namorada oficialmente.
Quem era a louca que toparia uma proposta merda dessa? Mas elas de antemão disseram que fariam qualquer coisa e qualquer coisa inclui isso. O que estou dizendo é que eu estava muito excitado com os corpos e o jeito delas, estou dizendo que estava animado como estava tudo fluindo fácil demais, estou dizendo que eu não confiava nada nada em minha empolgação e eu descia a ladeira freando e com o freio de mão sendo levantado instante a instante. Beijei Laura e depois Dandara, sei que os dois outros clientes e os funcionários não ignoraram, elas riram dessa nossa pequena transgressão, estava ficando noite, elogiado por elas pedi para Laura ir ao banheiro para eu levar uma conversa com Dandara e depois o contrário. Me sentei perto da mulher negra e perguntei se ela estava a vontade, claro que não, mas ela disse sim, eu mostrei a ela o que era beijo, o funcionário veio me pedir para respeitar o lugar, pedi um milkshake e nem respondi o que ele falou, elas trocaram de lugar, novo beijo, a mesma eletricidade em Laura, novamente o rapaz vem me incomodar trazendo o meu pedido, eu lhe entrego uma nota de cinquenta e digo que o cliente tem sempre razão, ele me observa medindo a sua capacidade de resistir a essa pequena corrupção, ponho outra nota de cinquenta por cima e mando ele não me incomodar, ele pega o dinheiro e sai, volto ao meu lugar e mando Laura sentar ao lado de Dandara, o silêncio se encostando, me distraio no celular e o desligo dizendo, “pronto, agora sem interrupções”, encosto o aparelho próximo a elas e chupo o milkshake, peço para elas se beijarem.
“Não, não somos assim; o que é isso?”, respiro fundo e espero, tomo mais um pouco do meu lanche e olho o relógio, “estou esperando pelo beijo”, elas se beijam, “beijem direito, ninguém aqui conhece vocês e não vai passar no Fantástico”, beijam novamente, como eu havia ensinado, perguntei se o interesse das duas surgiu quando se viram, quando estavam morando juntas ou depois que meu interesse nelas surgiu, Laura disse que quando pensou que não queria disputar com Dandara, surgiu no dia anterior, talvez estivesse antes, mas percebeu quando eu olhei pra Dandara, teve medo de perder, Dandara disse que foi quando Laura disse sim a sua proposta de morarem juntas, não era cristão.
Eu disse que dentro da religião não era, mas dentro da espiritualidade isso era muito discutível, conversamos sobre nossa formação religiosa, falei sobre quem foi meu avô e se ele era capaz de acolher, imagina Deus, e se tudo deveria ser perfeito Ele tinha o poder de tornar tudo perfeito, era de Sua vontade as coisas serem como são, e eu sou como sou.
Bryce entra como um astro de rock no camarim, diz que não faculdade só entra homem feio, duas lindas dando moral para um ogro como eu, mandei ele chupar meu pau, ele olha para os lados surpreso e pergunta, “aqui, agora?”, elas riem com as bobagens dela. Porra, estou apertando o freio e não está funcionando.
Ele diz que os palhaços limparam o muquifo para as princesas conhecerem meu esconderijo, a gente se levanta, ele diz que somos três princesas, passo a mão na regada dele e ele se assusta, dá um pulo, eu rio bastante porque ele não esperava, então vamos para casa. Antes passo no balcão, sem elas, pago a conta, digo que garotas gostam de otários e eu quero as garotas, pergunto a hora que o rapaz sai e se ele e o amigo dele gostariam e ver no dia seguinte um aquário que comprei, o veadinho sorri e diz que se fosse hoje não ia poder, mas “amanhã é perfeito”, eu queria novidade e ia ter a novidade que queria.
Em casa apresento os rapazes, mando elas se apresentarem como minhas namoradas, Ramon pergunta se não ia sobrar nada para eles, dependeria do decorrer da semana, jantamos enquanto conversávamos, de cara soltei que agora sou bissexual, antes eu era gay, mas “agora estou curado desse mal de gostar de garotos, felizmente agora gosto de homens, mulheres e pretendo ter meu próprio escravo sexual, já estou de olho inclusive nisso também”, falei que não tinha a menor condição de ninguém acreditar em nada do que elas dissessem, então foda-se eu queria mesmo correr o risco, chamei Roger e nós nos beijamos, depois Bryce, parecia que elas sabiam que ia ‘piorar’, beijei meu irmão, chupei o pescoço dele, cuspi no interior de sua boca e nos beijamos novamente, de repente me viro e beijo Dandara, segurando ela pelos cabelos e a levando para o sofá, eu nem sei se fui eu que fiz isso a ela antes de Murilo fazer o mesmo com Laura, mas levantei a blusinha dela e fiz um gesto com a mão, Roger e eu nos alternamos entre peitos e boca até nós quatro começarmos a chupar os peitinhos delas insistentemente, eu queria aquela dorzinha que força a lactação, que machuca dando um prazer inconfessável, tiramos as roupas delas e as deixamos nuas sem que percebessem, sai de perto e as deixei entre os vampiros e me despi, fiquei de pé, não sou incrível, mas sou bonito, Roger veio me chupar o pau, mandei que elas viessem, os idiotas ficaram dizendo com mímica labial que eram virgens, eu sabia, beijei muito meu irmão enquanto Roger ensinava Dandara como chupar direito, ela não sabia de porra nenhuma mas sentia que tinha força de vontade, quando eu não estava mais aguentando peguei as duas e deixei os três brincando entre eles.
Elas não tinham tempo de completar o pensamento, avisei que ia tirar o cabaço do cuzinho no chuveiro. Os caras deixaram camisinha no banheiro, obrigado por terem feito isso, eu mesmo ensinei a cada uma a como fazer um cunete, tinham vergonha, novinho, meti a boca e a língua dentro do rabo de Laura, ela deu um gritinho de alegria.
Dei tapas na bunda dela e disse que sou o macho dela, ela não dizia nada, continuei e do nada dou um beijo com gosto de cu na boca de Dandara, mando ela continuar e ela obedece, faço ela alternar entre aquele cu e minha pica, beijo uma putinha e outra, pergunto quem era o macho de ambas e eu ouvi a resposta que esperava, posiciono meu pai no lugar certo, mando Dandara ir para frente de Laura para beijá-la e lhe dar apoio, lembrei do medo da minha primeira vez, reforço que tudo pode pausar ou parar a qualquer instante, basta elas quererem, eu sou o dono do cuzinho de ambas e como quando eu quiser, mas queria que elas gostassem, que curtissem tanto quanto eu estava curtindo.
Dandara diz que estava com medo de causar um acidentes gente pausa, explico o que ia acontecer e como, falo enquanto tiro a camisinha que tem um preparo inicial, que a gente disciplina o intestino com o tempo e no fim dá tudo certo. Mostro o material da chuca e como deve ser feito, pergunto se cada uma prefere fazer só ou com minha ajuda (não tava a fim de ver isso não, mas faria sim, para mostrar que estou atento e vou proteger elas), Laura pediu para eu fazer nela que estava bem, e Dandara via como fazer, fizemos isso, nessa pausa falei do implante anticonceptivo e do PrEP. Papo chato. Mas a realidade tem seu momento empata foda.
Tomamos banho na pegação, Dandara chupou o cu da namorada e foi chupada por ela, comi primeiro a pretinha, é porco fazer comparações mas eu queria que ela me quisesse no final. Comi as duas gozei na cara de ambas porque queria que elas experimentassem o gosto de esperma, acho que só veado gosta disso de primeira, ok, vida que segue, banho e cama, dormi entre elas, vontade de meter na bocetinha...
Mas eu não ia tirar cabaço de ninguém e depois rolar aquela coisa de não rolou liga e cada um que se vire, soubda putaria mas sou um cara romântico.
Elas com vergonha dos meus machos na manhã seguinte, eu disse que não era ao ser assim, era pra perder logo a frescura, mandei as duas chuparem a gente, sentaram naquele pufe enorme que é mesa de centro na sala, tinham de beijar todo mundo e chupar todo mundo, meu mundo é fechado, mas não é monogâmico. Puta é puta, eu não estava conseguindo controlar a coisa, sem querer, estava rolando sentimento sim, não era pra ser e isso me preocupava. Tomamos café, o leite elas beberam como mandei. Passamos quase voando no apartamento delas para elas pegarem umas roupas e trocarem a que estavam vestidas. Chegamos na primeira aula com quinze minutos de atraso, um palhacinho notou (como todo mundo) e fez o comentário em voz alta, assisti essa aula entre ambas. No intervalo passei meu telefone e o dos garotos para elas, passei os delas em nosso grupo, emoji de berinjela, sorrisos de diabinhos e pêssegos em resposta. Idiotas. Almoçamos juntos, falei sobre o que gosto na cama, porra eu gosto de muita coisa, falei que sou bem feminista, mas na cama sei que homem manda e mulher obedece, disse que isso eu não negociava (eu estava negociando qualquer coisa, mandei elas darem um amasso numa cabine de banheiro e voltarem elas ia sentir a diferença, enquanto elas dão esse pulinho meus colegas dão um pulo em minha mesa, perguntam se comi, qual das duas, pra quem eu ia passar a outra, como escolhi, disse que éramos apenas, amigos, “se tu é veado e não gosta da fruta, me dá que eu como”, Dandara diz que se a fruta for ela preferia cair madura do pé apodrecer na terra e brotar árvore, deixar de crescer só pra ser comida por ele... foi uma palhaçada, assim meu grupinho ficou misto, eu disse que era bissexual e estava em mais de um relacionamento ao mesmo tempo e que Dandara e Laura conheceram meus transáveis, isso fritou a cabeça daquele grupinho que agora são oito, pediram mais informações a elas, Laura disse que melhor que saber da vida dos outros era ter uma vida mais interessante, todos eram transáveis entre si naquela patota, eita, que depois de frita a cabecinha deles foi mastigada e digerida.
Enquanto eu brincava com isso assistia aula de anatomia e saí para casa, avisei para os meus e elas que estava dando um pulo na rua quase dez da noite para pegar currículo para meus futuros escravos, Bryce disse que eu não ia só e não estava perguntando nada, revirei o olhos, ele tinha razão, fui com Murilo. Alex e Pepeu (Petrucio) são irmãos baixinhos, moram com a tia, ambos disfarçam mal as bichinhas crentes que são, mandei eles tirarem fotos na frente da igreja que estava perto de nós e dizer pra tia que voltariam depois do culto, fizeram e entraram no carro, motel direto, “dois irmãos com gêmeos”, eram mais baixinhos, magricelinhos, negros de pele clara, se identificam como negros, dei um beijo em um enquanto o outro era beijado por meu mano, trocamos, depois beijo Murilo e mando Alex beijar Pepeu, medo, “veado vai pra o céu, mas não o da congregação, ou obedece ou é melhor eu deixar vocês na parada de ônibus”. Obedeceram tremendo de medo e nervoso, mas curtindo o lance. Mostrei um vídeo meu esculhambando com Leonardo, disse que aquele era o coleguinha de meu ex, e que eu havia gostado disso, disse que eu era bi, tinha namorado e namorada e eles viram na noite anterior, queria os dois na minha coleira, mostrei outro vídeo mais hard de Gabriel e Diogo disciplinando o sub deles, disse que o negro gostoso era quem ia me auxiliar a trenar ambos, depois disso tirei meu pau pra fora e peguei Alex o que eu tratei mal anteriormente, fodi a boquinha dele, cuspi, dei tapa, chamei de veadinho, humilhei e ri, dois playboyzinhos esculhambando dois garotos racializados da periferia, tudo errado, mas isso era parte do plano, meti pica pra dentro sem camisinha, disse que ia lavar o cu dele de porra, me agarrei com ele, chamei de gostoso, porque era, de delícia e disse que ele era uma gracinha, feio não era ou eu não tinha pegado, chamei de amor e mandei ele falar que eu era o homem dele, o moleque alucinou, foi pegar naquela pica de dez centímetros, eu tinha uma dessas quando brincava de carrinho no recreio, tirei a mão dele de cima e disse que aquilo era para fazer xixi, um veadinho lindo, gostoso e obediente goza só pelo cu, Pepeu já prometia obedecer Murilo ouvindo merdas parecidas com as que eu estava falando, parei fui chupar o cu que eu estava fodendo, um dedo e depois dois, eu disse para ele relaxar que minha mão não era tão grande, menti, coloquei a palma inteira, polegar para fora, abri com as duas mãos e fiz ele sentir o estrago que deixei, meti naquele salão e fodi forte e disse que queria resposta agora, todo macho precisa de um depósito de porra e eu achei logo dois, “você achou os melhores, mano, esses dois nasceram para obedecer os machos deles, eles vão dizer sim”.
Dormiram no tapete da sala, as meninas riam da presença dos sorveteiros entre nós, disse que eles iriam decidir quem ia pra casa da titia agradecer e pegar as mochilas para vir pra casa, um deles ia trabalhar limpando nossa casa e cuidando de nossa comida (trabalho formal, carteira assinada), o outro ia trabalhar no barco, obedecendo Gabriel, ou se revezaram nisso, liguei pra Gabriel e perguntei se ele ainda queria um auxiliar para o barco, eu tinha dois, fui com Pepeu para a casa dele, eu falei que ofereci trabalho como faxineiro e um iate e ambos aceitaram, como não podiam sair de lá os dois aí mesmo tempo, então ambos iam deixar a casa de titia, falsa preocupação, ia dar errado, a igreja, o mal caminho, a mãe morta, o inferno... Adeus, tia.
Diogo ficou puto comigo, disse que eu era afoito, muito jovem e não estava pronto para ser o mestre de ninguém, nenhum de nós estava, estava almoçando com eles na sala de reuniões de titio no hospital, Túlio disse por telefone que eu era um orgulho, não cansava de me venerar. Gabriel estava do meu lado e papai também, Otto disse para Diogo parar de frescura. “Fala, idiota, fora de casa você é livre”, Leonardo disse que não estava pronto quando foi resgatado e ali estava ele, realizado, em paz, mostrou a tatuagem disse que todo mundo que tem perfil deveria ser resgatado, era com algum exagero uma obra humanitária. “Você também é apaixonado por esse idiota, não é, seu merda? Vou usar todos menos você no treinamento, vou deixar você em sua paz”, Leonardo chorou, se ajoelhou pedindo para seu senhor não usasse outros quando ele estivesse em condições.
Recebo um papel em que Diogo havia escrito: ‘Lição um, não há hora de folga, dia de folga, ou lugar de folga, o escravo tem de estar sempre a seu serviço, você é a razão da vida dele’, Leonardo era acariciado de joelhos aos pés de Diogo com a cabeça em seu colo.
Porra, ainda bem que nasci entre essa galera.