PRECISA-SE MOTORISTA 2 - Um novo papel para mim

Um conto erótico de Carlos Contista
Categoria: Heterossexual
Contém 2434 palavras
Data: 08/05/2025 00:31:24

PRECISA-SE MOTORISTA – Um novo papel para mim

Na madrugada, troquei de quarto. Não queria expor a Tiba quando os empregados da manhã chegassem e nos pegassem dormindo juntos.

Como se nada de anormal tivesse acontecido na noite passada, tomei meu café e pedi para a cozinheira levar o café da Tiba, ainda na cama do prazer da noite anterior, envolta nos lençóis de seda com cheiro de amor e sexo. Peguei o Argo e fui às compras para o fim de semana que se avizinhava. Busquei as encomendas de carne no açougue do Hildo, os salgadinhos pedidos no Avenida assim como as necessidades da cozinha, flores naturais – em dose tripla, confesso, para ver a Tiba sorrir (não que ela já não tivesse motivos de sobra para sorrir nesta manhã) e voltei para casa perto do meio dia. Tiba ainda não havia levantado. Ótimo, pois assim pude espalhar as flores por todos os cantos da casa para ver a alegria da querida.

E vi! Tiba acordou, tomou uma ducha, vestiu uma roupa leve e alegre e saiu do quarto. Quando viu aquele roseiral na casa, gritou:

- Maravilha, que casa alegre nesta manhã!, disse, e, saltitante como uma criança ao sair da escola deu um sonoro beijo de “Bom dia!!” em cada um dos funcionários, inclusive eu, né?. “Que dia lindo, hoje vou à praia, estou disposta e quero aproveitar cada minuto desse prazer que, daqui prá frente, vai se repetir com frequência”, disse ela, alto, claro e forte para que todos na casa ouvissem como ela estava bem.

Senti-me aliviado, pois não sabia qual seria sua reação ao acordar da noitada de sexo comigo, e recompensado pelo prazer que dei a ela e dela recebi. Ela gostou e quer mais! - Carlos, põe um calção e vamos à praia”, disse Tiba.

Quando voltei, ela já me esperava na garage com um minúsculo biquíni amarelo que deixava aparecer quase todo o seu corpo e cobria apenas os seios e o triângulo das Bermudas, lá embaixo. Um fio dental mínimo para mostrar o máximo daquele corpo magnífico, aquele mesmo corpo que tinha sido inteiramente meu, à noite passada, e que permaneceria meu por muito tempo ainda; usaríamos e abusaríamos um do outro por muitas outras noitadas.

O sol estava quente, o céu azul sem nenhuma nuvem à vista e a ausência de vento à beira mar fizeram correta a decisão da Tiba de ir ao mar, naquela sexta-feira. Reservei uma tenda do condomínio com cadeiras para termos algum conforto; levei um cooler com bebidas e gelo além do colchão de ar que inflei tão logo chegamos, e assim ficamos instalados na beira da praia sem grandes preocupações. Fui molhar os pés e cumprimentar a Rainha do Mar e Tiba ficou deitada de bruços no colchão de ar, dentro da tenda, com as tiras do top soltas. Quando voltei, tinha dois homens olhando o monumento deitado na tenda; olhei com cara feira para eles que entenderam e foram embora. Tiba pediu para baixar as alas da tenda, fechando a barraca – ela viu os caras e sentiu-se incomodada, meio invadida, desconfortável. Baixei os toldos e transformei a tenda em uma barraca fechada, sem visão de fora para dentro. Tida levantou-se deixando para mim o visual de seus seios nus, lindos, recheados e firmes como dois montes empinados em direção ao céu.

- Isso não te dá alguma idéia, Carlos?.

Transamos na beira da praia, areia lotada de gente, barulhos ao redor, vendedores de picolés, milho cozido, queijo coalho e outras iguarias de consumo beira mar. Tive de tapar a boca da Tiba para evitar seus gritos de prazer, seus urro durante o orgasmo quente. Valeu a pena o risco! Nos vestimos e fomos molhar o corpo no mar chocolate de Xangri-lá.

Na semana seguinte à transa beira-mar, Tiba me avisou que precisaria ir à São Paulo renovar alguns contratos de arrendamento mercantil que venceriam em breve e que eu iria junto para auxiliá-la nas negociações. Passou-me os contatos para montar a agenda e preparar a logística aérea e de acomodações na capital paulista. Pediu que reservasse um dia após a reunião livre para passeio ou outras ideias que aparecessem no caminho; assim fiz e marquei voo à tardinha para terça-feira, reuniões quarta de manhã e à tarde no próprio hotel Romano, o que facilita a logística dentro de São Paulo e a quinta feira está livre para passear. Reservei um sedan para a quinta, um Audi A4 com motorista, porque não conheço – e não quero conhecer – o trânsito paulistano, loucura completa para quem mora em Xangri-lá.

A primeira reunião foi tranquila, com os advogados do banco que arrenda dois armazéns na marginal do Tietê onde guardam bens recolhidos de devedores e itens dos quais são fiéis depositários perante a justiça. Eles pleiteavam uma redução de 18% nos arrendamentos para um contrato de mais 5 anos. Após a negociação, fechamos contrato de 8 anos com a manutenção dos valores atuais e correção anual. Foi uma vitória nossa, sem sombra de dúvida. Fomos almoçar e pagamos o almoço dos advogados no roof do Romano, 28 andares acima do barulho e do trânsito de São Paulo. À tarde, a reunião pegou fogo. Os arrendatário de uma torre de 18 andares no Itaim Bibi, cujo contrato de 5 anos vencia em 180 dias queriam uma redução de 50% nos valores do arrendamento com a justificativa que o mercado imobiliário paulista havia perdido valor desde a pandemia e a redução da atividade industrial e de serviços do país. Ameaçaram entregar o prédio no fim do contrato. Tiba tremeu e eu a tirei da sala.

- Eles estão blefando, disse eu, devemos ficar firmes na nossa proposta de manutenção dos valores atuais e renovar por mais 10 anos. Ela estava quase chorando; abracei-a, e a acalmei.

- Vamos adiar a reunião, pediu ela.

- Seria mostrar fraqueza na negociação, asseverei, temos que endurecer com eles.

- Faz como achar que deves ... eu não terei coragem na hora...

Levei a Tiba para o apartamento e voltei para a reunião; os advogados estavam no coffe-break que eu havia mandado servir.

- Senhores, nossa proposta de renovação foi colocada por escrito, protocolada pelos senhores e será mantida. A proprietária determinou que a falta de assinatura no contrato de renovação no prazo de 30 dias acarretará seu encerramento na data prevista, culminando com a devolução do prédio nas condições constantes em contrato com todas as indenizações correspondentes.

- Ela não pode fazer isso conosco, arrendamos esse imóvel do marido dela há 20 anos atrás e somos excelentes contratantes, ela não pode fazer isso, esbravejou um advogado.

- Pode, e fará, caso sua empresa não cumpra com os contratos em todas as suas cláusulas e se não exercerem o direito à renovação no prazo contratual.

- Nós queremos ficar com o prédio, queremos renovar, mas precisamos reduzir um pouco os valores que estão altos, disse o outro advogado.

- Estou autorizado a conceder uma redução de 5% nos valores atuais para renovação imediata do arrendamento, se sairmos desta sala, hoje, com os contratos assinados.

- Quinze por cento, pediu o segundo advogado.

- Senhores, assumo o risco de conceder 10%, nem um por cento a mais. Os dois advogados pediram a suspensão da reunião por sessenta minutos para uma conferência com a diretoria da sua empresa.

- Fiquem à vontade na sala, peçam o que quiserem para o serviço de bar e me liguem quando chegarem a uma decisão sobre o que farão. E fui para o quarto com a Tiba.

Contei a ela os detalhes e ela quase chorou de novo.

- Eles vão devolver o prédio, vão encerrar o contrato, é muito arriscado o que fizestes. Pedi calma a ela e disse que, nos negócio, à vezes é preciso arriscar, jogar com as probabilidades e que, achava, o prédio era um prioridade para eles e a ameaça de devolução do prédio era um blefe. Toca meu celular, era o advogado mais velho pedindo que eu voltasse à sala para concluir a renovação do arrendamento com 10% de desconto! Ganhei um beijo da Tiba e mil promessas para a noitada. Fomos lá, imprimimos novos contratos, assinamos as páginas fisicamente para reconhecer firmas mais tarde e virtualmente com assinaturas eletrônicas registradas. Já podemos relaxar.

Fizemos reserva no Mansion, terraço do edifício Itália, para jantar às 22 horas. Restou-nos um problema: o que fazer até esse horário? Tomar banho, é claro, afinal são 16 horas e nos restam apenas 6 horas para gastar. Fomos relaxar na jacuzzi de 4 lugares do apartamento do Romano mas, não demorou muito tempo, o relaxamento foi pro espaço e começamos as tratativas de outra atividade eletrizante: a atividade sexual na banheira. Comecei beijando a Tiba na boca, no pescoço e ombros, onde ela gostava muito. Desci para os seios fartos e bicudos com os mamilos apontando para fora; deslizei a língua pela pele do abdomem e abocanhei seu grelo para chupar com vontade. Tiba tinha choques elétricos de prazer, dava gritinhos cada vez que eu aumentava a sucção do clitóris. Levantou-se da cadeira da banheira e abocanhou meu caralho duro e passou a chupá-lo vigorosamente.

- Chega, Tiba, vou gozar em seguida, disse.

Continuou chupando sem perder o ritmo e, sentindo minha acabada, tirou o pau da boca e deixou a porra esguichar em sua cara pondo o pau na boca novamente para receber os últimos jatos de esperma e engolí-los ...

- Eu sempre quis fazer isso mas nunca tive coragem, meu marido não entenderia, não aceitaria, ..."

Saimos da banheira, nos secamos e fomos para a cama para mais uma sessão maravilhosa de sexo heterossexual, natural, normal, corriqueiro e gostosíssimo – seria, né? Mas, não podemos chamar de natural, normal e corriqueiro o sexo imediatamente após fechar contratos de arrendamento no valor de 19,5 milhões de reais !!! Foi tudo sensacional!

- Temos de sair, já chamei nosso táxi. Vamos, Tiba, o táxi chegou ... Tiba, temos que sair agora, senão a condução vai embora e vamos perder a reserva no Mansion.

Ufa, afinal a querida se aprontou e pegamos o elevador.

- Droga, pegamos um elevador subindo, disse ela.

O elevador subiu até o último andar do prédio, onde nos esperava o táxi, o helicóptero que aluguei para nos levar para jantar.

- Surpresa, esse é o nosso táxi, disse. Ganhei um beijo.

Jantar maravilhoso regado a champagne, muita Apricot Bleu, champagne demais e a Tiba se passou novamente; ainda bem que o helicóptero nos pega ao lado da porta do restaurante e nos larga ao lado da porta do elevador, no hotel, em 6 minutos. Dormimos nus o sono dos descansados e satisfeitos pelos produtos do dia. Acordei com muito calor no caralho: era a boca da Tiba me dando bom dia e agradecendo a noite. Bom dia!

Era o dia do passeio. Eu não queria, preferia ficar na cama, trepando gostoso com a fogosa mas ela insistiu em dar apenas uma trepada e, depois, sair para passear. “Quero ir na cidade das flores”, disse a Tiba. E lá fomos nós andar 150 km de estradas paulistas para ver flores ...pois é, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Mas, nem tudo está perdido. Chegamos em Holambra antes do meio dia e procuramos logo um restaurante para almoçar.

Comemos camarões num restaurante típico holandês e tomamos suco de abacaxi com hortelã e menta, sobremesa de amoras em calda com chantilly e cerejas ao marasquino. Um nespresso completou o cardápio, gostoso, valeu a refeição. Fomos ver flores.

Os jardins não acabam nunca, por mais que caminhes entre eles. Pense num local colorido. Agora ponha mais cores nele, mais e ainda mais cores ... em Holambra ainda tem mais! Achei que seria um dia jogado fora, mas não; foi lindíssimo o passeio, cansativo, mas lindo demais. Voltamos para a capital pois nosso voo era às 8 da noite para voltar à Poa, onde chegamos pouco antes das 10. Tiba preferiu dormir em Porto Alegre, no apartamento do Cristal. Pegamos a Territory no aeroporto, passamos no Bourbon para pegar algo para comer e beber e fomos para o Solar.

Estranhei um carro na vaga auxiliar do apartamento, um Clio antigo, mas não comentei nada com a Tiba que não se ligava na posição dos estacionamentos. Subimos e estranhei luz acesa na entrada de serviço que dava acesso direto à cozinha e lavanderia. Paramos; mostrei para a Tiba a luz e pensei no pior: ladrões, embora não houvesse marcas de arrombamento. Chamei a segurança que chegou em seguida com dois homens armados. Tiba desceu para a portaria enquanto eu abria a porta com a chave para os homens da segurança entrarem. Acendemos as luzes do living e ... surpresa! A faxineira estava trepando com seu namorado na sala, no sofá gigantesco do apartamento com o janelão que dava para o rio aberto – ainda bem que a Tiba não estava lá, senão teria jogado a mulher lá de cima. Mandei-os se vestir, anotei nomes e endereços, os nomes dos seguranças como testemunhas do ato e despedi a faxineira de 5 anos da Tiba, por justa causa, Nos vemos no tribunal. Mantive sigilo desse episódio senão estragaria aquela noitada. A mulher foi embora pelo elevador de serviço e a Tiba subiu pelo social.

- Aparentemente, a faxineira veio hoje e deixou a luz da cozinha acesa, não houve nada, expliquei para a Tiba.

Agradeci aos seguranças o suporte e proteção e nos instalamos no apê. Tiba foi tomar um banho, comemos alguns canapés e bebemos um champagne e fomos dormir, por puro cansaço. Amanhã é outro dia.

Contei para a Tiba o que tinha acontecido, de verdade, no apartamento do Cristal, na noite anterior. Ela ficou puta da cara, queria voltar e bater na empregada. Calma, Tiba, já a despedi por justa causa e guardei duas testemunhas – os seguranças – para confirmar a desfaçatez de empregada em juízo, se necessário. Resolvemos ficar em Porto Alegre e já encaminhar a solução do problema da empregada com o advogado da Tiba: entreguei os dados para ele e narrei a imagem que vislumbrei na sala do apartamento e que era confirmada pelos dois seguranças armados que me acompanharam no flagrante. Segundo o advogado, a demissão por justa causa era apropriada e não via nenhum empecilho ao processo, se ocorresse. Ficou de chamar a mulher e providenciar sua rescisão.

Almoçamos e fomos comprar uns trecos que a Tiba queria, no shopping, tomamos um café e fomos para a estrada, fim da tarde. Com o andar da estrada, ela foi se acalmando e dizendo que eu tinha razão mais uma vez, que ela não se arrependia de me dar liberdade de decidir as coisas como no caso da renovação do arrendamento do prédio do Itaim Bibi, em São Paulo.

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Comentários

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Huuuuuummmm cada vez se apoderando mais e mais da vida de Tiba. Vamos ver onde vai dar: casamento?

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