21 (Camila)
Eu amo minha esposa, adoro.
Eu perdi muito tempo pensando que meu lugar no mundo era com os homens, e é, mas de outro jeito, estávamos vendo Priscila voltando a esperar pelo momento em um noivado hétero, monogâmico, dentro da comunidade evangélica, e tudo bem. Mas isso deu uma broxada em Xica e eu, não que o sexo estivesse ruim, mas era a única coisa boa, o emprego dela era ruim, o meu não aconteceu, estávamos mexendo em nossas economias, sem amigos por perto, sem gostar da cidade, do nada numa tarde de quinta Conrado me liga.
Conrado é um loiro gostossérrimo, meio refinado meio cafuçu do jeito certo, o corpo, o pau, a cara de cafajeste dele, eu queria dizer que ele parece o Safadão, mas tinha uma voz arranhada, se voz tivesse cicatriz seria a dele. Enfim, ele me liga e pergunta o que eu estava fazendo, onde e se Xica estava comigo, tudo antes do boa tarde, do como vai você. Respondo e ele diz para eu avisar a Xica que Felipe ia ligar pra ela para fazer sexo por telefone com ela, e eu com Conrado.
Eu vivia pensando em Felipe, eu vivia querendo dar pra ele, eu tenho um pau de silicone que não divido com absolutamente ninguém, ele é exatamente como o de Felipe, nunca encontrei o fabricante, encontrei jogado em um motel, juro era um lugar descente, essas coisas ficavam numa prateleira embaladinho para a venda com o precinho fixado, fui ver curiosa com um médico que eu pensava que ia causar irritação em Felipe, porra nenhuma, ele nunca ligou, comprei o negócio, fiz o cara comprar na verdade, ele me comeu empurrando o Felipinho no meu cu, chupei Felipinho na frente dele, mas para o ruim de foda só o basiquinho mesmo, combinamos um depois, mas nunca rolou, desencanei, daquela noite eu trouxe Felipinho.
Conrado mandou eu pegar Felipinho, disse que não ia abrir a câmera dele, mas exigia a minha aberta, disse que ia gravar e depois trocar a sex tape com Felipe, ele não falava sobre trepar comigo, ele me fazia fantasiar que era um rei no fim da idade média e eu era a camareira da rainha, eu era sua amada e protegida, a rainha me queria em sua cama também, e a rainha era Xica e eu estava apaixonada pelo bobo da corte, esse era o vilão, ninguém suspeitava que ele fodia a amante do rei e da rainha, descrevia quando fomos flagrados pelo rei, o rei ficou imóvel, descrente da traição, mas excitado demais para evitar ver, se aproximou e mandou que continuasse nos e descreveu tudo o que o palhaço deveria fazer em mim para me punir, bater em minha bunda enquanto me fodia, depois em meu rosto, falava que eu ia gemer, perguntava fora da fantasia se Felipinho estava em minha boceta ou em meu cu, voltava a fantasia, eu era açoitada com os braços presos ao dossel da cama, ele mandava eu dar closes em meu grelo, mandava apertar meus mamilos, puxá-los, era para fazer Felipe se acabar na punheta, eu ouvia os gemidos de Xica, ela recebeu o mesmo telefonema no mesmo momento, parte da graça estava em obedecer sabendo que ela estava no quarto seguindo regras semelhantes.
Se os primeiros quinze dias foram ruins, os próximos eram piores, eles nos mandavam filmagens da rotina da casa, flagrantes de Uchôa dormindo ao lado de Túlio e Gabriel, os três como gigantes caídos, seus pais cheios de esperma depois da foda, as caras cansadas, eu odiei cada rosto novo, eu precisava do cheiro de Israel, Uchôa comendo meu cu de quatro sobre mim me chamando de vadia, que merda a gente tinha feito?
Eles exigiam ver nossas performances, mandavam pornô do xvideos, coisas comuns, às vezes BDSM, Xica disse que a gente não curtia hard, Conrado lamentou disse que sabia que a gente tava emocionalmente na merda, e que volta era assim, BDSM, principalmente a nossa futura versão subslut, ou... cada um para seu lado, a gente ligou muito, nós dois dias seguintes, mas eles desligaram os celulares, Noah ligou que alívio, eu não sabia se outros sabiam sobre essas ligações, Priscila nunca foi perdoada, eu morria de medo de não ser, eu não queria voltar a princípio, nunca falamos nessa possibilidade, era caminho só de ida, e agora a gente já falava do quando voltássemos.
Fomos apresentadas a Leonardo, conversamos com ele, Noah disse que sabia sobre a história que estava rolando, da irresponsabilidade que Felipe e Conrado fizeram, da história subslut, disse que esse quarteto chegou a um impasse e eu ia ser apresentado a um amigo dele, Leonardo, o dono de Léo era um mestre que estava educando Felipe e Conrado a serem mestres, Noah disse que talvez fosse uma possibilidade razoável. Amigo... Amiga... eu faria qualquer coisa para trepar com Felipe depois de todas aquelas imagens de nosso passado, dessas fantasias, desses jogos eróticos, dois meses vendo o que deixei pra trás... Sim.
Leonardo é um doce, um maravilhoso, ele falava sobre o contrato, sobre a coleira, o adestramento, sobre o que aprendeu, sobre os castigos, sobre a honra de servir a um mestre tão carinhoso, o que ouviu de outros escravos, maus tratos terríveis, ele falava como seu mestre o elogiava, ele disse que seu mestre valorizava o amor e a obediência que ele tinha. Perguntei se ele não se sentia desumanizado, ele disse que não, disse que seu mestre era casado, mas não tinha mais informações, que ouviu o mestre obter o juramento de seus discípulos que eles iriam fazer a felicidade de seus protegidos pela disciplina e obediência, não era o caso de provocar angústia psíquica e sofrimento emocional, era para fazer sentir o cuidado e o orgulho que o mestre tem de seus protegidos, perguntei se ele se sentia bem, ele disse que seu mestre o encontrou pensando muita besteira, e agora ele sentia um propósito, fazer seu mestre feliz, ele sorriu e disse que era como se ele tivesse descoberto que era e sempre será um homem cis, mas sua alma se revelou numa missão feminina, obedecer, servir e suportar um homem.
O sorriso de Leonardo era autentico, mostrava as marcas de seu último diaciplinamento, ele falava da experiência e da competência do mestre, que odeia protegidos que ficam com marcas permanentes. Ele disse que aquelas foram feitas por Conrado e Felipe e eles estavam fazendo isso por nós, porque não sabíamos lidar com a liberdade que conquistamos, ele falava que se fosse dinheiro haveria um banco, para uma arma haveria um cofre, mas para a insensatez só há a confiança da disciplina de um mestre.
Depois dessa entrevista eu só poderia acreditar em duas coisas, loucura ou subversão. Ou estavam todos loucos ou aquela era uma forma inédita de amar. Pesquisamos, Felipe me ligava diariamente, mas se recusava a falar de volta, dominação, sexo, sadismo, nada, nada, nada. Noah era um canal, mandava textos, teorias psicanalíticas, a visão de teoristas do feminismo sobre isso, e não era um show de argumentos pró, havia muito material bem feito contra.
Outra vez a conversa deixou de ser se para pular direto para um quando.
Conrado quem pediu uma prova de submissão, responsabilidade e amor, queria provas que nós não iríamos ter orgasmos até que eles autorizassem, Leonardo mostrou o pênis enjaulado. Eu não tinha a menor ideia de qual cinto de castidade não iria nos expor, a palavra responsabilidade estava lá. Então Xica teve a ideia, procuramos tudo antes de propor aos nossos futuros mestres.
Implante de anticoncepcional, limpeza vaginal e cercar com fio cirúrgico a vagina, três piercings bilaterais e por argolinhas pequenas passar o fio, os garotos não mostraram gostar ou não da proposta, ficaram de ligar depois.
Aceitaram, disseram como fazer, falaram para a gente se mudar para a casa de Leonardo imediatamente. Achamos que iríamos encontrar com Conrado e Felipe, porra nenhuma, só depois que passamos pela vergonhosa verificação de bagagem para não encontrar esse fio em nossa mala, para não abrir a boceta e depois alinhavar novamente, de passar pelo vexame de abrir as pernas para um quase total estranho (Léo) nis chupar e sentir que não conseguia acessar o grelo, aí sim eles vieram.
Carinhos mimos, saímos para almoçar fora, eu pingava de verdade de vontade de dar a xoxota pra Felipe, eu pensava em lavagem mental, tem de ser, quem faz isso à toa?
Felipe mandou nós duas descermos do carro na garagem do prédio de Leonardo, a gente foi ‘obrigada’ a pagar boquete para os dois bonitos dentro do carro, que humilhação, eu chorava de raiva, vergonha, arrependimento e vontade de morrer, sem um agradecimento nada, antes de gozar inclusive, a gente é empurrada pra longe e as porta fecham, mandam a gente subir, a gente sobe chorando. Leonardo diz que é difícil mas fomos muito bem, maluco!
Ele diz que foi autorizado a tirar o lacre, e depois nos mandar para o banho, que alívio, até essa dor era diferente, eu estava mal, fui para um banheiro e Xica para outro, eu não queria vê-la, estava com vergonha, me lavei, minha xoxota estava muito sensível, impossível jogar os brincos fora imediatamente. Chorei embaixo da água, de repente o box abre e era Felipe, ele entrou lá me beijando e apertando minha bunda, meus peitos, me virou e meteu de uma vez, eu estava com o braço dele ele minha garganta ele mandou eu não gritar, meteu dentro, não, ele atolou dentro e foi a melhor dor de minha vida, ele dizia no meu ouvido que adorava mulher obediente, me apertou tanto os peitos...
Me virou e me beijou, me pegou pelo cabelo, bateu no meu rosto com força, disse que queria deixar claro que eu havia apanhado, me beijava e dizia que a minha prova de amor era sair na rua com cara de mulher de bandido, perguntou se eu estava gostando, eu disse chorando que sim, ele disse que ele era um idiota, sempre me fazendo de princesa, e eu nasci pra ser uma marafona bandida, cuspiu em mim e me chamou de puta e me beijou e meteu durante o beijo, porra eu queria gritar, eu o abracei, ele se afastou, disse que o correto era não me e ver quando eu estraguei todos os relacionamentos dele e quando o tive o troquei, que ele ia me usar, se eu tivesse prazer o problema era meu, o negócio era avaliar se eu ainda servi para uso, mandou eu ajoelhar e abrir a boca.
Meu mestre quase me mata sufocada, o pau dele chegou até os pentelhos, eu empurrando e ele mantendo, “eu sempre soube que você aguentava, sua vadia”, ele me solta e eu vomitei, ele abriu o chuveiro e tudo escorreu, então ele começou a foder a minha garganta como se eu fosse de plástico e não sentisse dor, fosse seu brinquedo. Então alguma coisa quebrou em mim, eu estava para além da decepção, da dor e do arrependimento, eu me perdi, ele me puxa e dessa vez doeu, mas meu corpo não reagiu, ele passou a me chamar de Mila, dizer que eu era gostosa, estava louco por mim, que eu finalmente aceitei obedecer, ele para tudo me vira de frente e pergunta se eu vou aceitar ser sua, apenas isso sua, não sua mulher, sua amante, só sua, ele falava, “se você quiser ser minha, não importa o que você seja, eu vou cuidar de você e te proteger, acredite em mim, eu estou fazendo isso para alcançar algum chão dentro de você onde você não possa me tirar, eu estou desesperado pelo seu amor, eu me ajoelhei, talvez de cansaço e disse sim, ele afagou minha cabeça e ele disse que eu era uma boa cadelinha, pelo cabelo me deitou no chão do banheiro e me comeu, porra como foi bom, ele me comeu lembrando de coisas que fiz que eu não me lembrava mais, a vez que eu quebrei meu dente quando caí de uma carroça no sítio de meus tios, quando fui a única a chegar fantasiada na escola depois que todo mundo descombinou o dia das bruxas, ele nem me olhava, só falava isso montado em mim, no fim ele gozou dentro e me deixou lá, tomou banho e nem me olhava, mandou eu esperar o banho dele, quando ele terminou foi que eu vi Leonardo esperando com uma toalha para ele e enquanto ele saia mandou o lacaio me lavar, eu não tinha forças, achei melhor, xampu, esponja para as costas e o corpo, sabonete ginecológico, ele falou que eu estava desatenta ele ia ter de me lavar por dentro, não tive forças para relutar.
Encontrei com ele na cama nu esperando por mim, ele sorria como se nada tivesse acontecido, me deu um ob, eu enfiei mecanicamente, passou um hidratante maravilhoso e eu nem liguei, passou um óleo mágico no meu cabelo e o penteou, me fez vestir uma camisola super deliciosa e eu apática, só quando ele me deitou e fez o melhor oral de minha vida foi que eu chorei, mas ele não parou, todas as emoções ressurgiram e eu cheguei ao fim sem saber se havia ou não gozado, ele me mostrou um fio cirúrgico e foi coser a entrada de minha vagina, quando terminou disse que a pior parte vinha agora, eu podia nunca mais o ver novamente, o acusar de abuso físico e emocional, porque em grande medida foi o que aconteceu, e ele não iria me desmentir, disse que dinheiro lhe dá estabilidade (dinheiro que ele não teria sem mim), ou a gente podia começar por cima da cidade destruída algo totalmente novo.
Ele não mandou flores, chocolate, nada, depois do comprimido que tomei acordei no dia seguinte me sentindo péssima, ele não mandou uma joia nem uma graninha, ele mandou um carro levar Xica e eu para um psicanalista, passei horas, “tudo bem temos tempo, seu namorado pagou um dia inteiro para você ser ouvida”, falei de infância, do papel da mulher, de contratos escritos, verbais, subentendidos... Falei de sexo, amor, tesão, culpa, raiva e de meus sentimentos. “Se ele dissesse que você ia viver o horror de ontem amanhã, você iria com ele?”
Pensei em Conrado e em Xica, no acordo que fiz com Conrado, dizer o que tipo, meus limites, palavras de confiança e que se eu quisesse destruir um império era só acabar com uma reputação, eu apanhei de várias maneiras, mas eu podia acabar com o trono de Felipe, mas eu não queria fazer isso. Eu liguei para Felipe e pedi para ele vir me pegar para um passeio de carro, ele perguntou por onde, “eu vou para qualquer lugar com você”, falei isso olhando para o analista, disse que ia marcar outro horário, mas eu tinha de fazer um contrato de BDSM com meu dono, teoria é uma coisa e prática é outra.
Fui disciplinada, entendi as práticas, passei por elas antes de decidir entre o não e o sim e até onde.
Xica foi mais lenta que eu, só entendia as coisas quando eu e Conrado lhe explicávamos juntos, mas ela se entregava mais. Com o tempo eu comecei a não pensar em minha boceta, eu só sentia prazer em ver meu mestre e seus amigos sentirem prazer, sentia prazer em ver a alegria de Diogo em ver minha pele inchar com a palmatória, contar e nunca perder a contagem, isso os deixava satisfeitos e orgulhosos de mim, fazer boquete, lamber pica (as vezes eu com fome de macho e só podia lamber, só encostar a língua e nada mais), garganta profunda, tudo me deixava maravilhada. Mas eu passei a sentir prazer em sexo anal, antes eu consentida, iludida, agora eu era quem implorava, mas só recebia isso quem fosse o melhor, eu conseguia às vezes, outras eram Leonardo, Xica ou Ricardo. Ricardo veio duas semanas depois de mim, ele sabia que seria um presente, que seu mestre verdadeiro seria Jarbas ou estaria apenas sendo treinado, Ricardo era disciplinado, quase sempre era ele que era fodido quatro vezes e nós éramos obrigados a assistir morrendo de inveja, às vezes ele era disperso na contagem só para nos dar chance de sermos fodidos.
Ricardo era o melhor chefe do mundo, e isso era um erro, ele não tinha qualquer controle administrativo ou financeiro, Noah resolveu o apadrinhar e me treinar como administradora era sua ideia, eu fazia meu melhor e estava concorrendo a uma vaga na universidade, Noah me fez desistir, queria que eu aprendesse fast, rápido, muito rápido, passou em uma faculdade de ensino a distância e comprou todo o material impresso de administração, disse que eu não estava a procura de um diploma para um emprego.
Xica descobriu que era autista e a partir disso teve muito o que se ocupar até o Natal quando a gente iria ser revelado.
Felipe sentado em minhas costas foi uma ideia que eu queria que ele aceitasse, os outros concordaram ele não, eu disse que Israel e Uchôa jamais iriam me ver com uma escrava se isso não fosse gráfico e chocante, e que o segredo que ele manteve sobre minha condição podia ser lido como traição. Então ele aceitou. Diogo nunca pensou em Leonardo como caso extraconjugal, minha frase foi gatilho.
Bem. Eu de quatro como um banco em que meu dono tirava os sapatos, eu podia ver ele tentando não se apoiar, ele cuida de mim. Uchôa percebendo minha virgindade intermitente, o lacre cirúrgico a que sou submetida. A onda de furor, a doação de um humano a Jarbas. Tudo muito duro e pesado, um clima underground na casa, a mensagem foi dada, não éramos do mesmo naipe, estávamos voluntariamente muito abaixo e sobretudo gratos e felizes por isso.
Chicote de tirinhas e palmatória de madeira, entre outros equipamentos, Leonardo explicava para quem se aproximava como devia usar cada objeto em Ricardo amordaçado enquanto Xica e eu os amarrávamos mãos aos pés. Nós completamente nus, Murilo dizia a Bryce que não havia qualquer diferença na hora do sexo entre sub homem ou mulher, em ambos os casos éramos só boca e cu, sem mais nada, ele disse que éramos como aquelas mulheres crentes que aguentam quase tudo do marido em nome de um monte de coisa, no nosso caso era uma servidão em nossa própria liberdade, e eu o adorei por me entender tão bem. Feito o serviço, Xica eu fomos as próximas a sermos amarradas, Ricardo já recebia alguns castigos tímidos, Diogo deixou claro que exceto por quem já sabia como fazer os outros não fizessem nada sem orientação, Felipe me beijou disse que minha boceta não via pica há mais de um mês e queria que eu sentisse dezesseis picas nela, só nela e na boquinha, ele olha pra Uchôa e diz que eu lhe fiz milionário e era assim que ele retribuía, ele empurra em minha boca e fica brincando com a cabeça do pau em minha garganta, “Mete fundo nessa xoxota, Murilo, ela é sua quando eu deixar, quero ver você organizando quem vai comer ela, ela não pode ficar cinco segundos sem, Uchôa, tá vendo que a vadia gosta de pica na garganta”, quando Uchôa tira o pau um instante Felipe cospe em minha cara e me bate dia dos lados do rosto, que se dane, eu só vou reaparecer no ano novo, tava nem ligando, tava era adorando.
Eu sei que Ricardo e Leonardo estavam levando cacete no cu e na boca, fora os castigos, ouvia os vencidos os barulhos de chicote e tapas, todos gargalhavam, principalmente os mais novos, eu via Murilo comer Xica, ele mandou eu ver, ele pediu autorização pra comer o cu de Xica, Diogo não gostou mas autorizou resmungando, ele meteu só três vezes e mandou eu lamber, sentir o gosto do cu de minha esposinha, disse que era o moleque que prometeu casar com ela se ficasse adulto e ela não tivesse casado com seu tio, ele empurrou de vez e gozou dentro com uma das mãos em minha barriga, ele gozou e disse enquanto eu colocava um monte de baba pela cara que eu havia dito que casaria, aquela era minha grinalda, uma selva de palmas e vivas a esse moleque que na sequência me beijou e disse em meu ouvido que ia cuidar de mim, a cada nova pica que me comia outro orgasmo, acordei com um copo d’água sendo jogado em minha cara junto a um tapão no rombo que estava minha xoxota, eu me senti o máximo, Israel me olhava com alegria enquanto nós dois gozamos emparelhados, ouvíamos ao longe música e buzinas, os vidros fechados, uma playlist animada no terraço da piscina abafava qualquer sim que estivéssemos fazendo, Ricardo estava sendo perguntado se aguentava e ele disse sim, vivas e palmas de todos, Xica desiste, é aplaudida, Bryce e Conrado a levam para o quarto deles, claro que eles a poderiam novamente antes de lhe dar banho e descanso, eles estavam cansados, mas queriam nos vencer, então pedi para parar, eu falei “verde”, junto a Leonardo quando ele disse “laranja”, alguém comemorou que estavam ganhando, pronto: Ricardo ia entrar no modo disciplina, mas se desmaiasse a segunda vez era hora de parar, mas quando terminaram de me desamarrar ele cedeu à dor e aí cansaço. Murilo me pegou no ombro como se eu fosse uma camiseta depois do futebol, ele subiu comigo pela escada, segurando as minhas pernas por trás dos joelhos e colocando dois dedos no oco que se formou em mim.
Eles rememoram coisas que aconteceu comigo ou coisas que eu não vi que fizeram com os outros, eles me dão banho, lavam-me completamente, óleo no cabelo e corpo, estava adorando a minha vida no pós-sexo, Ricardo dizia que era sua vida dentro do petshop, sim nossa depilação era completa e era quase um ritual que eles adoravam fazer, cada mínimo deslize com o barbeador era um fracasso que os deixavam irritadíssimos, naquela noite fui avisada que eu iria dar o cuzinho tantas vezes Leonardo quisesse, que eu iria contribuir para ele se sentir um garanhão naquele Natal.
Depois Felipe me deixou no quarto master, em uma das camas inteiramente nua coberta por um edredom, com a bunda pra cima, antes dele sair disse que era só cuzinho, se ele pedir e eu não ia oferecer o boquete tava liberado, sem pau, boca nem mão de forma alguma em minha boceta. Ele disse que me amava e que eu fui maravilhosa, isso era tudo o que um mestre não pode fazer, mas ele era mais que isso, nesse momento chegam Xica e Leonardo, Diogo pede a Felipe para eu ficar liberada para Léo até às dez da manhã, ele fala que nós estávamos quase mortos, Felipe concorda, porque Leonardo foi muito companheiro na minha captura e adestramento, Felipe põe dois dedos em minha boceta e passa no cavanhaque de Leonardo, “se você for atrás disso, você não vai ter pau para colocar na gaiola, entendeu?”, era um blefe, mas muita coisa que eu não imaginei que ele seria capaz de ver num vídeo ele fez em mim, melhor não arriscar, Leonardo disse que nunca iria o decepcionar.
Felipe se despede, Leonardo deita quando Ricardo chega ainda gemendo de dor, a gente é medicado e capota. De manhã não acordamos somos acordados, curativos depois do banho, Rick e Léo estavam mais machucados e foram levados com ajuda para o andar de baixo, sentamos na mesa principal, todos faziam a comida e nos serviam, fomos paparicados, Felipe mandou eu chupar o pau de Ricardo até ele gozar, mas não engolir e de preferência que ele gozasse na punhetinha, Conrado falou que os dois escravos precisavam se recuperar, era melhor deixar a fodinha mensal deles para o sábado, nenhum de nós quatro comemorou, mas se tivessem cancelado a gente nem achava ruim. O dia foi de sossego, antes do almoço eu fui lacrada novamente, eu até me sentia bem assim, Diogo disse que quando chegasse nossa auto disciplina total esse tipo de recurso não iria mais acontecer. Eu acho que será nunca, sempre que esqueço que tenho vagina, eles relembram até eu perder os sentidos.
Murilo me arrastava pra todo canto, meus peitos sentiam as barbas mal feitas dele e do irmão a cada meia hora, mas exceto isso eu era convocada para sentar no colo de Uchôa ou Felipe, Israel estava distraído com a notícia de que tinha primos e eles o queriam conhecer, Israel não sabia mais se queria, Túlio, Otto e Danilo o acompanharam nesse dilema, os outros estavam se distraindo em mandar Rick e Léo oferecerem o cu para dedada ou só um carinhozinho, Xica estava feliz com as mordidas que Bryce e Roger lhe davam em todos os lugares, Jarbas estava sem entender os poderes que tinha sobre Ricardo, Noah levou os dois para conversar no jardim, chegaram para recolher as coisas do restaurante, Ricardo e eu fomos autorizados a descer e resolver esse BO. Levou mais de uma hora resolver as coisas da administração, mas era tudo um monte de ação de rotina, a garagem é fechada e ele me beija agradecido, carinho e beijo entre os subs podia, mas só depois de alguma sessão ou se ordenados a isso, era difícil o amor morre sem contato físico, Felipe e Conrado exigiram isso logo no início, eu seria de Felipe, de Xica eu seria apenas amiga, uma condição foi imposta e negociamos, aos domingos a gente podia expressar essa sensualidade, mesmo sem genitália, nós quatro, ok, cederam. É uma vida cheia de paredes, de interdições, mas eu nunca me senti tão amada, protegida e bem cuidada, com todas as contradições.
Recebi um presente de Natal uma caneca no amigo secreto, quem me tirou foi Israel e ele fez uma poesia para mim, linda, ele disse de cabeça e depois a retirou do bolso, “Camila tem o corpo fechado para o amor, o coração disparado...” o resto não lembro são seis versos que não rimam mas tem uma musicalidade, chorei, eu fiquei com uma caneca do Dragon Ball mas Danilo trocou por uma lisa verde metálico, todas as canecas são horrorosas, e vamos passar a tomar café da manhã com esse show de horrores, para poder mantermos um certo grau de modéstia. Acho que fui a pessoa que mais emocionou, agradeci por numa reunião de família nós estarmos presentes, eu estava feliz por terem inventado uma vida pra mim que eu conseguia ter alegria, antes eu não valorizava e sempre queria mais, hoje eu me contento com o que recebo, beijei a caneca e agradeci ao inventor de minha nova identidade, me ajoelhei diante de Diogo e beijei seus pés, era para ser meu teatro, mas foi tudo honesto inclusive minhas lágrimas, Felipe gostou do que viu ele sorriu pra mim, eu vi tanta coisa naquele sorriso de quatro segundos... Depois do amigo secreto fomos mandados para a master, no final ficou decidido que era nosso lugar, uma mesa com quatro lugares uma cama king e logo chegaria outra, um banheiro imenso, ótimo para quando a gente estivesse sendo usado, mais tarde viria uma televisão também.
Jantamos lá em cima, fui buscar nosso jantar juntos com Xica e depois subimos, ninguém deu muita importância pra gente. Mais tarde, já tristes por essa economia de atenção, Israel entra com Otto, depois vem Danilo e Túlio, Danilo me pega pelo cabelo e me joga em um canto da cama, caio ao lado de Ricardo, corpo para dentro e pernas para fora, eles conversavam sobre um filme que assistiram em algum tempo atrás, meu pijama desce e eles brincam de dedilhar nossos rabos, Danilo ordena que eu lhe ordenhe o caralho, ele senta na cama e gosta de meu serviço, chama “a outra piranha pra comparar”, rodo por todos os pais, muito elogiada, todos nós, “nasceu pra fazer boquete”, “essa aguenta chupar até látex de seringueira”, os risos de escárnio me alimentam, Túlio me põe de quatro e manda eu por as mãos nas costas, lubrificante e o pau dele vai sendo engolido devagar, ele segura nos meus braços e fode firme e vigoroso, eu preciso deixar registrado, eu estava num estado suspenso de alegria, ele dá lugar para Israel, ele mete só a cabecinha que no caso dele é uma chapeleta, eu lembro da poesia, a voz dele me pergunta se a vadia ia gozar, ele então ele empurra tudo de vez e eu gozo me urinando inteira, ele mete rindo até gozar, eles entram no banheiro e demoram, eu peço para os garotos descerem com os pratos do jantar e subirem com pano de chão e produtos de limpeza. Quando os quatro saem do banheiro, estamos limpando o quarto e agradecendo a eles, eles param a galhofa e Israel se aproxima de mim, me dá um tapa e diz para não fazer de novo. Nem doeu tanto, faz parte.
Quando nós quatro estávamos dormindo, Israel me chama e pergunta se estou bem, me dá um pássaro de origami e vai embora e eu me sinto realizada.