A viagem pro sítio dessa vez foi leve, diferente da tensão do feriado, quando eu fiquei calada, fones no ouvido, fingindo que o Gabriel e o mundo não existiam. Dessa vez, tava eu, ele e a Mariana no carro, a estrada de terra sacolejando, o som explodindo com músicas dos anos 2000 – “Crazy in Love” da Beyoncé, “Oops!... I Did It Again” da Britney, até um “In the End” do Linkin Park que o Gabriel berrou, desafinando. Ele dirigia, o cabelo bagunçado, o abdômen marcado aparecendo pela regata, rindo alto. A Mariana, no banco da frente, cantava com os cabelos morenos longos brilhando como seda, os olhos azuis brilhando. Eu, no banco de trás, cantava junto algumas músicas, me sentindo viva, parte deles.
— Mano, tu cantando Linkin Park é um crime! — provoquei, rindo, inclinando pra frente.
— Crime é tu dançando suas músicas no quarto, Grazi! — Gabriel retrucou, me olhando pelo retrovisor, o sorriso sacana me dando um frio na barriga.
— Deixa ela, amor, a Grazi é a diva do K-pop! — Mariana disse, virando, os seios médios balançando no top, os olhos azuis me engolindo, jogando um beijo.
Corei, e ri, cantando mais alto. Porra, tava tão bom. Depois do banho, da confissão, do quarto, a gente tava conectado. Eu não era mais a irmãzinha invisível.
Chegamos no sítio na tarde da véspera de Ano Novo, o sol queimando, o cheiro de mato forte. Meu pai, Jorge, já estava na churrasqueira, eles saíram ainda era de madrugada de casa. Minha mãe, Nadia estava com minha tia Sônia, rindo, os seios balançando no decote enquanto preparavam um vinagrete que seria servido no almoço. Notei um toque dela na cintura da Nadia, rápido, mas com um brilho nos olhos que me fez franzir a testa. Algo tava estranho, mas não comentei.
O Léo, meu primo, também já havia chegado, mexia nas caixas de som com a Larissa, irmã dele, alta, cabelos longos pretos, olhos verdes, corpo esguio de yoga. Eles riam, mas vi a mão dele na coxa dela, a pinta na coxa aparecendo no short, os olhos verdes dela brilhando de um jeito que não era só de irmã. Caralho, tinha algo ali, e meu coração disparou, porque eu sabia como era, queimando pelo Gabriel.
— Vou pro quarto, terminar um livro — falei, a voz baixa, levantando a bolsa. — Tô nas últimas páginas, já me troco e desço.
— Beleza, diva, mas não demora! — Mariana disse, piscando, os quadris largos balançando enquanto ajudava a Nadia.
Gabriel só assentiu, descarregando malas, e eu subi, o piercing frio na barriga, a cabeça a mil. No quarto, tranquei a porta, o ventilador girando lento, o cheiro de madeira misturado com mato. Deitei na cama, os cachos castanhos espalhados no travesseiro, e peguei o Kindle, abrindo o romance que tava lendo – uma história de dois irmãos que se amavam em segredo, que eu achei depois de pesquisar o que sentia. Faltavam poucas páginas, e prometi pra mim mesma: esse é o último. A partir desse ano, nada de me esconder atrás de livros, celulares, ou playlists de K-pop. Eu tava mudando, caralho, e o piercing era minha prova.
Brinquei com o piercing, o metal frio na pele quente, e pensei: sei que não é grande coisa, um piercing no umbigo, mas pra mim é foda. Eu nunca fui confiante com meu corpo. Não sou modelo, tá? Sou padrão – corpo esguio por causa da dança, seios fartos, sardas espalhadas –, mas me escondia em camisetas grandes, largas, como se quisesse sumir. O piercing, por mais bobo que pareça, me fazia sentir gostosa, como se eu pudesse mostrar minhas curvas, minhas sardas, sem vergonha. E, porra, eu tava pronta pra isso.
A história no Kindle falava de um toque proibido, e minha mente voou. Tudo começou aos 15 anos, uma nerd viciada em doramas e BTS, dançando no quarto, sonhando com o Tae-hyung. O Gabriel, meu irmão, dois anos mais velho, era o oposto – popular, abdômen marcado mesmo sem ir pra academia, o pau que eu imaginava sob a sunga na piscina. Eu tremia quando ele passava, de toalha, a água pingando no peito, ou ria com os amigos na sala. Achava idiota, errado, sentir isso. Ele era meu irmão, e mesmo que nunca tenha me tratado mal, era frio, distante, como se eu fosse a irmãzinha chata. Eu também não dava abertura, trancada no meu mundo, respondendo com “tá” ou “hum”. Mas minha buceta não mentia – ficava molhada, minhas pernas tremiam, e eu corria pro quarto, envergonhada, achando que era louca.
Aos 16, pesquisei no Google, escondida: “Atração por irmão”. O termo “incesto” apareceu, e gelei, o coração disparado. Mas não parei. Li fóruns, artigos, e comprei romances na Amazon – histórias de irmãos que cruzavam a linha, se amavam em segredo. Cada livro me deixava mais molhada, mais desesperada pra ultrapassar a barreira com o Gabriel, mas ele não dava brecha. Era frio, focado nos amigos, depois na Mariana, e meu desejo parecia preso, um fogo que queimava só mim.
Quando a Mariana entrou na vida dele, tudo ficou pior – e melhor. Ela era um furacão: cabelos morenos longos, olhos azuis que me puxavam, seios médios e firmes, cintura fina, quadris largos rebolando. Espiava os dois, escondida no corredor, pela fresta da porta, sem saber que podia ser vista. Via o Gabriel beijando ela, as mãos no pescoço, a língua na boca, o pau duro marcando a calça, o abdômen brilhando. Via a Mariana gemendo, os seios balançando, as curvas brilhando no escuro, e, caralho, ficava molhada, não só por ele, mas por ela. As curvas dela, os gemidos, eram tão tentadoras quanto o corpo do Gabriel. Entendi que gostava de meninas também, e isso me assustou, mas me abriu.
Contei pras amigas, Camila e Letícia, numa tarde no shopping, tomando milkshake. Não disse que era meu irmão e minha cunhada, só falei de um cara e uma mina que me deixavam louca.
— Grazi, tu tá querendo os dois? Que foda! — Camila riu, os olhos brilhando. — Vai pra cima, se solta!
— É… complicado — murmurei, as sardas quentes, mexendo no canudo.
— Complicado é ficar na vontade, sua nerd! — Letícia disse, batendo na mesa. — Tu é gata, aproveita!
Elas não sabiam o tabu, mas me deram coragem. Comecei a dançar com mais fogo, a usar roupas que mostravam meu corpo, mesmo que isso não significasse nada, mas Gabriel não reparava em mim como eu gostaria.
As lembranças foram passando, o Kindle ficou pesado na mão, a leitura junto com as lembranças foram me excitando, e eu parei, o coração disparado. A lembrança do Gabriel e da Mariana transando nesse mesmo quarto, no feriado, voltou com tudo. Eu tava escondida, vendo eles na cama, ele metendo nela, os gemidos dela ecoando, o pau dele brilhando, as curvas dela tremendo. Toquei minha buceta naquela noite, gozando baixo, com medo de ser pega. Agora, deitada, a cena voltou, mas parecia ao vivo. Fechei os olhos, a mão descendo pra calcinha, apenas puxei o pequeno pedaço de pano para o lado e enfiei os dedos na minha buceta molhada, imaginando eles entrando por aquela porta. O Gabriel, o abdômen marcado, o pau duro, metendo em mim. A Mariana, os olhos azuis, colocando a língua na minha buceta, tudo ao mesmo tempo.. “Quero que dividam minha buceta, me façam a putinha de vocês” pensei, gemendo baixo, os dedos circulando o clitóris, o piercing frio na barriga ainda me incomodava um pouco por ser recente, mas nem lembrei do incômodo. Gozei, o corpo tremendo, a cama rangendo, o desejo me engolindo. Chegou a escorrer pelas minhas coxas.
Ainda amava K-pop – o último clipe do Blackpink tava na minha cabeça – e doramas, com amores impossíveis que me faziam chorar. Mas não era mais a menininha trancada no quarto. A faculdade de Medicina era meu foco, e eu queria terminar logo, ser foda. Nada de outros caras, outras minas. O Gabriel e a Mariana me satisfaziam, mais do que qualquer coisa. O banho depois da balada, a confissão, a língua da Mariana na minha buceta, o pau do Gabriel – era tudo. E agora, no sítio, eu tava pronta pra viver, sem me esconder.
Levantei, ofegante, e fui pro banheiro. Limpei um pouco o excesso, tirei o vestido, a calcinha e o sutiã que usava. Coloquei o biquíni azul cortininha, os seios fartos quase escapando, a calcinha fio dental marcando a bunda. Olhei no espelho, os cachos castanhos caindo, as sardas brilhando, e pensei: “Caralho, eu tô gostosa.” Enrolei uma canga na cintura, o piercing reluzindo, e saí.
***
Fui até a varanda com uma Beat gelada na mão, a canga balançando na cintura, piercing brilhando, estava confiante como nunca estive na minha vida. O forró tava alto, e a galera dançava, ria, tomava caipirinha. Cheguei tarde, e me senti meio deslocada, tomando goles da cerveja, tentando me enturmar. Léo zuava com Larissa, a pinta na coxa dela brilhando, e Sônia contava uma história pra Nadia, as duas rindo alto, corpos curvilíneos quase se tocando. Jorge e Ricardo tavam na churrasqueira, rindo, e eu tentava puxar assunto, mas parecia que tava sobrando.
Mariana me viu, os olhos azuis faiscando, cabelos morenos caindo no ombro, e veio até mim, quadris largos rebolando no short. Pegou minha mão, sorrindo sacana.
— Vem cunha, dança comigo! — disse, voz rouca, puxando-me pro meio da varanda.
A gente dançou colada, forró acelerado, meus seios fartos roçando os seios médios dela, bicos duros estufando o biquíni, calcinha fio dental molhada de novo. Caralho, a masturbação no quarto não resolveu nada – tava mais excitada, o calor dela, o suor, me deixando louca. Ela rebolava, mãos na minha cintura, e eu sentia a minha buceta pulsar, o piercing frio contra a pele quente.
— Tô adorando te ver assim, Grazi — Mariana sussurrou, lábios no meu ouvido, hálito de caipirinha.
— Tô tentando, Mari — respondi, voz tremendo, sardas quentes, rebolando contra ela.
Gabriel se juntou, rindo, tentando dançar, mas sem jeito nenhum, braços duros, pés tropeçando. A gente riu, eu e Mariana dançando com ele, meu corpo roçando o dele, sentindo o pau duro na bermuda, a culpa cutucando, mas o tesão vencendo. Minha mãe, Nadia, viu a gente e gritou, rindo:
— Meu Deus, Gabriel, tu dança pior que teu pai na juventude! Grazi, ensina esse menino, pelo amor!
Todo mundo caiu na gargalhada, Jorge balançando a cabeça, Sônia batendo palmas, e até eu ri, o calor subindo, mas me sentindo parte daquilo. Depois de mais algumas danças, tava cansada, a Beat subindo, a cabeça leve.
— Mano, vou no banheiro, bebi demais — falei, ofegante, passando a mão nos cachos.
— Espera, vou contigo — Mariana disse, olhos azuis brilhando, pegando minha mão.
Entramos no banheiro do corredor, a porta trancada, o som do forró abafado. Mariana me encostou na pia, os cabelos morenos caindo. Eu achei que a gente ia apenas fazer xixi, mas não, ela tinha outros planos, ela me beijou, sentia sua língua quente invadindo minha boca, suas mãos na minha bunda, apertando a canga. Gemi, os bicos dos seios duros, e ela desceu, chupando meu pescoço, depois o biquíni, língua nos bicos, mordendo leve. Minha buceta tava encharcada, e ela puxou a calcinha fio dental, dedos abrindo os lábios, circulando o clitóris.
— Porra, Mari, tu me deixa louca — gemi, mãos nos cabelos dela, rebolando.
Ela chupou minha buceta, língua mergulhando, dedos entrando, metendo rápido, enquanto eu apertava os seios. Gozei, gemendo alto, a pia tremendo, pernas moles. Troquei, ajoelhando, puxando o short dela, lambendo a buceta molhada, dedos entrando, chupando o clitóris até ela gozar, gemendo meu nome, cabelos morenos grudados no rosto.
Saímos do banheiro, ofegantes e com os cabelos bagunçados, canga meio torta. Tudo foi muito rápido devido ao clima de tesão que estava entre a gente. Gabriel tava na varanda, tomando cerveja, e nos viu, olhos arregalados. Chegamos perto, tentando disfarçar, mas ele sorriu, sacana, e sussurrou:
— Pelo menos disfarça, suas safadas.
Corei, sardas quentes, mas vi o brilho nos olhos dele, o mesmo do banho, e sorri de volta.
***
O resto do dia foi tranquilo, quase parado. Depois que desci, vi Léo, Larissa e Mariana conversando animados na varanda, combinando uma trilha ali perto pra o dia seguinte. Mariana, que nunca tinha ido, tava empolgada, olhos azuis brilhando, falando de cachoeiras e vistas. Léo zuava, dizendo que ela ia “morrer na subida”, e Larissa ria.
Dessa vez, os pais não saíram pro forró da cidade, como no feriado. Ficamos todos na varanda até tarde, uma bagunça boa. Jorge e Ricardo tavam na churrasqueira, discutindo futebol – Jorge, fanático por Corinthians, zuando o Palmeiras de Ricardo. Nadia e Sônia jogavam tranca, rindo alto, cartas voando, enquanto eu, Léo, Larissa, Gabriel e Mariana entramos numa partida de Uno, com Léo roubando descarado e Larissa gritando “+4 não vale!”. Depois, passamos pro dominó, e a conversa virou um caos – política, com Ricardo falando de eleições e Jorge cortando com “tá tudo uma merda”; signos, com Sônia jurando que era “leonina até o osso” e Nadia rindo, dizendo que “signo não define nada”; e besteiras, tipo Léo contando histórias exageradas de jogos de vôlei.
A conversa tava tão boa, com caipirinhas e Beats rolando, que ninguém viu a hora passar. Tava todo mundo bêbado, cansado da viagem, da tarde quente, da noite longa. Quando finalmente subimos pros quartos, já era madrugada, pernas pesadas, risadas ecoando. No quarto, dividi o espaço com Gabriel e Mariana, meu coração acelerado, achando que podia rolar algo. Depois daquele dia do banho, do quarto no feriado, do fogo que tava crescendo, eu queria eles – a língua da Mariana, o pau do Gabriel, nós três juntos novamente. Mas me enganei. Gabriel deitou e capotou, roncando alto, a boca meio aberta, cabelo bagunçado. Mariana, exausta, caiu na cama, dormindo em segundos, os cabelos morenos espalhados no travesseiro enquanto deitava a cabeça no peito de Gabriel e eu pensando como ela conseguia dormir com aquele motor de Opala velho no ouvidor dela.
Fiquei lá, de pijama, deitada, a buceta ainda pulsando. Esfreguei as coxas, a mão descendo, dedos roçando o clitóris pelo tecido fino, tentando ser discreta. O gosto da Mariana ainda tava na minha boca, mesmo depois das Beats, das caipirinhas, de tudo. Era doce, quente, e eu queria mais, queria eles acordando, me puxando, me devorando. Mas nada. Só o ronco do Gabriel, o silêncio do sítio, e meu desejo queimando. “Amanhã,” pensei, dedos cruzados e o coração disparado.